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29 de jun. de 2020

CIA orienta a buscar informações sobre médicos cubanos.


                                                               Foto: Internet
Por Arthur González 

Cumprindo ordens de Mike Pompeo, Secretário de Estado e ex-diretor da CIA, seus antigos subordinados buscam intensamente informações sobre as brigadas médicas cubanas, que prestam ajuda solidária em países carentes de profissionais da saúde.
Estados Unidos fornece três milhões de dólares para que a CIA pague seus informantes, com o propósito de continuar as campanhas contra Cuba, situação que se converteu em psicose para afogar economicamente,  cortando todas as entradas de divisas, supostamente para “ajudar o povo”.
Informações de alguns meios de imprensa e jornalistas a seu serviço, revelam suas fontes e desmascaram  quem trabalha sob as ordens de oficiais encobertos, disfarçados de secretários de imprensa e cultura, diplomacia pública e outros cargos ocupados para o trabalho secreto da CIA.
Não há necessidade de ser especialista para perceber  como a CIA deixa sua marca indelével  onde os médicos cubanos fazem seu trabalho de missionários da saúde, salvando vidas e preparando a população para prevenir doenças, algo que nenhum médico estadunidense está disposto a fazer.
Centenas de páginas escrevem os assalariados da CIA, qualificando de “escravos” os médicos cubanos, ao alegar que o governo não lhes paga o salário contratado, disparate iniciado há alguns anos para tratar de que abandonassem as missões, sob a promessa de  vistos  dos Estados Unidos, dentro do programa Cuban Medical Professional Parole, aprovado em setembro de 2006.
Jair Bolsonaro, foi o primeiro a recusá-los para cortar o rendimento de dinheiro a Cuba, seguido por Lenin Moreno de Equador e a golpista de Bolívia, mas as missões cubanas continuam sua ajuda em outros países que suportam as pressões e ameaças ianques, só interessados em estrangular economicamente  Cuba e não pela saúde dos necessitados.
Ante o repentino aparecimento da Covid-19, muitos países que não dispõem de suficientes médicos e enfermeiros com o preparo e experiência dos cubanos, solicitaram apoio de Cuba, de imediato a brigada Henry Reeve, especializada em  combate a doenças em casos de desastres naturais e graves epidemias como o cólera e o ébola, foram enviados,  causando aos ianques um desgosto imprevisível.
A CIA voltou à carga para desesperadamente buscar informação dos salários que pagam pelo pessoal cubano e reiniciar a fracassada campanha de que são “escravos”.
Jornais e redes sociais publicam as supostas cifras que vários países pagam pelo trabalho dos médicos e enfermeiros cubanos, evidenciando os requerimentos da CIA, como o caso da África do Sul, onde o deputado Siviwe Gwarube, exigiu do ministro de Saúde, Zweli Mkhize, detalhes de quantos cubanos trabalhariam no país, suas especialidades, domínio do inglês e os custos.
A resposta do ministro foi “filtrada” à imprensa: “Cuba enviou187 especialistas médicos, que assistirão a cidadãos contra a Covid-19 e trabalharão em zonas onde o país não conta com pessoal suficiente”.
“A maior parte do dinheiro, quase 10,4 milhões de dólares, será para salários de 116 médicos de família; 1,5 milhões se utilizarão para pagar o trabalho de 32 tecnólogos da saúde; outros 883.000 dólares para 18 epidemiólogos e 1,2 milhões para 13 bio estatísticos”.
O ministro afirmou que Pretoria garantirá o alojamento dos médicos, desembolsando 367 mil dólares.
Outro caso é Peru, país onde correu a informação do montante de dinheiro que pagarão pelo trabalho de 85 médicos cubanos, para combater a pandemia do Covid-19.
Uma prova da intensa busca que fazem os ianques,  contribuiu o diário peruano Gerenciamento, ao publicar que tinha tido acesso ao contrato entre o Ministério da Saúde (MINSA) de Peru e Havana, onde consta o salário de 2 mil dólares mensais para 50 médicos e 35 enfermeiros, integrantes do contingente Henry Reeve.
O pessoal cubano foi solicitado pelos governadores de Ayacucho, Moquegua, Arequipa e Áncash, ante a falta de médicos e enfermeiros peruanos para atender aos 200 mil contagiados pelo Coronavirus, causando  mais de 5 mil 500 mortos, situação que não preocupa os  Estados Unidos.
O governo de Donald Trump ao saber  que a exportação de serviços médicos é uma das principais fontes de renda para Cuba, desatou uma perseguição implacável para  cortar os cerca de 6 mil 400 milhões de dólares que se calculam.
Contra o governo mexicano levam a cabo uma raivosa pressão, para que não aceitem os profissionais cubanos. Publicações financiadas por Estados Unidos, entre elas a mal denominada “imprensa independente” e outras arraigadas no sul da Flórida, acusam o governo de Andrés Manuel López Obrador, de “entrar em cumplicidade com formas de escravatura moderna”, ao aceitar os médicos cubanos.
Reiterando o método aplicado, o libelo Diário de Cuba, criado e sustentado pelos ianques, afirmou que teve acesso a detalhes do contrato assinado pelo Instituto de Saúde para o Bem-estar e Cuba, sem explicar como conseguiu chegar a um documento oficial.
Demonstrando que sua prioridade informativa é só o dinheiro que Cuba recebe, publicaram a cifra de10 mil 693 dólares que o México gastará por cada especialista, e asseguram que a informação foi fornecida por  uma fonte do governo da Cidade de México, nada mais semelhante  a uma ação de espionagem encoberta pelo jornalismo.
Cuba enviou especialistas em Medicina Geral Integral, biomédicos, especialistas em medicina crítica, medicina interna, epidemiólogos e enfermeiros, já que a pandemia cobra exige muito do México, onde seus especialistas não são suficientes.

