ÍNDICE

30 de dez. de 2019

#Cuba com motivos para celebrar apesar do bloqueio dos #Estados Unidos




Publicado  em 27 dezembro, 2019


Havana, 27 dez :  Cuba celebrará no próximo 1 de janeiro o 61º aniversário  da Revolução, imersa em sua histórica batalha pela soberania e autodeterminação, em franco desafio ao recrudescimento do cerco dos Estados Unidos.

Fica muito por dizer e fazer, mas, além disso, precisamos dar um  tempo para celebrar o ano que conclui, carregado de tensões e desafios, mas também como de vitórias, afirmou o presidente Miguel Díaz-Canel ante o parlamento no último 21 de dezembro.

Vivamos nos próximos dias e horas como se triunfasse a Revolução outra vez. A Revolução triunfa a cada vez que lhe arrebatamos ao ‘império’ (estadunidense) uma vitória para nossa causa. E em 2019 vamos fazer muitas vezes, apontou.

O mandatário cubano propôs nessa ocasião como uma das prioridades do país para o próximo ano a batalha pela eficiência econômica, frente às tentativas de seus adversários de destruir o socialismo para mostrá-lo como inviável.

Afirmou que a cada minuto da resistência à agressão, a ilha demonstra que só no socialismo é possível o milagre de uma pequena nação vitoriosa frente a um poderoso ‘império’ que não pode vencê-la..

Mas não nos interessa só resistir. Esse mérito nós conquistamos faz tempo. O desafio é, no meio dessa mesma guerra, conquistar a maior prosperidade possível, apontou.

Destacou, além disso, que esse valor permitiu enfrentar as consequências do bloqueio econômico, comercial e financeiro de Estados Unidos até hoje, e a enxurrada de medidas hostis dessa potência durante um ano especialmente agressivo como este.

Quando se escreva a história destes dias, terá que se reservar um capítulo para o ano 2019 pelo modo brutal, demente, poderia ser dito, em que aumentou a agressão a Cuba, praticamente ao ritmo de mais de uma medida por semana, apontou.

Recordou que se cancelaram, restringiram ou proibiram cruzeiros, voos, remessas, serviços médicos, financiamentos, transporte de combustível e seguros.

Não há, disse, uma área livre da caçada, do cerco, da perseguição. Também não fica projeto ou ação revolucionária alheia à difamação.

No entanto, afirmou que existem razões para festejar a chegada de 2020: no ano 61 da Revolução, atiraram para nos matar e estamos vivos. Vivos, celebrando e empenhados em seguir vencendo, assegurou. (Prensa Latina)






Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba – 30/12/19

26 de dez. de 2019

DOBRE A LÍNGUA, ALMAGRO !


O secretário da Organização (?) dos Estados Americanos (OEA)  Luis Almagro,  fantoche do imperialismo  estadunidense faz, uma vez mais, um 'pronunciamento' contra Cuba em nome daquela falida instituição há muito desacreditada. Não vamos publicar o referido vídeo mas ele está no facebook da OEA para quem se interessar por ver a cantilena novamente.  Não queremos divulgar mais mentiras. Ridículo papel desse senhor.

Assim, um companheiro do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos Charalampos Babis Vorreas fez um curto texto que expressa o sentimento de todos nós !

Parabéns Babis e obrigado por "lavar nossa alma" como dizemos aqui no Brasil:

Senhor Secretário da OEA, quando vejo sua mensagem sinto vergonha, como é possível uma pessoa em sua posição falar dessa maneira sobre Cuba?

Gostaria de recordar o ocorrido na Venezuela com as instruções da casa Branca de pôr um palhaço marionete de presidente e você o aceitou.

O que aconteceu na Bolívia, um presidente com 48% de aceitação que os golpistas neofascistas o obrigaram a sair do país, e você o aceitou.

Chile,  nestes tempos a lei assemelha-se mais que nunca à ditadura de Pinochet, o povo na rua, e você o aceita.

 Na Colômbia, todos estão na rua, por que ?  Você sabe o porquê, e não faz nada.

Brasil, queima-se a Amazônia  e  você  não se interessa em nada.

Equador, o povo atravessando uma situação de crise e de você não se escuta uma palavra.

