ÍNDICE

30 de set. de 2020

Cuba eleita membro do Comitê Executivo da OPAS : e mais uma vez os EUA ficam isolados....



Durante o segundo dia de sessões do 58º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Cuba foi eleita, juntamente com o Suriname e o Brasil, para integrar o Comitê Executivo da Organização por um período de três anos.


Em uma manobra grosseira, Kristen Pisani, Diretora do Escritório de Assistência Econômica e Desenvolvimento do Departamento de Estado dos Estados Unidos interveio para se opor "categoricamente" à candidatura cubana. O representante dos Estados Unidos reiterou as mentiras e acusações da campanha que o governo dos Estados Unidos desenvolve há meses para tentar vincular a cooperação médica internacional de Cuba ao tráfico de pessoas. Em suas palavras, ele também incorporou o questionamento do programa Mais Médicos pelo Brasil. O Representante dos Estados Unidos afirmou que a eleição de Cuba seria ofensiva e que poderia “minar os princípios dessa Organização”.

Após essa intervenção dos Estados Unidos, a Vice-Ministra de Saúde Pública da Ilha, Dra. Marcia Cobas, rejeitou as acusações do funcionário do Departamento de Estado e descreveu como lamentável que o governo dos Estados Unidos reiterasse essas falsidades novamente.

A Vice-Ministra cubana defendeu o direito de Cuba de ser eleita para o Comitê Executivo e qualificou de desrespeitosa e imoral a tentativa de vincular o tráfico de pessoas ao nobre trabalho de nossa equipe médica, que, destacou, “atua de forma voluntária e generalizada vão para lugares onde outros serviços de saúde não  vão”.

A representante de Cuba mencionou a existência de um fundo de 3 milhões de dólares que o governo dos Estados Unidos destinou para comprar falsos testemunhos que procuram documentar as acusações ilegítimas contra a cooperação cubana. Com o mesmo propósito de sabotar programas de cooperação, esses recursos vêm acompanhados de pressões e incentivos como a concessão de vistos. Por fim, em sua resposta breve mas contundente, a representante de Cuba lembrou que a cooperação internacional de seu país foi reconhecida em várias partes do mundo, inclusive em organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas.

Marcia Cobas considerou a campanha dos EUA desprezível e digna de condenação internacional.

O vice-ministro cubano defendeu ainda os notáveis ​​resultados do programa Mais Médicos pelo Brasil, que tem sido objeto de ataque, politização e pretexto para a mais recente manobra dos Estados Unidos que impôs, por meio de chantagem financeira à Organização Pan-Americana da Saúde, uma "revisão externa" do referido programa, conforme denunciado ontem pelo Ministro da Saúde Pública de Cuba, Dr. José Angel Portal Miranda.

Depois da resposta de Cuba, o Conselho de Administração aprovou a resolução para a eleição dos três candidatos, rejeitando assim a desesperada manobra dos Estados Unidos. Mais uma vez, os Estados Unidos ficaram totalmente isolados em sua agressão a Cuba.

Ao final do dia, foram aprovadas as propostas da delegação cubana para reforçar a importância da cooperação internacional e da solidariedade na resolução sobre a pandemia COVID-19 na região das Américas.

Durante os dois dias de sessões do 58º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, vários Estados membros, durante suas intervenções, agradeceram e reconheceram Cuba pela cooperação prestada na área da saúde.


Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

http://www.cubadebate.cu/noticias/2020/09/29/cuba-electa-miembro-del-comite-ejecutivo-de-la-ops-pese-a-la-oposicion-de-ee-uu/#.X3SSvGhKjIV

(Com informações da Minsap)



                 Participe: www.cubanobel.org/assine_a_peticao

29 de set. de 2020

Resposta contundente do Ministro da Saúde de Cuba ao representante dos EUA na OPAS

 Palavras do Ministro da Saúde Pública de Cuba, José Angel Portal Miranda em resposta à Intervenção do representante dos Estados Unidos Garret Grigsby, no 58º Conselho Diretor da OPAS:








Senhor Presidente:

Não foi Cuba que politizou este fórum. É o governo dos Estados Unidos que, incapaz de obter apoio internacional para sua campanha desonesta contra a cooperação médica internacional de Cuba, tenta atropelar o trabalho desta organização.

Se os Estados Unidos se importassem com a renda do pessoal de saúde cubano, já teriam levantado o bloqueio.

Em vez de atacar Cuba, que soube proteger sua população e ajudar a outros, os Estados Unidos deveriam melhorar sua gestão catastrófica da pandemia e garantir a saúde de seus cidadãos.

O país mais rico da região, com mais de 200.000 mortos, sem poder garantir a vida e a saúde de seus cidadãos, mente e tenta politizar o trabalho desta Organização.

As falsas denúncias dos Estados Unidos também constituem um desrespeito ao trabalho de Cuba contra o tráfico de pessoas e à política de tolerância zero que nosso país mantém contra este flagelo.

Sem o apoio da comunidade internacional que a cada ano pede o fim do bloqueio desumano contra o povo cubano, o governo dos Estados Unidos inventou todas essas denúncias que aqui foram feitas e que rejeitamos veementemente.


Muito obrigado.

