ÍNDICE

20 de out. de 2024

Sobre a causa da situação energética em Cuba . Algumas linhas explicativas necessárias. #UnidosXCuba (Port/Esp)

                   

 Cuba tem oito usinas termoelétricas principais, que formam a base de seu sistema nacional de eletricidade.

Essas usinas são:

1. CTE Máximo Gómez: localizada em Mariel, província de Artemisa.

2.      CTE Antonio Guiteras: localizada em Matanzas.

3.      CTE Carlos Manuel de Céspedes: localizado em Cienfuegos.

4.      CTE Diez de Octubre: em Nuevitas, província de Camagüey.

5.      CTE Ernesto Che Guevara: em Santa Cruz del Norte, Mayabeque.

6.      CTE Lidio Ramón Pérez (Felton): Em Holguín.

7.      CTE Otto Parellada (Tallapiedra): Em Havana.

8.      CTE Antonio Maceo (Rente): Em Santiago de Cuba.

  O principal objetivo da manutenção  capital de uma usina termelétrica é garantir a operacionalidade, a segurança e a eficiência de longo prazo dos equipamentos e instalações da usina. Esse tipo de manutenção difere da manutenção de rotina ou corretiva porque é um processo mais profundo e exaustivo, que inclui a revisão, o reparo, a substituição ou a modernização dos principais componentes para prolongar a vida útil da usina. As principais funções da manutenção capital em uma usina de energia térmica são:

1.      Prolongar a vida útil do equipamento: permite que os principais componentes, como turbinas, caldeiras, geradores e sistemas auxiliares, continuem a operar de forma eficiente e confiável por mais tempo.

2.  melhorar a eficiência operacional: ao reformar ou modernizar os equipamentos, a manutenção de capital pode aumentar a eficiência energética da usina, reduzindo as perdas de energia e os custos operacionais.

3.      Evitar falhas catastróficas: essa manutenção reduz o risco de falhas graves que podem levar a paradas da fábrica, perdas econômicas ou situações de emergência.

4.      Cumprir as regulamentações e os padrões de segurança: as usinas termelétricas devem cumprir as rigorosas regulamentações ambientais e de segurança. A manutenção capital garante que a usina opere dentro dos limites estabelecidos pelas autoridades reguladoras.

5.      Reduzir as emissões de poluentes: Ao atualizar ou substituir equipamentos, a manutenção  capital pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes, ajudando a melhorar o desempenho ambiental da usina.

6.      Otimizar a disponibilidade e a confiabilidade da usina: por meio de intervenções programadas, esse tipo de manutenção reduz o número de interrupções não planejadas, garantindo que a usina esteja disponível para operar de forma contínua e confiável.

Em resumo, a manutenção  capital de uma usina termelétrica é essencial para garantir a operação de longo prazo da usina, melhorar sua eficiência e garantir uma operação segura e sustentável.

  O que não foi feito durante anos não pode ser resolvido da noite para o dia. A manutenção capital foi adiada por vários anos. Uma usina termoelétrica que deveria receber manutenção  capital a cada cinco anos não a recebe há mais de oito anos. Atualmente, são realizadas apenas manutenções leves e corretivas, como a limpeza das paredes das caldeiras, que estão cheias de resíduos do óleo cru cubano, um óleo de baixa qualidade com alto teor de enxofre, o que reduz a capacidade de geração de energia. As chaminés também são limpas, entre outros ajustes. No entanto, essas são correções paliativas. O uso do óleo cru cubano deteriora rapidamente os dutos e as caldeiras, acelerando a necessidade de manutenção mais profunda.

 A falta de financiamento, principalmente devido ao bloqueio econômico, financeiro e comercial dos EUA, juntamente com a redução da renda no país devido a vários fatores, impediu que os recursos necessários fossem alocados para a manutenção capital das usinas termoelétricas. Em condições normais, são necessários pelo menos US$ 250 milhões por ano para essa manutenção, um valor que não pode ser atingido no momento.

 Devido ao bloqueio e à perseguição do governo dos Estados Unidos àqueles que comercializam com Cuba, muitos navios não podem transportar combustível para Cuba (especialmente desde a administração Trump) porque evitam ser penalizados; outros, ao entrar em Cuba, desconectam seu GPS e, às vezes, precisam fazer o transbordo do petróleo no meio do mar, em águas internacionais.

  Uma usina termoelétrica sem manutenção capital está diminuindo sua capacidade de trabalho, especialmente quando usam o petróleo cru cubano, que é pesado e ruim porque tem um alto teor de enxofre. Outra questão importante é que não temos capacidade de reserva no país.

  Ter capacidade de reserva quando uma usina termoelétrica está em manutenção significa ter capacidade de geração de eletricidade suficiente em outras usinas ou fontes de energia para cobrir a demanda enquanto a usina em manutenção estiver temporariamente fora de serviço. Esse conceito é essencial para evitar interrupções no fornecimento de energia durante o período em que uma usina termoelétrica está parada para reparos, atualizações ou revisões.

  Alguns aspectos importantes da capacidade de reserva são :

1. disponibilidade de outras fontes de energia: é preciso garantir que outras usinas térmoelétricas, usinas hidrelétricas, usinas solares, usinas eólicas ou até mesmo importações de energia estejam operando com capacidade suficiente para suprir a energia que não é mais produzida pela usina em manutenção.

2.      Evitar apagões ou interrupções: a capacidade de reserva garante que a rede elétrica possa atender à demanda de energia, mesmo quando uma parte significativa da infraestrutura (como uma usina termoelétrica) não estiver em operação. Isso é fundamental para evitar blecautes ou interrupções no sistema de eletricidade.

3.      Flexibilidade e planejamento: A programação da manutenção deve ser coordenada com a disponibilidade dessas fontes alternativas de energia. Em muitos casos, a manutenção é evitada durante as estações de alta demanda, como o verão ou o inverno, quando o consumo de eletricidade é maior.

