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16 de mar. de 2016

OS FRACASSOS DOS ESTADOS UNIDOS EM CUBA


A recente aproximação dos Estados Unidos a Cuba por parte da administração do presidente Barack Obama não é senão o reconhecimento do fracasso da política de bloqueio econômico, comercial e financeiro, que foi estabelecido pelo país do Norte em 7 de fevereiro de 1962 para subjugar o povo cubano em condições de existência paupérrimas que afetaram também as áreas de saúde, educação, tecnologia e turismo.

O Ocidente buscou vencer e acabar com a Revolução Cubana em muitas tentativas durante mais de 50 anos, além do bloqueio, tentaram invadir o país e utilizaram métodos de agressão biológica às plantações assim como ao gado cubano.

A tentativa da Invasão da Baía dos Porcos

No ano de 1961, a CIA havia preparado dois planos para invadir Cuba via forma militar composta por exilados cubanos (Brigadas 2506). O plano original, chamado Plano Trinidad foi elaborado pela CIA durante o governo de Eisenhower em 1960, e cujo propósito era a derrubada de Fidel Castro. O Plano Trinidad a princípio visava o desembarque por Casilda, porto adjacente à cidade de Trinidad (com aproximadamente 26 mil habitantes em 1961), da maior parte da Brigada 2506, aproximadamente 200 homens. O plano evoluiu, mas não contou com o apoio necessário do presidente John F. Kennedy, quem pediu que o dito plano fosse modificado.

Durante três dias, a CIA elaborou o Plano Zapata. O local de desembarque mudou para a praia Girón na Baía dos Porcos, a qual estava ligada a 90 milhas ao oeste de Trinidad.

Em 15 de abril de 1961, oito A-26 com bandeira cubana na fuselagem, bombardearam os aeroportos militares de Cidade Libertad, San Antonio de los Baños e o aerodromo Antonio Maceo de Santiago de Cuba, e teve como resultado a destruição de menos da metade da aviação cubana. O fracasso do primeiro bombardeio provocou o cancelamento do segundo que seria feito em 17 de abril. Com tal decisão, a Brigada ficou totalmente desprotegida.

Neste mesmo dia, após aproximadamente cinco dias de navegação ocorreu o desembarque da Brigada 2506 na Praia Girón e Praia Larga com um total de 1200 membros protegidos por navios. Logo depois os invasores conseguiram ampliar a zona invadida para conquistar o controle das três principais estradas de acesso ao local. Apesar do avanço da Brigada 2506 não conseguiu o apoio aéreo efetivo dos EUA.

Na quarta-feira, 19 de abril, as forças invasoras ficaram totalmente retraídas e cercadas pelas forças armadas e se renderam. A operação terminou com a derrota oficial da Brigada 2506 e com o fracasso dos Estados Unidos na invasão.

Agressões biológicas

Em 2 de junho de 1964, o comandante Fidel Castro manifestou a possibilidade de que o Governo estadunidense estivesse utilizando a guerra biológica contra Cuba. Após essa declaração, se registrou nos seguintes anos em Cuba febre suína, pseudodermatose nodular bobina, brucelose bovina, ferrugem e carvão da cana de açúcar, mofo azul do tabaco, bronquite infecciosa das aves, conjuntivite hemorrágica, disenteria e dengue tipo 2, que provocou 158 mortes, incluindo 101 crianças.

Em 15 de setembro de 1981, na inauguração da 68ª Conferência Mundial da União Interparlamentar, celebrada no Palácio de Convenções de Havana, Fidel insistiu novamente na utilização de armas biológicas dos EUA contra Cuba.

O site do Granma destaca que em outubro de 1990, no momento em que se desenvolviam planos de produção agrícola para apoiar o programa alimentar em resposta às necessidades básicas da população, estranhamente surgiu a chamada "sigatoka negra", uma enfermidade foliar em vários cultivos de bananas de distintas províncias. Meses depois se detectou acariose, enfermidade que diminui o ciclo de vida das abelhas.

No ano de 1995, no Aeroporto Internacional Jose Marti de Cuba foi descoberto no equipamento de um cientista estrangeiro tubos de ensaio com o vírus que afeta frutas cítricas. Além disso, em 21 de fevereiro apareceu a broca do café, um inseto que se espalhou por várias zonas rurais de Santiago de Cuba, e coincidiu com a visita de um grupo norte-americano membros de uma ONG.

Depois disso, foram encontrados em Havana focos de Aedes albopictus (tigre asiático), transmissor da dengue. Em 1996 surgiram os primeiros indícios da presença da praga Thrips palmi karny no cultivo de batatas produzidos pela Empresa de Cultivos, em Jovellanos, Matanzas.

Durante o encerramento do V Congresso do Partido Comunista de Cuba, o presidente Fidel pronunciou: "um especialista, membro de um organismo internacional [...] e alegado oficial da CIA, em 1975 havia realizado estudos sofre a enfermidade da dengue (sorotipo 1), que assolou nosso país em 1977 e obteve informação sobre a não existência de anticorpos sorotipo 2 da enfermidade em Cuba. Por isso é tão importante, inclusive, os dados relacionados aos anticorpos que tem o cubano, porque podem ser utilizados para um tipo de guerra bacterológica. [...] estamos seguros de que durante longo período de tempo o Governo dos Estados Unidos era responsável por estes atos [...] porque eles inventaram tudo: como contaminar o açúcar que ia no transporte de barcos, como afetar o comércio, como afetá-lo totalmente [...] São muitas pragas seguidas contra cultivos essenciais: arroz, cítricos, batatas, bananas, cana, café, tababo, [...] Temos ou não temos direito a denunciar quando ocorre algo assim?

O portal Granma indica também que o Governo Revolucionário cubano até dezembro de 2000 teve que gastar 2158 milhões de dólares, mais gastos adicionais a cada ano que rondam os 59 milhões de dólares para poder enfrentar as agressões biológicas.

Em 2002 o presidente estadunidense George W. Bush acusou Cuba de desenvolver armas biológicas ofensivas, assim como oferecer conhecimento sobre estas aos inimigos dos EUA. Posteriormente, em uma coletiva de imprensa Fidel respondeu: "No que diz respeito à armas de destruição em massa, a política de Cuba é incontestável. Nunca ninguém apresentou uma só prova de quem em nossa pátria tenha sido concebido um programa de desenvolvimento de armas nucleares, químicas ou biológicas. Para os que não entendem de ética, apego à verdade e transparência na conduta de um governo como o de Cuba, poderiam compreender ao menos que fazer o contrário teria sido uma colossal estupidez. [...] Qualquer programa desta índole arruína a economia de qualquer país pequeno; Cuba nunca havia estado em condições de transportar tais armas; cometeria adicionalmente o erro de introduzi-las no combate contra um adversário que conta com mil vezes mais armas deste tipo, o qual receberia, como um presente, o pretexto para usá-las".

A política de hostilidade, bloqueio e agressões dos sucessivos governos dos Estados Unidos, obstucalizaram o direito legítimo dos cubanos aos direitos humanos, assim como às liberdades fundamentais como o direito à vida, à paz, à liberdade e ao desenvolvimento.

Fonte: NOVA CULTURA 

                                                  VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

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