#CubaPorLaVida

Ministro da Saúde de Cuba na OPAS : "Nada impediu Cuba de garantir saúde de qualidade ao nosso povo, sem renunciar ao princípio da solidariedade que nos distingue."

Intervenção do Ministro da Saúde Pública de Cuba no 58o Conselho Diretor da Organização Pan-americana  da Saúde 

Ministro da Saúde Pública Dr. José Angel Portal Miranda . Foto: Minsap                                                       

 

Dra. Carissa Etienne; senhor Presidente, ministros ilustres, outros delegados:

Solicito que plataformas virtuais inclusivas sejam utilizadas em reuniões futuras. ZOOM não é acessível de Cuba em igualdade de condições, devido às restrições do bloqueio dos Estados Unidos.

Prezado Diretor, o relatório apresentado sintetiza os resultados alcançados nestes meses complexos.

Cuba reconhece o trabalho do Diretor e da Organização neste período e se junta ao principal desafio que hoje nos convoca: a pandemia COVID-19, que infelizmente é na  região das Américas que mais afeta . Acrescento-me as condolências aos familiares e amigos daqueles que morreram por esta causa.

Visto que esta doença representava um risco para nosso povo, seu enfrentamento e controle tem sido uma prioridade do Governo cubano. A intersetorialidade, o imediatismo na tomada de decisões, a organização dos serviços e a atenção individualizada com enfoque integral têm permitido obter resultados favoráveis ​​e evitar o colapso dos serviços.

Nossa força é ter um Sistema Único de Saúde é universal, inclusivo, gratuito, acessível a todos, que prioriza a Atenção Básica e que possui  9,0 médicos por mil habitantes.

O trabalho do pessoal de saúde e dos cientistas e pesquisadores tem sido fundamental. Nossos protocolos de atendimento e o uso de medicamentos desenvolvidos por nossa biotecnologia e indústria farmacêutica têm permitido a recuperação de 87% das pessoas infectadas e que o índice de letalidade esteja abaixo da média regional e mundial.

Cuba está trabalhando em uma vacina candidata contra COVID-19, que se encontra em fase de ensaio clínico.

Esses resultados foram possíveis apesar do bloqueio econômico, comercial e financeiro do Governo dos Estados Unidos, que se intensificou em tempos de pandemia.

No entanto nada impediu Cuba de garantir saúde de qualidade ao nosso povo, sem renunciar ao princípio da solidariedade que nos distingue.

A pedido de vários governos, 52 brigadas do Contingente “Henry Reeve” colaboram na luta contra a pandemia em 39 países, 22 deles na região das Américas. Essas brigadas se juntaram aos 28 mil profissionais que já atuavam em 58 nações.

Nada pode impedir Cuba de continuar seu trabalho de solidariedade; nem o bloqueio injusto, nem as constantes tentativas do governo dos Estados Unidos de desacreditar e obstruir a cooperação médica cubana, que ataca com uma campanha difamatória que não pode minar o nobre trabalho de nosso pessoal de saúde.

As manobras dos Estados Unidos contra Cuba foram estendidas à OPAS, ao decidir, sem qualquer mandato legal dos Órgãos Diretores, realizar uma revisão externa do programa Mais Médicos para o Brasil, do qual Cuba não foi previamente informada, apesar ser um dos principais atores desta cooperação. Esta avaliação é o resultado da chantagem financeira do Governo dos Estados Unidos à Organização e é realizada com base em termos de referência que antecipam os resultados.

Meu país denuncia e rejeita essas ações, que obviamente têm fins políticos, e que se valeram da Organização, tentando dificultar suas relações com alguns de seus Estados membros.

Tenham a  certeza de que a força da verdade sempre destruirá as mentiras.

Reiteramos nosso apoio ao papel desta Organização e nosso compromisso incondicional de continuar garantindo serviços de saúde para todo o nosso povo.

A partir deste espaço comum e inclusivo, ratificamos nossa total certeza de que a cooperação internacional e a solidariedade são essenciais para salvar a humanidade desta grave crise.

Muito obrigado.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

http://www.cubadebate.cu/opinion/2020/09/28/ministro-de-salud-publica-en-consejo-directivo-de-la-ops-nada-ha-impedido-a-cuba-garantizar-la-atencion-sanitaria-con-calidad-a-nuestro-pueblo-sin-renunciar-al-principio-de-solidaridad/







26 de set. de 2020

CUBANOS RESIDENTES NO BRASIL REPUDIAM CAMPANHA DE TRUMP CONTRA CUBA.

 


 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CUBANOS RESIDENTES NO BRASIL - JOSE MARTI

                                                              (ANCREB - JM)

 

                                                     NOTA DE REPÚDIO

 

Mais uma vez, o cruel e genocida desgoverno de Donald Trump ataca nossa amada pátria. Em flagrante violação do direito internacional. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu novas normas para proibir as importações de rum e charutos cubanos, bem como proibir o alojamento na ilha em hotéis ou propriedades controladas pelo governo cubano, funcionários do Estado ou pelo Partido Comunista e seus parentes próximos.

