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27 de abr. de 2019

Senadores dos EUA introduzem projeto de lei contra o bloqueio a Cuba






Washington, 8 feb (PL) Um grupo bipartidarista do Senado dos Estados Unidos introduziu um projeto de lei contra o bloqueio financeiro, econômico e comercial que até hoje mantêm tanto governos democratas como republicanos a Cuba.

Os legisladores democratas Amy Klobuchar (Minnesota) e Patrick Leahy (Vermont), e o republicano Mike Enzi (Wyoming), voltaram a apresentar a iniciativa de Lei de Liberdade de Exportação a Cuba, interposta também em   2017.

A proposta da coalizão eliminaria as barreiras legais para que os estadunidenses façam negócios com a maior das Antilhas e abriria  o caminho para novas oportunidades econômicas a empresas e agricultores deste país ao impulsionar as exportações para a ilha.

Por  outro lado, permitiria aos cubanos um maior acesso aos produtos norte-americanos, ainda que não revogasse  partes que abordam os direitos humanos ou reclamos de propriedade contra o Governo cubano.

'Em lugar de olhar para o futuro, a política de Estados Unidos e Cuba definiu-se durante demasiado tempo pelos conflitos do passado', comentou Klobuchar.

Na opinião da senadora, 'Cuba é uma ilha de 11 milhões de habitantes, a somente  90 milhas de nossa fronteira: levantar o embargo (bloqueio) comercial abrirá as portas a um grande mercado de exportação, criará empregos aqui em nosso país  e apoiará as economias estadunidense e cubana'.

Nossa legislação bipartidarista finalmente virará a página da frustrada política de isolamento –reassaltou -  e se baseará no progresso que temos conseguido para abrir a aproximação  com Cuba ao pôr fim ao embargo de uma vez por todas.

Por sua vez, Enzi  acentuou que 'a história tem demonstrado que o embargo a Cuba não tem sido muito efetivo' e insistiu  nos benefícios que traria a revogação dessa política hostil que dura já quase 60 anos.

Um ponto de vista compartilhado por Leahy , que enfatizou que 'décadas após o final da Guerra Fria, seguimos impondo sanções punitivas contra Cuba, uma pequena ilha vizinha que não representa uma ameaça para nós'.

O veterano legislador ratificou que em tanto tempo 'o bloqueio não tem conseguido nenhum de seus objetivos'.

Além disso , destacou que embora o presidente Barack Obama (2009-2017) tenha apostado na  restauração das relações diplomáticas com Cuba, 'Trump tem restabelecido a frustrada política isolacionista do passado' e concluiu que corresponde ao Congresso pôr fim ao bloqueio.

Cada vez é maior o concerto de vozes dentro e fora de Estados Unidos para acabar com a que é considerada como a guerra econômica mais longa da história.

Nesta semana, o Conselho da cidade de Detroit, Michigan, aprovou por unanimidade uma resolução que pede que acabe o bloqueio, o mesmo têm feito mais de uma dezena de cidades aqui em manifesto apoio aos nexos bilaterais entre Cuba e Estados Unidos.






https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&vão=251303&SEO=senadores-de-ee.uu.-introduzem projeto-de lei-contra-bloqueio-a-cuba&fbclid=IwAR3d2H5npnCLiH7iRPd_rLiY3RkSxaYrYgaGnngZ5w0V77VPhZdw0bIisog

25 de abr. de 2019

Cubanas na ENFF e em Campinas



    Na última terça-feira (23), a convite das mulheres da DN  do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o Comitê foi a Guararema na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) em São Paulo para um cine-debate.
A atividade foi realizada com a exibição do filme Cubanas - Mulheres em Revolução . Muito aplaudido no final, foi mais uma vez tema da questão de gênero e da pouca visibilidade dada às mulheres em geral nas lutas populares.





A questão ultrapassa os limites da ilha, uma vez que as mulheres participantes se vêem ali representadas em suas lutas diárias e, no caso, a luta pela Reforma Agrária é o que move os e as trabalhador@s Sem Terra do país.






