ÍNDICE

29 de ago. de 2019

MINREX : O governo de EE.UU. destina fundos milionários para obstaculizar a cooperação médica cubana


Declaração do Ministério de Relações Exteriores



O Ministério de Relações Exteriores denuncia e condena energicamente a recente agressão contra Cuba do Governo dos Estados Unidos mediante um programa da USAID destinado a financiar ações e busca de informação para desacreditar e sabotar a cooperação internacional que presta Cuba na esfera da saúde em dezenas de países e para benefício de milhões de pessoas. É um empenho que se soma às grosseiras pressões exercidas contra vários governos para obstaculizar a cooperação cubana e a esforços anteriores de igual propósito como o programa especial de “parole” dirigido ao roubo de recursos humanos formados em Cuba.
O centro da imoral calúnia consiste em alegar, sem fundamento algum, que Cuba incorre em tráfico de pessoas ou na prática da escravidão e em pretender denegrir o reconhecido trabalho que voluntariamente desenvolvem e têm desenvolvido ao longo da história centenas de milhares de profissionais e técnicos da saúde cubanos em vários países, particularmente do Terceiro Mundo.

Trata-se de uma injúria contra os programas bilaterais e intergovernamentais de cooperação, todos legitimamente estabelecidos entre o governo cubano e governos de dezenas de países, que têm sido consequentes com as pautas das Nações Unidas referidas à cooperação Sul-Sul e têm respondido aos requerimentos de saúde que esses próprios governos têm definido soberanamente.
É um atentado contra um esforço solidário que tem recebido o reconhecimento da comunidade internacional e o elogio específico dos mais altos diretores das Nações Unidas, da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-americana da Saúde.
Estas mentiras são reveladoras da baixa envergadura moral do governo dos Estados Unidos e os políticos que se dedicam ao negócio da agressão a Cuba. A campanha conta com fundos milionários e a cumplicidade de vários dos grandes meios de difusão e, em particular, de repórteres inescrupulosos que sacrificam sua suposta imparcialidade e objetividade a serviço dos interesses políticos do governo dos Estados Unidos.
Durante décadas e até hoje, naquelas nações com condições econômicas mais desfavoráveis, essa cooperação se ofereceu e se oferece como gesto solidário, cujas despesas Cuba praticamente cobre em sua totalidade. De igual modo e alinhado com as concepções das Nações Unidas sobre a cooperação entre países em desenvolvimento, esta se oferece em várias nações sobre a base da complementação  e a compensação parcial pelos serviços prestados.
Consiste em um intercâmbio totalmente justo e legítimo entre países em via de desenvolvimento, muitos dos quais contam com riquezas naturais, dimensões econômicas ou graus de desenvolvimento industrial superiores ao de Cuba, mas carecem dos recursos humanos que nosso Estado tem conseguido gerar; de profissionais abnegados e humanistas dispostos por sua própria vontade a trabalhar nas condições mais difíceis; e das concepções de cobertura de saúde que anos de experiência exitosa nos permitiram edificar.
Os técnicos e profissionais cubanos que participam desses programas o fazem absolutamente de maneira livre e voluntária. Durante o cumprimento de sua missão, continuam recebendo integralmente seu salário em Cuba e dispõem, ademais, de um estipêndio no país de destino, junto a outras formas de compensação.
Nos casos em que Cuba recebe compensação pela cooperação prestada, esses colaboradores têm o mérito de brindar uma contribuição altamente valiosa, justa e totalmente legítima para o financiamento, a sustentabilidade e o desenvolvimento do sistema de saúde em massa e gratuito que é acessível a todos e a cada um dos cubanos, bem como para os programas de cooperação que se realizam em muitas partes do mundo.
O acesso à saúde é um direito humano e Estados Unidos comete um crime ao pretender negá-lo ou obstaculizá-lo por motivos políticos ou de agressão.

Havana, 29 de agosto de 2019







Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba


Mais do tema: http://solidariedadecubarj.blogspot.com/2019/08/governo-de-trump-dedica-montante.html

27 de ago. de 2019

MAIS MÉDICOS

A verdade sobre os médicos cubanos: “Curariam até o filho de Bolsonaro ”
Por: Alberto Rodríguez
27 agosto 2019 

                                                                                    Mais Médicos. Foto: Araquém Alcântara.