E agora Cuba, senhor, quando fale de Cuba primeiro lave a boca, ditadura é seu discurso, como é possível ditadura em Cuba sem analfabetos, sem fome, com saúde gratuita, com a possibilidade de escrever sua própria constituição?


Esta é a razão, senhor, pela qual  você deve se preocupar realmente com os  povos que precisam de ajuda, não por títulos e países poderosos com grande poder militar, é  tempo agora de mudar o que até agora tem sido a OEA, é tempo de que se assuma o caminho genuíno de ajudar aos países de América e acabar com o servilismo e política vergonhosa que até hoje tem sido sua bandeira.


HOMENAGEM À REVOLUÇÃO CUBANA

2020 começa assim...



              Comemorando os 61 anos de resistência do povo cubano,  seguimos com a parceria do grupo Lumière - Loucos por Cinema (http://lumiereloucosporcinema.blogspot.com/) .


Assim sendo, nos dias 3 e 5 de janeiro de 2020 estaremos fazendo juntos uma atividade em São Pedro da Serra (distrito de Nova Friburgo - RJ) com o espaço Ecoarte na mesma cidade.

Ali vamos projetar em exibições gratuitas 4 filmes cubanos legendados para debater ao final a atualidade cubana, os últimos acontecimentos, enfim, tudo o que a mídia conservadora não mostra.

 Nos vemos lá.

Seguimos !!

Aqui uma linda (LINDA!) vinheta feita pelo Lumière sobre os filmes. Todos os filmes têm legendas em português.




Com dificuldade para ver o vídeo é só clicar aqui :  http://lumiereloucosporcinema.blogspot.com/2019/12/sessao-ecoarte-cinema-cubano.html?m=1


25 de dez. de 2019

URGENTE : DA EMBAIXADA MEXICANA EM LA PAZ





O Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos exige que a Bolívia conceda de maneira imediata os salvo-condutos aos ministros e altos dirigentes do governo constitucional de Evo Morais Ayma, que se encontram asilados desde 10 de novembro na Residência da Embaixada de México em La Paz.

As nove autoridades são: Juan Ramón Quintana, Ministro da Presidência, Wilma Alanoca, Ministra de Culturas, o Governador de Oruro Víctor Hugo Vázquez, o Diretor de Governo Eletrônico Nicolás Laguna, o intelectual Hugo Moldiz ministro até 2015, membro da Secretaria Internacional da Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade -Rede EDH-, o Ministro da Defesa Javier Zavaleta, o Ministro da Justiça Héctor Arce, o ministro de Mineração Félix César Navarro e Pedro Damián Dourado, vice-ministro  de Desenvolvimento Rural e Agropecuário.

Negar salvo-condutos é uma violação flagrante ao Direito de Asilo, à Convenção de Genebra, ao Direito Internacional Público e aos Direitos Humanos.

Já se passaram 45 dias desde que o governo de México outorgou asilo e solicitou os correspondentes salvo-condutos.

Seguir prolongando sua retenção é convertê-los em reféns políticos do regime ditatorial que impera na Bolívia.

O Parlasur, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, as Mães e Avós de Praça de Maio, Sacerdotes e Líderes Religiosos, Movimentos pela Paz, Organismos de Direitos Humanos, Associação Americana de Juristas, Advogados e Magistrados, Centrais de Trabalhadores,   Partidos Políticos, Movimentos Sociais e Intelectuais de todo mundo demandam que se outorgue de maneira imediata os  salvo-condutos aos nove altos dirigentes  e cesse a intimidação policial à Residência da Embaixada de México em La Paz.

Convocamos a solidariedade internacional a manifestar-se de todas as formas possíveis para que #Bolívia outorgue os #SalvoconductosYa





23 de dez. de 2019

FUTEBOL NA ESCOLA FLORESTAN FERNANDES


Neste domingo (22) o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos  - Capítulo Brasil - organizou uma viagem do Rio de Janeiro para um lindo evento que se realizou na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST em Guararema - São Paulo.

    O jogo de futebol entre os Amigos do MST (com a camisa vermelha Marielle Vive) e os Amigos de Lula e Chico Buarque (camisa cinza com número 13).

Quatro mil pessoas compareceram ao campo Dr. Sócrates Brasileiro para assistir o jogo onde, ao se iniciar, o "juiz" Juca Kfouri declarou que esperava que ambos ganhassem.