Nós cubanos que amamos nossa Pátria, firmemente unidos em nossa Associação do Brasil, levantamos nossa voz de repúdio diante dessas novas agressões que tentam subjugar o povo cubano, que em difíceis situações econômicas, agravadas pelo crescente bloqueio que nos impõe o império do Norte , empreende uma luta exemplar contra a pandemia que assola toda a humanidade e, ao mesmo tempo, envia a sua ajuda solidária a outros povos que lutam contra este mal.

Pare suas agressões, Sr. Trump contra Cuba. Perceba de uma vez  que nosso povo é inabalável, que nunca desistirá. Cuba, como sempre, continuará resistindo com firmeza e avançará com o povo unido à sua Revolução.

 

HASTA LA VICTORIA SIEMPRE

 

                                                                                                           Brasil, 26 de setembro de 2020







ASOCIACIÓN NACIONAL DE CUBANOS RESIDENTES EN BRASIL – JOSE MARTI

(ANCREB – JM)

NOTA DE REPUDIO

Una vez más el cruel y genocida desgobierno de Donald Trump agrede a nuestra querida Patria. En fragrante violación del derecho internacional. El Departamento del Tesoro norteamericano emitió nuevas regulaciones para prohibir las importaciones de ron y tabacos cubanos, así como prohibir también el hospedaje en la isla en hoteles o propiedades controladas por el gobierno cubano, funcionarios estatales o el Partido Comunista y sus familiares cercanos.

Los cubanos amantes de nuestra Patria, unidos firmemente en nuestra Asociación desde  Brasil alzamos nuestra voz de repudio ante esas nuevas agresiones que tratan de doblegar al pueblo de Cuba, que en situaciones económicas difíciles, agravadas por el creciente bloqueo que nos impone el imperio del Norte, libra una lucha ejemplar contra la pandemia que azota a toda la humanidad y, al mismo tiempo, envía su solidaria ayuda a otros pueblos que luchan contra ese mal.

Cesen sus agresiones señor Trump contra Cuba. Acabe de darse cuenta de que nuestro pueblo es inclaudicable, que nunca se rendirá. Cuba, como siempre, seguirá resistiendo firmemente y seguirá adelante con el pueblo unido junto a su Revolución.,

HASTA LA VICTORIA SIEMPRE

Brasil, 26 de septiembre del 2020


25 de set. de 2020

O Golpe do Prêmio da Baía dos Porcos ou o Burro Condecorado

Texto do Professor Raul Capote a respeito de um suposto prêmio que invasores mercenários da Baía dos Porcos em 1961 ofereceram ao atual inquilino da Casa Branca : 

A entrega do "prêmio" (versão/homenagem do Comitê)
                                                      

 O Golpe do Prêmio da Baía dos Porcos ou o Burro Condecorado


Raul Antonio Capote 

Donald Trump se gabou no Twitter de ter recebido um "prêmio muito importante, que não é concedido a qualquer um".

Mas é claro que não dão a qualquer um, Donald, uma vez que  não existe esse prêmio, é uma farsa da brigada de falsos "ajudantes de cozinha, coroinhas e sacristãos" que desembarcaram em Girón em 1961 e ainda estão com as pernas doendo de tanto correr.

É uma farsa, Donald, eles enganaram você, eles precisam de dinheiro para comprar 'pampers', estão com diarreia  desde abril de '61.

Agências como CNN e NBS investigaram, o prêmio não existe, personalidades importantes da emigração cubana, inclusive alguns integrantes do 2506 dizem que o prêmio Baía dos Porcos não existe.

Enfim, Trump,  inventaram isso para você, você merece, é o prêmio da desonra, da derrota e da vergonha.

Os mercenários após a derrota da CIA 

Essas pessoas foram selecionadas, treinadas e armadas em seu país, chegaram armadas até os dentes, amparadas por centenas de aviões e navios e, claro, foram recebidas com tiros. O que você esperava ou você também acreditou no conto do desfile em Havana em meio a aplausos do povo?

Não, Donald, foi o povo que os recebeu com seus fuzis, foram os cubanos que os fizeram correr, atirar ao chão as modernas armas ianques e gritar que tinham vindo como cozinheiros.

Eles foram recebidos pela Pátria ou Morte de um povo inteiro, o mesmo que você pretende matar de  fome agora e responde da mesma forma: PÁTRIA OU MORTE!


Saiba mais sobre a invasão fracassada em 1961 (1 min) :


Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

https://www.facebook.com/capotefernandez/posts/3352683474825027



23 de set. de 2020

EUA vão sancionar os turistas que permanecerem em propriedades do governo cubano e vão proibir a importação de charutos e bebidas da ilha

            Turistas americanos em Havana, Cuba, em 5 de junho de 2019  Alexandre Meneghini / Reuters

       O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira sua intenção de punir turistas americanos que, ao visitarem Cuba, se hospedem em propriedades do governo cubano.            Da mesma forma, pretende propor proibições à importação de charutos e bebidas do país caribenho.

       O presidente dos Estados Unidos inseriu esta decisão no quadro de uma “luta contínua contra a opressão comunista” mantida na sua administração, especificando que será o Departamento do Tesouro quem fará cumprir as sanções contra os turistas que violarem as novas regras.

    “Também restringimos ainda mais a importação de álcool e tabaco cubanos”, disse o presidente, em declarações coletadas pela Reuters, durante cerimônia na Casa Branca em homenagem aos veteranos da invasão da Baía dos Porcos.