Na conversa que se seguiu alguns pontos foram destacados:

- Se o fato das mulheres cubanas não sofrerem violência física, estupros, etc, seria em função da educação, da Revolução ou das leis severas.

- outro ponto importante: o filme revela a liberdade da comunidade LGBTI na ilha, ao contrário do que dizem os detratores de Cuba.

 Talvez a observação mais relevante em relação ao filme tenha sido a de que todo o documentário é pautado pelo afeto: mulheres cubanas de crianças a idosas, todas sem exceção falam de amor, solidariedade, ternura, sentimentos. 

    Valores e princípios originários da Revolução Cubana que, como bem diz uma das entrevistadas, mais que tudo, se trata de modificar as relações humanas em uma revolução. 


Na quarta-feira o Comitê foi a Campinas a convite da Associação José Marti da região para outra sessão do documentário no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas.



    Desta vez os participantes eram sindicalistas e professores e, após  a exibição, uma rica discussão sobre a atualidade de Cuba.





Assuntos como a situação da Venezuela, a preocupação com a abertura de Cuba ao turismo foram as perguntas que surgiram, assim como a questão do bloqueio assim como a agudização do mesmo no governo Trump.





Muito se falou do bloqueio e do prejuízo causado ao povo cubano.Casos foram relatados de problemas decorrentes do bloqueio e questionamentos sobre o papel da Rússia e da China na relação com a Venezuela e com Cuba. Boas discussões.




                       SEGUIMOS !!! MULHERES E HOMENS !

                                   Cuban@s e brasiler@s

23 de abr. de 2019

Contra o Bloqueio Genocida: Maior Solidariedade Internacional


Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos




Foto: Bill Hackwell
A agressão contra Cuba e a retórica da administração Trump voltaram no dia ontem a Miami ante os mercenários da Brigada 2506.

O assessor de segurança nacional, John Bolton, "falcão de guerra", também conhecido como John "bomba" Bolton, promotor da mudança de regime em Irã, Síria, Líbia, Venezuela, Cuba, Nicarágua, Somália, Iêmen e Coréia do Norte e um dos primeiros incentivadores da guerra no Iraque anunciou o fato  ao mesmo tempo e no mesmo dia em Washington oficialmente ante a imprensa o ex diretor da CIA e atual Secretário de Estado Mike Pompeo. 

A partir de 2 de maio se porá em vigor os títulos III e IV da Lei Helms-Burton que desde 1996 foram suspensos a cada seis meses por razões de política exterior estadunidense. 

Escolher o 17 de abril para anunciar as novas medidas que internacionalizam o bloqueio genocida contra Cuba demonstra a cegueira e ódio do atual governo estadunidense para com um país que o único que tem feito desde 1959, é defender sua soberania e conseguir reconhecimento mundial por seu caráter humanitário, altruísta e solidário em matéria de saúde e educação. 

Cuba não exporta bombas, guerras nem ocupa países; não propicia a mudança de regime em nenhum país. Cuba leva  seus médicos aos lugares mais remotos do planeta para curar as feridas que o capitalismo provoca a milhões de pobres na terra.

Ironicamente em 17 de abril de 1961, os Estados Unidos sofreram sua primeira derrota no continente americano quando forças mercenárias patrocinadas pela Agência Central de Inteligência - CIA- desembarcaram em Praia Girón para invadir Cuba, mas foram derrotadas em apenas 72 horas. A espinha ficou fincada na jugular do imperialismo e a pequena Cuba conseguiu inclusive que EE.UU reconhecesse o custo dos numerosos danos provocados durante a fracassada invasão. A vergonhosa derrota de Girón foi estrepitosa. 

O cinismo de eleger esse dia baseia-se na necessidade de contar com o mais retrógrado do eleitorado da Flórida ante as próximas eleições. 