4.      Manutenção escalonada: se você tiver um sistema com várias usinas térmoelétricas, a manutenção é programada de forma escalonada para que sempre haja capacidade de reserva disponível. Dessa forma, muitas usinas nunca são desligadas ao mesmo tempo.

  Em resumo, ter capacidade de reserva é um fator essencial no gerenciamento do sistema de energia, pois permite que a rede opere de forma estável e confiável, mesmo quando o trabalho de manutenção está sendo realizado em uma usina de energia.

  O desligamento de uma usina termoelétrica como a CTE Antonio Guiteras, em Matanzas, por um ano, para substituir equipamentos, peças e componentes é extremamente complexo e exige uma capacidade de reserva adequada no sistema de geração de eletricidade. Além disso, essas usinas termoelétricas são muito antigas e sua capacidade diminuiu significativamente (um bloco de 100 MW gera atualmente entre 60 e 65 MW). Após cada período de manutenção, como no verão, elas geralmente apresentam uma ligeira melhora, mas logo voltam a ter problemas devido à falta de capacidade de reserva para desligá-las para manutenção profunda. Isso leva a intervalos prolongados entre as manutenções, acumulando problemas técnicos, como vazamentos e falhas operacionais, o que causa avarias frequentes e, ocasionalmente, a retirada da usina do Sistema Elétrico Nacional.

  A usina termoelétrica Lidio Ramón Pérez, mais conhecida como usina termoelétrica Felton, localizada na província de Holguín, sofreu um incêndio em 28 de julho de 2022. O incêndio afetou a unidade Felton 1 da usina, o que causou uma interrupção significativa em sua capacidade de geração de energia. Esse incidente agravou a crise energética que Cuba já vinha enfrentando, dada a importância dessa usina no fornecimento de eletricidade do país.

          


 O incêndio ocorreu devido a falhas no equipamento e nos componentes, que causaram o superaquecimento que desencadeou o incidente. O reparo da unidade afetada era uma prioridade para as autoridades cubanas, mas as dificuldades técnicas e a falta de recursos prejudicaram o processo de recuperação.

  Devido aos problemas na usina de Felton, que deverá estar operacional dentro de dois anos, e à capacidade de geração insuficiente das usinas termoelétricas, tivemos que contar com geradores de geração distribuída, alguns maiores e outros menores. Essas unidades são submetidas a um trabalho intenso para o qual não foram projetadas, pois não foram concebidas para operar continuamente. Elas são reabastecidas todas as manhãs, mas no dia seguinte já esgotaram suas reservas, exigindo reabastecimento constante. Essa operação envolve uma logística enorme, que muitas vezes falha, pois o combustível precisa ser transportado por terra, mar ou trem, e as condições climáticas às vezes impedem que ele seja descarregado. Todos os dias, são necessárias 1.500 toneladas de diesel, o que afeta a economia, pois o combustível, em vez de ser usado no transporte público, deve ser usado para alimentar geradores.

  Outro fator crucial é a redução da capacidade dos superpetroleiros de armazenar combustível, principalmente devido ao incêndio devastador na Base de Superpetroleiros de Matanzas em agosto de 2022. Esse incidente, causado por um raio em um dos tanques de armazenamento, destruiu quatro tanques que continham aproximadamente 200.000 metros cúbicos de combustível. Esse evento afetou gravemente a capacidade de armazenamento e distribuição de combustível de Cuba, o que criou desafios significativos para o fornecimento de energia do país.

  Após o incêndio, o governo cubano realizou trabalhos de recuperação e reconstrução na Base de Superpetroleiros. No entanto, essas obras sofreram atrasos e várias dificuldades, o que prolongou a diminuição da capacidade de armazenamento de combustível e, consequentemente, limitou a operação dos superpetroleiros.

   Os parques fotovoltaicos estão sendo discutidos atualmente como uma alternativa, mas sem sistemas de armazenamento de energia, sua utilidade é limitada às horas do dia e sua implementação completa não estará disponível até o final de 2025. Isso significa que essa não é uma solução de curto prazo. A eletricidade continua sendo um recurso estratégico para o país, e a falta de uma resposta imediata complica a situação energética.

                     

Trad/Ed : @comitecarioca21              


Sobre la causa de la situación energética en nuestro país. Unas líneas explicativas necesarias👇🏽👇🏽👇🏽

 Cuba cuenta con ocho centrales termoeléctricas principales, que constituyen la base de su sistema eléctrico nacional. 

Estas plantas son:

1. CTE Máximo Gómez: Ubicada en Mariel, provincia de Artemisa.

2. CTE Antonio Guiteras: Situada en Matanzas.

3. CTE Carlos Manuel de Céspedes: Localizada en Cienfuegos.

4. CTE Diez de Octubre: En Nuevitas, provincia de Camagüey.

5. CTE Ernesto Che Guevara: En Santa Cruz del Norte, Mayabeque.

6. CTE Lidio Ramón Pérez (Felton): En Holguín.

7. CTE Otto Parellada (Tallapiedra): En La Habana.

8. CTE Antonio Maceo (Rente): En Santiago de Cuba.

El mantenimiento capital de una central termoeléctrica tiene como objetivo principal asegurar la operatividad, seguridad y eficiencia a largo plazo de los equipos e instalaciones de la planta. Este tipo de mantenimiento se diferencia del mantenimiento rutinario o correctivo porque se trata de un proceso más profundo y exhaustivo, que incluye la revisión, reparación, sustitución o modernización de componentes clave para prolongar la vida útil de la central. Las principales funciones del mantenimiento capital en una central termoeléctrica son:

1. Extender la vida útil de los equipos: Permite que los componentes principales, como las turbinas, calderas, generadores y sistemas auxiliares, sigan operando de manera eficiente y confiable por más tiempo.