Maior pressão sobre Cuba


    Essas novas manobras se somam a uma longa lista de medidas de pressão que Washington aplica ao governo cubano desde que Trump assumiu a presidência em janeiro de 2017.

      Foi ao longo de 2019, depois que Cuba deixou explícito seu apoio ao governo de Nicolás Maduro após a fracassada autoproclamação de Juan Guaidó, que as sanções dos Estados Unidos à ilha começaram a se tornar mais restritivas.

      No início de junho daquele ano, Washington aprovou restrições contra Havana, como a proibição de viagens de grupos educacionais à ilha e o cancelamento de autorizações para barcos de lazer e de passageiros, incluindo navios de cruzeiro e iates como jatos particulares

         Poucas semanas antes, entrou em vigor toda a chamada 'lei Helms-Burton', que permite aos cidadãos que tiveram suas terras expropriadas durante a Revolução Cubana entrar com ações na Justiça dos Estados Unidos para tentar recuperá-las.

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

https://actualidad.rt.com/actualidad/367514-trump-anuncia-sancionara-turistas-estadounidenses-cuba




Washington, 23 set (Prensa Latina) O Governo dos Estados Unidos anunciou hoje novas medidas destinadas a intensificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro a Cuba, apesar da rejeição internacional a este cerco unilateral.

As novas regras entrarão em vigor amanhã, após serem oficialmente publicados no Federal Register.

Nesta ocasião, o Departamento do Tesouro emitiu normas para proibir as importações de rum e tabaco para o país, bem como a hospedagem na ilha em hotéis ou propriedades controladas pelo governo cubano, funcionários do Estado ou do Partido Comunista e seus familiares próximos.

Os nomes das instalações afetadas aparecerão em uma nova lista criada pelo Departamento de Estado, e as empresas de viagens e turismo sujeitas à jurisdição dos Estados Unidos não poderão fazer reservas nessas propriedades.

O anúncio das medidas ocorre logo após o presidente Donald Trump agradecer aos líderes dos remanescentes do grupo mercenário 2.506, que sofreu uma derrota esmagadora em Playa Girón (Baía dos Porcos), por seu apoio às eleições de 3 de novembro. ) em abril de 1961.

Este grupo participou da invasão à ilha caribenha com o apoio material e financeiro do governo de John F. Kennedy, com o objetivo de derrubar a nascente Revolução Cubana que triunfou em 1º de janeiro de 1959.

O Ministério da Fazenda também eliminou uma política geral de autorização para a participação ou organização de conferências, seminários, exposições e eventos esportivos. A partir desta data, os cidadãos, residentes e empresas sujeitos às leis dos EUA devem solicitar uma autorização ou licença específica para essas atividades.

Além disso, os americanos que viajam a Cuba não poderão comprar rum ou charutos como lembrança ou se hospedar em hotéis, de acordo com a série de novas restrições.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou ontem em sua mensagem de vídeo ao plenário da Assembleia Geral em sua 75ª sessão como, apesar da intensificação do bloqueio dos Estados Unidos, o sistema de saúde da ilha tem conseguido uma resposta eficaz contra a pandemia Covid-19.


Díaz-Canel chama os EUA de "regime marcadamente agressivo e corrupto" que "usa chantagem financeira" na ONU (VÍDEO)


https://www.youtube.com/watch?v=GLqkfKe6SIA&feature=emb_logo&ab_channel=RTenvivo


O presidente denunciou que a agressividade do bloqueio comercial, econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra a maior das Antilhas se intensificou em meio à pandemia de Covid-19.

Por outro lado, as novas disposições do Departamento do Tesouro são anunciadas menos de 40 dias antes das eleições gerais de 3 de novembro.

Especialistas no assunto os interpretam como parte da campanha de Trump, em um momento em que a Flórida, onde residem grande parte das figuras da extrema direita cubano-americana, constitui um dos estados-chave para essas eleições.

Trump e o candidato democrata, Joe Biden, mantêm pequenas margens de diferença nas intenções de voto no território do sul, de acordo com pesquisas recentes.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&id=398639&SEO=nuevas-medidas-de-trump-arrecian-bloqueo-de-ee.uu.-contra-cuba



                  Monumento de Oscar Niemeyer sobre o bloqueio contra Cuba na UCI


Seguimos com a campanha pelo Nobel da Paz à Brigada Médica Cubana Henry Reeve


                                         www,cubanobel.org/assine_a_peticao 

22 de set. de 2020

"Lutemos juntos pela promoção da paz, da solidariedade e do desenvolvimento" intervenção do Presidente de Cuba Diaz-Canel na ONU.

 




INTERVENÇÃO NO DEBATE GERAL DO 75º PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS



Senhor Secretário-Geral:

Senhor Presidente:

Uma epidemia global mudou drasticamente a vida quotidiana. De um dia para o outro, milhões se contaminam, e morrem milhares de pessoas cuja esperança de vida, graças ao desenvolvimento, era mais longa. Sistemas hospitalares de alto nível de atendimento colapsaram, e as estruturas de saúde de países pobres sofrem com a sua incapacidade crónica. Drásticas quarentenas convertem as cidades mais populosas em desertos. A vida social não existe fora das redes digitais. Teatros, discotecas, galerias e, inclusive, escolas são fechadas ou redimensionadas.