As novas medidas anunciadas por Pompeo e Bolton vão além de um retrocesso nas relações bilaterais que conseguiram o maior avanço durante a administração de Obama. Têm como objetivo fundamental destruir a Revolução e que Cuba volte a ser sua colônia.

A lei Helms-Burton repudiada pelo mundo por seu caráter extraterritorial desde sua promulgação em 1996, pretende apresentar ante as cortes de EE.UU demandas judiciais por propriedades que com toda justiça  foram nacionalizadas no começo da Revolução. A partir de maio poderão apresentar reclamações contra uma lista arbitrária na qual incluem a entidades cubanas e estrangeiras, sem importar que estejam fora da jurisdição dos Estados Unidos, em violação flagrante ao Direito Internacional. A brutalidade da lei e seus capítulos adverte sancionar e impedir o rendimento a EE.UU aos empresários que têm negócios em Cuba, inclusive com seus familiares. 

Limitará novamente, como na época de Bush (filho), as remessas que os residentes cubanos em EE.UU enviam a seus familiares, reduzirá mais ainda as possibilidades dos estadunidenses de viajar à ilha e aplicará fortes sanções financeiras. Já foram afetados 44 barcos de transporte de petróleo de Venezuela a Cuba e seis companhias, várias europeias. 

Para reviver a doutrina Monroe, Bolton anunciou sanções contra "a trinca da tirania", o novo "eixo do mal" que integram Cuba, Venezuela e Nicarágua. O Departamento do Tesouro sancionará o Banco Central de Venezuela e o Banco Corporativo de Nicarágua.

Os que  enchem a boca falando de democracia, liberdade e direitos humanos deveriam ser perguntados porque tanto ódio de Estados Unidos com Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Ao melhor estilo da propaganda nazista de Goebbels "mente que algo fica", se acusa a Cuba do que só o imperialismo é capaz de fazer e conceber. Desde os supostos ataques sônicos jamais comprovados "finalmente eram só os grilos" afirmavam ironicamente dois jornalistas de investigação estadunidenses sobre o último seriado ao pior estilo James Bond, cuja narrativa valeu para esvaziar as embaixadas de ambos países, provocar o retrocesso das relações ao extremo, sem arrolar prova alguma da suposta agressão de Cuba, o país mais agredido do planeta pela potência maior da história. 

Parafraseando o cineasta estadunidense Saul Landau, quando dizia "Me expliquem outra vez... o que nos fez Cuba? “

Será que Estados Unidos não suporta o "mau exemplo de Cuba" por ter escolhido  uma forma diferente de organizar sua sociedade, onde o ser humano e não o dinheiro está no centro do sistema e das prioridades da nação. Em  que a solidariedade é parte da vida quotidiana de um povo alegre e culto, onde se treinam médicos de forma gratuita, incluídos estadunidenses, para regressar às suas comunidades pobres e aplicar o que aprenderam em Cuba, que jamais tem causado dano algum ao país do norte nem a nenhum outro país, e que tem estendido sua solidariedade em momentos difíceis em todo mundo.

Acusa-a  também de ser a base da resistência, hoje tão heroica como a cubana, do povo e governo de Venezuela Bolivariana contra o golpe e a brutal agressão de EE.UU. 

Tanto subestimam  nossos povos, tão grande é o desprezo e o insulto à inteligência, que tentam convencer a opinião pública internacional, que o fantoche impostor que apresentaram ao mundo para tratar de despojar do poder ao legítimo Presidente Nicolás Maduro e os infinitos chamados à deserção  da Força Armada Nacional Bolivariana se deve à suposta presença militar de Cuba nesse país irmão. 

Há que ser cínico e ruim para negar a verdade: o único que tem Cuba em Venezuela são as mãos curadoras de seus médicos e o exemplo digno de sua resistência. Isso é definitivamente  o que tanto teme o império.

