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10 de dez. de 2021

DECISÃO CONTRA JULIAN ASSANGE NO DIA DOS DIREITOS HUMANOS. Um dia trágico para o jornalismo.


Kristinn Hrafnsson  editor-chefe de WikiLeaks

    
        Estados Unidos. "Um dia trágico para o jornalismo": o editor-chefe do WikiLeaks comenta sobre a autorização de extradição de Assange para "o país que considerava matá-lo".

     De acordo com Kristinn Hrafnsson, o caso não foi examinado com base na lei, mas na política, e representa um "ataque ao jornalismo".

      A decisão do judiciário britânico de autorizar a extradição do fundador do WikiLeaks Julian Assange para os EUA, "um país que considerava matá-lo", é "vergonhosa em todos os sentidos", disse o editor-chefe do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson.

     "Esta é a nação onde indivíduos dos mais altos níveis em Langley, Virgínia, na CIA e na Casa Branca previam o sequestro ou o assassinato de Julian Assange", lembrou ele.

    "No Dia dos Direitos Humanos da ONU, o Tribunal Superior de Londres acaba de tomar a decisão de extraditar um indivíduo para um país que considerava matá-lo", continuou Hrafnsson, enfatizando que esta é uma coincidência "inconcebível" e "irônica".

De acordo com o editor-chefe do WikiLeaks, o caso de Assange não foi examinado com base na lei, mas na política, e representa um "ataque ao jornalismo".


   "É uma perseguição política em curso no centro de Londres", criticou Hrafnsson. "É um dia trágico para o jornalismo", disse ele.


Garantias "não confiáveis"


    O jornalista enfatizou o fato de que o Tribunal Superior não levou em conta o estado psicológico de Assange, mas baseou sua decisão em garantias prometidas pelo lado americano de que ele não será submetido a medidas rigorosas quando estiver sob custódia no país americano. 

 "Todas essas garantias foram investigadas por organizações de direitos humanos [...] que descobriram que essas garantias não são dignas do papel em que estão escritas. Eles simplesmente não são confiáveis", disse ele.

      Hrafnsson também declarou que está profundamente preocupado com a saúde e o bem-estar de Assange. Ele disse que os planos de defesa do fundador do WikiLeaks são apelar da decisão. Entretanto, em sua opinião, isto não é suficiente e a sociedade também precisa dizer "basta, basta".


  •    Julian Assange, 49 anos, é acusado nos EUA de publicar centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e cabos diplomáticos confidenciais sobre as atividades dos EUA nas guerras do Iraque e do Afeganistão, que foram tornadas públicas por seu portal de informação WikiLeaks. As acusações contra ele acarretam uma pena máxima de 175 anos de prisão.



Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

https://www.resumenlatinoamericano.org/2021/12/10/estados-unidos-un-dia-oscuro-para-el-periodismo-redactor-jefe-de-wikileaks-comenta-la-autorizacion-de-extraditar-a-assange-al-pais-que-contemplo-matarlo/

https://actualidad.rt.com/actualidad/413190-dictara-viernes-sentencia-extradicion-assange


                                   



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