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27 de jan. de 2016

MARTÍ, A IDEIA DO BEM

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Foi inaugurada, em 25 de Janeiro, a Segunda Conferência Internacional ‘Com Todos e Para o Bem de Todos’
Photo: Anabel Díaz
“O pensamento martiano é o sustento da história de Cuba; é, praticamente, a encarnação da cubanidade. Ainda, sem Martí não há Fidel; porque Fidel é um sucessor, um efeito, uma consequência, um fruto da boa árvore chamada José Martí”.

Assim declarou ao jornal Granma o destacado teólogo brasileiro Frei Betto, durante a inauguração, em 25 de Janeiro, da Segunda Conferência Internacional ‘Com todos e para o bem de todos’, em cuja cerimônia de abertura marcaram presença, entre outros, o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba e membro do Bureau Político do Partido, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o diretor do Gabinete do Programa Martiano, Armando Hart Dávalos, e o ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica.

Durante a jornada, que teve lugar no Palácio das Convenções de Havana, Frei Betto ministrou uma palestra intitulada “O papel da ética nas políticas de desenvolvimento”, na qual destacou que este é um tema de importância capital para a Ilha, em um momento em que normaliza as relações bilaterais com os Estados Unidos e realiza importantes transformações em seu projeto econômico.

“A lógica revolucionária de desenvolvimento deste país está centrada no benefício da população, enquanto o sistema capitalista tenta formar consumistas em vez de cidadãos, e fomentar o pensamento individual em detrimento do companheirismo e a solidariedade”, referiu.

Por outro lado, o secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul) Ernesto Samper, indicou que o exemplo do Apóstolo cubano há de servir-nos de guia, pois ele e Simón Bolívar foram os que vaticinaram os perigos do ingerencismo estrangeiro sobre os povos da América, e coincidiram na necessidade de confirmar a soberania como um dos princípios essenciais para garantir a integração entre nossas nações.

Samper, também ex-presidente da Colômbia agradeceu igualmente a contribuição de Cuba no processo de negociações pela paz em seu país, e se referiu à luta da organização pela devolução do território ocupado pela ilegal base naval de Guantánamo e o fim do bloqueio à Ilha.

Esta Conferência terá sessões até o dia 28 de janeiro e serão realizadas conferências magistrais, entre as que destaca a intitulada “A nova doutrina de segurança nacional dos Estados Unidos: aliados, concorrentes e inimigos”, a cargo do sociólogo argentino Atilio Borón. Ainda, se efetuarão painéis, simpósios e outros, com o fim de acentuar a vigência do pensamento martiano como solução diante do agravamento da atual crise global.


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