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12 de set. de 2016

A REALIDADE CUBANA POR TRÁS DOS ESTEREÓTIPOS CRIADOS POR WASHINGTON

#PELOFIMDOBLOQUEIO


1- O primeiro ponto tem a ver com a história. A cultura de migração para os EUA já vem de séculos na América Latina. Cubanos sempre migraram para os EUA desde a época da colônia, assim como nicaraguenses, guatemaltecas, mexicanos, etc. A Revolução melhorou muito a vida dos cubanos, mas uma mística alimentada por séculos não se elimina facilmente. Mesmo assim, as taxas de emigração em Cuba são inferiores às de outros países vizinhos, como Honduras, por exemplo;

2- Socialismo não deve ser a negação do conforto que a tecnologia pode propiciar. Mas os cubanos, mesmo tendo o maior PIB da América Central, não podem obter bens de alto valor agregado por causa dos termos impostos pelo bloqueio (Lei Torricelli, Lei Helms-Burton, etc.). Isso faz com que muitos cubanos se sintam insatisfeitos por não poder usufruir de internet, por exemplo. Devemos entender o lado dos cubanos. Usar a internet hoje não deve ser considerado um luxo fútil, e sim uma necessidade cotidiana; mas essa condição é negada a Cuba, que não pode nem ter acesso à rede internacional de fibras ópticas;

3- A Lei do Ajustamento Cubano determina que todo cubano que chegue nos EUA por mar seja considerado refugiado, podendo ter acesso a emprego, moradia e ao green Card (status de cidadão permanente dos EUA). Ora, com um convite desse, quem não cogitaria a possibilidade de migrar pros EUA? 200 mil pessoas migram por ano a esse país sem ter direito a nada, e muitas vezes sendo recebidos a bala. Só os cubanos são recebidos com festejos, entrevistas televisivas e um green card de presente. Se os EUA oferecessem tal benesse pro Haiti ou pra El Salvador (países muito afetados por miséria e guerras civis), dificilmente ainda haveria hoje pessoas vivendo nesses países. Mas só oferece isso aos cubanos, e mesmo assim a maioria do povo cubano prefere ficar em seu país, com todas as dificuldades, mesmo sabendo a vida confortável que teriam na Flórida;

4- O último fator é a propaganda. Nada se compara à propaganda capitalista. Ela engana até quem vive no próprio capitalismo. As pessoas se indignam com a miséria na África, mesmo nosso país tendo um abismo social descomunal. Se até quem está inserido no capitalismo é influenciável, que dirá quem não vive sob ele. Muitos soviéticos e alemães orientais caíram nessa propaganda e sentiram depois na pele os efeitos. Os cubanos sofrem muita influência, mas resistem exatamente pela intensa atividade do regime no sentido de reforçar o senso de solidariedade e de justiça do povo cubano.

É bom lembrar uma coisa: a propaganda capitalista não é sutil, nem genérica. Ela é ofensiva. Não dá margem a interpretações dúbias. O capitalismo difunde ao mundo inteiro uma visão estereotipada de Cuba, e muitos turistas chegam lá querendo saber mais de Cuba do que os próprios cubanos. Além disso, essa campanha ofensiva é desleal: os EUA gastam bilhões por ano financiando emissoras de rádio e TV para ludibriar cubanos. Você sabia que diariamente um avião americano sobrevoa o espaço aéreo cubano transmitindo sinais da TV Martí para Cuba? Isso mesmo: um país estrangeiro financia a existência de uma emissora de TV cujo conteúdo deve ser direcionado à comunidade de OUTRA nação estrangeira - e sem o consentimento dela! Ora, isso não tem paralelo no mundo. Imagine o Brasil ser invadido por um sinal de TV que diariamente chama nosso governo de ditatorial, nosso povo de gado e convida todos os insatisfeitos a deixarem o país?! É absolutamente caricatural o negócio. Mas existe, é fato, e é pago com dinheiro do contribuinte americano. Veja você: mesmo com tudo isso, a mídia ocidental continua dando mais atenção pro cubano que emigra do que pro cubano que opta por ficar...

Fonte: Vitórias da Revolução Cubana

                                    
                                                    VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!! 

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