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30 de mar. de 2022

30 de MARÇO : DIA DA TERRA NA PALESTINA , MENSAGEM DO MST , A OPRESSÃO E A TENTATIVA DE 'DRIBLAR' O BDS

 

Somos os guardiões da sombra

Das laranjeiras e das oliveiras

Semeamos as ideias como o fermento na massa

Nossos nervos são de gelo

Mas nossos corações vomitam fogo

Quando tivermos sede

Espremeremos as pedras

E comeremos terra

Quando estivermos famintos

Mas não iremos embora

Tawfiq Zayyad


Em 30 de março de 1976, milhares de palestinos/as marcharam em protesto contra uma decisão do governo de Israel de confiscar terras pertencentes às comunidades palestinas. O protesto foi brutalmente reprimido e os confrontos violentos resultaram em seis mortos e mais de cem pessoas feridas. Desde então, todo ano nessa mesma data, os palestinos e palestinas em todo o mundo realizam vigílias e plantam Oliveiras, espécie símbolo da região, reafirmando o vínculo com sua terra, com a identidade nacional e em solidariedade àqueles que perderam suas vidas resistindo diariamente à invasão israelense.
Aqui no Brasil, no dia 31 de março deste ano, vence o prazo dado pelo STF de suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia. Caso a suspensão não seja prorrogada, cerca de 123.000 famílias em áreas urbanas e 30.000 em áreas rurais serão despejadas e expostas a diversas violações de direitos humanos fundamentais, entre as quais, o direito à moradia e à alimentação. Assim como o povo palestino, nós também seguimos em luta defendendo os nossos territórios contra as tentativas de privatização e ameaças do capital e contra todas as ações de despejos. Para eles e para nós, as árvores são símbolos de nossas raízes na terra, de nossa persistência e resistência! Dos frutos de nossa luta e de nossa terra! Assim, nesse 30 de março vamos nos unir ao povo palestino e plantar árvores nos nossos territórios ameaçados de despejo ou que sofrem constantemente a violência do agronegócio, para simbolizar a luta dos povos pelo direito à terra!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra 





      Nesta época em que testemunhamos tanta violência cometida contra os povos do mundo, o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos presta sua homenagem ao resistente povo palestino em sua luta pela devolução de seus territórios e contra o inaceitável apartheid do governo de Israel.  Apoiamos e sempre apoiaremos o Povo Palestino em sua resistência por sua nação.
      A violência cometida dia a dia pelo governo de Israel contra o povo palestino é insuportável, injusta e criminosa. A quantidade de crianças e jovens presos e mortos pelo exército israelense é chocante e inaceitável por qualquer pessoa minimamente racional.

                     


 INACEITÁVEIS OS  CRIMES QUE SÃO  COMETIDOS  HÁ DÉCADAS  CONTRA A  PALESTINA   ! BASTA !





     O Movimento Internacional BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) é um movimento que  trabalha para acabar com o apoio internacional para a opressão dos palestinos de Israel e pressionar Israel a respeitar o direito internacional. Uma de suas atividades é boicotar produtos de origem israelense para dessa forma pressionar  o governo a parar com a violência praticada por eles.  Se sabe que uma das formas de descobrir se um produto é de Israel é pelo número que se encontra no código de barras do produto. Neste caso, o número 7290000000. Espertamente há pouco o regime sionista genocida criou dois novos códigos para tentar burlar o boicote. Não vai adiantar. Os novos códigos:



        Um exemplo do que pode ser feito, Ativistas pró-Palestina em Manchester colocam etiquetas "BOYCOTT ISRAELI APARTHEID" em produtos produzidos em assentamentos ilegais israelenses na loja de Sainsbury's :                           
#BoycottIsrael



O APARTHEID ISRAELENSE 

FEPAL Federação Árabe Palestina  do Brasil  
                                                                                                   

Você já parou para se informar sobre o apartheid de Israel contra o povo palestino?

Já pensou nas consequências que este sistema de segregação racial – que opera em benefício da população judaica israelense – tem no dia a dia de milhões de famílias?

Mais de 7,5 milhões de palestinos vivem entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, em áreas autônomas ocupadas pelo exército israelense ou nas fronteiras do Estado de Israel.

Todas essas pessoas, em alguma medida, estão submetidas às leis e práticas deste Estado que opera sistematicamente para reduzi-las à condição de intrusas indesejáveis e párias na sua própria terra histórica.

Um Estado que ao mesmo tempo em que oprime, persegue, prende e mata civis palestinos, promove a vinda de estrangeiros ricos para um território que não está sob a sua jurisdição.

Estes são apenas alguns dos aspectos mais conhecidos do apartheid de Israel, que tem sido denunciado há anos pelos principais órgãos de direitos humanos do mundo e que precisa da sua ajuda para começar a ser desmantelado.

Vivemos em um país com milhões de problemas e reivindicações, mas quando pensamos no fortalecimento da nossa democracia e na construção de uma nação forte e verdadeiramente soberana, precisamos tomar uma posição diante do apartheid na Palestina.

A tentativa de parcelas da sociedade brasileira de naturalizar um sistema criminoso como uma democracia plena e pujante é algo que tem de ser combatido.

Um país que se pretende grande não pode ser conivente com os crimes de lesa-humanidade e o extermínio de um povo em troca de duvidosos acordos comerciais e uma ideia vaga e distorcida de conexão espiritual.

O Brasil que defendemos – que esta Federação Árabe Palestina enxerga como modelo de nação soberana – é radicalmente contra o apartheid de Israel.

Informe-se, denuncie e contribua para que a luta contra este regime supremacista seja conhecida e ganhe mais espaço no debate público nacional.

Todos podem fazer a diferença. 

                                         




MAIS :  https://vermelho.org.br/coluna/o-apartheid-de-israel-na-palestina-e-a-hipocrisia-ocidental/
                                                         


Edição e texto:
Carmen Diniz / Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

                                  

                                        

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