As nossas fronteiras fecharam, as nossas economias se contraem, as nossas reservas se esgotam. A vida sofre o radical redesenho de costumes ancestrais, e a insegurança substitui a certeza. Até os melhores amigos não se reconhecem, atrás das máscaras que nos salvam do contágio. Tudo muda.

Tanto quanto a solução para a pandemia, já urge a democratização desta indispensável Organização, para que responda de maneira efectiva às necessidades e aspirações de todos os povos.

O ansiado direito da humanidade a viver em paz e segurança, com justiça e liberdade, base da união das nações, é constantemente ameaçado.

Mais de 1,9 biliões de dólares são malbaratados hoje, em uma insensata corrida armamentista, sustentada na política agressiva e belicista do imperialismo, cujo máximo expoente é o actual governo dos Estados Unidos, responsável por 38% do gasto militar global.

Falamos de um regime notavelmente agressivo e moralmente corrupto, que despreza e ataca o multilateralismo, emprega a chantagem financeira na sua relação com as agências do sistema das Nações Unidas e, com uma prepotência nunca antes vista, retira-se da Organização Mundial da Saúde, da Unesco e do Conselho de Direitos Humanos.

Paradoxalmente, o país que aloja a sede da ONU também se afasta de tratados internacionais fundamentais, como o Acordo de Paris sobre mudança climática; repudia o consensual acordo nuclear com o Irão; impulsiona guerras comerciais; põe fim ao seu compromisso com instrumentos internacionais de controle, na esfera do desarmamento; militariza o ciberespaço; multiplica a coerção e as sanções unilaterais contra os que não se submetem aos seus desígnios; e patrocina a derrubada pela força de governos soberanos, com métodos de guerra não convencional.

Nessa linha de comportamento, divorciada dos antigos princípios da coexistência pacífica e do respeito ao direito alheio à autodeterminação como garante da paz, o governo presidido por Donald Trump, além disso, manipula com fins subversivos a cooperação no âmbito da democracia e dos direitos humanos, enquanto no seu próprio território proliferam, praticamente sem controle, as expressões de ódio, racismo, brutalidade policial e as irregularidades do sistema eleitoral e do direito dos cidadãos ao voto.

Urge reformar as Nações Unidas. Esta poderosa organização, que emergiu do milionário custo em vidas de duas guerras mundiais e como resultado da compreensão universal da importância do diálogo, da negociação, da cooperação e da legalidade internacional, não pode atrasar mais a sua actualização e democratização.

Algo muito essencial e profundo falhou, quando se assiste, de modo quotidiano e permanente, à violação dos princípios da Carta da ONU, e quando é cada vez mais frequente o uso da força ou a sua ameaça, nas relações internacionais.

Não é possível sustentar por mais tempo, como algo natural e imutável, uma ordem internacional desigual, injusta e antidemocrática, que antepõe o egoísmo à solidariedade, e os interesses mesquinhos de uma minoria poderosa às legítimas aspirações de milhões de pessoas.

Apesar das insatisfações e demandas de transformação que, junto com outros Estados e com milhões de cidadãos do mundo, pedimos às Nações Unidas, a Revolução cubana defenderá sempre a existência do organismo a que devemos o pouco, mas imprescindível, multilateralismo que sobrevive à prepotência imperial.

Mais de uma vez, ante este mesmo foro, Cuba reiterou a sua vontade de cooperar com a democratização da ONU e com a defesa da cooperação internacional, que somente ela pode salvar. Como disse o Primeiro Secretário do Partido Comunista de Cuba, General de Exército Raúl Castro Ruz, e cito: “Poderá contar sempre, a comunidade internacional, com a sincera voz de Cuba, ante a injustiça, a desigualdade, o subdesenvolvimento, a discriminação e a manipulação; e pelo estabelecimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa, em cujo centro realmente se coloque o ser humano, a sua dignidade e bem-estar”. Fim da citação.

 

Senhor Presidente:

Retomando a gravidade do momento actual, que muitos atribuem unicamente à pandemia da Covid-19, considero fundamental advertir que o seu impacto ultrapassa, e muito, o âmbito sanitário.

Pelas suas sequelas nefastas, a impressionante quantidade de mortes, o prejuízo à economia mundial e a deterioração dos níveis de desenvolvimento social, a expansão da epidemia, nos últimos meses, angustia e desespera a líderes e cidadãos de praticamente todas as nações.

Mas a crise multidimensional que ela provocou demonstra claramente o imenso erro das políticas desumanizadas impostas a todo custo pela ditadura do mercado.

Hoje somos dolorosas testemunhas do desastre a que o mundo foi conduzido, pelo sistema irracional e insustentável de produção e consumo do capitalismo, por décadas de uma injusta ordem internacional e de aplicação de um cru e desenfreado neoliberalismo, que agravou as desigualdades e sacrificou o direito dos povos ao desenvolvimento.

Ao contrário do excludente neoliberalismo, que separa e descarta milhões de seres humanos, condenando-os a sobreviver com as sobras do banquete do um por cento mais rico, o vírus da Covid-19 não discrimina entre uns e outros, mas os seus devastadores impactos económicos e sociais serão letais entre os mais vulneráveis, os de menos ganhos, tanto no mundo subdesenvolvido, como nos bolsões de pobreza das grandes urbes industrializadas.

