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12 de jul. de 2022

TEMOS MEMÓRIA #CubaPorLaPaz

Hotel Capri, em Havana 

                                               

José Márcio Gomes dos Santos Cunha

Há 25 anos, em 12 de julho de 1997, atentados terroristas eram efetuados no Hotel Capri e no Hotel Nacional, ambos em Havana, Cuba. As agressões deixaram feridos e destruição. Era a onda de terror contra a Revolução Cubana, que resultou em morte em outros atentados, como os ocorridos nos hotéis Copacabana, Chateau e Tritón. Antes, em abril, bomba explodiu no Hotel Meliá Cohiba.
As ações foram efetuadas pela Fundação Nacional Cubano-Americana, organizada e planejada pelo terrorista Luís Posadas Carrilles.O terrorista no cenário dos atentados do Capri e do Nacional foi o salvadorenho Raúl Ernesto Cruz León, a serviço da FNCA.

Cruz Leon, terrorista preso, em seu julgamento

No livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", Fernando Morais reconstitui a ação terrorista: já no Hotel Capri, Cruz León "Trancou-se num dos banheiros da recepção, abriu a mochila, enterrou metade do detonador na bola de C-4, marcou o relógio para despertar dali a dez minutos e retornou ao lobby levando nas mãos o saquinho plástico com a bomba arnada. Depositou-a atrás da poltrona onde estivera sentado e saiu a passos largos para a rua. Como havia cronometrado antes, levou um minuto e meio para percorrer o quarteirão e entrou no hotel Nacional. No banheiro armou a segunda bomba, para dali a sete minutos, colocou tudo dentro do outro saquinho e voltou para a recepção. [...] O salvadorenho escondeu discretamente o saquinho no meio das folhagens e tomou o rumo da rua. Quando ele descia os primeiros degraus da pequena escada que dá para os jardins da frente, a bomba explodiu, transformando a enorme porta de entrada do hotel em milhares cacos de vidro. [...] Em meio ao pânico e à correria generalizada, andou durante alguns minutos e, ao chegar ao Malecón, ouviu a segunda bomba explodir no Capri." (p. 229-230).
As ações terroristas visavam fragilizar a Revolução Cubana e o setor de turismo, importante fonte de renda do pais. Graças ao trabalho da inteligência cubana e seu Ministério do Interior, a rede foi desmantelada e terroristas presos tempos depois. Posadas Carrilles, contudo, que há décadas perpetrava atentados contra Cuba, ficou sob a proteção dos EUA até sua morte anos depois.
Em que pese as centenas de atentados, agressões e violações, a Revolução Cubana e seu socialismo segue firme e em defesa de sua soberania e do povo.
Hotel Nacional, em Havana 


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