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29 de abr. de 2021

A SOLIDARIEDADE NÃO SE PODE BLOQUEAR ! Encontro da classe trabalhadora e em solidariedade a Cuba !

Carmen Diniz*
11 h no Brasil 

14h no Brasil

17h no Brasil

 

Muita gente que vai a Cuba  pela primeira vez ou pretende ir imagina que a data comemorada de modo mais espetacular é o dia do Triunfo da Revolução Cubana em 1 de janeiro de cada ano. Ou o 26 de julho, dia do ataque ao Quartel Moncada em Santiago, que segundo o Comandante Fidel Castro Ruz, apesar  do objetivo não ter sido alcançado, segundo ele, ali começou realmente a Revolução. 

     Há comemorações, claro, das duas datas. O 1o de Janeiro de cada ano com atividades mais formais como declarações do governo cubano, homenagens aos revolucionários, ao Exército Rebelde enfim, uma data cívica revestida do amor ao país. O 26 de julho, da mesma forma, ou seja, uma data cívica da maior importância que traz orgulho nacional a toda a população.

    É no Primeiro de Maio, no entanto, que toda a alegria do povo cubano transborda na linda manifestação do Dia do Trabalhador em Cuba. Milhões de pessoas saem às ruas, ainda à noite para desfilar nas ruas de Cuba. Em Havana o desfile é de uma grandiosidade inigualável. Pessoas de todas as nacionalidades também participam assistindo ou desfilando. Costumo dizer, como carioca, que se trata de uma "Avenida Sapucaí politizada" em contraposição aos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro. Claro que sem tanto luxo mas com uma energia tão grande quanto a que sentimos nos desfiles das Escolas de Samba. 

 






A data é a mais espetacular por isso mesmo. É sempre a melhor data para viajar a Cuba para quem vai pela primeira vez. O Primeiro de Maio  reúne pessoas, bandeiras e estandartes do mundo todo em um congraçamento único e muito parecido com o jeito brasileiro de festejar. Ali se sente a força dos trabalhadores e trabalhadoras  frente ao capital. A sensação é de união da classe trabalhadora - porque é isso mesmo que significa. 


      Na avenida, em Havana, clareando o dia primeiro de maio começa o desfile com centenas de milhares de pessoas, um rio de gente, com música, câmeras de televisão, narrador e todas as autoridades cubanas assistindo junto com o povo. Ali começam a "entrar na avenida" as alas : profissionais de saúde com seus instrumentos e seringas imensas, profissionais da educação relembrando a alfabetização do povo com lápis enormes, alunos de universidades, os profissionais de limpeza, secundaristas, grupos LGBT com suas bandeiras, integrantes das forças armadas, estrangeiros com suas bandeiras tudo misturado com o povo que leva seus filhos, cartazes de Fidel, Raul, Camilo, cartazes feitos à mão e, sempre, a bandeira cubana e  do 26 de julho em destaque. 






O gran finale :  ao começar a chegar o último grupo à Praça, se inicia a  execução da Internacional Socialista entoada por todos os presentes. Emoção pura ! O desfile segue até a Praça da Revolução onde se dispersa. 



   O povo é o protagonista. No país e no desfile.


   Desde o ano passado, em função da pandemia da Covid-19 o desfile não pode acontecer. Por isso se vê lemas como "A praça é minha Casa" porque não se pode aglomerar e então se saúda o Dia do Trabalhador ficando em casa e dali assistindo a programação na TV comemorando a importante data.  

     Este ano teremos o Encontro Virtual em transmissões via internet (facebook e Youtube respectivos) pela Central dos Trabalhadores Cubanos (CTC)  e pelo Instituto Cubano de Amizade entre os Povos (ICAP) amanhã (30/4)     e sábado (1/5). Vamos participar ativamente, já adiantando  que o tema principal do evento será sobre o bloqueio criminoso que o governo dos EUA impõe a Cuba há seis décadas, causando gravíssimos danos e prejuízos ao povo cubano e condenado pela maioria dos países ! 

   










   


Vamos participar e convidamos todas e todos a participar para contribuir com o fim desse absurdo bloqueio !   


              


                                 


     VIVA A REVOLUÇÃO CUBANA ! 


    VIVA O DIA DAS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES ! 


       PELO FIM DO BLOQUEIO!




*Coordenadora do Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos.

QUEM SÃO OS TERRORISTAS ?

  Fabio Simeon *

A revolução mal triunfou em 1º de janeiro de 1959 quando começaram os primeiros atos terroristas contra Cuba: sabotagem, entrada ilegal de grupos terroristas, bombardeio de canaviais, sequestro de aviões civis, ataques piratas em nossas costas, navios mercantes , barcos de pesca, assassinatos de diplomatas cubanos, financiamento de grupos armados nas montanhas

Em 1960, explodiram o navio francês La Coubre no porto de Havana, causando mais de 100 mortos e um grande número de feridos. Houve sabotagens em refinarias, cinemas e lojas para criar uma atmosfera de pânico. O mais monstruoso foi o ataque a um avião civil cubano em pleno voo em 1976, que custou 73 vidas inocentes.

A essas ações somam-se as bombas que plantaram em 1997 em hotéis e centros turísticos para espantar o turismo e nos privar de uma das poucas fontes de divisas que tínhamos.

Sucessivos governos dos Estados Unidos também nos atacaram por meio de uma guerra biológica: o vírus da peste suína africana; pragas que prejudicam as plantações de fumo, cana-de-açúcar, banana e feijão, e arruínam a apicultura, a criação de coelhos e programas de desenvolvimento do gado.