A campanha do governo de Donald Trump contra Cuba atingiu níveis que tocam o absurdo. Agora, Washington acusa Havana de obter dinheiro “explorando” e “escravizando” médicos cubanos que prestam serviços no estrangeiro. Paradoxos da política: quem inventou a exploração trabalhista e fundou seu país sobre leis escravistas, acusando outros de praticar seus métodos. Dessa forma, não se sabe se Estados Unidos acusa a ilha por exploração em si, ou por aparente plágio de seu sistema de governo.

Mas, nem um nem outro.
O que ocorre é que o secretário de Estado, Mike Pompeo, saiu no twitter a anunciar que restringiria os vistos de servidores públicos cubanos relacionados às mundialmente famosas missões médicas cubanas, com base na Lei de Imigração e Nacionalidade estadunidense. Disse Pompeo que o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, se beneficia com dinheiro ao explorar os profissionais da medicina cubana.
A narrativa de Pompeo parte da saída de mais de catorze mil profissionais médicos cubanos do Brasil, depois da chegada de Jair Bolsonaro.  Afirma Estados Unidos que Cuba fica com mais de oitenta por cento dos salários destinados aos médicos, por parte dos países beneficiados com as missões. O presidente brasileiro usou a falácia de que a missão médica cubana poderia ficar em território brasileiro desde que lhes dessem a seus integrantes cem por cento dos ganhos e submetessem seus estudos à norma desse país.
A isto se somou uma demanda em tribunais de Miami (claro, tinha que ser em Miami) de dois supostos médicos cubanos contra a Organização Pan-americana da Saúde  acusando-a  de facilitar a criação de uma “rede de tráfico humano” e “escravatura” por parte do Estado cubano. Mas a OPAS – ligada à Organização Mundial da Saúde– não entendeu porque esta denúncia aconteceu na capital da Flórida e não em Washington onde o organismo tem sua sede.
No fundo a intenção é de utilizar o sistema montado pelos contra-cubanos nessa cidade dominada pelo senador Marco Rubio, para replicar as acusações contra as missões médicas de Cuba, de acordo com a narrativa do governo de Donald Trump.


Mas, então,Cuba explora seus médicos e médicas? Fica com mais da metade de seu salário?
O primeiro que se tem que advertir é que Estados Unidos usa  conceitos como “exploração” ou “escravidão” sem entender realmente seu significado.

Por exemplo, exploração profissional é, em qualquer parte do mundo, a promessa de obter sucesso econômico estudando uma carreira universitária, pagando centenas de milhares de dólares em troca, com a ameaça de que, se não pagar esse dinheiro, o banco ficará com tua casa e todas tuas propriedades. Esse é um tipo de exploração que sofrem milhões de jovens nos Estados Unidos que não têm acesso a uma Universidade porque, ao fazer, teriam que ser explorados em dois ou três trabalhos mal pagos para quitar suas dívidas. Isso, ademais, é escravidão.
Em Cuba, qualquer um pode estudar o que queira sem que lhe custe um peso. Nenhum graduado da Faculdade de Ciências Médicas ou da Escola Latino-americana de Medicina teve que tirar o pão da boca para estudar nas melhores aulas médicas do continente americano.



Como é isto possível, sendo a ilha um país pobre?
Simples. Os serviços de saúde proporcionados pela empresa Serviços Médicos Cubanos, ligada ao Ministério de Saúde, pagam os sonhos de milhares.

