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15 de abr. de 2020

Cotidiano em Cuba . Agora, é uma brasileira que relata (e um latino-americano residente na França) #BloqueoNoSolidaridadSi

Mais um testemunho do cotidiano em Cuba durante a pandemia. Uma brasileira residente no país nos conta como segue o dia a dia em Havana e as medidas tomadas no combate ao coronavirus.



"Desde o dia 11/3, quando foram identificados os primeiros casos, há um acumulado de mais de 18 mil amostras analisadas.   Para se ter uma ideia do nível do trabalho, dos identificados como positivos, há um percentual que varia entre 40 e 65 % de pessoas que não apresentavam sintomas e descobriram graças à busca ativa.  As informações são diárias e repetidas e as medidas de prevenção levadas a sério.
Por aqui usam vários medicamentos, a maioria de produção nacional como o antiviral Interferon Alfa 2B, que vários países já solicitaram e ajudou a salvar vidas na China, onde há produção com tecnologia cubana.
 Somente serviços essencias são ofertados, com segurança sanitária: uso de máscaras, assepsia dos locais, dos ônibus que transportam trabalhadores.
A busca é incessante e há vigilância médica para os que tem diabete, hipertensão, problema renal, HIV, problemas respiratórios, dentre outros.
E casos vão surgir porque há busca e exames laboratoriais constantes. Com prioridade há incremento na oferta de produtos alimentícios, de higiene e asseio. São antecipadas ofertas de mais camas, locais para isolamento, etc., até nas prisões!!!! 
Já tomei a última dose de PrebengHo Vir que o governo está entregando nas casas, por meio da enfermeira da família. É homeopático e aumenta a imunidade. São 5 gotas sublinguais 
Aqui o sistema é preventivo terapêutico a partir do triunfo da Revolução  e não há como colapsar, pois há um excelente protocolo de atendimento.
Realmente me sinto protegida. A saúde é pensada em sua totalidade.
A solidariedade e o humanismo se expressam na Ilha e internacionalmente, com a chegada das brigadas médicas cubanas a vários países, chamadas pelo eterno Comandante em Chefe Fidel Castro de 'Exército de batas brancas'.

Viva Cuba socialista!"




E para se poder fazer uma mínima comparação, um testemunho  de um latino-americano residente na França:


"A um mês de confinamento na França. Aqui seguimos encerrados e sem saber que vai passar. Somos um barco sem capitão, sem o mínimo necessário para enfrentar o vírus, pois nem máscaras existem. Também não há luvas para médicos e enfermeiras. Às 20h  não  aplaudi nem uma vez. Dá-me até vergonha fazê-lo para quem está na primeira linha da batalha. Isso está bem, mas eles continuam com baixos  salários e, o pior, sem meios para enfrentar semelhante crise e arriscando suas vidas. Como os transportadores e vendedores de alimentos, os lixeiros (o que faríamos sem esse fundamental serviço invisível)!!
 Mas vamos adiante! Sem saber aonde vamos, além  de estar encerrados. Encerrados em reduzidos espaços, que já fizeram aumentar em 40% a violência familiar. Onde três filhos devem fazer suas tarefas em um só computador, se existe. Estamos como o dito: não sabemos aonde vamos, mas tratemos de chegar primeiro!!
França, timidamente reconheceu-se, está como um país do terceiro mundo em nível de serviço de saúde, embora seja a quinta economia do mundo e o terceiro exportador de armas...
Saber que não existe um capitão e um plano concreto para enfrentar o mal, pesa muito no ânimo da maioria. Não há coisa que mais destrua em todos os sentidos que a impotência. E isso é o que destrói nestes momentos. A incompetência de um Estado. De um Estado cujo sistema de saúde se destruiu para o benefício de uns poucos. E a imprensa calando ou manipulando a quantidade de mortes e a realidade global do problema. Grandes cúmplices da grave situação. A imensa maioria de mortes por este vírus são crimes, pois podiam ser evitadas.
 E os grandes empresários só abrem suas bocas de exploradores para dizer que os trabalhadores devem aproveitar seus dias de férias pagas. Pois este confinamento é como umas férias, dizem os grandes patrões. "Trabalhar um pouco mais", para recuperar seus lucros perdidos. Sem recordar que têm sido eles e seus políticos os responsáveis pela destruição dos sistemas de proteção social para próprio benefício. Pressinto que daqui a pouco as pessoas vão começar a sair às ruas porque não suportam mais um encerramento do que não se sabe nada.
Normalmente nestes momentos é que aparecem os líderes espontâneos. É nestes momentos que os da esquerda deveriam mostrar o caminho que tanto dizem que deve ser trilhado. É o momento que deixem de criticar e se queixar, tarefa contínua, ao governo e proponham  quem oriente. Com certeza as pessoas os seguiriam ante o vazio do Estado. Mas Nada. Aqui nem Melenchon. E mal tem proferido duas palavras, que também não mostram caminho. Por sorte a extrema direita também está sem reagir.
E o descontentamento é imenso. Quase ninguém acredita em  Macron . Já nem seus ministros falam porque em cada frase dizem o contrário da anterior ou não dizem nada. E o pior: mentem flagrantemente ou contradizem  Macron , que já tinha falado repleto de contradições ou mentiras. Por isso, pela raiva que sobe e sobe entre as maiorias, os que já se estão preparando são o sistema repressivos para o dia que se possa voltar à rua em massa, pois o sistema sim, sabe se defender. Abraços" 

 Hernando Calvo Ospina

Tradução: Comitê Carioca de Soliariedade a Cuba
Recebidos por mensagens pessoais.

Um comentário:

  1. Essa e nossa realidade! Precisa de Muito conciencia! Ainda que e un trabalho muito dificil, nos vemos que vencer

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