A resposta do governo e do povo têm sido contundentes. As cubanas e cubanos estão preparados para resistir, demonstraram-no  durante seis décadas. Todas as administrações anteriores, democratas ou republicanas viram fracassar uma depois de outra, a política retrógrada marcada  pelo ódio e a hostilidade. Nem o caráter genocida do bloqueio, nem as arbitrárias e injustas sanções extraterritoriais, nem os atentados terroristas que encheram de luto as famílias cubanas, nem as campanhas imorais de difamação puderam fazer que Cuba retrocedesse um milímetro na defesa de sua soberania, sua solidariedade internacional e o caráter socialista de sua Revolução.

As medidas do governo de Trump anunciadas pelos dois expoentes da guerra constituem o pior de uma velha política criminosa e fracassada, que de vez em quando tem  explodido contra a vontade de um povo decidido a ser livre, independente e soberano. 

O Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, recusa com todas suas forças a agressão feroz contra a Revolução cubana, farol aos amigos do mundo a se mobilizar em defesa de Cuba Socialista e os países agredidos da região. Lume a repudiar a política do governo belicista e imoral de Donald Trump. 

Contra o bloqueio genocida: Maior solidariedade Internacional

Contra a Doutrina Monroe: Consenso de Nossa América. 

Contra a guerra e a intervenção: Defendamos a  proclama América Latina e o Caribe Zona de Paz.

Contra a agressão do imperialismo e seus lacaios: Unidade dos que lutam e resistem em uma grande Frente Antifascista.

Nem um passo atrás! Yanquis recordem Girón!!!

Viva Cuba Soberana, Livre e Socialista!!

18 de Abril, 2019








Comité Internacional Paz, Justicia y Dignidad a los Pueblos

21 de abr. de 2019

Díaz-Canel sobre a Helms-Burton: “Em Cuba mandamos os cubanos"




“Os cubanos não nos rendemos, nem aceitamos leis sobre nossos destinos que estejam fora da Constituição”, assegurou no Twitter o Presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel, a respeito dos anúncios de novas medidas de agressão estadunidense contra Cuba.


“Em Cuba mandamos os cubanos”, acrescentou Díaz-Canel.




Não mudará a atitude  frente aos que sustentam a espada contra nós. Os cubanos não nos rendemos, nem aceitamos leis sobre nossos destinos que estejam fora da Constituição.  Em #Cuba mandamos os cubanos. #Cuba confia em suas forças e em nossa dignidade. #SomosCuba




Estados Unidos assegurou nesta quarta-feira que ativará plenamente o título III da Lei Helms-Burton de 1996, destinado a  amedrontar os investidores estrangeiros interessados em fazer negócios legítimos com a maior das Antilhas.

Além disso o secretário de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou em Miami novas restrições às viagens dos estadunidenses e o envio de remessas a Cuba.





O título III não é pior que o I nem o II, que estão no conjunto  de ações contra todo o povo de #Cuba . Ninguém nos vai arrebatar, nem pela sedução nem pela força, “a Pátria que os pais nos presentearam de pé”. Os cubanos não nos rendemos. #SomosCuba #SomosContinuidad

A Lei Helms-Burton é composta por quatro parágrafos e, ao contrário do que se crê, todos estão em vigor desde 1996. O que se limitou até hoje foi a possibilidade de estipular demandas legais ao amparo do título III.




Vídeo da Telesur sobre o parágrafo III da Helms-Burton :

https://www.facebook.com/teleSUR/videos/1690529147913054/

20 de abr. de 2019

O Dia do Índio é dia de luta do povo brasileiro

“Os povos indígenas têm convocado a sociedade para lutar em defesa dos territórios”, afirma Cacique Babau
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Foto: Agência Brasil

Por Wesley Lima 
Da Página do MST

 
Com aproximação do Acampamento Terra Livre (ATL), que acontecerá entre os dias 24 e 26 de abril, em Brasília, esta sexta-feira (19), Dia do Índio, ganha expressivo significado de luta e resistência popular, assim como é marcada a trajetória de luta dos povos indígenas no Brasil.
 