2. Mejorar la eficiencia operativa: Al renovar o modernizar los equipos, el mantenimiento capital puede incrementar la eficiencia energética de la planta, reduciendo las pérdidas de energía y los costos de operación.

3. Prevenir fallos catastróficos: Este mantenimiento reduce el riesgo de fallos graves que podrían provocar la detención de la planta, pérdidas económicas o situaciones de emergencia.

4. Cumplir con regulaciones y normas de seguridad: Las centrales termoeléctricas deben cumplir con estrictas normativas de seguridad y ambientales. El mantenimiento capital garantiza que la planta opere dentro de los límites establecidos por las autoridades regulatorias.

5. Reducir emisiones contaminantes: Con la actualización o sustitución de equipos, el mantenimiento capital puede ayudar a reducir las emisiones de gases de efecto invernadero y otros contaminantes, contribuyendo a mejorar el desempeño ambiental de la planta.

6. Optimizar la disponibilidad y confiabilidad de la planta: A través de intervenciones programadas, este tipo de mantenimiento reduce la cantidad de paradas no planificadas, asegurando que la central esté disponible para operar de manera continua y confiable.

En resumen, el mantenimiento capital de una central termoeléctrica es esencial para asegurar la operación a largo plazo de la planta, mejorar su eficiencia y garantizar la seguridad y sostenibilidad en su funcionamiento.

Lo que no se hizo durante años no puede resolverse de un día para otro. Los mantenimientos capitales han sido postergados durante varios años. Una termoeléctrica que debería recibir mantenimiento capital cada cinco años lleva más de ocho sin recibirlo. Actualmente, solo se realizan mantenimientos ligeros y correctivos, como limpiar las paredes de las calderas que se llenan de residuos del crudo cubano, un petróleo de mala calidad y con alto contenido de azufre, lo que reduce la capacidad de generación de energía. También se limpian los conductos de salida de gases, entre otros ajustes. Sin embargo, estas son correcciones paliativas. El uso del crudo cubano deteriora rápidamente los conductos y calderas, acelerando la necesidad de un mantenimiento más profundo.

La falta de financiamiento, principalmente debido al bloqueo económico, financiero y comercial de Estados Unidos, junto con la reducción de ingresos en el país por diversos factores, ha impedido que se asignen los recursos necesarios para el mantenimiento capital de las termoeléctricas. En condiciones normales, se requieren al menos 250 millones de dólares anuales para este mantenimiento, una cifra que actualmente no se puede cubrir.

Debido al bloqueo y a la persecución del gobierno de EEUU a aquellos que comercializan con Cuba muchos barcos se ven imposibilitados de transportar combustible hacia Cuba (sobretodo desde el gobierno de Trump) porque evitan ser penalizados; otros al entrar a Cuba desconectan su GPS y a veces tienen que transbordar el petróleo en el medio del mar, en aguas internacionales.

Una termoeléctrica sin mantenimiento capital va disminuyendo su capacidad de trabajo sobretodo cuando utilizan el crudo cubano que es un petróleo pesado y malo por poseer alto contenido de azufre. Uma cuestión también importante es que no tenemos en el país capacidad de reserva.

Tener capacidad de reserva cuando se da mantenimiento a una central termoeléctrica significa contar con suficiente capacidad de generación eléctrica en otras plantas o fuentes de energía para cubrir la demanda mientras la planta en mantenimiento está temporalmente fuera de servicio. Este concepto es fundamental para evitar interrupciones en el suministro eléctrico durante el periodo en el que una central termoeléctrica está inactiva por reparaciones, actualizaciones o revisiones.

Algunos aspectos clave de lo que implica la capacidad de reserva son:

1. Disponibilidad de otras fuentes de energía: Se debe asegurar que otras plantas termoeléctricas, hidroeléctricas, plantas solares, eólicas, o incluso importación de energía, estén operando a una capacidad suficiente para suplir la energía que deja de producir la central en mantenimiento.

2. Evitar apagones o cortes de energía: La capacidad de reserva garantiza que la red eléctrica pueda satisfacer la demanda de energía, incluso cuando una parte significativa de la infraestructura (como una planta termoeléctrica) no está operativa. Esto es crucial para evitar apagones o caídas del sistema eléctrico.

3. Flexibilidad y planificación: La programación del mantenimiento debe coordinarse con la disponibilidad de estas fuentes alternativas de energía. En muchos casos, se evita realizar mantenimiento en temporadas de alta demanda, como en verano o invierno, cuando el consumo eléctrico es mayor.

4. Mantenimiento escalonado: Si se tiene un sistema con múltiples plantas termoeléctricas, el mantenimiento se programa de manera escalonada para que siempre haya capacidad de reserva disponible. De esta forma, nunca se detienen demasiadas plantas a la vez.

En resumen, contar con capacidad de reserva es un factor esencial en la gestión del sistema eléctrico, ya que permite que la red funcione de manera estable y confiable incluso cuando se realizan trabajos de mantenimiento en una central termoeléctrica.

Detener una termoeléctrica como la CTE Antonio Guiteras en Matanzas durante un año, para reemplazar equipos, piezas y componentes, es extremadamente complejo y requiere contar con una capacidad adecuada de reserva en el sistema de generación eléctrica. Además, estas termoeléctricas son muy antiguas y su capacidad ha disminuido significativamente (un bloque de 100 MW genera actualmente entre 60 y 65 MW). Tras cada período de mantenimiento, como el realizado en verano, suelen mostrar una leve mejora, pero rápidamente vuelven a experimentar problemas debido a la falta de una capacidad de reserva que permita detenerlas para realizar mantenimientos profundos. Esto lleva a prolongar los intervalos entre mantenimientos, acumulando problemas técnicos como fugas y fallos operativos, lo que provoca averías frecuentes y, en ocasiones, la salida de la planta del Sistema Electroenergético Nacional.