Segundo projecções da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aos 690 milhões de pessoas que passavam fome em 2019, poderão somar-se 130 milhões, em consequência da recessão económica causada pela pandemia. Estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmam que se perderam mais de 305 milhões de empregos, e que mais de um mil e seiscentos milhões de trabalhadores veem ameaçados os seus meios de subsistência.

Não podemos enfrentar a Covid-19, a fome, o desemprego e a crescente desigualdade económica e social, entre indivíduos e entre países, como fenómenos independentes. Urge implementar políticas integrais, que tenham como prioridade o ser humano, e não os ganhos económicos ou as vantagens políticas.

Seria criminoso deixar para amanhã decisões de ontem e hoje. É um imperativo impulsionar a solidariedade e a cooperação internacional, para amortecer o golpe.

Somente as Nações Unidas, com a sua associação universal, tem a autoridade e o alcance necessários para retomar a justa luta por eliminar a impagável dívida externa, que, agravada pelos efeitos socioeconómicos da pandemia, atenta contra a sobrevivência dos povos do Sul.

 

Senhor Presidente:

O aparecimento do Sars-CoV-2 e dos primeiros indícios de que ameaçava provocar uma pandemia não pegaram Cuba desprevenida.

Com a experiência de décadas de enfrentamento a epidemias terríveis, algumas delas introduzidas deliberadamente, como parte da permanente guerra contra o nosso projecto político, pôs-se imediatamente em prática um grupo de medidas, sustentadas em nossas capacidades e virtudes fundamentais: um Estado socialista organizado, responsável por velar pela saúde dos seus cidadãos, com capital humano altamente qualificado, e uma sociedade com elevado grau de participação popular, na adopção de decisões e na solução dos seus problemas.

A aplicação dessas medidas, junto com o conhecimento acumulado em mais de 60 anos de enormes esforços para criar e fortalecer um sistema de saúde de qualidade e de alcance universal, assim como a pesquisa e o desenvolvimento científicos permitiram não apenas preservar o direito à saúde de todos os cidadãos, sem excepção, como enfrentar a pandemia em melhores condições.

E o fizemos, apesar das duras restrições do prolongado bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos, brutalmente intensificado nos dois últimos anos, inclusive em tempos de pandemia, como prova de que esse é o componente essencial da sua política de hostilidade em relação a Cuba.

A agressividade do bloqueio atingiu um nível qualitativamente novo, que reforça a sua condição de impedimento real e determinante para o manejo da economia e o desenvolvimento do nosso país. O governo estadunidense intensificou especialmente a perseguição às transacções financeiras de Cuba e, desde 2019, adopta medidas violadoras do Direito Internacional, para privar o povo cubano da possibilidade de adquirir o combustível que necessita nas suas actividades quotidianas e para o seu desenvolvimento.

Com o fim de prejudicar e demonizar a Revolução cubana e a outros que qualifica como adversários, os Estados Unidos publicam listas espúrias, carentes de legitimidade, com as quais se arroga o direito de impor ao mundo medidas coercitivas unilaterais e qualificações infundadas.

Não passa uma semana, sem que esse governo emita declarações contra Cuba, ou imponha novas restrições. Portanto é paradoxal que tenha se recusado a qualificar como terrorista o ataque perpetrado contra a Embaixada de Cuba em Washington, no dia 30 de Abril de 2020, quando um indivíduo armado com um fuzil de assalto disparou mais de 30 cartuchos contra a sede diplomática e depois confessou a sua intenção de matar.

Denunciamos a dupla moral do governo estadunidense, na luta contra o terrorismo, e exigimos que seja publicamente condenado, esse brutal ataque.

Reclamamos que cessem a hostilidade e a campanha difamatória contra o trabalho altruísta da cooperação médica internacional de Cuba, que, com alto prestígio e resultados verificáveis, contribuiu para salvar centenas de vidas e reduzir o impacto da doença em diversas regiões. Personalidades internacionais e organizações sociais de notável prestígio reconheceram a tarefa humanista realizada pela Brigada Internacional Médica Especializada em Situações de Desastre e Graves Epidemias “Henry Reeve”, advogando que lhe seja concedido o Prémio Nobel da Paz.

Enquanto o governo dos Estados Unidos ignora o chamado a somar esforços no combate à pandemia e se retira da OMS; Cuba, em resposta a solicitações recebidas, e guiada pela profunda vocação solidária e humanista do seu povo, reforça a sua cooperação, enviando mais de 3.700 colaboradores, organizados em 46 brigadas médicas, a 39 países e territórios afectados pela Covid-19.

Nesse sentido, condenamos a chantagem criminosa com que os Estados Unidos pressionaram a Organização Pan-americana da Saúde, com o propósito de utilizar esse organismo regional como instrumento da sua obsessiva agressão contra o nosso país. A força da verdade sempre jogará por terra as mentiras, e a história colocará os factos e os protagonistas no seu lugar. O exemplo de Cuba prevalecerá.