Todo mundo sabe que a medicina cubana tem muito prestígio, e isso se deve a que a saúde em Cuba é vista como um direito, não como um bem de consumo. Por isso a Mike Pompeo lhe custa entender que as e os médicos cubanos prestam seus serviços sem fins comerciais. São heróis em seu país, e tanto a eles como a suas famílias nada lhes falta. A riqueza que produzem, vai para eles, suas famílias e para manter o sonho de milhares de cubanos que vêm atrás, e de centenas de jovens provenientes de nações do terceiro mundo que estudam gratuitamente em universidades cubanas.
Por outro lado, no México, o custo de uma graduação universitária pode ser elevado até os mil dólares mensais. E nos Estados Unidos?…

Mas voltemos a Cuba.
A ilha tem sustentado por mais cinquenta anos mais de seiscentas mil missões médicas em cento sessenta e quatro países, nas quais têm colaborado mais de quatrocentos mil trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Se dois destes recentemente ocupam a estrutura anticubana de Miami para tentar difamar o sistema que lhes deu escola e saúde, não é por gosto, senão por um pagamento em troca.
As missões médicas cubanas têm combatido o ébola na África, a cegueira na América Latina e  Caribe; o cólera no Haiti e formaram-se vinte e seis brigadas do Contingente de Médicos Especializados em desastres e grandes epidemias para hecatombes em Paquistão, México, Indonésia, Equador, Peru, Chile, Venezuela e tantos outros.
Quanto custaria aos Estados Unidos pagar esse serviço?
Hoje, milhares de indígenas na Amazônia brasileira morrem por doenças curáveis devido à saída de médicos cubanos; porque, claro está, a esses lugares nunca quer ir quem só estuda medicina para ficar milionário com os remédios e o negócio da morte.



As missões médicas cubanas sempre vão a lugares remotos e de difícil acesso; move-lhes uma vocação solidária e atenderiam até os filhos de Trump  e Bolsonaro.
Assim aconteceu com o político ultra-conservador chileno, Andrés Allamand, junto a Cuba e a seu sistema de saúde quando seu pequeno filho, com a idade de quatro anos, sofreu um acidente neurológico ao cair em uma piscina:

«Minha mulher e eu recebemos um chamado direto de Fidel Castro que nos oferecia ajuda para o tratamento e recuperação de nosso menino», disse Allamand ao diário Cooperativa. A oferta de ajuda por parte do Comandante cubano impressionou-o « enormemente”.
Disse o político chileno: “A primeira vez que falei com ele lhe perguntei se sabia quem era eu, lhe disse que era um dirigente da oposição e me respondeu: ‘tenho absolutamente claro e não tem nada a ver com isso'”.
Fidel “tomou a recuperação de meu menino como algo pessoal e lhe dedicou o tempo todo durante muitos, muitos anos” (…) “Minha família e eu temos o maior agradecimento humano”, disse Allamand.
De tal modo que quando em 2003 o filho de Andrés Allamand morreu, a família decidiu “como uma mostra de agradecimento, levar suas cinzas a Cuba”.
Essa é, pois, a verdadeira marca da medicina cubana. Não a que quer vender Pompeo, e a maquinaria de propaganda a seu serviço.





24 de ago. de 2019

LINDA INTERVENÇÃO DE VEREADOR NA ESPANHA SOBRE CHE


A pedido do partido direitista Vox eliminam nome de Ernesto Che Guevara de uma rua em Zaragoza (+ Video)


                             O Parque Che Guevara, na  cidade de Zaragoza. Foto: Google Maps.

22 agosto 2019 
No último plenário da prefeitura de Zaragoza, a proposta do 

partido ultradireitista Vox, e com o apoio de PP e 

Ciudadanos, aprovou-se a moção que pedia a retirada do

 nome de Ernesto Che Guevara da rua do bairro de Actur

de Zaragoza.

Uma rua na qual se colocou o nome do heroico guerrilheiro a

 pedido dos vizinhos há mais de 20 anos, e que não foi 

renomeada pelos diferentes governos da cidade durante

 este tempo.

“O que evidencia como o novo governo de PP e Cs está sequestrado por Vox em suas propostas mais ideológicas”, assegura um comunicado do Partido Comunista de Espanha (PCE) e a União de Juventudes Comunistas de Espanha (UJCE) em Aragón.