La termoeléctrica Lidio Ramón Pérez, más conocida como la termoeléctrica de Felton, ubicada en la provincia de Holguín, sufrió un incendio el 28 de julio de 2022. El incendio afectó la unidad Felton 1 de la planta, lo que provocó una interrupción significativa en su capacidad de generación de energía. Este incidente agravó la crisis energética que Cuba ya venía enfrentando, dada la importancia de esta central en el suministro de electricidad del país.

El incendio se produjo debido a fallos en los equipos y componentes, lo que provocó un sobrecalentamiento que desató el siniestro. La reparación de la unidad afectada fue una prioridad para las autoridades cubanas, pero las dificultades técnicas y la falta de recursos han dificultado el proceso de recuperación.

Debido a los problemas en la planta de Felton, que se espera esté operativa dentro de dos años, y la insuficiente capacidad de generación de las termoeléctricas, hemos tenido que apoyarnos en grupos electrógenos de generación distribuida, algunos de mayor tamaño y otros más pequeños. Estos equipos están sometidos a un trabajo intenso para el que no están diseñados, ya que no están previstos para operar de manera continua. Son abastecidos de combustible cada mañana, pero al día siguiente ya han agotado sus reservas, lo que requiere un constante reabastecimiento. Esta operación implica una logística enorme, que a menudo falla, ya que el combustible debe ser transportado por tierra, mar o tren, y las condiciones meteorológicas a veces impiden su descarga. Cada día se necesitan 1,500 toneladas de diésel, lo que afecta a la economía, ya que el combustible, en lugar de destinarse al transporte público, debe ser utilizado para alimentar los grupos electrógenos.

Otro factor crucial es la reducción de la capacidad de los supertanqueros para almacenar combustible, principalmente debido al devastador incendio en la Base de Supertanqueros de Matanzas en agosto de 2022. Este siniestro, causado por el impacto de un rayo en uno de los tanques de almacenamiento, destruyó cuatro tanques que contenían aproximadamente 200,000 metros cúbicos de combustible. Este evento afectó gravemente la capacidad de almacenamiento y distribución de combustible en Cuba, lo que ha generado importantes desafíos para el suministro energético del país.

Tras el incendio, el gobierno cubano emprendió labores de recuperación y reconstrucción en la Base de Supertanqueros. Sin embargo, estos trabajos han sufrido retrasos y diversas dificultades, lo que ha prolongado la disminución de la capacidad de almacenamiento de combustible y, en consecuencia, ha limitado la operación de los supertanqueros.

Actualmente, se habla de los parques fotovoltaicos como una alternativa, pero sin sistemas de acumulación de energía, su utilidad se limita a las horas diurnas, y su implementación completa no estará disponible hasta finales de 2025. Esto significa que no es una solución a corto plazo. La electricidad sigue siendo un recurso estratégico para el país, y la falta de una respuesta inmediata complica la situación energética.

   

                               #UnidosxCuba 

19 de out. de 2024

20 de outubro, Dia da Cultura Cubana. (+vídeo)

                                   
Hector Ramirez 

   A celebração do Dia da Cultura Cubana destaca uma profunda homenagem e reconhecimento da primeira vez que o Hino Nacional foi cantado, em 20 de outubro de 1868.

   Em 1868, Cuba e Porto Rico eram duas das colônias remanescentes do que um dia foi o grande império espanhol na América, expandido a sangue e fogo com base na exploração e destruição dos povos nativos.

   Em 10 de outubro daquele ano, com o levante em La Demajagua, liderado pelo Pai da Pátria, Carlos Manuel de Céspedes, e um grupo de compatriotas destemidos e honrados, teve início a luta contra o colonialismo, que durou 30 anos e foi abortada pela intromissão oportunista de um império emergente: os Estados Unidos.

   10 dias após o início da luta pela emancipação, de acordo com os textos históricos, “ainda sob a agitação do triunfo da independência na cidade de Bayamo, o patriota Pedro Figueredo Cisneros, o Perucho, cruzou as pernas em seu cavalo e escreveu em uma folha de papel o texto da marcha que foi imediatamente entoada por todos os presentes”.

   A marcha, também conhecida como o Hino de Bayamo, foi instituída como o Hino Nacional na Constituição de 1901 e inclui duas das seis estrofes originais do texto escrito por Perucho. Essas estrofes retratam o sentimento de amor à pátria, a decisão de defendê-la, com o custo da própria vida, e de se dedicar absolutamente ao gesto emancipatório que acabava de começar.

    A data do Dia da Cultura foi oficializada por decreto do Conselho de Ministros, em 22 de agosto de 1980, reconhecendo o elevado simbolismo dessa canção guerreira que reflete o patriotismo de um povo que, desde o início de sua luta pela independência, fundiu-se em uma única nacionalidade, a cubana, e consolidou sua própria cultura com a herança dos europeus, indígenas, africanos e chineses que, com seu sangue e esforço, regaram a epopeia libertadora, forjaram um povo e moldaram os conceitos de consciência nacional e cultura cubana imbricados em outro: a Cubanía.

   O artigo 2 da atual Constituição da República de Cuba estabelece: os símbolos nacionais são a Bandeira da Estrela Solitária, o Hino de Bayamo e o Brasão da Palma Real.

   No Dia Nacional da Cultura, prestamos uma merecida homenagem a todas as manifestações. A cultura, em um sentido elementar, mas a cultura como parte da superestrutura abrange várias manifestações além das artísticas e literárias, é expressa na criatividade e autenticidade dos cubanos na música, dança, artes visuais e cênicas que têm reconhecimento internacional e destacam a qualidade de seus profissionais e também dos amadores que amam essas manifestações.

   Em um processo revolucionário, a cultura tem logicamente uma ampla projeção, sendo portadora de valores que a inspiram, como a liberdade, a dignidade, o amor à pátria, o internacionalismo, a identidade e o senso de justiça.