O ATL, convocado desde o início do mês, é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) que é composta por diversos movimentos e organizações indígenas. Há 15 anos o encontro reúne lideranças nacionais e internacionais, com o objetivo de garantir a troca de experiências culturais e impulsionar a luta pelos direitos constitucionais, como a demarcação dos territórios, acesso à saúde, a educação e a participação social. 
 
Na manhã desta última quarta-feira (17), o ministro Sérgio Moro publicou a Portaria N. 441 que autoriza o uso da força nacional de segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes nos próximos 33 dias. Tal medida foi incentivada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tem como um dos motivadores a realização do ATL.
 
Em repúdio a decisão, a APIB publicou uma nota onde questiona: “Do que vocês têm medo? Por que nos negam o direito de estar nesse lugar? Por que insistem em negar a nossa existência? Em nos vincular a interesses outros que não os nossos? Em falar por nós e mentir sobre nós?”.
 
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Foto: Lula Marques
Além disso, o documento pontua que a história dos povos indígenas é marcada por tragédia e continua, “esse modelo de civilização referendado pelo atual governo coloca o lucro à cima da vida, somos a resistência viva, e nos últimos 519 anos nunca nos acovardamos diante dos homens armados que queriam nos dizer qual era o nosso lugar, agora não será diferente. Seguiremos em marcha, com a força de nossa cultura ancestral, sendo a resistência a todos esses ataques que estamos sofrendo”, finaliza.

Leia a Nota completa aqui.
 
O Dia do Índio é dia de Luta
 
Assim como o 7 de fevereiro, Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas, o Dia do Índio afirma-se como mais um espaço de luta e resistência dos povos.
 
Cacique Babau Tupinambá, liderança da aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena (TI) Tupinambá de Olivença, localizada no Sul da Bahia, acredita que a luta dos povos indígenas tem ganhado apoio popular nos últimos anos, mas o processo de criminalização e saqueio dos bens naturais e da luta dos povos tradicionais também tem crescido.
 
“Os povos indígenas têm chamado a sociedade para conhecer a luta e isso tem gerado um aumento na divulgação e denúncia. O povo indígena sempre foi atacado e tem encontrado apoio na sociedade nacionalmente e internacionalmente. Isso vai crescendo porque a sociedade começou a entender a situação indígena, pois os povos estão sofrendo com o aumento da violência.”
 
Cacique Babau é uma das lideranças indígenas com atuação na Bahia. Foto_Divulgação.jpg
Cacique Babau é uma das lideranças indígenas com atuação na Bahia. Foto: Divulgação
Além dessas questões, Babau destaca que existe um “grupo ganancioso que quer lapidar tudo que tem na natureza e tem atuado sem medidas”. Por isso, ele aponta que é “importante dialogar com a sociedade” em torno de temas centrais para o conjunto da população como a questão ambiental, mineral, o uso da água, das florestas. 
 
Povos indígenas no Brasil
 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado da Bahia, onde Cacique Babau reside, é o terceiro maior em população indígena, atrás apenas de Amazonas (167,1 mil indígenas) e Mato Grosso do Sul (72,1 mil). 
 
Na Bahia, o IBGE aponta que existem cerca de 56.742 índios, o que equivale a 6,9% de toda população indígena do país. Esse número já foi bem maior, como lembra Babau, porém o país sofreu e sofre um amplo processo genocida dos povos tradicionais por conta dos seus territórios. Nesse sentido, a saída apontada é a luta popular.
 
Ele diz ainda que: “nós, os povos indígenas e quilombolas somos os únicos que não pedem terra para si. Nós pedimos para ter o uso, fruto nosso. A terra continua sendo a terra de todos os brasileiros. Então é obrigação de todos os brasileiros defenderem os territórios indígenas, que é a terra onde o índio vive para tomar conta de toda natureza. Mas, quem é o dono mesmo é o país, Brasil. Quando nós somos atacados nesse território e esse território não é defendido pela sociedade brasileira, significa que a sociedade quer privatizar a terra cada vez mais. Não devemos privatizar a terra. Ela não deveria ter titularidade para uso exclusivo de senhores, tinha que ser uma doação do estado”, explica Babau. 
 