                                                 Duas visões de mundo bem diferentes
Essa busca de informação ordenada pela CIA tenta sabotar os contratos com Cuba. Um exemplo patente são os detalhes obtidos por seus agentes situados na imprensa, entre eles os termos contratados, salários, tempo de permanência, especialidades e lugares de trabalho.
Empenham-se em determinar os tipos de contratos, ao afirmar que Cuba os rubrica com governos locais, como nova estratégia para oferecer seus serviços.
Esta informação está priorizada pela CIA para entorpecer os contratos, pois segundo o mencionado libelo, executam-no também em Peru, na região italiana da Lombardía, e tentaram  fazê-lo com comunidades autônomas espanholas, como as de Valencia e Cataluña, prova do rastreamento que fazem às atividades médicas cubanas.
A insistência é inverossímil, porque em vez de preocupar pelo combate  que o México faz  à pandemia, a quantidade de profissionais da saúde de que dispõem, número de hospitais e equipes para os centros de terapia intensiva, só buscam detalhes relacionados com o salário.
Um “jornalista” de Diário de Cuba, no último 3 de junho  solicitou à secretária de Saúde da capital mexicana, informação a respeito de se a Secretaria de Finanças da CDMX é quem paga dito acordo,trabalhos específicos que realizam os médicos cubanos e especialidades, se o contrato assinado é público e a possibilidade de obter uma cópia do mesmo, se o grupo de médicos cubanos enviados a Veracruz fazem parte do mesmo convênio e se o custo do hospedagem está incluído, elementos que comprovam as orientações da CIA, porque esses detalhes servirão para suas próximas estratégias anticubanas.
Sutil foi a ameaça do “jornalista” à servidora pública mexicana, ao recordar-lhe: “A relatora da ONU para Formas Contemporâneas de Escravatura e a relatora sobre Tráfico de Pessoas, demandaram explicações ao governo cubano sobre o trabalho que realizam seus médicos no exterior, advertindo que isso poderia constituir trabalho forçado”.
A chave de ouro da perseguição ianque contra a economia cubana,foi exposta por Mike Pompeo, ao exigir, em 10 de junho 2020, à Organização Panamericana da Saúde (OPS), aclarar seu papel no envio de missões de médicos cubanos ao Brasil, durante o governo de Dilma  Rousseff, repetindo a mentira de que os cubanos eram obrigados a um “trabalho escravo”.
Seu verdadeiro interesse é cortar a entrada de dinheiro, exigindo  à OPS explicar o pagamento a Cuba de mil trezentos milhões de dólares, sem se discutir previamente no Conselho Executivo dessa organização, ameaçando-a com mudanças: “Como  fizemos com a OMS, a administração Trump exigirá a rendição de contas de todas as organizações internacionais de saúde, que dependem dos recursos dos contribuintes estadunidenses”.
A perseguição desatada ante a contratação do pessoal médico cubano, toca também aos governos de Noruega e Luxemburgo, acusados por Cuban Prisoners Defenders (CPD), em 10 de junho, de colaborar com o esquema de escravatura”, que supõem as brigadas médicas cubanas em Haiti e Cabo Verde.
Ninguém fica isento da caçada e por isso O Novo Herald, publicou que Argélia não paga o salário dos médicos cubanos desde março 2020, dos 71 milhões de dólares anuais que contempla o acordo com Cuba, elemento divulgado “casualmente”, em 21 de maio 2020 pelo diário argelino Journal Officiel.
Estados Unidos vomita ódio, ao ver que os profissionais da saúde de Cuba prosseguem seu trabalho de salvar vidas. Daí que a CIA se tenha rebaixado, ao ponto de utilizar o pouco confiável e desprestigiado apresentador , Alex Ota-Onda,  facilitando uma cópia de um contrato entre Angola e uma empresa cubana, para o trabalho de médicos cubanos.
A verdade impõe-se para desgosto dos ianques, por isso muitos países, organizações e personalidades mundiais, propuseram o Prêmio Nobel da Paz.ao contingente internacional Henry Reeve.
 Recordemos sempre o que disse José Martí:
“Cuba não anda de pedinte pelo mundo”