   Portanto, não é coincidência que os inimigos da revolução promovam a desesperança, o esquecimento histórico, a ignorância de seu país e de sua forma de governo, bem como os valores superficiais e consumistas nos quais baseiam seu sistema.

    156 anos depois de ter sido cantado pela primeira vez, as notas do Hino Nacional permanecem plenamente válidas e continuam a nutrir o patriotismo e a capacidade de resistência da nação cubana, determinada a derrotar o cerco da maior potência do mundo e a construir a sociedade à qual a maioria do povo aspira.

Al combate corred, bayameses / que la Patria os contempla orgullosa / No temáis una muerte gloriosa / que morir por la Patria es vivir. / En cadenas vivir es vivir / en afrenta y oprobio sumido. / Del clarín escuchad el sonido / ¡A las armas, valientes, correden /


@comitecarioca21   


ESPERANÇANDO COM CUBA (Port/Esp)

                CARTA AO POVO CUBANO

      Enquanto Cuba enfrenta graves problemas na eletricidade do país, daqui de longe a nós, do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba nos resta emprestar toda a solidariedade que um povo com essa resistência merece.

           Nos parece, às vezes, um sentido de egoísmo de nossa parte. De longe, sem enfrentar as dificuldades que vocês têm que aguentar, nos vemos admirando tanta resiliência e o sentido de unidade de um povo inigualável, mas sempre estamos defendendo o triunfo de uma Revolução sem ter que enfrentar os fatos e a dura realidade de precariedade que vocês, cubanos, seguem firmes nos princípios.

        Nós do Comitê sempre afirmávamos que com o fim do bloqueio  (ele virá!) Cuba se tornaria uma Dinamarca, uma Noruega enfim, um país altamente desenvolvido aqui mesmo, na nossa região, imaginem só ! Daí, há pouco tempo Silvio Rodriguez nos corrige : “Com o fim do bloqueio, Cuba poderá dar ainda mais solidariedade ao mundo.”  Um pensamento tipicamente cubano...

     Só podemos, de longe, imaginar o grau de dificuldade que vocês enfrentam no dia a dia e fazer o que se pode na batalha contra esse criminoso bloqueio que o império impõe a Cuba há mais de seis décadas.  O inimigo não dá trégua ? A solidariedade mundial tampouco descansa.

     Recebam nosso abraço com “recheio” de esperança – não de esperar, mas pelo princípio do nosso grande educador Paulo Freire que assim predizia: esperançar :   Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!

           Estimado povo cubano, seguimos, lutando, esperançando, sem desistir. Por aqui vamos batalhando pelo fim das medidas do governo estadunidense e que Cuba possa ter uma vida normal, sem agressões, com a liberdade que o bloqueio não permite. Recebam nossa admiração e tudo que possamos fazer para que a vida seja leve, que se possa viver plenamente. Contem conosco !

                               #TumbaElBloqueo      #DerrubaOBloqueio

                             Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba      

                                    

   


          CARTA AL PUEBLO CUBANO

Mientras Cuba enfrenta serios problemas con el sistema eléctrico del país, en el Comité Carioca de Solidaridad con Cuba no tenemos más remedio que prestar toda la solidaridad que merece un pueblo con tanta resistencia.

A veces, parece un sentimiento de egoísmo por nuestra parte. Desde lejos, sin enfrentar las dificultades que ustedes tienen que soportar, nos encontramos admirando tanta resistencia y el sentido de unidad de un pueblo sin igual, pero siempre defendiendo el triunfo de una Revolución sin tener que enfrentar los hechos y la dura realidad de precariedad que ustedes los cubanos mantienen firme en sus principios.

En el Comité siempre hemos dicho que con el fin del bloqueo (¡llegará!) Cuba se convertirá en una Dinamarca, en una Noruega, en fin, en un país altamente desarrollado aquí mismo, en nuestra región, ¡imagínense! Luego, hace poco, Silvio Rodríguez nos corrigió: «Con el fin del bloqueo, Cuba podrá dar aún más solidaridad al mundo.» Un pensamiento típicamente cubano...

Sólo podemos imaginar, desde lejos, el grado de dificultad que ustedes enfrentan a diario y hacen lo que pueden en la batalla contra este bloqueo criminal que el imperio impone a Cuba desde hace más de seis décadas. El enemigo no da tregua? Tampoco descansa la solidaridad mundial.

Reciban nuestro abrazo con un «llenarse» de esperanza - no de esperanza, de esperar,  sino del principio de nuestro gran educador Paulo Freire, que decía: ¡esperaranzar  es levantarse, esperanzar es ir tras las cosas, esperanzar es construir, esperanzar es no rendirse!

Querido pueblo cubano, seguimos, luchando, esperanzando, sin rendirnos. Aquí estamos luchando para que cesen las medidas del gobierno estadounidense y para que Cuba pueda llevar una vida normal, sin agresiones, con la libertad que el bloqueo no permite. Reciban nuestra admiración y todo lo que podamos hacer para aligerar la vida, para vivir plenamente. ¡Contad con nosotros!

                                       #TumbaElBloqueo #DerrubaOBloqueio

Comité Carioca de Solidaridad con Cuba


18 de out. de 2024

Medicamento cubano contra o câncer registrado em mais de 20 países #TumbaElBloqueo #DerrubaOBloqueio

                                 

       O medicamento Nimotuzumab (Cimaher®), um dos principais produtos biotecnológicos cubanos, obteve registro sanitário em mais de 20 países.

   Em fevereiro passado, a substância recebeu novas autorizações médicas na China para uso em carcinomas de pâncreas, cabeça e pescoço.

    Enquanto isso, Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Canadá, Índia, Brasil e Alemanha aplicaram o anticorpo em diferentes locais durante as investigações clínicas.

    O seu desenvolvimento, promovido pelo Centro de Imunologia Molecular da ilha, iniciou-se em 2002 com a obtenção do registro sanitário pelo Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos.