A dengue hemorrágica, criada em laboratório, foi introduzida em Cuba em 1984 (algo reconhecido por um líder da organização terrorista Omega 7). Mais de 350 mil pessoas foram contaminadas com este vírus. 158 morreram, incluindo 101 crianças. Algo muito cruel. (1).

O dia 30 de abril marcará um ano do atentado terrorista contra nossa sede diplomática em Washington, fato que, por sua natureza, poderia ter posto em risco a vida e a segurança de uma dezena de funcionários cubanos e suas famílias.



As autoridades oficiais do Governo dos Estados Unidos ou do Departamento de Estado nunca contataram o lado cubano, nem fizeram declarações oficiais sobre esta deplorável ação.

Você pode imaginar se uma agressão semelhante tivesse acontecido em uma de suas embaixadas na América do Norte? Com ​​certeza tudo teria um tom bem diferente.

Cuba aguardava uma investigação que nunca foi realizada, só recebeu silêncio dos Estados Unidos, embora de fato servisse para supor e ratificar a cumplicidade dos Estados Unidos com seus autores materiais, incitados a realizar atos violentos e hostis contra Cuba.

Atitude imprópria, que contraria o discurso hipócrita e tradicional que busca ocultar sua história de terrorismo de Estado contra Cuba e a impunidade de grupos violentos em solo norte-americano.

Quanto cinismo e descaramento e o terrorismo continua a ser um sério desafio para a comunidade internacional, não pode ser erradicado se prevalecerem a duplicidade de critérios, a manipulação, o oportunismo político e a seletividade para enfrentá-lo.

A mão da justiça é longa e a mentira tem pernas curtas, Cuba não esquece a longa história do terrorismo contra nossos diplomatas, a história acertará suas contas mais cedo ou mais tarde e um dia eles serão obrigados a reconhecer a verdade.


(1) Jornada de debates sobre o socialismo. Abel Prieto 15.04.2021



*Conselheiro da Embaixada de Cuba no Brasil

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 


23 de abr. de 2021

A CAMPANHA INTERNACIONAL PELAS SERINGAS PARA CUBA : ROMPENDO O BLOQUEIO !

 

França

Os franceses contribuem com dinheiro para apoiar a vacinação contra Covid-19 em Cuba

 A associação Cuba Linda destacou hoje a contribuição de 12.800 euros feita em poucos dias pela solidariedade francesa para a compra de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19 na ilha.

   “Mil agradecimentos aos amigos de Cuba que já responderam com tanta generosidade e rapidez ao nosso apelo. A campanha está apenas começando e ainda precisamos da sua participação e doações, por isso não hesite em comunicá-la a outras pessoas por sua contribuição ', enfatizou a organização francesa.

    Cuba Linda se reuniu no dia 16 de abril para fazer contribuições em solo francês ao projeto coordenado pela associação MediCuba Suíça, que consiste no envio ao país caribenho de 10 milhões de seringas e agulhas, contratadas por autoridades cubanas na China.

   Em menos de uma semana coletamos o equivalente a 160 mil seringas e vamos buscar mais, disse.

Segundo a organização criada em 1998, a iniciativa já recebeu o apoio de associações de solidariedade como France Cuba, Cuba Coopération France, Les Amis de Cuba de La Rochelle e Montpellier Cuba Solidarité, além do Partido Comunista Francês.

Também na Alemanha, Espanha e Suíça, as coletas foram lançadas dias atrás para acompanhar o trabalho da MediCuba Suíça.

É uma contribuição para neutralizar o infame bloqueio dos Estados Unidos à ilha, que mesmo sob a pandemia de Covid-19, continuou a se intensificar e impediu a chegada de material médico essencial, denunciou Cuba Linda.

Também se anunciou que no final de abril fará o primeiro repasse do dinheiro arrecadado.


Mais países na Campanha:


Rede Continental

Peru



Panamá 

Chile


Argentina


Chile




BRASIL


Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&id=444608&SEO=franceses-aportan-dinero-para-apoyar-vacunacion-anticovid-19-en-cuba&fbclid=IwAR2scDkKIRHlIOA6v8_tzNizSLKNESjId_OKnmo79m9QJ4nqkomxCrrB9j8






ROMPENDO O BLOQUEIO !




Cuba sofre um bloqueio há 60 anos por parte do imperialismo estadunidense.  Com as medidas do governo Trump  e após  a epidemia a situação se agravou. Cuba desenvolve 5 vacinas contra o Covid-19. Duas em fase final de certificação,  a Soberana 2 e a Abdala. Mas, o bloqueio impede  Cuba de adquirir seringas e agulhas suficientes para vacinar em massa  o seu povo. Para superar isso o Movimento Continental Latino-americano e Caribenho assumiu a campanha iniciada pela Associação de Cubanos Residentes no Panamá.  No Brasil,  o Movimento Brasileiro de Solidariedade com Cuba está arrecadando recursos financeiros para enviar para o Panamá que comprará as seringas e agulhas e as enviará para Cuba.  A Campanha terá duração até o dia 30 de Maio de 2021. Para isso disponibilizamos a seguinte conta para depósito:

Banrisul: 041                                 Agência : 0839
C/C 39.055.419.0-0                   
Pix:.haesbaert63@gmail.com     
Ricardo Haesbaert    CPF: 380.163.200-82 

Por favor enviar comprovante para o Whatsapp de Ricardo Haesbaert:

51 996612191





22 de abr. de 2021

A GUERRA MIDIÁTICA CONTRA AS VACINAS CUBANAS


     O mérito de Cuba, país do Sul e bloqueado, por desenvolver não uma, mas cinco vacinas contra Covid-19, está sendo reconhecido pela grande mídia internacional, tradicionalmente beligerante contra a Ilha. É o caso do The Washington Post, BBC, CNN ou El País, entre outros.