Nossos consagrados trabalhadores da Saúde, orgulho de uma nação formada no ideário martiano de que Pátria é Humanidade, receberão ou não o Prémio que merece a sua nobreza, mas faz anos que ganharam o reconhecimento dos povos abençoados pelo seu trabalho em saúde.

O governo dos Estados Unidos não oculta a sua intenção de aplicar novas e mais duras medidas agressivas contra Cuba, nos próximos meses. Declaramos uma vez mais, ante a comunidade internacional, que o nosso povo, orgulhoso da sua história e comprometido com os ideais e a obra da Revolução, saberá resistir e vencer.

 

Senhor Presidente:

As pretensões de impor a dominação neocolonial à Nossa América, declarando publicamente a vigência da Doutrina Monroe, contrariam a Proclamação da América Latina e das Caraíbas como Zona de Paz.

Queremos ratificar publicamente, neste cenário virtual, que a República Bolivariana da Venezuela contará sempre com a solidariedade de Cuba, frente às tentativas de desestabilizar e subverter a ordem constitucional e a união cívico-militar, e de destruir a obra iniciada pelo Comandante Hugo Chávez Frías e continuada pelo presidente Nicolás Maduro Moros a favor do povo venezuelano.

Repudiamos também as acções dos Estados Unidos dirigidas a desestabilizar a República da Nicarágua, e corroboramos a invariável solidariedade com o seu povo e governo, liderados pelo Comandante Daniel Ortega.

Solidarizamo-nos com as nações das Caraíbas que exigem justas reparações pelos horrores da escravidão e do tráfico de escravos, em um mundo em que crescem a discriminação racial e a repressão às comunidades afrodescendentes.

Reafirmamos o nosso compromisso histórico com a livre determinação e a independência do povo irmão de Porto Rico.

Apoiamos a legítima reivindicação da Argentina, de soberania sobre as ilhas Malvinas, Sandwich do Sul e Geórgia do Sul.

Reiteramos o compromisso com a paz na Colômbia e a convicção de que o diálogo entre as partes é a via para alcançar uma paz estável e duradoura nesse país.

Apoiamos a busca de uma solução pacífica e negociada para a situação imposta à Síria, sem ingerência externa e com pleno respeito à sua soberania e integridade territorial.

Demandamos uma solução justa para o conflito do Oriente Médio, que passa pelo exercício real do direito inalienável do povo palestino a construir o seu próprio Estado, dentro das fronteiras anteriores a 1967 e com a sua capital em Jerusalém oriental. Repudiamos as tentativas de Israel de anexar novos territórios da Cisjordânia.

Expressamos a nossa solidariedade com a República Islâmica do Irão, ante a escalada agressiva dos Estados Unidos.

Reafirmamos nossa permanente solidariedade com o povo saaraui.

Condenamos energicamente as sanções unilaterais e injustas contra a República Popular Democrática da Coreia.

Ratificamos o nosso repúdio à intenção de estender a presença da OTAN até as fronteiras da Rússia e à imposição de sanções unilaterais e injustas contra essa nação.

Repudiamos a intromissão estrangeira nos assuntos internos da República da Bielorrússia e reiteramos a nossa solidariedade ao legítimo presidente desse país, Aleksandr Lukashenko, e ao povo irmão bielorrusso.

Condenamos a ingerência nos assuntos internos da República Popular da China e nos opomos a qualquer tentativa de ferir a sua integridade territorial e soberania.

 

Senhor Presidente:

As preocupantes circunstâncias actuais fizeram que, pela primeira vez, nos 75 anos de história da Organização das Nações Unidas, sejamos obrigados a nos reunir de modo não presencial.

A comunidade científica de Cuba, outro orgulho da nação que, desde o triunfo da Revolução dos justos, anunciou ao mundo o seu propósito de converter-se em um país de homens e mulheres de Ciência, trabalha sem descanso em uma das primeiras vacinas em fase de ensaio clínico no mundo.

Os seus criadores e outros pesquisadores e estudiosos, articulados com o sistema de Saúde, desenvolvem protocolos de atendimento às pessoas contagiadas, às recuperadas e à população de risco, que nos permitiram manter as estatísticas da epidemia em torno de 80% de pessoas contaminadas salvas, e um índice de letalidade inferior à média continental e mundial.

“Médicos, e não bombas”, anunciou um dia o líder histórico da Revolução Cubana e principal promotor do desenvolvimento das Ciências em Cuba, Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz. Essa é a nossa divisa. Salvar vidas e compartilhar o que somos e temos, ao preço de qualquer sacrifício, é o que oferecemos ao mundo desde as Nações Unidas, à qual só pedimos uma mudança, em sintonia com a gravidade do momento.

Somos Cuba.

Lutemos juntos pela promoção da paz, da solidariedade e do desenvolvimento.

Muito obrigado

"É como se os EUA estivessem em guerra com o planeta " - Chanceler cubano nos 75 anos da ONU


 Intervenção do Ministro Bruno Rodrigues Parrilla , na Reunião de Alto Nível da AGNU, para comemorar o 75º aniversário das Nações Unidas, em 21 de Setembro.