    A aprovação inicial foi para o tratamento de tumores avançados de cabeça e pescoço em adultos, devido à sua capacidade de bloquear o fator de crescimento epidérmico.

   Em declarações ao jornal Granma, a Doutora em Ciências Médicas Tania Crombet explicou que o Nimotuzumab inibe a proliferação descontrolada de células malignas e o aparecimento de metástases.

  Em muitos casos, os cientistas usam o elemento em combinação com irradiação e quimioterapia.

  Hoje, o registro de saúde de Cuba autoriza seu uso em câncer de cérebro, esôfago, adenocarcinoma e câncer de pulmão de células não pequenas, com resultados encorajadores.  

   Durante a pandemia de Covid-19, a investigação revelou que a sua aplicação melhorou a função ventilatória e alcançou melhoria radiológica ou estabilização da pneumonia intersticial multifocal em 80 por cento dos pacientes. 

 https://cubaenresumen.org/2024/10/17/registran-farmaco-de-cuba-contra-el-cancer-en-mas-de-20-paises/

@comitecarioca21

                    

15 de out. de 2024

Palestina não está sozinha: Marcha em Havana contra o genocídio na Palestina e a agressão no Líbano (fotos e vídeos)

                                                                 

                                                                                                                                                      Nunca a causa palestina pareceu mais justa do que em contraste com a repulsiva brutalidade de seus adversários"                                                                                        

“A humanidade não esquecerá nem o heroísmo dos agredidos nem a barbárie dos agressores” (*)

                   

            

   Um ano depois do genocídio de Israel na Palestina, que estendeu a sua agressão brutal ao Líbano, a juventude cubana levantou a sua solidariedade e voz internacionalista em apoio ao direito à paz, à soberania e à vida.  

  Na tarde desta segunda-feira, milhares de jovens reuniram-se para condenar mais uma vez o genocídio sionista, que até agora causou a morte de 42.126 palestinianos, dos quais 69 por cento são crianças e mulheres, 98.400 feridos em Gaza e mais de 2.200 assassinados no Líbano.

   Cuba tem defendido historicamente o direito da Palestina à autodeterminação, ao regresso dos refugiados e ao direito a ser reconhecido como um Estado livre e soberano contra o colonialismo e o apartheid impostos por Israel há 76 anos.

  Perante o genocídio televisionado há um ano, numa escalada de agressão sem precedentes, a juventude cubana marchou desde a Fragua Martiana até a Tribuna Anti-Imperialista, praça emblemática e testemunha de inúmeras manifestações na história recente do país.

Marchamos hoje pela paz, pela vida, por aqueles que foram silenciados pelas bombas e pelas balas inimigas. Hoje os jovens cubanos dizemos: Basta de massacre ! Viva o povo palestino ! 

   Tal como aconteceu nas diferentes mobilizações realizadas em Cuba ao longo do ano passado, a de hoje foi liderada pelo presidente Miguel Díaz-Canel e pelos principais líderes do governo revolucionário cubano. Convocados pela União de Jovens Comunistas (UJC), milhares de jovens de Havana denunciaram o genocídio perpetrado contra o povo palestino com a cumplicidade dos Estados Unidos, suas principais armas e apoio econômico. Cuba junta-se a milhões de vozes em todo o mundo que apelam ao fim da ocupação israelense da Palestina, ao cessar-fogo imediato e à extensão brutal da guerra ao Líbano, à Síria e ao Iémen.

                               

Foto : Victor Villalba

   Acompanhados por Esteban Lazo, Presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, o Primeiro Ministro Manuel Marrero, Bruno Rodríguez, Ministro das Relações Exteriores e o Herói da República Gerardo Hernández Nordelo, uma multidão de jovens inundou-se com faixas, slogans e bandeiras palestinas, em que também foram vistas as do Líbano, Irã e Síria, junto com bandeiras cubanas e latino-americanas, no desfile ao longo do Malecón de Havana.

                                         

Palestina nos dói e é por isso que hoje chegamos até aqui, para mostrar nosso contundente rechaço às ações que Israel comete contra essa nação. Já basta de morte e sofrimento ! 

   A Tribuna Anti-Imperialista foi o cenário do emocionante evento político-cultural, no qual foi prestada homenagem às vítimas do povo palestino e libanês, cuja brutal agressão esconde o principal objetivo do sionismo e do imperialismo: apropriar-se de toda a região e dos seus recursos naturais.

  “Não fecharemos os olhos ao massacre; Não esqueceremos nem o heroísmo dos agredidos nem a barbárie dos agressores”, enfatizou o Primeiro Secretário da UJC, Meyvis Estévez; reivindicando o legado de Fidel e o compromisso de Cuba com a paz, a justiça e a defesa da soberania da Palestina.

  Em toda Cuba, os jovens manifestaram-se através de diferentes ações, manifestações e tribunas abertas para exigir o fim do genocídio; ratificar a solidariedade histórica de Cuba com a causa palestina e o seu direito à autodeterminação e à soberania.

 

    Nas últimas 24 horas, a ocupação israelense levou a cabo quatro novos massacres – deixando mais de 60 mortos e 230 feridos –, entre os quais se destaca o ataque a um centro de distribuição de alimentos da Agência das Nações Unidas para a Ajuda Humanitária (UNRWA) em Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza, contra as tendas que abrigavam deslocados na cidade de Deir al-Balah, localizada no centro da Faixa, com saldo de pelo menos 4 mortos e mais de 70 feridos.

    Desde 7 de Outubro de 2023, 529 educadores, 11.000 estudantes, 175 jornalistas e mais de 900 profissionais de saúde foram assassinados pelo sionismo israelita. 90% da população foi deslocada criminalmente.

                       

1.600 adolescentes de Havana enviam uma mensagem de encorajamento aos meninos e meninas de Gaza e de repúdio ao genocídio a que estão sendo submetidos por Israel.