    Mas há quem não se conforme. Lemos em jornais digitais como Cubanet, ADN ou Diario de Cuba que "o regime (...) põe em perigo os cubanos", que "experiências com a vacina castrista causam terror" ou que Havana usa "vacinas como propaganda". “Cuba admite que não tem dinheiro para importar vacinas”, diz com entusiasmo a mídia financiada - curiosamente - pelo governo dos Estados Unidos, que é quem impede, com seu bloqueio econômico, os investimentos na ilha.

   Como em qualquer outra edição, não faltam os chamados “experts” nesses meios. Uma ONG chamada "Médicos Unidos Venezuela" garante que "nem mesmo os próprios cubanos querem participar dos testes de sua vacina". Em Miami, um especialista em medicina familiar (não em vacinas) fez a seguinte análise “científica” na televisão: “A vacina (cubana) tem um mecanismo de ação que funciona inoculando anticorpos, antígenos que parecem espetos que contém o coronavírus. (…) Mas esse é um mecanismo de ação realmente elementar, e se fosse algo tão elementar, países como os Estados Unidos já o teriam criado há muito tempo e não teríamos que recorrer a métodos sofisticados para criar essa vacina ”.

      O Diretor Científico do Instituto de Pesquisas do Hospital La Paz de Madri, um cubano anticastrista, violando todo protocolo de ética profissional, lançou, em entrevista, um panfleto político para desacreditar a estratégia de vacinação de Cuba. Havana estaria jogando "roleta russa" com "a vida da população de uma ilha inteira" para "mostrar ao mundo" que é "melhor que ninguém": o "orgulho que caracteriza todas as ditaduras".

      Uma suposta “ditadura” que formou esta pessoa como cientista, para ter acesso, hoje, a um respeitável salário no “segundo mais poderoso centro de pesquisas da Espanha”, como lemos na imprensa, e onde se desenvolveram .. quantas vacinas contra Covid-19? Nenhuma.

    Mas as melhores pérolas são encontradas, sem surpresa, em um canal de Miami, América TV: “O regime cubano parece estar usando suas vacinas contra o coronavírus como uma arma política para pressionar um degelo com os Estados Unidos. (…) De fato, o regime cubano agora usa suas vacinas contra o coronavírus como uma tentativa de chantagear o governo Biden ”, disse em seu boletim. E qual é a prova dessa "chantagem" para atingir o objetivo maligno de relações normais com seu país vizinho? Artigo na imprensa cubana: “O jornal Granma disse hoje que o que chamou de capacidade de Cuba de produzir ciência e serviços médicos altamente competitivos pode significar que, em breve, a ilha - segundo o regime - não precisará mais do mercado americano ".

    É preciso dizer, antes de mais nada, que o texto não é do governo cubano. É um artigo de opinião de um analista internacional que também propõe relações “civilizadas e mutuamente vantajosas” Cuba-Estados Unidos, a partir do qual –palavras textuais– “podemos aprender o melhor de cada um (…) sobre direitos humanos (…) aqui e lá ".

    Tudo uma “ameaça”, segundo este canal: “a ameaça do (jornal) Granma de que Cuba possa prescindir do mercado americano graças às suas vacinas”. Curioso, porque Cuba não pode “prescindir” de um “mercado” que está fechado há 60 anos. Não se pode vender vacinas ou serviços médicos para os Estados Unidos, é proibido pelas leis de bloqueio e só é possível sob muito poucas licenças especiais.

    Mas a América TV foi, em um segundo, da mentira à alucinação. Porque as vacinas cubanas não seriam cubanas, mas chinesas: "Acho muito possível que tenha havido uma transferência de tecnologia da China ao regime comunista de Cuba para lhe dar uma vacina para fazer uma ofensiva política." Na mesma notícia, disse Orlando Gutiérrez Boronat, um falcão anticastrista que, meses atrás, pediu uma intervenção militar dos Estados Unidos em Cuba.

    A despedida do relatório não tem desperdício: “E, aliás, esta nova utilização pelo regime cubano de suas vacinas contra o coronavírus como arma política contra os Estados Unidos ocorre em um momento em que, hoje, por exemplo, na Ilha relataram mil casos de coronavírus no país e outras quatro mortes por essa pandemia ”. Em Cuba, em termos de população relativa, há 40 vezes menos mortes por Covid-19 do que nos Estados Unidos e do que no próprio estado da Flórida.

Mas exigir informações essenciais da “imprensa livre”, como esta que já conhecemos, é… pedir demais.


https://www.youtube.com/watch?v=_CDwZZ_RCo8&t=5s&ab_channel=Cubainformaci%C3%B3nTV



Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

https://www.cubaenresumen.org/2021/04/la-guerra-mediatica-contra-las-vacunas-cubanas/


DESMONTAR COM DADOS O MURO DA DESINFORMAÇÃO

Desmontar com dados o muro da desinformação.  Foto: BBC 

Por: Pascual Serrano*


    Defenda Cuba, ataque Cuba. Parece que essa é a dicotomia que enfrenta a Revolução. Suponha que não aceitemos esse dilema e simplesmente queiramos nos dedicar à busca da verdade. Não sei se pararam para pensar que a batalha entre defensores e agressores da Revolução é basicamente entre a verdade e a mentira. Por isso, um trabalho intitulado ‘Cuba: Verdades e Mentiras’ é o mais necessário para começar a discutir Cuba.