Ambas as organizações denunciaram “a hipocrisia daqueles que provocam guerras, levantam fronteiras no sul da Europa ou propagam o neoliberalismo pelo mundo provocando milhões de vítimas inocentes, mas se indignam com o fato de que o Che Guevara empunhou  uma arma, o que foi o  argumento para retirar o nome da rua, chegando a compará-lo com um terrorista”.
O prefeito, Jorge Azcón, junto ao porta-voz do Vox, Julio Calvo, no último plenário. Foto: I. Muñoz/Heraldo.
Há que recordar que a luta armada não foi o caminho eleito caprichosamente pelo Che, senão o caminho que o imperialismo impôs ao Che e segue impondo aos povos do mundo, agrega a declaração.
“A ultradireita espanhola quer  tirar o nome do heroico guerrilheiro Ernesto Che Guevara de uma rua de Zaragoza, mas o exemplo do Che seguirá vivo a cada vez que alguém sinta como sua qualquer injustiça que se provoque no mundo. O exemplo do Che seguirá vivo a cada vez que alguém não se resigne ante as injustiças”, concluem o PCE e a UJCE aragonesas.

“Não sabem que o exemplo do Che é inapagável”

Veja a intervenção de Alberto Cubero, vereador da prefeitura de Zaragoza e secretário político do PCE, no plenário:

              https://www.facebook.com/cubadebate/videos/924213787932946/

Vem aqui a ultradireita e a direita do Partido Popular pedir que em Zaragoza tiremos o nome da rua do Comandante Heroico Ernesto Che Guevara, e vocês são uns hipócritas porque justificam que o Che empunhou uma arma. Ouça!
Vocês, que provocam guerras a torto e a direito nos países  do mundo matando milhões de seres inocentes, se indignam porque o Che empunhou uma arma.
Vocês, que levantam muros na Europa provocando a morte por afogamento de milhares de seres humanos inocentes, se indignam porque o Che empunhou uma arma.
Vocês, que têm propagado o neoliberalismo por todo o planeta e provocam a morte de milhões de pessoas de fome e de doenças curáveis, se indignam porque o Che empunhou uma arma.
Olhem: “Quando o governo viola os direitos do povo a insurreição é para este o mais sagrado dos direitos e o mais imperioso dos deveres” - Declaração francesa dos Direitos do Homem.
Declaração que concentrou a Revolução Francesa (1789) e que foi a base das democracias parlamentares e liberais que vocês defendem no direito à Revolução. Porque, claro, a luta armada de Ernesto Che Guevara e dos povos do mundo não é um caminho que escolheram caprichosamente, senão que a luta armada e a Revolução é o caminho que tem condenado o imperialismo aos povos do mundo. Porque  deveria ter feito Cuba,  deveria  ter feito o Vietnã, deveria  fazer a Palestina, que deveriam fazer os povos do mundo que são oprimidos  pelo imperialismo segundo vocês, morrer em silêncio, pela morte, a fome e os bombardeios da OTAN.
A ultradireita  espanhola trata de tirar de Zaragoza o nome de uma rua ao Heroico Guerrilheiro Ernesto Che Guevara mas fazem-no inutilmente, como quem luta contra um fantasma que os atormenta por mais de 60 anos e não vão conseguir. Porque o Che é bem mais que o nome de uma rua, o Che é bem mais que os medos que vocês podem ter de sua heroica luta e da Revolução cubana.
E o Che seguirá vivo com rua ou sem rua, com parque ou sem parque, e o Che seguirá vivo aprove-se ou não se aprove esta moção.
A cada vez que alguém, como bem dizia o Che em seu discurso em as Nações Unidas, sinta como sua uma injustiça que se provoque em qualquer parte do mundo, o Che seguirá vivo apesar de vocês. A cada vez que alguém se rebele contra uma injustiça, o Che seguirá vivo, custe  a quem custar. De modo que, por minha parte, viva o Che com suas luzes que para mim são todas luzes.


                          Alberto Cubero - Vereador em Zaragoza - Espanha 


SONHO ESTRANHO


Abrindo uma muito honrosa exceção aqui nesse espaço internacional.

O momento que o país vive merece um pouco de  bálsamo para aliviar as feridas, um pouco de alento para esse período (que vai passar!) mas enquanto isso ficamos com o melhor da arte brasileira.

