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23 de nov. de 2019

Cuba condecora Lula com a Ordem Carlos Manuel de Céspedes



                  Encarregado de Negócios Rolando Gómez na homenagem a Lula 

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje a Ordem Carlos Manuel de Céspedes, distinção que lhe outorga o presidente da República de Cuba, durante o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT).

Tal ordem, assinada pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, entrega-se a cidadãos cubanos e estrangeiros que se destaquem na luta pela libertação nacional dos povos.

Também pela amizade demonstrada com a Revolução cubana ou pelo prestígio internacional atingido nas lutas políticas, sociais ou econômicas a favor dos povos ou por valiosas contribuições à consolidação da paz e à coexistência pacífica.

A distinção foi colocada no peito de Lula pelo Encarregado de Negócios da Embaixada de Cuba no  Brasil, Rolando Gómez, durante a jornada de abertura do congresso do PT, que se celebra em São Paulo e se estenderá até domingo.

Recentemente Lula qualificou de vergonhoso o voto do Brasil nas Nações Unidas a favor do bloqueio que os Estados Unidos impõem a Cuba há quase seis décadas.
"É um desrespeito de alguém que não se respeita. É a forma de comportar-se de alguém que não se respeita", afirmou o ex-dirigente operário durante uma extensa entrevista com o jornalista Fernando Morais, do canal Nocaute, no YouTube.
Esta foi a primeira entrevista desde que o ex-metalúrgico foi posto em liberdade em 8 de novembro depois de cumprir 580 dias de prisão política na sede da Polícia Federal de Curitiba, capital do  estado do Paraná.

Durante a votação na Assembleia Geral da ONU, Cuba recebeu em 7 de novembro o respaldo esmagador da comunidade internacional, quando 187 Estados membros se pronunciaram contra o bloqueio  econômico, comercial e financeiro de Washington.

                                          Brasil rompe tradição e vota contra Cuba em 2019

Só dois países se abstiveram: Colômbia e Ucrânia; enquanto Estados Unidos, Israel e Brasil votaram na contramão do levantamento do cerco e ficaram isolados ante o reclamo da maioria da comunidade internacional.

Para Lula, os membros do Governo de Jair  Bolsonaro "não sentem o menor respeito nem por eles mesmos, nem por nosso país. Ser solidário com Cuba é uma questão de defender a soberania de um país", apontou.

O fundador do PT denunciou que Estados Unidos não tem o menor direito de fazer tudo que fazem.

"Consideram que podem bloquear, que podem fazer uma série de coisas. No entanto, um bloqueio, em certas  ocasiões é mais mortífero que uma guerra, porque na guerra é briga e você faz o que tem que fazer, mas um bloqueio mata crianças, mata idosos, mata mulheres nos hospitais".


"Então, sinceramente foi uma atitude vergonhosa, que merece todo o repúdio", ressaltou o ex-sindicalista, que também desde o poder lutou por erradicar a pobreza, a fome e a desnutrição infantil.

Graças a programas sociais, Lula tirou da pobreza mais de 30 milhões de brasileiros e defendeu em toda tribuna as causas justas, bem como a integração latino-americana e caribenha.



Dois milhões de assinaturas pela liberdade de Lula



Cuba entregou hoje ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva as assinaturas de dois milhões 61 mil 565 cidadãos dessa ilha que demandaram sua liberdade quando cumpria prisão política na cidade de Curitiba.


A entrega das assinaturas foi realizada por Angel Arzuaga, vice-chefe e coordenador do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), durante o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT), que se celebra em São Paulo até este domingo.

Ressaltou que as assinaturas foram recolhidas em somente 14 dias, em apoio à campanha internacional para a anulação dos julgamentos do ex-presidente.


Arzuaga declarou que estas assinaturas se entregam em nome do povo de Cuba; do amigo de Lula, o líder histórico da Revolução, Fidel Castro Ruz; do general de Exército Raúl Castro, primeiro secretário do PCC; e do presidente Miguel Díaz-Canel.
                Entrega das mais de 2 milhões de assinaturas no evento em Havana 03/11/2019

Também, assinalou, "de todo o povo de Cuba incluídos os médicos cubanos que estiveram aqui no programa Mais Médicos", que atenderam 60 milhões de brasileiros.
Declarou que se entregou este quadro (foto de uma saudação entre Lula e Fidel Castro com o número de assinaturas) em Havana à presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, durante o Encontro Antimperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo.


                                   Gleisi Hoffman recebe as assinaturas em Havana 



(Com informação de Prensa Latina)


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