    Quando alguém diz “em Cuba há presos políticos, não há eleições livres, os homossexuais e a Igreja são perseguidos e os cubanos não podem sair de seu país”, estão dizendo em duas frases cinco coisas que hoje são uma mentira. O grave é que “alguém em algum momento” não fala, é que se repete há décadas em todos os países, nos fóruns políticos, nos jornais, na televisão, nos parlamentos, em debates ...

   Pode haver diferenças na interpretação ou posicionamento sobre a Revolução Cubana. Você pode concordar ou discordar do seu sistema político, defendê-lo ou criticá-lo, mas sempre deve partir da verdade. Como dizia Joan Manuel Serrat, "a verdade nunca é triste, o que não tem é remédio". No caso de Cuba, e depois de ler este livro, se verá que, de fato, a verdade não é triste, não é que tudo seja perfeito naquela ilha, mas triste não é, entre outros motivos porque nada é triste em cubanos e cubanos. Mas, ao contrário do que afirma Serrat, o que a verdade sobre Cuba pode ter é um remédio alternativo, uma oposição: a mentira ilícita, mas existente como alternativa à verdade.

    E a mentira sobre Cuba é tão grande e numerosa que poucas coisas e questões precisam estar continuamente se defendendo e se empunhando como as verdades sobre Cuba. Os desonestos atacantes da Revolução Cubana (podemos supor que alguns não são desonestos) tentam aplicar o princípio goebbeliano de que uma mentira repetida mil vezes se torna verdade. Por isso é necessário repetir a verdade mil vezes, para que a mentira continue a ser uma mentira e a verdade continue a ser verdade.

    Noam Chomsky disse que, quando a mensagem a ser transmitida consiste simplesmente em repetir a mentira generalizada, não precisa de  muito espaço, nem tempo, nem argumentação, porque, digamos assim, chove no molhado. É como pintar de preto novamente uma porta que pintamos de preto na semana passada. Chomsky disse que convencer que os Estados Unidos querem levar a democracia ao resto do mundo, que suas eleições são justas ou que Cuba é uma ditadura é fácil porque os cidadãos estadunidenses o ouvem há mais de cinquenta anos.

     Em vez disso, fazê-los ver que todos os presidentes dos Estados Unidos, desde os julgamentos de Nuremberg, merecem ser enforcados por crimes contra a humanidade, que o único lugar em Cuba onde a tortura é praticada é sob jurisdição dos Estados Unidos (Guantánamo), que devido ao seu sistema injusto e economicamente corrupto, as eleições nos Estados Unidos são uma fraude e que não é verdade que Cuba é uma ditadura, exige mais reflexão e argumentação, porque são declarações raramente ouvidas. E é certo que desmontar uma mentira requer mais tempo e mais espaço. Por exemplo, o espaço que o texto deste livro ocupa e o tempo que leva para lê-lo.

    Alguém já disse que é mais difícil convencer uma pessoa de que foi enganada do que enganá-la. Portanto, este livro é uma boa notícia. Porque tem que servir ao mais difícil: convencer alguns de que foram enganados com tantas mentiras sobre Cuba. Porque a crítica é uma coisa e as falsidades são outras completamente diferentes. Estamos perante um trabalho coletivo de homens e mulheres que, como Prometeu que roubou o fogo dos deuses para dá-lo aos homens, tentam tirar os microfones, os cenários e as páginas dos jornais dos poderosos para colocá-los a serviço da verdade sobre Cuba. Vão desmontando todos os tijolos com que se construiu o edifício de informações falsas  contra a Revolução Cubana e construindo páginas de verdades, dados e razões. Desta forma, o livro é um convite ao leitor a deixar o mundo de preconceitos e enganos em que pode estar vivendo em relação ao que está acontecendo em Cuba e conhecer a realidade, um convite no estilo das palavras de Antonio Machado :


Sua verdade? Não, a verdade,

Venha comigo para encontrá-la.

A sua, guarda-a .

   

 
Uma vez esclarecido o valor do conteúdo desta obra e sua necessidade, porque nos traz as autenticidades sobre Cuba que são tão silenciadas e desmontadas as mentiras, é preciso dizer que não basta lê-la. Este não é apenas um livro para conhecermos ou aprendermos. É um livro para combater. Este livro é uma arma, e quem em uma guerra justa e defensiva tem uma arma e não a usa, além de ser covarde, é cúmplice do crime do lado agressor. Este livro deve ser lido e fazer com que seja lido e  depois não poderão mais dizer que não sabem a verdade, que não conhecem a agressão contra Cuba, que a injustiça contra essa revolução lhes é indiferente. Quando este livro for lido, se deixará de ser inocente, a inocência dos ignorantes, e a decência e a honestidade o obrigarão a dizer a verdade, a verdade deste livro, a verdade de Cuba. Ou não será diferente dos criminosos que mentem.




*Periodista español. Fue Director fundador del sitio alternativo en Internet Rebelión. Publlica habitualmente sus columnas en el diario español Público. Ha escrito varios libros sobre temas de periodismo, comunicación y política. En twitter @pascual_serrano

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

http://www.cubadebate.cu/opinion/2021/04/21/desmontar-con-datos-el-muro-de-la-desinformacion/

21 de abr. de 2021

Nosso Partido Comunista é único



Nosso Partido é único porque garante a unidade de todos os cubanos que desejam continuar construindo uma sociedade mais democrática, inclusiva e justa. Garante, estrategicamente, nossa unidade, em um mundo em que prevalece a fragmentação política das forças de esquerda frente ao avanço do neoliberalismo

internet@granma.cu

Tradução: Marcia Choueri

Nosso Partido é único porque é o partido do povo e para o povo.