Diante da atual conjuntura e com diversos desafios colocados com a realização do Acampamento Terra Livre, Cacique Babau convoca: “Nós povos indígenas chamamos toda sociedade a se somar com nós nesta luta. É uma luta de todos os brasileiros”, conclui.

18 de abr. de 2019

DECLARAÇÃO DO GOVERNO REVOLUCIONÁRIO DE CUBA Importante ler !




Hoje 17 de abril, se completa mais um aniversário do início da agressão militar na Baía dos Porcos, em 1961. A resposta decisiva do povo cubano em defesa da revolução e do socialismo, resultou em apenas de 72 horas, a primeira derrota militar do imperialismo  na América.



Curiosamente, é a data escolhida pelo atual governo dos Estados Unidos para anunciar a adoção de novas medidas de agressão contra Cuba e reforçar a aplicação da Doutrina Monroe.

O Governo Revolucionário rejeita nos termos mais fortes a decisão de permitir, doravante, sejam tomadas medidas em tribunais norte-americanos com ações judiciais contra entidades cubanas e estrangeiras fora da jurisdição dos Estados Unidos, e endurecer os impedimentos à entrada nos Estados Unidos de gerentes e parentes das empresas que investem legitimamente em Cuba, em propriedades que foram nacionalizadas. São ações sob a lei Helms-Burton, que foram rejeitadas há muito tempo pela comunidade internacional, que a nação cubana condenou desde a sua promulgação e implementação em 1996, e cujo principal objetivo é impor o domínio colonial o nosso país.

Também repudia a decisão de voltar a limitar as remessas que os cubanos que vivem nos EUA enviam aos seus parentes e amigos, de restringir ainda mais as viagens de cidadãos norte-americanos a Cuba, e para implementar sanções financeiras adicionais.

Cuba enfaticamente rejeita as referências ao fato de que aqui houve ataques contra diplomatas norte-americanos.
Eles fingem justificar suas ações, como é costume, com mentiras e chantagens.
O general-de-exército Raul Castro disse em 10 de abril: «Cuba é culpada por todos os males, usando mentiras no pior estilo da propaganda de Hitler».


Para esconder e justificar o evidente fracasso da sinistra manobra de golpe para designar, a partir de Washington, um «presidente» usurpador para a Venezuela, o governo dos Estados Unidos lança mão novamente das calúnias.

Cuba é acusada de ser responsável pela força e firmeza que demonstraram o governo chavista bolivariano e o povo daquele país e a união civil-militar que defende a soberania de sua nação. E mente descaradamente quando alegam que Cuba mantém milhares de militares e pessoal de segurança na Venezuela, influenciando e determinando o que está acontecendo naquele país irmão.
É cínico culpar Cuba pela situação econômica e social enfrentada  pela Venezuela, após anos de sanções econômicas brutais, concebidas e aplicadas pelos Estados Unidos e vários aliados, apenas para sufocar economicamente e gerar sofrimento na população.
Washington chega ao ponto de pressionar os governos de países terceiros a tentar convencer Cuba a retirar esse suposto e implausível apoio militar e de segurança, e até a parar de prestar apoio e solidariedade à Venezuela.

O atual governo dos Estados Unidos é reconhecido, em seu próprio país e internacionalmente, pela tendência inescrupulosa de usar a mentira como recurso de política interna e externa. É um hábito que está de acordo com antigas práticas do imperialismo.
As imagens do presidente George W. Bush, com o apoio do atual Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, ainda estão frescas, mentindo indecorosamente sobre supostas armas de destruição em massa no Iraque, uma falácia que serviu de pretexto para invadir esse país do Oriente Médio.