Para reforçar o que nós somos, para confirmar que ninguém derrota um povo, arte !  Moacyr Luz, Chico Alves e a melhor Roda de Samba do Rio de Janeiro : O Samba do Trabalhador.


 Vídeo oficial de 'SONHO ESTRANHO', colaboração de Moacyr Luz, Samba do Trabalhador e Chico Alves.
Produção Executiva: Jacqueline Marttins Produção Audiovisual: Roberto Chan SONHO ESTRANHO [Moacyr Luz / Chico Alves] SONHEI  QUE  DESPERTEI E ME DEI CONTA QUE ACORDEI NOUTRO PAÍS ONDE AS PESSOAS TINHAM BALAS DE FUZIS E O POVO ANDAVA SEM RAZÃO PRA SER FELIZ ERA UM PAÍS FORA DA LEI SEM  DIRETRIZ EMBARCAÇÃO SEM DIREÇÃO TENTANDO  EM VÃO COLHER  A PAZ PLANTANDO  A GUERRA CONFESSO QUE SENTI MUITA SAUDADE DO LUGAR ONDE  APRENDI  A CAMINHAR COM AS PERNAS TORTAS DE MANÉ E RESPEITAR QUE  CADA  UM TEM  SUA FÉ A ME ENCANTAR COM A NEGRA VOZ DE MÃE QUELÉ E PELAS DOCES MÃOS DE COSME E DAMIÃO LEVAR JESUS AO CANDOMBLÉ  NESSE SONHO RUIM QUE EU ME VIA NEM A POESIA FALAVA POR NÓS TANTOS VERSOS SEM TER MELODIA
CANÇÃO NÃO HAVIA NINGUÉM TINHA VOZ E PISANDO MEUS PÉS NOS ESPINHOS CANTAVA BAIXINHO NELSON CAVAQUINHO O SOL VAI  BRILHAR OUTRA VEZ TIRANDO  A DOR DO CAMINHO  AGORA EU JÁ NÃO SEI SE FOI QUIMERA OU FOI REAL O QUE SONHEI SE AINDA ESTOU NOUTRO LUGAR OU SE VOLTEI À  VELHA PÁTRIA  MÃE GENTIL ONDE EU NASCI OU SE ELA ENFIM SE TRANSFORMOU NO QUE TÁ AÍ ANDO COM MEDO QUE ACORDAR NESSE BRASIL DO SONHO ESTRANHO QUE VIVI . . . Vídeo oficial da faixa "Sonho Estranho" de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador, com participação especial de Chico Alves.

18 de ago. de 2019

EUA E SEU PODER DE SEDUÇÃO



Autor: Raúl Antonio Capote | internacionales@granma.cu
17 de agosto de 2019 07:08:36


Finalizada a I Guerra Mundial o American Way of Life começou a seduzir o mundo, fundamentado no consumo individual de bens, impulsionado pela publicidade e sustentado por um crédito fácil e  vendas a prazo. Os espetáculos de massas (cinema, desportos, cabarés, teatro), o interesse pela alta costura e a moda, as novas correntes musicais (jazz, charleston, blues) converteram-se em objetos de consumo e alimentaram  toda uma indústria que até então não tinha sido significativa.




A América opulenta vendeu-se ao mundo como o paradigma das liberdades, das possibilidades de enriquecimento e bem-estar, a meca sonhada para os que iam em busca da fortuna.

À medida em que os monopólios ampliavam seu dominação, imensamente enriquecidos pela guerra, o grupo dos poderosos  foi se tornando cada vez menor. Woodrow Wilson escreveu em 1913: "Os donos do governo de Estados Unidos são os capitalistas e manufatureiros mancomunados".



Os grandes milionários se dedicaram à tarefa de construir uma imagem favorável aos olhos do público; os grandes lobos vestiram-se de ovelhas. As grandes corporações criaram seus serviços de relações públicas e homens como Edward Lois Bernays fizeram sua safra vendendo a maquiagem necessária aos donos de Estados Unidos. Os Astor, Vanderbilt, Gould, Carnegie e Rockefeller, impiedosos exploradores, criaram fundações e institutos com seus ilustres nomes e promoviam seu "generosidade" ao repartir uma ínfima porcentagem do que arrancavam dos operários.