Nosso Partido é único porque garante a unidade de todos os cubanos que desejam continuar construindo uma sociedade mais democrática, inclusiva e justa. Garante, estrategicamente, nossa unidade, em um mundo em que prevalece a fragmentação política das forças de esquerda frente ao avanço do neoliberalismo. Os centros de poder capitalista compreenderam que, para vencer, deviam dividir, golpear ou cooptar as formas coletivas de organização, resistência e luta que significassem uma ameaça real e efetiva para o sistema. Daí a pretensão de que imitemos o pluripartidarismo, que só viria a obstaculizar qualquer possibilidade de uma sociedade mais democrática.

Nosso Partido é único porque empodera o povo cubano, e é seu principal recurso na defesa de seus direitos, frente a agendas subversivas sustentadas desde o exterior, que em 60 anos não pararam de pressionar, para impor um sistema que acabaria com eles.

Empodera-nos em um mundo de excessiva vulnerabilidade e desfiliação social, em que cada um está obrigado a buscar soluções individuais ante as crises sistêmicas. Prevalece o «salve-se quem puder», em sociedades de altos riscos. Se alguém duvida, é bom saber que mais de 55% da população mundial, quatro bilhões de pessoas, não pôde contar com nenhuma forma de proteção social durante este período de crise humanitária que estamos vivendo; 1,3 bilhões são pobres multidimensionais, ou seja, pobres não só por receber baixos salários, mas por estarem excluídos dos sistemas de Saúde e Educação, do acesso à água potável, entre outros direitos. A metade deles, 662 milhões, são crianças.

Nosso partido é único pela tradição de luta e a fortaleza moral em que se sustenta, em uma região em que, de maneira geral, a rotina dos partidos políticos é a dos shows midiáticos, do escândalo e da corrupção. É herdeiro do espírito com que foi criado o Partido Revolucionário Cubano: partido para a luta por nossa independência, antiimperialista, defensor do mais nobre ideário antirracista e de justiça social.

Nosso Partido é único porque é comunista, em um mundo em que o capitalismo está em crise, a direita ataca com virulência os direitos humanos, defendendo seus interesses de classe, e o centro não constitui uma alternativa real para enfrentar as estruturas capitalistas de dominação e saqueio de nossos povos.

Nosso Partido é único porque é o partido do povo e para o povo; o das bases, em cada local de trabalho, em cada bairro; o do intelectual e do operário; o que submete a debate público os conceitos em que se fundamenta nosso projeto de país, o que superou incríveis desafios e assumiu contradições, sem abandonar o caminho de nossa soberania; o que deu provas de uma férrea vontade de fazer avançar uma nação bloqueada, o da luta inquebrantável contra o bloqueio, o primeiro em dar o passo à frente, cada vez que o país necessita.

Nosso Partido é único porque resiste, sem se debilitar, a todo tipo de violências simbólicas dirigidas a atacar sua legitimidade, a linchar seus líderes, a ridicularizar ou a estigmatizar seus fundamentos e a manipular sua história.

Nosso Partido é único porque é nosso, não é um clube de milionários sem nenhuma base popular, desentendido do destino dos humildes, não é testa de ferro dos interesses de uma potência estrangeira, não é um instrumento para ganhar eleições à base de clientelismo, compra de votos e manipulação midiática.

 O Partido Revolucionário Cubano de Martí e sua continuidade hoje

Nosso Partido é único porque não é perfeito, nem seria bom idealizá-lo, mas assumiu seus próprios erros com sentido autocrítico, sempre que foi necessário. Moldado ao calor de um processo social complexo, que não foi isento de contradições, tem pela frente os desafios próprios desta época, que não são pequenos.

O balanço dos poderes políticos e econômicos no mundo de hoje é particularmente hostil a uma alternativa socialista, e mais, quando se trata de um país pequeno e economicamente pobre, como o nosso. AO domínio da cultura do consumo, a idealização do liberalismo, o avanço do colonialismo cultural e a demonização do comunismo compõem um cenário muito difícil em matéria de formação política e ideológica.

O uso das redes sociais por parte da contrarrevolução financiada a partir dos Estados Unidos, como recurso para a fabricação e gestão da opinião pública nacional sobre temas sensíveis, perfila um cenário que põe à prova especialmente a capacidade de resposta de nossas organizações. Mas nossa tradição de luta é sólida, e prevalecerão as fortalezas com que contamos para desenvolver estratégias e agendas próprias.

Nosso Partido é único porque cresce com os desafios, olha à frente com a consciência de seu compromisso com nosso povo, nossos mártires, nossos heróis e nossa história; lidera mudanças, ainda que o acusem de dogmático; fundamenta-se em princípios ideológicos claros e em um admirável acervo de conhecimentos científicos, para apoiar cada jornada em que nossa nação se levanta, dando o melhor de si.

Nosso Partido é único porque é nossa garantia para sonhar e trabalhar por um país melhor para todos.





 

 

As novas cruzadas e a trincheira de ideias



 Carmen Diniz

       Com certa assiduidade tem surgido na mídia oficial notícia de grupos de ‘artistas’ cubanos e supostos movimentos de oposição ao governo de Cuba reivindicando ‘liberdade de expressão’ e protagonizando atividades espetaculares com a sempre presente mídia neoiberal a dar a devida cobertura. A que se deveria esse tão tardio pedido mais de seis décadas depois do triunfo da Revolução ?