A história também registra a explosão do encouraçado Maine em Havana e o incidente auto-infligido no Golfo de Tonkin, episódios que serviram de pretexto para desencadear guerras de violência em Cuba e no Vietnã.

Não devemos esquecer que os Estados Unidos usaram a falsa insígnia cubana, pintada nos aviões que realizaram os bombardeios no prelúdio da agressão da Baía dos Porcos, para esconder que eram na verdade norte-americanos.
Deve ficar claro que as calúnias dos Estados Unidos dependem de uma mentira total e deliberada. Seus serviços de inteligência têm evidências mais do que suficientes, provavelmente mais do que qualquer outro Estado, para saber que Cuba não tem tropas ou participa de operações militares ou de segurança na Venezuela, embora seja um direito soberano de dois países independentes determinar como cooperar no setor de defesa, o que não corresponde aos EUA opinar.

Aquele que acusa mantém mais de 250 mil soldados, em 800 bases militares no exterior, uma parte deles em nosso hemisfério.
Seu governo também sabe que, como Cuba declarou pública e repetidamente, os cerca de 20 mil colaboradores cubanos, mais de 60% de mulheres, cumprem na nação latino-americana as mesmas tarefas que atualmente são realizadas por outros 11 mil profissionais de nosso país em 83 nações: contribuir para a prestação de serviços sociais básicos, principalmente de saúde, reconhecidos pela comunidade internacional.
Deve ficar também absolutamente claro que a firme solidariedade com a irmã República Bolivariana da Venezuela é um direito de Cuba como Estado soberano e é também um dever que faz parte da tradição e dos princípios inalienáveis ​​da política externa da Revolução Cubana.

Nenhuma ameaça de represália contra Cuba, nenhum ultimato ou chantagem do atual governo dos EUA desviará o comportamento internacionalista da nação cubana, apesar dos devastadores danos humanos e econômicos causados ​​pelo bloqueio genocida ao nosso povo.

Vale a pena lembrar que a ameaça e o ultimato ao estilo da máfia já foram usados ​​no passado quando o esforço internacionalista de Cuba apoiou os movimentos de libertação na África, enquanto os Estados Unidos apoiavam o opressivo regime do apartheid. Pretendia-se que Cuba renunciasse aos seus compromissos de solidariedade com os povos africanos, em troca de promessas de perdão, como se a Revolução tivesse de ser perdoada pelo imperialismo.
Naquela época, Cuba rejeitou a chantagem, como rejeita hoje, com o maior desprezo.
O general-de-exército, Raul Castro, lembrou em 10 de abril: «Em 60 anos, diante das agressões e ameaças, os cubanos mostraram a vontade de resistir e superar as circunstâncias mais difíceis. Apesar de seu imenso poder, o imperialismo não possui a capacidade de romper a dignidade de um povo unido, orgulhoso de sua história e da liberdade conquistada por tanto sacrifício».

O governo cubano apela a todos os membros da comunidade internacional e aos cidadãos norte-americanos para que parem com a escalada irracional e a política de hostilidade e agressão do governo de Donald Trump. Os Estados membros das Nações Unidas justamente ano após ano, reivindicam quase por unanimidade o fim desta guerra econômica. Os povos e governos de nossa região devem fazer prevalecer os princípios da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz para o benefício de todos.

O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros Miguel Díaz-Canel Bermúdez declarou em 13 de abril: «Cuba continua confiando em suas forças, em sua dignidade e também na força e dignidade de outras nações soberanas e independentes. Mas continua acreditando também no povo norte-americano, na Pátria de Lincoln, que sente vergonha daqueles que agem fora da lei universal, em nome de toda a nação norte-americana».

Mais uma vez, Cuba repudia mentiras e ameaças e reitera que sua soberania, independência e compromisso com a causa dos povos da América Latina e do Caribe não são negociáveis.
Dois dias antes de comemorar o 58º aniversário da vitória de Playa Girón, um ponto histórico da geografia nacional onde as forças mercenárias impulsionadas pelo imperialismo morderam o pó da derrota, a Revolução Cubana reitera sua firme determinação de enfrentar e prevalecer diante da escalada agressiva dos Estados Unidos.

