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29 de jun. de 2020

CIA orienta a buscar informações sobre médicos cubanos.


                                                               Foto: Internet
Por Arthur González 

Cumprindo ordens de Mike Pompeo, Secretário de Estado e ex-diretor da CIA, seus antigos subordinados buscam intensamente informações sobre as brigadas médicas cubanas, que prestam ajuda solidária em países carentes de profissionais da saúde.
Estados Unidos fornece três milhões de dólares para que a CIA pague seus informantes, com o propósito de continuar as campanhas contra Cuba, situação que se converteu em psicose para afogar economicamente,  cortando todas as entradas de divisas, supostamente para “ajudar o povo”.
Informações de alguns meios de imprensa e jornalistas a seu serviço, revelam suas fontes e desmascaram  quem trabalha sob as ordens de oficiais encobertos, disfarçados de secretários de imprensa e cultura, diplomacia pública e outros cargos ocupados para o trabalho secreto da CIA.
Não há necessidade de ser especialista para perceber  como a CIA deixa sua marca indelével  onde os médicos cubanos fazem seu trabalho de missionários da saúde, salvando vidas e preparando a população para prevenir doenças, algo que nenhum médico estadunidense está disposto a fazer.
Centenas de páginas escrevem os assalariados da CIA, qualificando de “escravos” os médicos cubanos, ao alegar que o governo não lhes paga o salário contratado, disparate iniciado há alguns anos para tratar de que abandonassem as missões, sob a promessa de  vistos  dos Estados Unidos, dentro do programa Cuban Medical Professional Parole, aprovado em setembro de 2006.
Jair Bolsonaro, foi o primeiro a recusá-los para cortar o rendimento de dinheiro a Cuba, seguido por Lenin Moreno de Equador e a golpista de Bolívia, mas as missões cubanas continuam sua ajuda em outros países que suportam as pressões e ameaças ianques, só interessados em estrangular economicamente  Cuba e não pela saúde dos necessitados.
Ante o repentino aparecimento da Covid-19, muitos países que não dispõem de suficientes médicos e enfermeiros com o preparo e experiência dos cubanos, solicitaram apoio de Cuba, de imediato a brigada Henry Reeve, especializada em  combate a doenças em casos de desastres naturais e graves epidemias como o cólera e o ébola, foram enviados,  causando aos ianques um desgosto imprevisível.
A CIA voltou à carga para desesperadamente buscar informação dos salários que pagam pelo pessoal cubano e reiniciar a fracassada campanha de que são “escravos”.
Jornais e redes sociais publicam as supostas cifras que vários países pagam pelo trabalho dos médicos e enfermeiros cubanos, evidenciando os requerimentos da CIA, como o caso da África do Sul, onde o deputado Siviwe Gwarube, exigiu do ministro de Saúde, Zweli Mkhize, detalhes de quantos cubanos trabalhariam no país, suas especialidades, domínio do inglês e os custos.
A resposta do ministro foi “filtrada” à imprensa: “Cuba enviou187 especialistas médicos, que assistirão a cidadãos contra a Covid-19 e trabalharão em zonas onde o país não conta com pessoal suficiente”.
“A maior parte do dinheiro, quase 10,4 milhões de dólares, será para salários de 116 médicos de família; 1,5 milhões se utilizarão para pagar o trabalho de 32 tecnólogos da saúde; outros 883.000 dólares para 18 epidemiólogos e 1,2 milhões para 13 bio estatísticos”.
O ministro afirmou que Pretoria garantirá o alojamento dos médicos, desembolsando 367 mil dólares.
Outro caso é Peru, país onde correu a informação do montante de dinheiro que pagarão pelo trabalho de 85 médicos cubanos, para combater a pandemia do Covid-19.
Uma prova da intensa busca que fazem os ianques,  contribuiu o diário peruano Gerenciamento, ao publicar que tinha tido acesso ao contrato entre o Ministério da Saúde (MINSA) de Peru e Havana, onde consta o salário de 2 mil dólares mensais para 50 médicos e 35 enfermeiros, integrantes do contingente Henry Reeve.
O pessoal cubano foi solicitado pelos governadores de Ayacucho, Moquegua, Arequipa e Áncash, ante a falta de médicos e enfermeiros peruanos para atender aos 200 mil contagiados pelo Coronavirus, causando  mais de 5 mil 500 mortos, situação que não preocupa os  Estados Unidos.
O governo de Donald Trump ao saber  que a exportação de serviços médicos é uma das principais fontes de renda para Cuba, desatou uma perseguição implacável para  cortar os cerca de 6 mil 400 milhões de dólares que se calculam.
Contra o governo mexicano levam a cabo uma raivosa pressão, para que não aceitem os profissionais cubanos. Publicações financiadas por Estados Unidos, entre elas a mal denominada “imprensa independente” e outras arraigadas no sul da Flórida, acusam o governo de Andrés Manuel López Obrador, de “entrar em cumplicidade com formas de escravatura moderna”, ao aceitar os médicos cubanos.
Reiterando o método aplicado, o libelo Diário de Cuba, criado e sustentado pelos ianques, afirmou que teve acesso a detalhes do contrato assinado pelo Instituto de Saúde para o Bem-estar e Cuba, sem explicar como conseguiu chegar a um documento oficial.
Demonstrando que sua prioridade informativa é só o dinheiro que Cuba recebe, publicaram a cifra de10 mil 693 dólares que o México gastará por cada especialista, e asseguram que a informação foi fornecida por  uma fonte do governo da Cidade de México, nada mais semelhante  a uma ação de espionagem encoberta pelo jornalismo.
Cuba enviou especialistas em Medicina Geral Integral, biomédicos, especialistas em medicina crítica, medicina interna, epidemiólogos e enfermeiros, já que a pandemia cobra exige muito do México, onde seus especialistas não são suficientes.