Uma bandeira humana da Palestina em frente à embaixada dos Estados Unidos foi o meio para enviar a sua poderosa mensagem.

                          


    Os repetidos apelos do Secretário-Geral das Nações Unidas para um cessar-fogo foram ignorados por Israel e pelos Estados Unidos, numa clara violação do Direito Internacional Humanitário e da Carta fundadora da ONU. Estima-se que os danos causados ​​pela entidade sionista às infra-estruturas de Gaza levarão mais de 16 anos a reconstruir.

Os manifestantes gritavam em voz alta:

Agora, agora, cessar fogo agora!

Viva a Palestina Livre, do rio ao mar! ressoou no Malecón de Havana.

   Erguer hoje a voz pela Palestina, mais uma vez e tanto quanto necessário, é defender a Paz de toda a Humanidade.

 

(*) Discurso proferido pelo Comandante-em-Chefe Fidel Castro, na Conferência de Cúpula do Movimento dos Não-Alinhados, em Nova Delhi-Índia, em 7 de março de 1983.








https://cubaenresumen.org/2024/10/14/palestina-no-esta-sola-marcha-en-la-habana-contra-el-genocidio-a-palestina-y-agresion-al-libano/

@comitecarioca21

                            Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas 

                                   


O BRICS É O CENÁRIO NATURAL E IDEAL PARA UMA NAÇÃO BLOQUEADA COMO CUBA .

                                 

    Cuba solicitou oficialmente sua incorporação ao BRICS como país parceiro por meio de uma carta enviada a Vladimir Putin, presidente da Rússia, nação que este ano ocupa a presidência do grupo, considerado pela maior das Antilhas como um ator-chave na geopolítica global e uma esperança para os Estados do sul.

    Essa demanda, segundo Oscar Julián Villar Barroso, doutor em Ciências Históricas, disse à Sputnik, responde a uma necessidade da ilha, em um contexto de crise econômica e em um momento de transição de um “mundo unipolar e cruel de monopólios, onde os Estados Unidos e seus aliados impõem uma agenda com sanções e pressões, para um novo que ainda não foi construído”.

    Mestre em História Contemporânea e Relações Internacionais, ele disse que o mecanismo, cujo nome é um acrônimo para os membros originais: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, constitui uma “alternativa”, pois promove iniciativas de desenvolvimento por meio do uso de suas próprias moedas e tecnologias.

    Na opinião do acadêmico, os países parceiros, como seria o caso de Cuba se fosse admitida, “cooperam em todas as áreas, especialmente em assuntos de interesse mútuo e em bases bilaterais ou multilaterais”.

    Nesse sentido, o especialista mencionou as excelentes relações de Havana com as nações do mecanismo, inclusive, “muitas delas têm um sentimento de gratidão para com a ilha, por exemplo, a Etiópia, um país membro que tem direito a voto e onde quase 300 cubanos perderam a vida na tentativa de preservar a independência desse território africano”.

Benefícios para a ilha caribenha?

   Nesse sentido, as vantagens estariam no intercâmbio acadêmico, no comércio, no desenvolvimento sustentável, na transferência de tecnologia e no investimento, “oferece muitas vantagens e possibilidades para a nação caribenha, é um cenário natural e ideal para uma nação que está bloqueada, sancionada até a saciedade e perseguida, em nenhum outro lugar poderemos encontrar a solução para nossos problemas”.

   De acordo com o acadêmico, uma situação semelhante ocorre na União Econômica Eurasiática (EEU), onde a ilha é um país observador e, em sua opinião, seria até mesmo apropriado “abordar a Organização de Cooperação de Xangai”.

    “Entrar no grupo como membro representa a continuação de uma colaboração muito próxima, benéfica do ponto de vista econômico, financeiro e até mesmo político, sem condições. Isso nos permitiria maior crescimento, independência e uma interação mais flexível com seus membros”, explicou Villar Barroso. 

    Ele acrescentou que esse mecanismo de integração, atualmente composto por 10 países (além dos originais: Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia), responde às premissas do chamado regionalismo aberto, com compromissos éticos e objetivos concretos; os Estados membros “são mais livres do que em outras organizações internacionais, respeitam as individualidades e levam em conta as assimetrias”.

    “Se formos aceitos como parceiros e o governo assumir a questão com a agilidade necessária para resolver as dificuldades, isso trará benefícios em curto prazo. Não apenas em termos de investimentos na Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel, mas também Cuba, devido à sua localização geográfica, é a chave para o Golfo e, portanto, a porta de entrada para a América Latina e o Caribe”, disse ele. 

    Por sua vez, Mario Antonio Padilla Torres, secretário acadêmico do Centro de Pesquisa de Política Internacional (CIPI) e especialista nos antigos países socialistas da Europa, disse à Sputnik que o pedido de Cuba reflete sua posição clara contra as medidas coercitivas e unilaterais de Washington.

                     


    Também constitui “uma oportunidade de compartilhar pontos fortes, entre eles, o alto nível de suas capacidades de recursos humanos, o progresso em setores de ponta, como biotecnologia, serviços médicos e turismo, e sua política externa e diplomacia; somado ao escopo de um intercâmbio mais justo com essas nações que hoje são um ponto de referência na economia mundial”.

    A possível incorporação da ilha representa uma forma de enfrentar o bloqueio econômico, comercial e financeiro, disse Padilla Torres; também compartilha com eles princípios que são a base do multilateralismo e da multipolaridade e “temos uma grande vontade de compartilhar com os BRICS nossos resultados e experiências para o benefício dos estados do sul”.

    Da mesma forma, acrescentou o professor, a ilha faz parte de projetos de longo alcance, promovidos por alguns dos membros, como a iniciativa Belt and Road e o status de observador na UE, já mencionado; e as áreas de interesse comum constituem diretrizes dentro do plano social e econômico nacional para o ano de 2030 e as metas de desenvolvimento sustentável.

