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23 de abr. de 2019

Contra o Bloqueio Genocida: Maior Solidariedade Internacional


Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos




Foto: Bill Hackwell
A agressão contra Cuba e a retórica da administração Trump voltaram no dia ontem a Miami ante os mercenários da Brigada 2506.

O assessor de segurança nacional, John Bolton, "falcão de guerra", também conhecido como John "bomba" Bolton, promotor da mudança de regime em Irã, Síria, Líbia, Venezuela, Cuba, Nicarágua, Somália, Iêmen e Coréia do Norte e um dos primeiros incentivadores da guerra no Iraque anunciou o fato  ao mesmo tempo e no mesmo dia em Washington oficialmente ante a imprensa o ex diretor da CIA e atual Secretário de Estado Mike Pompeo. 

A partir de 2 de maio se porá em vigor os títulos III e IV da Lei Helms-Burton que desde 1996 foram suspensos a cada seis meses por razões de política exterior estadunidense. 

Escolher o 17 de abril para anunciar as novas medidas que internacionalizam o bloqueio genocida contra Cuba demonstra a cegueira e ódio do atual governo estadunidense para com um país que o único que tem feito desde 1959, é defender sua soberania e conseguir reconhecimento mundial por seu caráter humanitário, altruísta e solidário em matéria de saúde e educação. 

Cuba não exporta bombas, guerras nem ocupa países; não propicia a mudança de regime em nenhum país. Cuba leva  seus médicos aos lugares mais remotos do planeta para curar as feridas que o capitalismo provoca a milhões de pobres na terra.

Ironicamente em 17 de abril de 1961, os Estados Unidos sofreram sua primeira derrota no continente americano quando forças mercenárias patrocinadas pela Agência Central de Inteligência - CIA- desembarcaram em Praia Girón para invadir Cuba, mas foram derrotadas em apenas 72 horas. A espinha ficou fincada na jugular do imperialismo e a pequena Cuba conseguiu inclusive que EE.UU reconhecesse o custo dos numerosos danos provocados durante a fracassada invasão. A vergonhosa derrota de Girón foi estrepitosa. 

O cinismo de eleger esse dia baseia-se na necessidade de contar com o mais retrógrado do eleitorado da Flórida ante as próximas eleições. 

As novas medidas anunciadas por Pompeo e Bolton vão além de um retrocesso nas relações bilaterais que conseguiram o maior avanço durante a administração de Obama. Têm como objetivo fundamental destruir a Revolução e que Cuba volte a ser sua colônia.

A lei Helms-Burton repudiada pelo mundo por seu caráter extraterritorial desde sua promulgação em 1996, pretende apresentar ante as cortes de EE.UU demandas judiciais por propriedades que com toda justiça  foram nacionalizadas no começo da Revolução. A partir de maio poderão apresentar reclamações contra uma lista arbitrária na qual incluem a entidades cubanas e estrangeiras, sem importar que estejam fora da jurisdição dos Estados Unidos, em violação flagrante ao Direito Internacional. A brutalidade da lei e seus capítulos adverte sancionar e impedir o rendimento a EE.UU aos empresários que têm negócios em Cuba, inclusive com seus familiares. 

Limitará novamente, como na época de Bush (filho), as remessas que os residentes cubanos em EE.UU enviam a seus familiares, reduzirá mais ainda as possibilidades dos estadunidenses de viajar à ilha e aplicará fortes sanções financeiras. Já foram afetados 44 barcos de transporte de petróleo de Venezuela a Cuba e seis companhias, várias europeias. 

Para reviver a doutrina Monroe, Bolton anunciou sanções contra "a trinca da tirania", o novo "eixo do mal" que integram Cuba, Venezuela e Nicarágua. O Departamento do Tesouro sancionará o Banco Central de Venezuela e o Banco Corporativo de Nicarágua.