                                                 Duas visões de mundo bem diferentes
Essa busca de informação ordenada pela CIA tenta sabotar os contratos com Cuba. Um exemplo patente são os detalhes obtidos por seus agentes situados na imprensa, entre eles os termos contratados, salários, tempo de permanência, especialidades e lugares de trabalho.
Empenham-se em determinar os tipos de contratos, ao afirmar que Cuba os rubrica com governos locais, como nova estratégia para oferecer seus serviços.
Esta informação está priorizada pela CIA para entorpecer os contratos, pois segundo o mencionado libelo, executam-no também em Peru, na região italiana da Lombardía, e tentaram  fazê-lo com comunidades autônomas espanholas, como as de Valencia e Cataluña, prova do rastreamento que fazem às atividades médicas cubanas.
A insistência é inverossímil, porque em vez de preocupar pelo combate  que o México faz  à pandemia, a quantidade de profissionais da saúde de que dispõem, número de hospitais e equipes para os centros de terapia intensiva, só buscam detalhes relacionados com o salário.
Um “jornalista” de Diário de Cuba, no último 3 de junho  solicitou à secretária de Saúde da capital mexicana, informação a respeito de se a Secretaria de Finanças da CDMX é quem paga dito acordo,trabalhos específicos que realizam os médicos cubanos e especialidades, se o contrato assinado é público e a possibilidade de obter uma cópia do mesmo, se o grupo de médicos cubanos enviados a Veracruz fazem parte do mesmo convênio e se o custo do hospedagem está incluído, elementos que comprovam as orientações da CIA, porque esses detalhes servirão para suas próximas estratégias anticubanas.
Sutil foi a ameaça do “jornalista” à servidora pública mexicana, ao recordar-lhe: “A relatora da ONU para Formas Contemporâneas de Escravatura e a relatora sobre Tráfico de Pessoas, demandaram explicações ao governo cubano sobre o trabalho que realizam seus médicos no exterior, advertindo que isso poderia constituir trabalho forçado”.
A chave de ouro da perseguição ianque contra a economia cubana,foi exposta por Mike Pompeo, ao exigir, em 10 de junho 2020, à Organização Panamericana da Saúde (OPS), aclarar seu papel no envio de missões de médicos cubanos ao Brasil, durante o governo de Dilma  Rousseff, repetindo a mentira de que os cubanos eram obrigados a um “trabalho escravo”.
Seu verdadeiro interesse é cortar a entrada de dinheiro, exigindo  à OPS explicar o pagamento a Cuba de mil trezentos milhões de dólares, sem se discutir previamente no Conselho Executivo dessa organização, ameaçando-a com mudanças: “Como  fizemos com a OMS, a administração Trump exigirá a rendição de contas de todas as organizações internacionais de saúde, que dependem dos recursos dos contribuintes estadunidenses”.
A perseguição desatada ante a contratação do pessoal médico cubano, toca também aos governos de Noruega e Luxemburgo, acusados por Cuban Prisoners Defenders (CPD), em 10 de junho, de colaborar com o esquema de escravatura”, que supõem as brigadas médicas cubanas em Haiti e Cabo Verde.
Ninguém fica isento da caçada e por isso O Novo Herald, publicou que Argélia não paga o salário dos médicos cubanos desde março 2020, dos 71 milhões de dólares anuais que contempla o acordo com Cuba, elemento divulgado “casualmente”, em 21 de maio 2020 pelo diário argelino Journal Officiel.
Estados Unidos vomita ódio, ao ver que os profissionais da saúde de Cuba prosseguem seu trabalho de salvar vidas. Daí que a CIA se tenha rebaixado, ao ponto de utilizar o pouco confiável e desprestigiado apresentador , Alex Ota-Onda,  facilitando uma cópia de um contrato entre Angola e uma empresa cubana, para o trabalho de médicos cubanos.
A verdade impõe-se para desgosto dos ianques, por isso muitos países, organizações e personalidades mundiais, propuseram o Prêmio Nobel da Paz.ao contingente internacional Henry Reeve.
 Recordemos sempre o que disse José Martí:
“Cuba não anda de pedinte pelo mundo”

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

                                                             #NobelBrigadasMedicasCubanas

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