O cinema de Hollywood converteu-se em uma eficiente ferramenta para "americanizar", divulgando os estereótipos esboçados pela psicologia em suas prestigiosas universidades, para as culturas e forma de ser das pessoas do resto dos países do mundo.




A invenção do cinema sonoro (1927) reforçou ainda mais o sucesso social da nova indústria. Nos Estados Unidos, a audiência média semanal de todos os locais cinematográficos era estimada em princípios da década de 1930 entre 80 e cem milhões de pessoas.

A capacidade criadora e produtora de Hollywood conquistou em todas as  partes a imaginação do grande público. Greta Garbo, Marlene Dietrich, Gary Cooper, os irmãos Marx, Fred Astaire e Ginger Rogers formaram uma plêiade de glamorosas estrelas cinematográficas.

"A incongruência entre o produto real e o bem espiritual vivente foi assinalada com picante ironia por Bernard Shaw, que contemplando em Nova York a Estátua da Liberdade, exclamou: Pelo visto esta gente rende culto a um ilustre antepassado já desconhecido!".[1]

A imagem real de uma nação governada por uma plutocracia retrógrada,  cada vez mais longínqua do povo  explodia covardemente:racista, egoísta como poucas, onde o emigrante e os negros e índios eram submetidos a um tratamento terrível, era enfatizada ou transformada totalmente pela rádio, a imprensa e fundamentalmente o cinema.



"A cada armadilha encerrava o majestoso nome de Liberty : a exploração do operário e do camponês chamava-se liberdade de empresa; ao privilégio  de comprar matérias, corroer jornalistas e através deles a opinião pública, se denominava liberdade de imprensa; tudo o que impedia ao proletariado organizar a ação concentrada contra os patronos, se intitulava liberdade de trabalho; monopólio, protecionismo e privilégios especiais, significavam liberdade de comércio; o voto por algum dos dois agrupamentos cívicos exatamente esculpidas, representava a liberdade política; que uma raça caminhasse impunemente em cima de outra era a liberdade civil". [2]




Os meios, a engenharia da manipulação das massas e a cultura reacionária edificaram e blindaram o mito da "Liberty" estadunidense, paradigmático, deslumbrante e falso como ouro falso, mas fixado na mente das massas em todo mundo: uma Liberty que só existe na realidade no âmbito fechado da plutocracia.


 No lucro deste consenso o cinema de Hollywood tem desempenhado um papel fundamental.





FONTES: 1- RAFAEL SAN MARTÍN. BIOGRAFIA DO TIO SAM. EDITORIAL CIÊNCIAS SOCIAIS, HAVANA, 2006, TOMO II, P. 48.
 2- RAFAEL SAN MARTÍN. BIOGRAFIA DO TIO SAM. EDITORIAL CIÊNCIAS SOCIAIS, HAVANA, 2006, TOMO II, P. 49.




17 de ago. de 2019

HOJE É DIA DE TUITAÇO !!! #NoMasBloqueo


É Hoje ! É Agora !!! Hoje é dia 17 , dia de "tuitaço", vamos lá !!

Todo dia 17 as entidades de solidariedade a Cuba realizam um "tuitaço"





Este dia foi escolhido por ter sido o dia (em 17/12/2014) em que os Cinco Herois Cubanos presos injustamente por 16 (DEZESSEIS !)   anos em cárceres estadunidenses, voltaram a Cuba.


Anteriormente, quando ainda se encontravam encarcerados, os movimentos de solidariedade pelo mundo faziam o "tuitaço" todo dia 5 ("Cinco pelos Cinco").


Dessa forma, seguimos combatendo as injustiças praticadas pelo império estadunidense para encerrar de vez o bloqueio genocida que há sessenta anos impõem a Cuba. Da mesma forma que devolvam o território de Guantánamo, que encerrem as atividades subversivas que mantém contra a Ilha para que se viva melhor entre as nações e se respeite a soberania do país.