Em que Cuba pode contribuir para os BRICS?

    O professor Villar Barroso também reconheceu que a maior das Antilhas construiu um sistema educacional coerente, que vai desde a pré-escola até a pós-graduação no mais alto nível, “há experiência, um longo caminho percorrido, resultados e sucessos”, portanto, o território caribenho poderia ser um pilar dentro do BRICS de colaboração no campo da educação.

    “Graças ao programa "Yo sí puedo" de Cuba, milhões de pessoas em todo o mundo puderam se alfabetizar. Da mesma forma, a ilha tem centros de pesquisa e cientistas excepcionais, com avanços em áreas como engenharia genética, biotecnologia e produtos farmacêuticos. Temos muitas coisas a oferecer, que são necessárias em vários desses estados”, disse ele.

    Ele mencionou o enfrentamento da pandemia da COVID-19 pelo país caribenho com a produção de suas próprias vacinas. “Temos um grande capital humano que foi treinado durante 65 anos da Revolução e pode participar de qualquer projeto desenvolvido dentro do grupo”.

   Para Luis René Fernández Tabío, PhD em Ciências Econômicas, professor e acadêmico do Centro de Pesquisa em Economia Internacional da Universidade de Havana, “tudo o que o país faz para aprofundar as relações com esse grupo é muito positivo e está caminhando nessa direção; no entanto, a ilha tem assuntos pendentes”.

    Sobre o assunto, indicou que a maior das Antilhas deve atualizar e melhorar seu sistema econômico para torná-lo suficientemente atraente, estável, compatível e seguro, com o objetivo de conseguir a materialização de vínculos produtivos e de serviços com empresas desses Estados.

                 


    “O sistema bancário e financeiro cubano também deve ser modernizado para estimular o investimento estrangeiro direto com as nações do bloco e promover a criação de mecanismos de transferências monetárias e financeiras que estão sendo estudados atualmente nos BRICS”, acrescentou o professor.

    Em sua opinião, no contexto da guerra econômica dos EUA contra Havana, a implementação de uma taxa de câmbio real única dentro desse sistema é significativa, embora a ilha, reiterou ele, precise de instrumentos de investimento e de uma estrutura jurídica e regulatória interna para a participação de empresas estatais, cooperativas, privadas e mistas.

 

 https://noticiaslatam.lat/20241011/los-brics-son-el-escenario-natural-e-ideal-para-una-nacion-bloqueada-como-cuba-1158189864.html

trad/Ed : @comitecarioca21                 


14 de out. de 2024

MICHAEL MOORE PEDE A BIDEN FIM DO BLOQUEIO A CUBA

                         

   Washington, 12 out (Prensa Latina) O renomado cineasta e ativista norte-americano Michael Moore pediu hoje ao presidente Joe Biden, em seus últimos 100 dias de mandato, que levante o bloqueio a Cuba e feche a base ilegal de tortura em Guantánamo.

   No quinto de uma longa lista de desejos: Liberte Cuba, liberte as nossas almas, o premiado documentarista deixou claro que “é hora de normalizar todas as relações com Cuba, acabar com todas as sanções contra Cuba, acabar com o embargo ( bloqueio) e reconhecer plenamente o direito do povo cubano à autodeterminação”.

    Com o seu estilo característico, o realizador de “Fahrenheit 9/11” apelou a Biden que, enquanto estiver (supostamente) “em Havana, na cerimônia de assinatura, anuncie que também vai devolver a Baía de Guantánamo ao povo cubano, já que “não precisamos disso porque obviamente é a terra deles.”

    O seu quarto desejo era precisamente fechar “a base de tortura” no território ilegal ocupado pelo seu país a leste da ilha porque “representa uma mancha negra na posição dos Estados Unidos no mundo”.

   Ele lembrou que em novembro passado, uma esmagadora maioria de 187 países na Assembleia Geral da ONU reuniram-se pela trigésima primeira vez para “exigir que os Estados Unidos ponham fim ao nosso embargo comercial de seis décadas contra Cuba”.

     “O único país que votou conosco foi… espere… Israel! Ah, e uma nação absteve-se: a Ucrânia”, disse Moore, enfatizando que “nenhuma pessoa decente pode olhar para isso e realmente acreditar que os Estados Unidos estão do lado certo nesta questão”.

     “O católico devoto que existe em você sabe que o que estamos fazendo com Cuba é errado. Joe, liberte nossas almas deste fardo pecaminoso, faça o que é certo, enfatizou o vencedor do Oscar em 2003 com seu documentário 'Bowling for Columbine'.

    Moore incluiu, entre outros, em sua extensa lista de 13 desejos que Biden cancelasse todas as dívidas estudantis e médicas;  libertar o defensor dos direitos dos nativos americanos Leonard Peltier, preso durante 46 anos, e  parar o massacre de Israel em Gaza.

    “Quantas violações da linha vermelha serão necessárias até que se tenha o suficiente? (…) Massacres em massa, assassinatos em massa, destruição em massa, todos cometidos em nome dos Estados Unidos, com as bombas, armas e dinheiro dos Estados Unidos”, disse, apelando ao fim desta loucura.

    No texto (Bucket List Joe), publicado em seu site oficial, Moore ressaltou ao presidente democrata: Você tem uma oportunidade extraordinária de fazer muitas coisas acontecerem. Grandes coisas. Coisas importantes. Com uma ou duas "canetadas"  presidenciais .”

   Acima de tudo, insistiu, você tem imunidade”, referindo-se à decisão do Supremo Tribunal, em julho, que concedeu ao presidente dos Estados Unidos “poderes supremos COM imunidade e sem consequências políticas. O que aconteceria se os usasse?”


https://www.resumenlatinoamericano.org/2024/10/13/cuba-michael-moore-pide-fin-de-bloqueo/

Edição: @comitecarioca21