      E por qual motivo  não convocaram, por exemplo, as Damas de Branco que agem livremente e se identificam como oposição a soldo de alguns dólares? Ou a blogueira Yoani Sánchez que da mesma forma  - e também a soldo - acusa o governo de autoritário pelos quatro cantos do mundo sem ser presa ou criminalizada ?  Talvez não seja adequado.

    O império estadunidense agride ferozmente Cuba desde o início da Revolução e com finalidades claramente explicitadas. Data de 1960 , pouco mais de um ano após a  revolução,  um comunicado  atualmente desclassificado do departamento de Estado norte-americano que determinava o uso de quaisquer medidas que debilitassem a economia cubana a fim de provocar no povo a fome, o desespero e a derrubada do governo cubano*.

    A partir do triunfo da revolução a animosidade contra Cuba por parte dos EUA só aumentou. As relações diplomáticas entre os dois países são rompidas e uma série de ataques partem do território norte-americano rumo à Ilha. Os fatos e episódios são constantes: no início da década de sessenta especialmente ocorrem assassinatos de jovens e adolescentes das brigadas de alfabetização, ameaças frequentes, inoculação de doenças ( como a dengue hemorrágica, a febre porcina, pragas nas plantações, etc), incêndios em canaviais, em lojas, a tentativa de invasão em Praia Girón em 1961, contratação de mercenários para colocar bombas em hotéis, além de 636 tentativas de assassinato ao presidente Fidel Castro.

    Apesar do poderio militar e financeiro dos Estados Unidos, nunca obtiveram nenhuma vitória contra o povo cubano, principalmente por se  tratar de um povo culto e unido. Contra toda uma população consciente não há quem possa vencer.

     De todas as agressões que o governo norte-americano pratica contra o povo cubano, a mais genocida é a que o asfixia diuturnamente : o bloqueio econômico, financeiro e comercial mantido há seis décadas. Este causa prejuízos constantes no dia a dia do cubano uma vez que dificulta a aquisição de medicamentos, de materiais médicos, equipamentos, insumos e até mesmo de alimentos – embora não exista fome entre os cubanos. O bloqueio unilateral tem como finalidade causar ao povo desesperança e revolta contra o sistema de governo que os cidadãos elegeram. Até hoje os governos estadunidenses não conseguiram, mesmo com este mecanismo torpe, dobrar  Cuba.

       Ultimamente aplicam nova modalidade de hostilidade: o chamado “golpe brando” ou “golpe suave” que trata de incentivar (e financiar) pessoas que vivem geralmente deste soldo e que se apresentam como vítimas de um governo. Assim é que se vê cidadãos geralmente em conflito com a lei se auto-intitulando “artistas”, em falsas greves de fome, detidos por infrações disciplinares, tudo devidamente registrado a fim de causar uma suposta opressão por parte de entidades do governo. Até hoje não conseguiram mostrar nenhum policial, por exemplo, reprimindo ou agredindo qualquer tipo de ‘manifestação’, o que no mínimo lhes causa descrédito.

      O fato é que nas últimas duas décadas as agências estadunidenses gastaram 250 milhões de dólares financiando estas e outras ações com a finalidade de criar insatisfação e boicotar o governo cubano. Em 1983 foi criado o IRI (Instituto Republicano Internacional)** para uma “cruzada pela liberdade” com propósitos fundamentalistas da presidência daquela República. Possui mais de 500 funcionários com participações em diversos ‘golpes suaves’ além de ligações com  George Soros, Gene Sharp e outros. Na Venezuela o IRI participou do golpe de abril de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.

       Dessa forma e com o uso da tecnologia, os “cruzados anticubanos” vão tentando se aproximar especialmente de jovens e estudantes de Cuba com a finalidade de lhes oferecer objetos de consumo, exibir outras formas de ‘arte’  -  a maioria  de gosto extremamente duvidoso – na tentativa de cooptá-los contra o governo. Utilizam a  tecnologia atual  que se adequa  perfeitamente ao capitalismo e de seus recursos que fariam inveja a Goebbels na manipulação dos seres humanos.

      Nem assim  têm sido bem sucedidos, como se percebe com o grupelho denominando “Movimento San Isidro”, que se comprovou não contar com artistas verdadeiros, ou com “rappers” que propõem mudanças de princípios, ou  com o episódio de autodenominados “artistas” na porta do Ministério da Cultura onde mostraram não haver interesse concreto a não ser de agitação, ou com a recente visita de alguns cidadãos ao Ministério das Relações Exteriores com pretexto inexistente e com um cenário já armado na frustrada tentativa de atribuir repressão daquele ministério ; enfim, uma série de atividades que rapidamente  se comprovam falsas e caem em descrédito.  Além disso, alguns dos personagens frustrados  confessam publicamente os valores recebidos e a real finalidade de seus atos.

        Apesar de tudo isso estar bem claro para os cubanos, a mídia neoliberal mostra outro lado da moeda ao mundo. E divulga fortemente os tais grupos e atividades como reais opositores que são oprimidos pelo governo, detidos (sem esclarecer os reais motivos de eventuais detenções) tudo para desqualificar e criar falsas notícias a respeito do país.Nenhum meio relata que funcionário estadunidense da embaixada dos EUA usa seu próprio carro a serviço dos tais artistas. É o que se chama de “Cuba virtual”. Ao contrário, a “Cuba real” vivida por seu povo é  a que não é mostrada : em dezembro uma multidão de jovens e adultos se reuniu no Parque Trillo em Havana  com artistas e intelectuais de verdade em apoio à revolução e em contestação aos “opositores”, contando com o importante e expresso  apoio da União de Escritores e Artistas Cubanos (UNEAC) àquele ato.   Nada é televisionado ou registrado pela mesma mídia.  Recentemente em 24 e 25 de março uma Caravana pelo fim do bloqueio contra Cuba percorreu mais de cem cidades pelo mundo inteiro e fez com que centenas de pessoas em especial os jovens fizessem uma linda manifestação pelas ruas de Havana com bandeiras cubanas em carros, bicicletas, taxis, motocicletas tudo em  apoio à revolução . Nada disso foi registrado ou divulgado por aqueles mesmos meios de comunicação que intrinsicamente deveriam demonstrar um mínimo de imparcialidade e de honestidade profissional :mostrar um pouco da “Cuba real”.