Os que  enchem a boca falando de democracia, liberdade e direitos humanos deveriam ser perguntados porque tanto ódio de Estados Unidos com Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Ao melhor estilo da propaganda nazista de Goebbels "mente que algo fica", se acusa a Cuba do que só o imperialismo é capaz de fazer e conceber. Desde os supostos ataques sônicos jamais comprovados "finalmente eram só os grilos" afirmavam ironicamente dois jornalistas de investigação estadunidenses sobre o último seriado ao pior estilo James Bond, cuja narrativa valeu para esvaziar as embaixadas de ambos países, provocar o retrocesso das relações ao extremo, sem arrolar prova alguma da suposta agressão de Cuba, o país mais agredido do planeta pela potência maior da história. 

Parafraseando o cineasta estadunidense Saul Landau, quando dizia "Me expliquem outra vez... o que nos fez Cuba? “

Será que Estados Unidos não suporta o "mau exemplo de Cuba" por ter escolhido  uma forma diferente de organizar sua sociedade, onde o ser humano e não o dinheiro está no centro do sistema e das prioridades da nação. Em  que a solidariedade é parte da vida quotidiana de um povo alegre e culto, onde se treinam médicos de forma gratuita, incluídos estadunidenses, para regressar às suas comunidades pobres e aplicar o que aprenderam em Cuba, que jamais tem causado dano algum ao país do norte nem a nenhum outro país, e que tem estendido sua solidariedade em momentos difíceis em todo mundo.

Acusa-a  também de ser a base da resistência, hoje tão heroica como a cubana, do povo e governo de Venezuela Bolivariana contra o golpe e a brutal agressão de EE.UU. 

Tanto subestimam  nossos povos, tão grande é o desprezo e o insulto à inteligência, que tentam convencer a opinião pública internacional, que o fantoche impostor que apresentaram ao mundo para tratar de despojar do poder ao legítimo Presidente Nicolás Maduro e os infinitos chamados à deserção  da Força Armada Nacional Bolivariana se deve à suposta presença militar de Cuba nesse país irmão. 

Há que ser cínico e ruim para negar a verdade: o único que tem Cuba em Venezuela são as mãos curadoras de seus médicos e o exemplo digno de sua resistência. Isso é definitivamente  o que tanto teme o império.

A resposta do governo e do povo têm sido contundentes. As cubanas e cubanos estão preparados para resistir, demonstraram-no  durante seis décadas. Todas as administrações anteriores, democratas ou republicanas viram fracassar uma depois de outra, a política retrógrada marcada  pelo ódio e a hostilidade. Nem o caráter genocida do bloqueio, nem as arbitrárias e injustas sanções extraterritoriais, nem os atentados terroristas que encheram de luto as famílias cubanas, nem as campanhas imorais de difamação puderam fazer que Cuba retrocedesse um milímetro na defesa de sua soberania, sua solidariedade internacional e o caráter socialista de sua Revolução.

As medidas do governo de Trump anunciadas pelos dois expoentes da guerra constituem o pior de uma velha política criminosa e fracassada, que de vez em quando tem  explodido contra a vontade de um povo decidido a ser livre, independente e soberano. 

O Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, recusa com todas suas forças a agressão feroz contra a Revolução cubana, farol aos amigos do mundo a se mobilizar em defesa de Cuba Socialista e os países agredidos da região. Lume a repudiar a política do governo belicista e imoral de Donald Trump. 

Contra o bloqueio genocida: Maior solidariedade Internacional

Contra a Doutrina Monroe: Consenso de Nossa América. 

Contra a guerra e a intervenção: Defendamos a  proclama América Latina e o Caribe Zona de Paz.

Contra a agressão do imperialismo e seus lacaios: Unidade dos que lutam e resistem em uma grande Frente Antifascista.

Nem um passo atrás! Yanquis recordem Girón!!!

Viva Cuba Soberana, Livre e Socialista!!

18 de Abril, 2019








Comité Internacional Paz, Justicia y Dignidad a los Pueblos

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