Havana, 17 de abril de 2019.





Para quem quiser assistir a declaração do Chanceler Bruno Rodriguez (sempre muito claro e objetivo) segue o link do youtube. São pouco mais de 7 minutos. Vale a pena.

https://www.youtube.com/watch?v=LNjxV0XvWP8&feature=youtu.be




                                       (fotos adicionadas pelo blog)

15 de abr. de 2019

Cubanas, Lula Livre, atividades da semana do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos no Rio de Janeiro



      Um lindo evento foi realizado neste sábado (13)  em Santa Teresa no Rio de Janeiro organizado pelo Raízes do Brasil, Bazar Lula Livre,  o Comitê Santa pela Democracia - Lula Livre e o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos.
        O Sarau Latino-americano desta vez foi feito para a  Campanha Lula Livre, com a finalidade de arrecadar fundos para enviar à Vigília de Curitiba que permanece lá em frente à Polícia Federal onde o ex-presidente segue injustamente preso.
   Dezenas de artistas se apresentaram com poesia, prosa e  músicas que animaram os participantes para a campanha.
     Além das contribuições voluntárias, o Comitê vendeu objetos cubanos para reverter os valores à Campanha.


Além dos artistas, também compareceram as Bordadeiras do Rio que além de expor seus lindos trabalhos, 

                        
                         ensinaram as crianças a fazer bordados.




 As atrações musicais animaram pessoas de TODAS as idades (inclusive as que pedem por Lula Livre desde pequenas.....)



          No meio do jardim, uma seção para escrever cartas que serão enviadas ao Lula 


    As crianças da Ciranda Infantil fizeram um lindo painel com mensagens e as marcas das mãozinhas por Lula Livre !  Allanis coordenando a criançada !







Cerveja "Lula Livre" no Sarau.




             



Sarau acontecendo, casa cheia !




Lula no jornal l'Humanité











Foram arrecadados cerca de R$ 800, 00 a serem enviados à Vigília em Curitiba e é importante ressaltar que a participação das pessoas que compareceram ao Sarau foi fundamental  .

Seguimos !

#LulaLivre !!


NOTA DA ORGANIZAÇÃO :

Queridos e queridas artistas, músicos, poetas, atores, atrizes, bordadeiras, cantores, cantoras e militantes sociais, em nome do Raízes do Brasil, Bazar Lula Livre, o Comitê Santa pela Democracia - Lula Livre e o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, gostaríamos de agradecer pela presença e o encantamento no Sarau Latino Americano Lula Livre. 

 A cultura e a arte são fundamentais na luta por Justiça e Igualdade. A voz ritmada, o gesto ensaiado, o verso dito, a música entoada  encantam a vida e fortalecem a luta dos povos. 

A arte rasga o véu que nos impede ver a realidade. 

Força, alegria e resistência para gritarmos Lula Livre até que ele esteja entre nós e a democracia possa ser resgatada em nosso país.


#SoltaOLula



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A outra atividade realizada esta semana (exibição do filme Cubanas Mulheres em Revolução)  encontra-se no link a seguir:

https://josemartirj.webnode.com/news/relato-cinedebate-cubanas-mulheres-em-revolucao/

14 de abr. de 2019

Praga de mãe "pega" . Muito justa, por sinal.







Christine Assange, artista, ativista insubmissa  e mãe de Julián Assange, expressa sua dor e impotência frente à  infâmia:

"Que vergonha, Lenin Moreno! Que o povo equatoriano busque vingança contra tu, sujo, enganador, podre traidor!

Que o rosto sofrido de meu filho persiga tuas noites de insônia e que tua alma se retorça para sempre em um torturante  purgatório como  torturaste meu filho".