     Assim são atualmente os “golpes suaves” financiados pelo governo estadunidense , também denominados de “primaveras’ em alguns países,em especial do Oriente Médio, e que depois se comprovou não se tratar exatamente de nenhuma estação do ano nem de possibilidade de mudanças. Nada muda para os povos, a não ser a interferência de um império em cada país em busca de seus respectivos recursos naturais

     Enquanto isso continua a obsessão dos Estados Unidos em tentar fazer novamente de Cuba seu quintal, fazer com que retorne ao pais um governo capitalista que se submeta aos desígnios deste império poderoso mas que não consegue dominar uma ilha tão pequena.  O fenômeno ocorre porque conta com uma população segura do que quer e que segue com o princípio de José Martí: Somente um povo culto pode ser um povo livre.


·     

 https://www.brasildefato.com.br/2021/04/21/artigo-o-que-esta-por-tras-dos-novos-protestos-de-artistas-por-liberdade-em-cuba?fbclid=IwAR3pNDcQLDshWy1U84oodDgbuuc2LaRItMxStvuXj-ExyS_KvQt2mTVi2TA



   *Memorando Secreto do Departamento de Estado em 6/4/1960 por Lester Mallory 

·         ** http://www.granma.cu/mundo/2021-04-07/los-cruzados-anticubanos-del-nuevo-siglo-estadounidense-07-04-2021-00-04-35?

·         *** http://solidariedadecubarj.blogspot.com/2021/02/usaid-ned-adn-diario-de-cuba-e-mais-o.html

 

 

Coordenadora do Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos

18 de abr. de 2021

UM PAI NOSSO LATINO-AMERICANO - LINDO !!!

  Este é um "Pai Nosso Latino-americano", um poema do uruguaio Mario Benedetti, interpretado na base do Memorial José Martí na Plaza de la Revolución em Havana, em 22 de julho de 2004. Esta versão foi musicada pelo argentino Favero e orquestrada pelo maestro Leo Brouwer na companhia dos 200 músicos da Orquestra Sinfônica de Cuba.

Esta apresentação fez parte do concerto de encerramento do I Encontro Nacional de Orquestras Sinfônicas de Cuba, e foi um presente da cultura cubana aos 51 anos do Assalto ao Quartel de Moncada (26 de julho de 1953), um acontecimento histórico que daria origem ao movimento insurgente 26 de julho.


                                                                                    https://www.youtube.com/watch?                                                                    v=okO1Q890ZRE&ab_channel=Comit%C3%AACariocadeSolidariedadeaCuba


                  Depoimento da companheira  Graciela Ramirez, que afortunadamente estava na cerimônia assistindo a essa emocionante e emocionada interpretação do lindo  poema do grande Mario Benedetti: 

   "O Concerto foi em 2004, no encerramento do I Encontro de Orquestras Sinfônicas na Praça da Revolução. 

       Fidel estava na 1ª fila.

   Quem declama é Héctor Quintero, um fabuloso dramaturgo do teatro cubano, ator, escritor e diretor de peças emblemáticas. A orquestra é dirigida pelo grande mestre Leo Brouwer.

    Quintero declama o poema de Benedetti  Pai Nosso latino-americano que deveria ser um hino para todos nós.

   Quintero disse: "imagina, embora estivéssemos atentos, quando olhei para a plateia vi Fidel na primeira fila. Levantei os olhos à noite em que comecei a recitar, para ter a impressão de que não era verdade, que ele não estava lá, porque se não o tivesse feito teria sido difícil seguir em frente. Mais tarde, no Memorial (José Martí), enquanto acompanhava o Concerto, comecei a pensar em como a mensagem dos versos de Benedetti havia chegado àquele homem. 

  O prêmio máximo, eu tive depois do Concerto. Fidel cumprimentou aqueles de nós que participamos. Ele estava conversando com o Leo e com o Silvio, quando se virou e viu que eu estava um pouco distante, disse: "Conserve essa voz" .

 Essa frase vale mil Oscars."


O poema no original:

Padre nuestro que estás en los cielos
con las golondrinas y los misiles
quiero que vuelvas antes de que olvides
cómo se llega al sur de Río Grande
Pdre nuestro que estás en el exilio
casi nunca te acuerdas de los míos
de todos modos dondequiera que estés
santificado sea tu nombre
no quienes santifican en tu nombre
cerrando un ojo para no ver las uñas
sucias de la miseria
en agosto de mil novecientos sesenta
ya no sirve pedirte
venga a nos el tu reino
porque tu reino también está aquí abajo
metido en los rencores y en el miedo
en las vacilaciones y en la mugre
en la desilusión y en la modorra
en esta ansia de verte pese a todo
cuando hablaste del rico
la aguja y el camello
y te votamos todos
por unanimidad para la Gloria
también alzó su mano el indio silencioso
que te respetaba pero se resistía
a pensar hágase tu voluntad
sin embargo una vez cada tanto
tu voluntad se mezcla con la mía
la domina
la enciende
la duplica
más arduo es conocer cuál es mi voluntad
cuándo creo de veras lo que digo creer
así en tu omniprescencia como en mi soledad
así en la tierra como en el cielo
siempre
estaré más seguro de la tierra que piso
que del cielo intratable que me ignora
pero quién sabe
no voy a decidir
que tu poder se haga o se deshaga
tu voluntad igual se está haciendo en el viento
en el Ande de nieve
en el pájaro que fecunda a la pájara
en los cancilleres que murmullan yes sir
en cada mano que se convierte en puño
claro no estoy seguro si me gusta el estilo
que tu voluntad elige para hacerse
lo digo con irreverencia y gratitud
dos emblemas que pronto serán la misma cosa
lo digo sobre todo pensando en el pan nuestro
de cada día y de cada pedacito de día
ayer nos lo quitaste
dánosle hoy
o al menos el derecho de darnos nuestro pan
no sólo el que era símbolo de Algo
sino el de miga y cáscara
el pan nuestro
ya que nos queda pocas esperanzas y deudas
perdónanos si puedes nuestras deudas
pero no nos perdones la esperanza
no nos perdones nunca nuestros créditos
a más tardar mañana
saldremos a cobrar a los fallutos
tangibles y sonrientes forajidos
a los que tienen garras para el arpa
y un panamericano temblor con que se enjugan
la última escupida que cuelga de su rostro
poco importa que nuestros acreedores perdonen
así como nosotros
una vez
por error
perdonamos a nuestros deudores
todavía
nos deben como un siglo
de insomnios y garrote
como tres mil kilómetros de injurias
como veinte medallas a Somoza
como una sola Guatemala muerta
no nos dejes caer en la tentación
de olvidar o vender este pasado
o arrendar una sola hectárea de su olvido
ahora que es la hora de saber quiénes somos
y han de cruzar el río
el dólar y su amor contrarrembolso
arráncanos del alma el último mendigo
y líbranos de todo mal de conciencia
amén.

Mario Benedetti 

16 de abr. de 2021

SAUDAÇÕES AO VIII CONGRESSO DO PCC - do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos



Cuba: Saudações ao VIII Congresso do PCC

Caro General do Exército Raúl Castro Ruz

Primeiro Secretário do Partido Comunista de Cuba

Caro presidente Miguel Díaz-Canel

Caros Delegados:


      Da solidariedade internacional, enviamos a vocês as calorosas saudações de dezenas de milhares de lutadores populares, intelectuais, artistas, ativistas e trabalhadores que abraçam a Revolução Cubana e seu povo heroico.

      Desejamos muito sucesso neste histórico VIII Congresso do PCC, no qual serão substituídas as lideranças históricas lideradas por Fidel e Raúl.

   Aos que construíram a grandeza da nação cubana, livre, culta, digna e soberana.

Para aqueles que escreveram páginas de glória na história da América Latina, e derramaram seu sangue pela independência e liberdade das nações irmãs.

    Para aqueles que, por meio de seu exemplo de vida e luta, nos ensinaram que os princípios são sagrados. Que um companheiro nunca fica abandonado. Que o exemplo de Ernesto Che Guevara deve nos inspirar a sermos melhores como revolucionários e como seres humanos a cada dia.

  A vocês que desde 26 de julho de 1953, do desembarque do Granma a 2 de dezembro de 1956, o triunfo da Revolução a 1 de janeiro de 1959, nos deram a certeza da vitória.

    A vocês que foram os arquitetos da primeira derrota do imperialismo ianque na América Latina.

   Isso curou as feridas de tantos latino-americanos durante as ditaduras militares.

    A vocês que, com seus médicos cubanos, curaram as dores das tragédias deste mundo. Que ensinaram milhões de seres humanos a ler e escrever, e que hoje são um exemplo de altruísmo, humanismo e solidariedade diante da pandemia em mais de 40 países com a Brigada Henry Reeve.

   A vocês, a quem o imperialismo ianque nunca perdoará a audácia de ter feito uma revolução socialista dos humildes, pelos humildes e com os humildes.

   A vocês que, a apenas 90 milhas do maior império do planeta, construíram uma sociedade com justiça e equidade, onde homens e mulheres não são mercadorias, mas sim pessoas com direitos.

   Que continuam trabalhando até hoje pela plena igualdade das mulheres, da não discriminação por motivos de sexo, raça e religião.

   A vocês castigados pelos Estados Unidos com o bloqueio genocida mais longo da história para impedir seu pleno desenvolvimento.

   A vocês que com sua diplomacia revolucionária apoiaram nossas causas anticolonialistas e elevaram os princípios da solidariedade internacional em todos os fóruns internacionais.

   A vocês que hoje oferecem ao mundo a possibilidade de ter cinco vacinas candidatas para enfrentar a pandemia Covid-19.

   A vocês, queridos colegas que inspiram nossos movimentos sociais, nossos partidos de esquerda, nossos processos progressistas e nossas lutas cotidianas, o abraço agradecido, o respeito, o afeto eterno e a promessa de acompanhar, apoiar e trabalhar em solidariedade com aqueles que terão a honra de  dar continuidade à obra mais bela, humana e heroica do século passado e do presente.


Viva Fidel e Raúl!

Viva o Partido Comunista de Cuba!

Viva a Revolução Cubana !  


https://www.cubaenresumen.org/2021/04/cuba-saludo-al-viii-congreso-del-pcc/