Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas : A REVOLUÇÃO QUE NÃO PERDE A TERNURA ....

Aleidita - filha de Che e Aleida March :

" Caros amigos, hoje muito cedo liguei para a minha mãe e lhe dei os parabéns pelo seu aniversário de casamento; ela imediatamente agradeceu e disse ' quanto tempo' .

É verdade, num dia como hoje há 62 anos meus pais se casaram, ninguém melhor que ela conta como foi aquele momento, em seu livro Evocação, mas as imagens preservadas desde então falam por si mesmas , todos juntos no fotos, felizes , compartilhando um pequeno intervalo na festa preparada por amigos e familiares, o traje militar do noivo e seu vestido simples, não há luxo, muito pelo contrário, mas há derramamento de amor e companheirismo.

Vejo o rosto sorridente do meu pai e a felicidade que ele ainda não consegue acreditar, nos olhos da minha mãe e, querem saber, sinto-me muito completa porque fui o primeiro fruto desse amor, que privilégio.

Muitos anos depois, quando já estava para me casar, minha mãe me disse que antes de mais nada eu precisava falar com meu tio Fidel, a verdade é que eu não queria porque sabia que se contasse a ele, eu estaria comprometendo-o a ir e ele estava sempre trabalhando, mas ela me explicou que quando eles, meus pais, se casaram, não o convidaram para o casamento, justamente para evitar o compromisso de ir com todo o imenso trabalho que tinha, mas que ele, Fidel, se chateou com isso e que ela não queria que os acontecimentos se repetissem e foi assim que o meu tio se tornou o padrinho do meu casamento e deixou-me muito claro que era isso ele esperava de mim, então a mamãe me impediu de cometer o erro deles e ele foi muito simpático porque o tio não aparece nas fotos do casamento dos meus pais, mas nas minhas ele foi o verdadeiro centro, ao que nunca poderei agradecê-lo o suficiente.

Então, em um dia como hoje, 62 anos atrás, o amor mais intenso e lindo que já conheci foi legalizado.

Feliz dia mãe e obrigada, muito obrigada".