Seguimos com mais essa campanha que será vitoriosa ! E também informamos ao atual ocupante da Casa Branca (para que ele não pense que esquecemos) pelo seu tuiter : @TrumPotus  e @Realdonaldtrump

Governo de Trump dedica montante milionário à subversão contra Cuba e ainda oferece milhões de dólares contra médicos cubanos !






Washington.- O Governo do presidente Donald Trump destinou desde seu começo em 20 de janeiro de 2017 mais de 22 milhões de dólares para projetos de subversão que mantém hoje contra Cuba.
Segundo o site Cuba Money Project, o Departamento de Estado e a Agência de Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, pela sigla em inglês) gastaram com tal finalidade 22 milhões 93 mil 43 dólares.

A cifra total, precisou a fonte, inclui dois milhões 762 mil 161 dólares para programas de migrantes na base naval norte-americana de Guantánamo, um enclave no oriente cubano contra a vontade do povo e das autoridades da ilha caribenha.
Também aparecem dois milhões 533 mil 701 e 162 mil 618 dólares para administração e vigilância, e iniciativas de instalações em Havana, respectivamente.
O Departamento de Estado relatou os nomes de organizações que receberam um milhão 320 mil 804 dólares da Fundação Nacional para a Democracia (NED), ressaltou Cuba Money Project.
Chamou atenção, além disso, que a Usaid não divulgou os nomes dos grupos que se beneficiam de um pagamento adicional de 206 mil 535 dólares.
Tal entidade, acrescentou, gastou 721 mil 126 dólares em uma categoria chamada ‘Empresa’, e anotações em um arquivo de Excel mostram que a Fundação da Família Bacardí e Canyon Communications receberam 288 mil 283 e 273 mil 580 dólares desses fundos.
Assim, 159 mil 263 dólares pertencentes à ‘Empresa’ se destinaram a programas do governo e da sociedade civil sem o revelar.

Cuba Money Project expôs que 14 milhões 386 mil 98 dólares foram para 42 organizações que operam dentro da faixa de projetos da denominada ‘promoção da democracia’.
Os três maiores receptores de recursos nesse caso foram o Instituto Republicano Internacional, a Fundação Pan-americana de Desenvolvimento e o Grupo de Apoio à Democracia.
Em março passado o portal digital citou dados difundidos pela NED, os quais demonstraram que em 2018 gastou quatro milhões 643 mil 525 dólares em subvenções relacionadas com Cuba, um aumento de 22 por cento em comparação com os mais de três milhões 814 mil reportados em 2017.
Além disso, Cuba Money Project divulgou neste mês que o Departamento de Estado planeja gastar mais de um milhão de dólares para capacitar o que denominou como ‘uma nova geração de líderes independentes’ em Cuba.
Tal programa foi qualificado pelo embaixador da ilha nos Estados Unidos, José Ramón Cabañas, como uma tentativa de ‘produzir Guaidós cubanos’, em referência a Juan Guaidó, o deputado da Assembleia Nacional  que se autoproclamou  presidente de Venezuela em janeiro passado, com o apoio de Washington. (PL)



Publicado originariamente 18 junho, 2019 por siempreconcuba


E tem mais :

A declaração da Usaid, tornada pública na última segunda-feira, reitera as falácias de sempre contra a colaboração médica cubana e nada de novo contribui para o discurso imperial.
A «caçada» que a USAID pretende desencadear contra missões médicas cubanas no exterior e contra os serviços de saúde na Ilha segue a rota delineada pelo Departamento de Estado dos EUA, em 20 de junho, para adicionar Cuba à sua lista negra de países que permitem o tráfico de seres humanos. Que lista seria então colocada em um país que persegue outro para salvar vidas?
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, de sua conta no Twitter, denunciou fortemente a campanha de mentiras contra a Ilha maior das Antilhas: «EUA não tem autoridade, nem moral, recorre sistematicamente a mentiras e difamações», e sobre o valor da colaboração médica cubana enfatizou que «é um exemplo de solidariedade, humanidade e cooperação nobre e legítima entre os países do Sul».


Médicos cubanos atendem a pacientes enfermos de ébola. Foto: Enrique Ubieta Gómez