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14 de ago. de 2015

FIDEL CASTRO - 89 ANOS DO HOMEM QUE ANTECIPOU O FUTURO.

Fidel Castro em Sierra Maestra

Por Wevergton Brito Lima no Vermelho

“Uma revolução não é um mar de rosas. É uma luta de morte entre o futuro e o passado.” Esta frase foi dita por Fidel em 1961, quando a revolução cubana completava apenas dois anos e ele 34. 

Nesta quinta-feira (13), o ex-presidente comemora 89 anos de vida e a revolução do qual ele foi o principal líder já tem mais de cinco décadas. Mais precisamente, 56 anos, cercada e atacada ininterruptamente, mas invicta. Fidel já escreveu seu nome como um dos grandes da história, principalmente como o defensor dos explorados e dos que sofrem com a opressão e a injustiça. Por isso mesmo é odiado pela burguesia e seus fantoches, que contra ele assacam toda sorte de calúnias. No entanto, nada abala o amor que o povo cubano e a humanidade progressista devotam a este exemplo do “homem novo”, solidário, ético, audaz, e que jamais desistiu de lutar para antecipar para todos os povos um futuro de paz e justiça social.



Em 1979, o discurso de Fidel na ONU é um exemplo da paixão que sempre moveu o comandante. Na ocasião, ele falava como representante dos países não alinhados e fez uma denúncia veemente da desigualdade e da injustiça no mundo. Foi um discurso de quem enxerga adiante, de quem mira o horizonte com o olhar mais avançado. Diante dos dirigentes mundiais, Fidel denuncia o racismo, o colonialismo, defende os palestinos e propõe que o gasto com armamentos seja abandonado e transformado em investimento contra a fome mundial. Ao final, o auditório da ONU levanta-se em peso e aplaude de pé o revolucionário comunista, então com 53 anos incompletos. Quem não tiver tempo de assistir a esta histórica prédica, vá direto ao minuto 14 onde se inicia a parte mais contundente e emocionante do pronunciamento (vídeo abaixo).

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América Latina rende homenagens ao comandante

Fidel chega aos 89 anos cercado de homenagens e celebrações. Evo Morales, presidente da Bolívia, viajou para Cuba e está na ilha no dia do aniversário do veterano revolucionário, para lhe render as homenagens em nome do povo do seu país. Já o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou a Fidel o“abraço e o aplauso do povo venezuelano” e enalteceu o trabalho do líder histórico da revolução cubana em defesa das causas justas da humanidade. Para Maduro, Fidel é o “comandante revolucionário da América Latina e Caribe (…) Fidel escreveu e continua a escrever uma história que será grande pelos séculos”.

Ao enviar suas congratulações, Maduro compartilhou com a audiência da TV Telesur, onde fez estas declarações, imagens do líder cubano junto ao falecido presidente Hugo Chávez, e os qualificou como gigantes e construtores de uma realidade latino-americana que hoje é necessário defender.

O “jovem” Rebelde 

Em Cuba, as celebrações em torno de Fidel coincidem com o Dia Internacional da Juventude, data que será celebrada na cidade natal do comandante, Birán. Ali, uma representação de 400 jovens comemorará o aniversário 89 de Fidel.

Momento especial será a exposição “Um Rebelde em Rebelde” que reúne 89 fotos publicadas ao longo dos 50 anos do jornal Juventude Rebelde, cuja fundação coincide com o natalício de Fidel Castro.

O dirigente cubano completa 89 anos em um momento em que Cuba socialista conquista vitórias no campo político e diplomático, como a libertação dos Cinco Heróis e o reconhecimento tácito do imperialismo de que o poderoso bloqueio não foi capaz de quebrantar o espírito revolucionário da heroica ilha. Escreveu Fidel: “Nunca deixaremos de lutar pela paz e o bem-estar de todos os seres humanos, independentemente da cor da pele e do país de origem de cada habitante do planeta, bem como pelo direito pleno de todos a possuir ou não um credo religioso”. Isso foi escrito na madrugada desta quinta-feira (13), e faz parte do artigo de Fidel  “A realidade e os sonhos”, publicado no mesmo dia no Granma e já republicado há pouco no Portal Vermelho. Como acontece há dezenas de anos, a aurora encontra o combatente revolucionário ativo em seu posto de luta.



Com informações de Ivette Matinez, do Consulado de Cuba em São Paulo, CubaDebate e Prensa Latina. 

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