Enfim, para nós do RJ um dos pontos altos foi o encontro carinhoso do Lula com duas pessoas de comunidades que levamos: Bruna da Silva e Patrícia Oliveira. Patrícia faz parte das Mães de Manguinhos que perderam seus filhos para a violência estatal, no caso dela o adolescente Jonathan de 19 anos que em 2016 foi assassinado pela UPP do local e Bruna da Silva, da Maré que perdeu seu filho Marcos Vinícius de 14 anos em 21 de junho de 2018.   Bruna se tornou conhecida por sempre levar a camisa/uniforme  de seu filho (que vestia quando foi alvejado a partir de um blindado) manchada de sangue. 


Ali na Escola Nacional Bruna e Patrícia enfim conseguiram chegar perto do ex-presidente que fez questão de segurar a camisa do Marcos Vinícius para as fotos e foi muito carinhoso com ambas que tiveram ao menos esse alento por parte de MST , do Comitê e do Lula para minorar um pouco suas dores.



Enfim, um dia, apesar de nossa dura realidade atual no país em que pudemos rir, torcer, confraternizar com diversas entidades, partidos, movimentos que podem até ter suas diferenças mas que sabem que estão do mesmo lado da história. 



O time de Lula e Chico venceu por 2x1 em uma partida sem intervalo com muito calor e especialmente, muita alegria. As 4 mil pessoas torciam pelos dois times, cantavam, gritavam os nomes dos famosos jogadores (não tão habilidosos, mas na política....)  O primeiro gol foi de pênalti (rsrrsrsr) cobrado pelo ex-presidente Lula.

                                         Foto: Ricardo Stuckler  (cobrando o pênalti)

O time do MST jogou misto com homens e mulheres, crianças participaram, tudo muito informal e alegre.



O time de Lula e Chico venceu por 2x1 em uma partida sem intervalo com muito calor e especialmente, muita alegria. As 4 mil pessoas torciam pelos dois times. O primeiro gol foi de pênalti (duvidoso...rsrrsrsr) cobrado pelo ex-presidente Lula.


Um grande evento, muita alegria e a certeza de que dias melhores virão "Apesar de você, amanhã há de ser outro dia"

VAI PASSAR ! 



Mais :

https://www.brasildefato.com.br/especiais/jogo-lula-chico-mst/

https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/12/lula-e-chico-buarque-reunem-se-com-mst-para-disputar-partida-de-futebol/

https://mst.org.br/2019/12/22/lula-chico-buarque-e-mais-de-4-mil-pessoas-em-uma-partida-de-futebol-pela-liberdade/


21 de dez. de 2019

Na Bolívia, perseguição aos principais ministros de Evo






 Juan Ramón Quintana na mira dos golpistas

20 de dezembro de 2019

Por Graciela Ramírez /Resumen Latinoamericano

Na manhã de sexta-feira 20 de dezembro, meios de imprensa da Bolívia destacaram em letras garrafais a invasão à casa de Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência de Evo Morales até o golpe de Estado.
O que se busca é poder localizar para proceder a sequestrar qualquer elemento que tenha relação com ele ou os fatos que se estão pesquisando”, declarou o coronel Iván Vermelhas, diretor nacional da Força Especial de Luta Contra o Crime e um dos participantes do golpe de Estado que interrompeu a institucionalidade na Bolívia.
Não é a primeira vez que se violenta o domicílio particular de Quintana. Telesur denunciou o assalto a sua moradia por grupos de choque a cujo comando estavam os mal chamados dirigentes cívicos” que de civismo não têm nada e sim muito de métodos fascistas. Os latino-americanos vimos pela TV o destroço que provocaram em sua moradia, pondo em risco a vida tanto de Quintana como de sua família. Só tinham passado algumas horas do golpe de Estado de 10 de novembro que obrigou à renúncia do presidente Morales e em seguida começou a perseguição contra os membros do governo do Movimento Ao Socialismo, que tinha dirigido os destinos do país desde o ano 2006.
Em 13 de novembro, a autoproclamada presidenta Jeanine Áñez, designou como ministro de Governo (Interior) a quem fosse membro de seu partido Unidade Democrata, Arturo Murillo. O também ex-senador da direita boliviana, não perdeu tempo em proferir ameaças ante os meios de imprensa afirmando que: “todos aqueles que estão em sedição irão ao cárcere”.  Por “sedição” referia-se ao povo que com heroísmo saiu  às ruas a  resistir ao golpe.

