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25 de out. de 2022

REJEIÇÃO DO BLOQUEIO CONTRA CUBA EM DEFESA DOS POVOS - JOSÉ MUJICA #MejorSinBloqueo

                                   

A rejeição internacional do bloqueio dos EUA contra Cuba é hoje um princípio em defesa de todos os povos do mundo, afirmou o ex-presidente uruguaio, José Mujica.

Assim o declarou em uma entrevista exclusiva com a Prensa Latina, faltando pouco mais de uma semana para a Assembleia Geral das Nações Unidas tratar da questão da política hostil de Washington pela trigésima vez.

O caso de Cuba é a enésima expressão de uma política bárbara praticada por potências desenvolvidas por razões ideológicas contra países terceiros, disse ele de sua casa, na periferia da capital.

Pepe, como seus compatriotas o chamam, fez referência a outros cercos cometidos na história "e são sempre os setores mais pobres que pagam o preço".

"A prática do bloqueio econômico é um recurso bastardo na política internacional que deveria ser banido", frisou ele.

"Não serviu a nenhum outro propósito além de colocar as pessoas passando necessidades e é um abuso de arrogância", disse ele.

Disse que, no caso de Cuba, a recusa dos Estados Unidos em cumprir as decisões tomadas pelas Nações Unidas, em particular o chamado da comunidade internacional para levantar o cerco na ilha caribenha, tem sido repetida até o cansaço.

É um grande poder, praticamente por si só, que reitera sem cerimônia uma recusa fechada em considerar a posição do mundo, observou.

Considerou que ao fazer isso, Washington desrespeita os outros e sua posição ridiculariza a existência de organizações internacionais, seus mecanismos e acordos reconhecidos.

"Para que queremos instituições mundiais se um país poderoso faz o que quer?", ele perguntou.

"É como se esse país não se importasse com o que acontece no planeta", acrescentou ele, referindo-se a outros problemas globais cujas soluções também são bloqueadas pela Casa Branca.

 Um embuste

O ex-líder uruguaio descreveu a inclusão de Cuba na lista unilateral de países que promovem o terrorismo, a última volta do parafuso no bloqueio assinado por Donald Trump antes de deixar o cargo, como um "embuste".

É uma medida que torna o cerco ao país antilhano ainda mais letal e fecha as portas ao comércio internacional, às finanças e aos investimentos.

"A presença de Cuba nesta lista não tem base alguma, é um trapo", exclamou Mujica.

"Pelo contrário", enfatizou, "Cuba é vítima do terrorismo. A este respeito, Washington mantém a linguagem da Guerra Fria, que hoje não faz qualquer sentido".

Além disso, concluiu que as punições impostas ao país caribenho, por sua vez, prejudicam parte da sociedade estadunidense.

Na semana passada, em Havana, o Ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodríguez apresentou o relatório sobre os danos causados pelo bloqueio que seu país apresentará à Assembleia Geral da ONU em novembro.

O documento afirma que  seis décadas desta política hostil causou perdas para a economia da maior das Antilhas, superiores a 154 bilhões de dólares.

Desse total, mais de seis bilhões de dólares correspondem aos danos causados durante o atual mandato do Presidente Joe Biden.

Cuba considera o bloqueio dos EUA como o maior obstáculo ao seu desenvolvimento.

O relatório já circulando na ONU afirma que entre agosto de 2021 e fevereiro de 2022, o Produto Interno Bruto da ilha poderia ter crescido 4,5% sem as medidas punitivas do bloqueio dos EUA.


https://cubaenresumen.org/2022/10/24/rechazo-de-bloqueo-a-cuba-en-defensa-de-los-pueblos-jose-mujica/

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba           

                                 


                             


2 comentários:

  1. pelo final de um
    Bloqueio insano é cruel. O povo Cubano é soberano. Viva Cuba!

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  2. Eu acreditei que na ocasião do governo Obama ele pudesse propor um fim ao bloqueio assassino e vibrei muito com a fundação da embaixada americana em Havana. Depois pesquisei a respeito de que a proposta do desbloqueio exige a aprovação de dois terços do congresso americano. Fica bem difícil, mas um movimento internacional nesse sentido podemos fazer, não? Essa crueldade sempre passará por vistas grossas no mundo inteiro?

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