Senhor Secretário-Geral,

Senhor Presidente,

Distintos delegados:


No 75º aniversário das Nações Unidas, o multilateralismo e o Direito Internacional estão ameaçados pela maior potência mundial. A conduta irresponsável dos Estados Unidos é o maior perigo para a paz e a segurança internacionais. Promove conflitos, guerras não convencionais e comerciais, impõe severas medidas coercitivas unilaterais e desperdiça – na sua corrida armamentista – recursos indispensáveis para o desenvolvimento sustentável dos nossos povos, ao mesmo tempo em que se recusa a cooperar no enfrentamento das múltiplas crises geradas pela devastadora Covid-19. 

Os Estados Unidos ignoram importantes acordos em matéria ambiental, de desarmamento e controle de armas, e abandona foros internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, a Unesco e o Conselho de Direitos Humanos. É como se estivesse em guerra com o planeta, os seus recursos vitais e os seus habitantes. 

Impede a solução ampla, justa e duradoura do conflito israel-palestino, que esta Organização reclama historicamente. Propõe o chamado “Acordo do século”, que ameaça o futuro do Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como a sua capital. 

Recusa ao povo de Porto Rico o direito à livre determinação e independência, quando está terminando o Terceiro Decênio Internacional para a Eliminação do Colonialismo. 

Interfere nos assuntos internos de dezenas de Estados membros da ONU e ameaça aos que acusa de influir no seu corrupto sistema eleitoral. O medo e a mentira reiterada são as novas armas na sua desonesta estratégia mediática e de desinformação.

Desrespeita a Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, ao reativar a Doutrina Monroe. 

Contra Cuba, eleva a sua hostilidade a níveis qualitativamente superiores. Viola de forma sistemática os direitos humanos do povo cubano, ao intensificar o bloqueio económico, comercial e financeiro e o seu caráter extraterritorial. Ataca despudoradamente a nossa cooperação médica e os governos que legitimamente a solicitam, com o que se restringe o direito à saúde de outras nações; mesmo sendo o epicentro da pandemia da Covid-19, que, por irresponsabilidade e oportunismo eleitoral, custou a vida de quase 200 mil dos seus cidadãos. 



Senhor Presidente:


A 75 anos de ter subscrito a Carta das Nações Unidas, urge reafirmar o nosso compromisso com os princípios do Direito Internacional e o fortalecimento do multilateralismo, a cooperação com os organismos internacionais e o empoderamento desta Assembleia Geral. Multipliquemos a cooperação e a solidariedade. Construamos uma ordem internacional democrática, justa e sustentável. 


Muito obrigado.

21 de set. de 2020

Bloqueio dos Estados Unidos a Cuba atinge o setor da saúde em mais de 160 milhões de dólares


Mais de 160 milhões de dólares são os prejuízos que o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos causaram ao sistema de saúde cubano em um ano, segundo fontes do Ministério de Saúde Pública da ilha (Minsap).

Durante um fórum virtual de solidariedade com a nação caribenha, a Dra. Evelyn Martínez, vice-diretora de Relações Internacionais do Minsap, especificou que de abril de 2019 a março de 2020, o bloqueio  dos Estados Unidos causou perdas de 160 milhões 260 mil 880 dólares.

Ele acrescentou que, cumulativamente, nas quase seis décadas de aplicação dessa política de sanções, os valores somam US $ 3,74 milhões 33 mil 738.

As restrições derivadas desse sistema de medidas unilaterais têm impacto direto na capacidade do país de adquirir medicamentos, equipamentos e suprimentos médicos, que não podem ser adquiridos de empresas americanas ou de suas subsidiárias.

A maior das Antilhas é então obrigada a recorrer  a mercados distantes, com o consequente aumento de custos e atrasos,  além de sofrer a recusa de aceitar as suas transações bancárias e as sanções aos que transportam as mercadorias, entre outras ações.

Apesar disso, Cuba mantém seu sistema de saúde universal e gratuito, mesmo em meio à pandemia COVID-19, quando as sanções são mais rígidas, enfatizou a funcionária.

Ela exemplificou que nesta emergência sanitária não foi possível adquirir ventiladores de pulmão de fabricantes suíços que costumam abastecer a ilha, que anunciaram o fim dos laços comerciais após serem adquiridos por uma empresa norte-americana.

Da mesma forma ocorreu a recusa das transportadoras em transferir doações ao país caribenho.

A vontade dos cubanos e as capacidades científicas e recursos humanos criados desde 1959 permitiram avançar em meio a tão difíceis circunstâncias, disse Martínez, que destacou os resultados no enfrentamento do novo corona vírus, um dos melhores na área das Américas.

O bloqueio não impediu a nação caribenha de prestar ajuda a outros povos que a solicitaram durante a pandemia, lembrou o vice-diretor de Relações Internacionais do Minsap, acrescentando que brigadas médicas partiram para 42 países e territórios com mais de 3.800 trabalhadores humanitários. .

A eles juntaram-se os mais de 28 mil profissionais de saúde que já prestavam serviços em 58 países e que se juntaram aos esforços nacionais e locais para acabar com a SARS-CoV-2.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba :

https://www.cubaenresumen.org/2020/09/bloqueo-de-estados-unidos-a-cuba-afecta-en-mas-de-160-millones-de-dolares-al-sector-de-la-salud/


Participe da campanha: 

www.cubanobel.org/assine_a_peticao