De imediato apontou  Quintana como responsável pela rejeição popular aos golpistas. “Vamos ir à caçada de Juan Ramón Quintana, por que é uma caçada? Esse é um animal que está matando gente em nosso país e não o vamos permitir”, assegurou brutalmente.

Dias depois, em 22 de novembro, Murillo apresentou ante o Ministério Público uma denúncia penal contra o presidente constitucional Evo Morales e o ministro Quintana imputados por suposta sedição e terrorismo. Quais eram as provas para acusações de semelhante gravidade? Um suposto telefonema de Evo instando ao bloqueio da cidade e expressado por Quintana em uma entrevista a Sputnik.
Utilizaram um vídeo que mostrava  uma pessoa recebendo um suposto telefonema no qual Evo dava instruções, uodo foi uma montagem grosseira. Especialistas em comunicação assim o denunciaram nas redes sociais. Não era a voz de Evo, era uma simulação para montar a acusação.
Desde o triunfo de Evo em 20 de outubro começaram as ações desestabilizadoras dos “cívicos”. Para desconhecer os resultados que deram a maioria ao MAS, instalaram a narrativa da fraude e começaram a agitar o golpe.

Em 30 de outubro Sputnik (*) publica uma entrevista em que Quintana denuncia: “O que estamos vendo é a rota do golpe que se está desencadeando de maneira intensa e a diferentes velocidades em todo o território nacional».
Quintana, respondia desde a Casa Grande do Povo, a sede do Governo, que era também a Casa dos movimentos camponeses, a dos mineiros, os povos originários e o MAS. Hoje está povoada de militares, agentes, politiqueiros e golpistas. 
N a conversa sobre os desafios que enfrentavam ante a iminência do golpe, Quintana alertou que estavam ante um palco de guerra de alta intensidade para o médio prazo”. Em relação às forças  do processo de mudança instaurado por Evo, e a confrontação com  a direita golpista, expressou “Aqui há um agregado político dos movimentos sociais que estão dispostos a brigar«… “Bolívia se vai converter em um grande campo de batalha, um Vietnã moderno porque aqui as organizações sociais têm encontrado um horizonte para reafirmar sua autonomia, soberania, identidade”.
Murillo baseou sua acusação sacando de contexto as palavras do ministro Quintana, e com a montagem das supostas ordens dadas por Evo.  “As provas são claras, mostramos  Juan Ramón Quintana que disse que ia converter a Bolívia em um Vietnã, e está tratando de fazer isso (…), a prova do senhor Evo Morales é que o vídeo e a gravação que se apresentou é muito clara diz que matem aos bolivianos, fazendo um cerco à cidade” (***), disse Murillo ante as portas da Promotoria em La Paz.
E lançou-se uma verdadeira caçada para Quintana.  Dias depois desse dia a imprensa boliviana fala da busca de Quintana como se se tratasse de um perigoso criminoso. A campanha mediática, política e judicial agrega cada jornada uma nova mentira, uma nova acusação às já existentes que incluem a alusão a supostos vínculos com o narcotráfico. Em letras de imprensa exibe-se sua foto com o “busca-se” como se se tratasse de um delinquente.
Ante semelhante perseguição Juan Ramón Quintana viu-se obrigado, bem como outros ministros e o intelectual Hugo Moldiz, ministro até o ano 2015 e membro da Secretaria da Rede em Defesa da Humanidade, a solicitar asilo à embaixada do México em La Paz para salvaguardar suas vidas e integridade física.
Em 13 de novembro o governo de Andrés Manuel López Obrador  concedeu asilo a Quintana em La Paz.  Em 15 de novembro o Governo mexicano solicitou às autoridades atuantes de Bolívia os salvo-condutos correspondentes para que Quintana, Moldiz, vários ministros e um governador possam abandonar a sede da embaixada e se transladar aos países que já se ofereceram a lhes outorgar asilo ou refúgio político.       
O pedido de apreensão carece de fundamento, foi emitido por um governo golpista e usurpador acusado penalmente de genocídio e delitos de lesa humanidade pelos massacres perpetrados, detenções ilegais, desaparecimentos, torturas e perseguição a indígenas e camponeses, dirigentes do governo e do MAS. Foi arraigada nos tribunais de Argentina com base no princípio de Jurisdição Universal que estabelece que quando os crimes de lesa humanidade não são investigados no país onde ocorrem, outro pode  julgar.  A querela foi assinada pela Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos –APDH- (***).
A ordem de captura e detenção é inaplicável já que foi emitida depois  do Governo de México  conceder o asilo a Quintana, mas fazendo alarde de suas ameaças Murillo expressou:   “No caso de Juan Ramón Quintana, claramente o que deveria fazer a embaixada mexicana é deixá-lo na porta para que nós  entremos com  nosso carro e o levemos ao julgamento que lhe corresponde por sedição e terrorismo”. (****)
Em visita recente a Washington Murillo declarou que “já saiu a ordem para Juan Ramón Quintana de urgência (captura), é por isso que não se vai a dar a ele  salvo-conduto para que saia da embaixada de México, onde se encontra refugiado. Não o vamos deixar sair de Bolívia».
Há que se recordar a Murillo que negar a entrega de salvo-conduto a Quintana e aos ministros asilados é uma grave violação à Convenção de Genebra e ao direito internacional público.

