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5 de jun. de 2021

OXFAM CONTRA O BLOQUEIO, PELO MAIS URGENTE. #EliminaElBloqueoYa

                                                                         

A confederação internacional apresentou em Havana um relatório sobre os prejuízos causados ao povo e às mulheres e conclamou Washington a acabar com essa política

Enrique Milanés León

            Se, depois que todos vão embora, deve restar uma ideia clara de uma entrevista coletiva com jornalistas, a de ontem, no Centro de Imprensa Internacional, poderia estar muito bem resumida em três linhas do seu relatório: “Oxfam condena o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba porque contraria o que é mais urgente e necessário hoje: salvar vidas humanas e proteger os direitos da população”.

            Com efeito, a Oxfam – confederação internacional de 21 organizações, que trabalha em 67 países por um futuro sem pobreza – acaba de apresentar o seu informe “Direito a viver sem bloqueio. Impactos das sanções dos Estados Unidos sobre a população cubana e a vida das mulheres”, e o que denota melhor que, desde 1993, ela tem os pés bem postos em nossa terra é que chama o assédio pelo que de fato é: bloqueio.

            Elena Gentili, diretora da Oxfam em Cuba, destacou a dimensão humana do conflito, o que pode ser muito bem apreciado no saldo dessa denúncia: “Há mais de um ano, essas sanções representam um obstáculo real para adquirir ventiladores pulmonares mecânicos, máscaras, kits de diagnóstico, reagentes, seringas para a vacinação e outros insumos necessários para o manejo da enfermidade da Covid-19”.

Elena Gentili  

            O bloqueio – afirmou Gentili – reforça o sistema patriarcal e ignora as necessidades diferenciadas, as oportunidades e a autonomia das mulheres, 78 por cento das quais nasceram aqui com esse cerco em vigor.

            Por tudo isso, a Oxfam não faz, em seu informe, uma simples catarse solidária, mas insta concretamente os congressistas norte-americanos a acabar com o bloqueio, e o governo dos Estados Unidos a empreender a normalização de relações com Cuba e garantir imediatamente a suspensão das medidas que a impedem de adquirir materiais e insumos para enfrentar a Covid-19.

            A recomendação inclui retomar a diretiva presidencial de outubro de 2016, para a “normalização das relações com Cuba”, retirá-la da lista de países patrocinadores do terrorismo e suspender o título III da Lei Helms-Burton, revogar o memorando presidencial de segurança nacional sobre o fortalecimento da política para Cuba, de 2017; reverter as limitações a remessas e viagens, e a reabertura dos serviços diplomáticos. Ademais, faz chamados de apoio a essa causa aos Estados membros da ONU e às organizações de cooperação internacional.

            Presente na coletiva, Joel Suárez, coordenador executivo do Centro Memorial Dr. Martin Luther King Jr., informou que, como parte dessa ação, será realizado um foro virtual para a apresentação do próprio informe à comunidade internacional, o que contará com o respaldo de personalidades e organizações de Cuba, dos Estados Unidos e da ONU.           

                                          

Publicado em Juventud Rebelde, 26-05-2021

Tradução: Marcia Choueri

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