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17 de fev. de 2016

CUBA E EUA ASSINARAM ACORDO PARA RESTABELECER VOOS COMERCIAS REGULARES APÓS 50 ANOS

 
Serão 20 voos diários a Havana e dez voos diários a outros aeroportos na ilha; os dois países irão operar a partir do último trimestre de 2016
 
Reprodu/Fçãolickr
Acordo entre os dois países não contempla a empresa estatal Cubana de Aviación
Agência Efe | Havana - 16/02/2016 - 19h55
 
Os governos de Cuba e Estados Unidos assinaram nesta terça-feira (16/02), em Havana, um memorando de entendimento sobre aviação civil que inclui rotas regulares diretas pela primeira vez em mais de 50 anos, que estarão operativas a partir do último trimestre deste ano.

"Hoje é um dia histórico na relação entre Cuba e Estados Unidos. Estamos assinando este memorando de entendimento para que, pela primeira vez em mais de cinco décadas, EUA e Cuba tenham um serviço de transporte aéreo regular", afirmou na capital cubana o secretário de Transporte norte-americano, Anthony R. Foxx. Além de Foxx, assinaram o acordo o ministro de Transporte de Cuba, Adel Yzquierdo, o secretário-adjunto para Assuntos Econômicos e Negócios do Departamento de Estado dos EUA, Charles H. Rivkin, e o presidente do Instituto de Aeronáutica Civil cubano, Alfredo Cordero.

O secretário de Transporte norte-americano indicou que o reinício dos voos comerciais ratifica o compromisso de "seguir fortalecendo" os laços entre ambos países, enquanto o ministro Yzquierdo destacou que a assinatura do memorando marca o início de uma nova etapa nas relações entre Cuba e EUA.

Segundo Yzquierdo, além de definir um serviço aéreo regular, graças a este memorando as companhias aéreas de ambos países poderão também fechar acordos comerciais de colaboração, como códigos compartilhados e contratos de arrendamentos de aeronaves. O acordo, que não exclui os voos fretados que operam há muito tempo dos EUA a Cuba, contempla 20 voos diários a Havana e dez voos diários a outros aeroportos na ilha, detalhou o secretário adjunto Charles H. Rivkin.


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Com a assinatura do acordo, será aberto nesta quarta-feira (17/02) o processo de licitação para que as companhias aéreas norte-americanas apresentem suas solicitações ao Departamento de Transporte para as rotas que gostariam de operar. Esse processo de licitação exclui a companhia estatal Cubana de Aviación devido a litígios nos EUA que poderiam fazer com que seus bens fossem embargados se entrassem em território norte-americano.

Os dois países haviam sinalizado, na ocasião do aniversário de um ano da reaproximação diplomática e econômica, no último mês de dezembro, que haviam chegado a um entendimento sobre a aviação civil.

Além disso, em Washington, o Departamento de Segurança Nacional dos EUA anunciou também nesta terça-feira que eliminará as barreiras legais que pesam sobre os voos com Cuba, que antes só podiam partir ou chegar de 22 aeroportos, mas que agora estarão sujeitos às mesmas regras que qualquer outro voo internacional.

O início de voos regulares entre Cuba e EUA facilitará as viagens para os norte-americanos que se encaixem em uma das 12 categorias que podem visitar à ilha, onde ainda não podem entrar como turistas.

Desde o anúncio do restabelecimento de relações entre ambos países, o presidente Barack Obama flexibilizou restrições ao comércio de alguns bens e às viagens, mas ainda segue vigente o bloqueio econômico e a proibição do turismo à ilha. Por se tratar de uma lei, o bloqueio imposto à ilha só pode ser totalmente suspenso com a aprovação do Congresso norte-americano, cuja maioria republicana se opõe à reaproximação com Havana.

Fonte: operamundi

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