E recordar-lhe também que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos –CIDH-, a União Européia, numerosos organismos de direitos humanos da região, associações de advogados e magistrados expressaram que Bolívia deve entregar salvo-conduc-to ao ministro Juan Ramón Quintana, ao intelectual Hugo Moldiz, à ministra de Culturas Wilma Alanoca, ao governador de Oruro Víctor Hugo Vázquez, ao diretor de governo eletrônico Nicolás Laguna. Estes três últimos também com falsos processos judiciais iniciados pelo governo de fato depois da concessão de asilo.
Os organismos internacionais pedem que lhe seja também outorgado o salvo-conduto ao ministro de Defesa Javier Zavaleta, ao ministro de Justiça Héctor Arce, ao ministro de Mineração Félix César Navarro, e ao vice-ministro de Desenvolvimento rural e agropecuário Pedro Damián Dourado.
Não o fazendo converte  estes ministros de reconhecido prestígio nacional e internacional, em reféns políticos do regime ditatorial que impera na  Bolívia.


Notas:
(*) Bolivia se prepara para convertirse en un «campo de batalla, un Vietnam”
Entrevista para Sputnik de Marco Teruggi a Juan Ramón Quintana  30/10/2019
(**) Ministro de Gobierno presenta querella penal contra Evo Morales y Juan Ramón Quintana. Agencia Boliviana de Información ABI, 22 noviembre de 2019 https://eju.tv/2019/11/gobierno-presenta-querella-penal-contra-evo-morales-y-exministro-quintana-por-los-delitos-de-sedicion-y-terrorismo/
(***) Denuncian a Jeanine Áñez por crímenes de lesa humanidad y genocidio.
Diario Perfil, Argentina, 17 de diciembre de 2019
(****)El nuevo Gobierno boliviano exigió a México que retire el asilo a un exministro de Evo Morales. Declaraciones recogidas por la Agencia de Noticias ABI. Infobae 30/11/2019 https://www.infobae.com/america/america-latina/2019/11/30/el-nuevo-gobierno-boliviano-exigio-a-mexico-que-retire-el-asilo-a-un-ex-ministro-de-evo-morales/



18 de dez. de 2019

LIBERDADE JÁ A JULIAN ASSANGE !






Queridos Companheiros,


Hoje iniciamos uma importante Campanha pela Liberdade de Julian Assange junto à Rede EDH (Em Defesa da Humanidade) conforme texto abaixo para somar o maior número possível de assinaturas exigindo a liberdade de Assange.

Não podemos nos omitir perante a prisão e tortura que ele está sofrendo na prisão em Londres onde se encontra isolado.. Para isso precisamos divulgar por todos os meios que temos.

O texto está disponível em inglês, francês e espanhol *. Vamos nos unir à Campanha !

As assinaturas podem ser enviadas (com nome, profissão e país – se for organização, nome e país):

Ariana López: arimarialopez@yahoo.com

Hernando Calvo Ospina: hcalvospina@yahoo.fr

Graciela Ramirez: trebol@enet.cu

Seguimos juntos. Divulgue. Participe.


Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos.

