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6 de out. de 2016

EXPLOSÃO DO AVIÃO DA CUBANA COMPLETA 40 ANOS

 

Talvez o atentado terrorista mais emblemático da política terrorista mantida e apoiada pelos governos dos Estados Unidos contra o povo cubano, em mais de 52 anos, seja a explosão em pleno vôo do avião civil da Cubana de Aviação que causou a morte de 73 pessoas: 57 cubanos, 11 guianeses (a maioria deles estudantes bolsista em Cuba) e 5 funcionários coreanos do setor cultural. Entre os 73 passageiros e tripulantes assassinados nesse ato, único por sua brutalidade, encontravam-se todos os integrantes da equipe nacional juvenil de esgrima de Cuba, que retornava à pátria com todas as medalhas de ouro conquistadas no recém terminado campeonato centro-americano dessa disciplina.

Nesse 6 de outubro completa 40 anos desse ato de barbárie que estremeceu e estremece a nação cubana e toda pessoa de bem que toma conhecimento sobre isso.

Os chefes terroristas que organizaram e dirigiram esse atentado, Luis Posada Carriles e Orlando Bosh Ávila, ambos membros da CIA durante décadas (como demonstram toneladas de documentos dessa agência de inteligência), nunca foram penalizados com o rigor que a lei estabelece para esse tipo de crime.


Ambos, eventualmente, refugiaram-se em Miami escapando da justiça. Bosch viveu livre, gozando da impunidade prestada pelos governos dos Estados Unidos até sua morte, em 2011, aos 84 anos, de causa natural. Posada Carriles, aos seus 88 anos de idade, continua gozando da mesma impunidade mantida a favor de todos os terroristas da extrema direita cubano - estadunidense oferecida pelos governos dos Estados Unidos.

Como ainda existe especialista nessa matéria, seguindo instruções da CIA (que desde aquele momento quis dar a aparência de distanciamento entre seus terroristas e ela), Orlando Bosch convocou uma reunião, em junho de 1976, na República Dominicana, junto a seus comparsas, que pertenciam a cinco organizações terroristas, e, juntos, estabelecem a Coordenação de Organizações Revolucionárias Unidas (CORU). E inicia uma criminosa ofensiva terrorista contra Cuba.

Os principais atentados dessa escalada terrorista em 1976 foram: a bomba colocada na Embaixada de Cuba em Lisboa, Portugal, onde morreram dois diplomatas cubanos; o assassinato de um técnico de pesca na cidade de Mérida, Yucatán, em um frustrado atentado contra o cônsul de Cuba nessa cidade; sequestro e desaparecimento de dois diplomatas, membros da Embaixada de Cuba em Buenos Aires, na Argentina; uma bomba detonada na pista do vagão de cargas com bagagens destinadas a um avião de passageiros de Cubana de Aviação, no aeroporto de Kingston, Jamaica; em setembro desse ano, a Omega 7, uma das organizações terroristas integrantes da CORU, em colaboração com a ditadura militar chilena, assassinou Orlando Letelier, ex-ministro das Relações Exteriores do governo da Unidade Popular do presidente Salvador Allende, e sua secretária, Ronni Moffit, explodindo seu carro no Dupont Circle, no centro de Washington D.C; y, claro a explosão do avião civil de Cubana de Aviação.

Entre os diferentes alvos da campanha terrorista de mais de cinco décadas contra o povo cubano encontram-se: a destruição ou sabotagem de objetivos civis dentro do país; ataques contra instalações no litoral, naves áreas, mercantes e pesqueiras; atentados contra instalações e funcionários cubanos no exterior, inclusive dentro de sedes diplomáticas; tentativa de assassinato contra os principais dirigentes da república; introdução de gérmens e pragas contra a agricultura e a pecuária; e introdução de doenças humanas, inclusive contra menores de idade.

As consequências dessa campanha desleal são mais de 3.478 cubanas e cubanos que perderam suas vidas e mais de 2.099 ficaram incapacitadas.

No dia 6 de outubro de 2001, menos de um mês depois do trágico atentado terrorista em Nova Iorque, Washington e Pensilvânia, no ato que lembrava os 25 anos do atentado contra avião da Cubana, durante um discurso, em Havana, o presidente cubano, Fidel Castro, disse:

"O frio número de 73 pessoas inocentes assassinadas em Barbados, não diz tudo quanto ao sentido e a magnitude da tragédia."

Seguramente os estadunidenses  o compreenderão melhor se comparamos a população de Cuba de 25 anos atrás, com a dos Estados Unidos no 11 de setembro de 2001, de forma proporcional. A morte de 73 pessoas no avião cubano, abatido no ar, é o que significaria para o povo dos Estados Unidos que 7 aviões da linha aérea norte-americana, como mais de 300 passageiros cada um, fossem destruídos em pleno voo no mesmo dia, a mesma hora, por uma conspiração terrorista.

Si vamos um pouco mais longe e tomamos em conta que 3.478 cubanos foram mortos durante mais de 42 anos, vítimas das ações agressivas, incluídas a invasão de Playa Girón e todos os atos de terrorismo que Cuba já sofreu, originados dos Estados Unidos, é como se nesse país tivesse morrido cerca de 88.434 pessoas. Um número quase igual ao número de estadunidenses  mortos nas guerras da Coreia e Vietnã, juntas."


Nada disso que está escrito aqui é novo, ao contrário, muitas dessas questões são amplamente conhecidas. Mas que outra coisa podemos fazer para conseguir fazer justiça a todas estas vítimas, assassinadas ou incapacitadas, por estas monstruosas campanhas terroristas e, além disso, para que o povo cubano um dia, não muito distante, possa viver e desenvolver-se livremente e em paz, que denunciar, denunciar e denunciar aos terroristas, seus crimes e a política que os sustenta? Esmagá-los com a verdade e a exatidão.

Por: Andrés Gómez, diretor da Areítodigital
Fonte: teleSur - http://multimedia.telesurtv.net

                                                                  VENCEREMOS !!!

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