 Resumen Latino Americano 

              



LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE

Em um comunicado público do último primeiro de novembro, o Relator Especial das Nações Unidas sobre a Tortura, Nils Melzer, expressou “seu alarme pela contínua deterioração da saúde de Julian  Assange desde sua detenção no início deste ano, ao afirmar que sua vida está agora em perigo”.(1)

Melzer, em seu relatório de maio, tinha expressado: “Em 20 anos de trabalho com vítimas de guerra, violência e perseguição política, nunca tinha visto um grupo de Estados democráticos se unir para isolar, demonizar e abusar deliberadamente de um indivíduo durante tanto tempo e sem respeitar a dignidade humana nem o estado de direito”. Ele acabava de visitar com uma equipe médica especializada o cárcere de segurança máxima de Belmarsh , Londres.

 Uma de suas conclusões é que o detento “mostrou todos os sintomas típicos de uma exposição prolongada a tortura psicológica, stress extremo, ansiedade crônica e trauma psicológico”.

Assange refugiou-se em junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres. Em agosto o governo do presidente Rafael Correia concedeu-lhe asilo político. Por não poder sair daí, pois seria preso e seguramente extraditado aos  Estados Unidos, se converteu em um prisioneiro. “A nacionalidade equatoriana que se lhe outorgou em dezembro de 2017 não foi suficiente para mudar sua situação”

Em 11 de abril deste ano o novo presidente de Equador, Lenin Moreno, a pedido do governo estadunidense, retirou-lhe o asilo e a nacionalidade. Então foi entregue às autoridades britânicas, que o confinaram em Belmarsh. Isolado, e sem poder preparar sua defesa, está à espera de um julgamento que decidirá sua extradição aos Estados Unidos onde, sob as acusações atuais poderia ser condenado até a 175 anos de cárcere.
Assange, editor de Wikileaks , é acusado por Washington de “conspiração" e “espionagem", ao ter divulgado a muitos meios de imprensa do mundo dos "Diários de Guerra". Estes são milhares de documentos militares e diplomáticos  sobre múltiplos crimes de guerra estadunidenses no Afeganistão e Iraque.

O Relator Melzer disse sobre isto: "Enquanto o governo de Estados Unidos processa o Sr. Assange por publicar informação sobre graves violações de direitos humanos, incluindo tortura e assassinato, os servidores públicos responsáveis destes crimes continuam gozando de impunidade".

Entre outros, seu trabalho foi reconhecido em 2011 com o Prêmio Walkley por sua Contribuição Destacada ao Jornalismo; o Prêmio Martha Gellhorn de Jornalismo; o Prêmio Índice de Censura; o New Média Award de The  Economist; o New Média Award de Anistia Internacional e o Prêmio Gavin MacFayden de 2019. Wikileaks também foi nominado em 2015 para o Prêmio Mandela da ONU e sete vezes para o Prêmio Nobel da Paz (de 2010 a 2015 e em 2019).

Há algumas semanas um grupo de jornalistas e comunicadores iniciaram uma campanha por sua liberdade. Nela se proclama: “Se o Governo de Estados Unidos pode processar Julian  Assange por publicar documentos classificados, abrirá  caminho para que os governos processem jornalistas em qualquer parte do mundo, o qual seria um perigoso precedente para a liberdade de imprensa a nível mundial [...] Em uma democracia, deve ser permitido revelar crimes de guerra e casos de tortura e abuso sem ter que ir ao cárcere. Esse é, precisamente, o papel da imprensa em uma democracia”. (2)

Até esta data não responderam nem mil jornalistas a esse chamado. Muito poucas organizações de direitos humanos têm assumido seriamente a defesa de seu caso. Por que esta atitude para Assange? O Relator Especial, Melzer, tem uma explicação: “Após ter sido desumanizado mediante o isolamento, o ridículo e a vergonha, foi muito fácil privar de seus direitos fundamentais sem provocar a indignação da opinião pública mundial”.
O editorial de Le Monde Diplomatique de dezembro de 2019, diz: “A perseguição ao senhor Assange por parte das autoridades estadunidenses vê-se alentada pela covardia dos jornalistas que o abandonam à sua sorte, e inclusive se deleitam com sua desgraça”.

Portanto, nós, integrantes da Rede em Defesa da Humanidade e quem venha se somar a este chamado, exigimos o respeito ao devido processo legal, a não extradição e a libertação imediata de Julian  Assange. Instamos os organismos nacionais e internacionais, aos intelectuais e a jornalistas e seus meios a pôr fim à campanha empreendida contra este valente ser humano pelo delito de revelar crimes de guerra contra a humanidade. Exigimos que se comunique fidedignamente à opinião pública sobre esta terrível violação a seus direitos fundamentais. Como diz o Chamado dos jornalistas: “Os tempos perigosos exigem um jornalismo valente”.

1) - https://www.ohchr.org/en/newsevents/pages/displaynews.aspx?newsid=25249&LangID = - https://news.un.org/es/story/2019/11/1464781


Secretaria executiva REDH
Alicia Jrapko, EE.UU.
Anarella Vélez, Honduras
Ángel Guerra, Cuba/México
Antonio Elías, Uruguai
Arantxa Atirado, Espanha
 Ariana López, Cuba
 Arnold August, Canadá
Atilio Boron, Argentina
Camille Chalmers, Haiti
Carlos Alberto (Beto) Almeida, Brasil
Carmen Bohórquez, Venezuela
Fernando León Jacomino, Cuba
Fernando Bom Abad, México/Argentina
 Florencia Lagos, Chile
Gabriela Cultelli, Uruguai
Gilberto Rios, Honduras
Hernando Calvo Ospina, França
Hildebrando Pérez Grande, Peru
Hugo Moldiz, Bolívia
Irene León, Equador
 Javier Couso, Espanha
Javiera Olivares, Chile
Katu Arkonada, País Basco/México
 Luis Hernández Navarro, México
Marcos Teruggi, Argentina/Venezuela
María Nela Prada, Bolívia
Marilia Guimaraes, Brasil
Nadia Bambirra, Brasil
Nayar López, México
Omar González, Cuba
Orlando Pérez, Equador
Pablo Sepúlveda Além, Venezuela
Pasqualina Curcio, Venezuela
Paula Klachko, Argentina
Pedro Calzadilla, Venezuela
Ricardo Seta, Paraguai
Sergio Arria, Venezuela/Argentina
Stella Calloni, Argentina
Tim Anderson, Austrália

REDE EM DEFESA DA HUMANIDADE, 15 DE DEZEMBRO DE 2019.



COMITÊ INTERNACIONAL PAZ, JUSTIÇA E DIGNIDADE AOS POVOS

                               Libertem Já  Julian  Assange!

Desde o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos nos somamos a todas as pessoas amantes da justiça no mundo que reclamam a liberdade de Julian  Assange.

Estendemos nossa solidariedade incondicional com Julian Assange, e expressamos-lhe nosso agradecimento por seu extraordinário trabalho jornalístico.

Desde seu início Wikileaks tem difundido mais de 10 milhões de documentos classificados, a maioria expondo planos secretos do governo dos Estados Unidos em seus programas de inteligência, segurança e guerra. Por seu trabalho de informação Assange ganhou o ódio dos Estados Unidos e do Pentágono que nunca lhe perdoaram expor à luz pública os crimes em Iraque e outras partes do mundo.

Os meios hegemônicos sempre mostraram  Assange  como um criminoso enquanto os verdadeiros criminosos continuam imunes às leis. Aos que espiam informação pessoal sobre milhões de pessoas, os premiam com o silêncio e a impunidade, enquanto os que expõe crimes de lesa humanidade são perseguidos e vão ao cárcere.

Na atualidade e ante nossos próprios olhos estão-se desatando ferozes campanhas contra líderes sociais, contra países que defendem sua soberania e agora também contra organizações como Wikileaks que simplesmente trabalham pelo direito à informação. Não importa que as acusações  sejam insustentáveis, o império arremete contra todas e todos sem necessidade de prova alguma, o objetivo é ocultar a verdade,  manipular e não permitir o acesso à livre informação a que todos temos direito.

Repudiamos a entrega de Assange  às autoridades do Reino Unido violando o direito de todo cidadão ao asilo, o Direito Internacional Humanitário e a própria Constituição de Equador já que Assange obteve a nacionalidade equatoriana.

Responsabilizamos o Presidente de Equador Lenin Moreno pela segurança e integridade física do jornalista Julian Assange

                                              Liberdade Já a Julian  Assange.

Abril de 2019