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

                                                             #NobelBrigadasMedicasCubanas

28 de jun. de 2020

Médicos e não bombas é do que precisa a humanidade para se salvar



Por Raúl Antonio Capote
Numa época em que o mundo é atormentado por uma das pandemias mais perigosas da história da humanidade, os Estados Unidos estão armados para a guerra. Aloca recursos milionários para esse setor, acima de serviços básicos como saúde, no país com casos mais confirmados de COVID-19 no planeta.

"Com quase três milhões de soldados em serviço, 4.800 locais de defesa em todos os continentes e um orçamento anual de mais de US $ 700 bilhões, o exército dos EUA é considerado a principal força de combate do mundo ”, segundo a CNN.

No meio da crise gerada pelo novo coronavírus, Washington está modernizando rapidamente suas Forças Armadas, incluindo as nucleares. Isto foi afirmado pelo Presidente Donald Trump, através de diferentes meios, incluindo redes sociais.

A nação poderosa também está acelerando a busca por armas hipersônicas. Em 20 de maio de 2020, o chefe da Casa Branca anunciou a intenção de gastar o que seja necessário: "Nosso objetivo é simplesmente dominar futuros campos de batalha".

Enfatizou que gastou mais de US $ 2,5 trilhões na atualização do Exército durante seu governo, mais do que, segundo ele, qualquer outro presidente americano.

"Temos armas que eu oro a Deus que nunca precisemos usar", se gabou.

Os gastos militares no mundo experimentaram em 2019, o maior aumento nos últimos dez anos, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Estudos para a Paz (Sipri), publicado em 27 de abril passado. O recorde histórico é detido pelos Estados Unidos, que aumentaram 5,3% em 2019, para US $ 732 bilhões, 38% do total mundial.

No momento em que o planeta está enfrentando uma recessão econômica, os governos deveriam reconsiderar os gastos militares e abordar outros setores prioritários que demonstram sua debilidade diante da pandemia.


Se os Estados Unidos tivessem investido 10% das despesas militares no fortalecimento de seu sistema de Saúde Pública, não teriam que enfrentar a situação dolorosa em que estão hoje. Ninguém poderia imaginar que, na primeira potência econômica, os pronto-socorros e as unidades de terapia intensiva (UTI) desabassem, os médicos e os paramédicos não aguentassem, e faltassem equipamentos, leitos e medicamentos.

A experiência da pandemia indica à Casa Branca suas deficiências em relação ao próprio povo, a falta de recursos para setores como Saúde e Educação, mantendo enormes despesas militares e atacando programas de cooperação em saúde cubanos com outros povos.

"Médicos e não bombas", disse Fidel, porque é disso que a humanidade precisa para se salvar. Cegos a essa filosofia, os Estados Unidos circulam pelo mundo; um olho aberto à guerra, o outro dedicado a perseguir aqueles que, como Cuba, seguem os mesmos caminhos, para salvar.


                                      #NobelBrigadasCubanas



Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
https://www.cubaenresumen.org/2020/06/medicos-y-no-bombas-necesita-la-humanidad-para-salvarse/?fbclid=IwAR3DoQfOmESvF-tjwHKhrLuGYu8eePj9YzZbMA4G_BhzTw11Nn8-H4P-KIs

27 de jun. de 2020

Declaração do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba


      






       É com muita esperança que o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba firma sua adesão à Campanha Internacional pela nomeação do Contingente Internacional de Médicos Especializados no Enfrentamento de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve ao Prêmio Nobel da Paz.
           Este Contingente tem enfrentado graves perigos, arriscado suas próprias vidas em lugares inóspitos espalhados por todo o mundo levando fraternidade e esperança aos habitantes que ali se encontram muitas vezes abandonados à própria sorte. 
          Vozes de todo o mundo se levantam pela indicação desta homenagem à Brigada Henry Reeve que ao ser criada em 2005 pelo Comandante em Chefe Fidel Castro sempre teve a solidariedade como principal razão para atuar independentemente de qual país atender para socorrer populações que em qualquer parte do mundo de seu honroso e valente trabalho necessitassem.
       Dessa forma enfrentaram terremotos, tempestades, furacões, endemias como cólera e Ebola sem "deixar ninguém para trás".
     Em um mundo onde atualmente testemunhamos o avanço de uma pandemia como a do Coronavirus, é Cuba com seu Contingente Médico  - e não um dos países ricos do mundo - que atende ao chamado de diferentes nações para ajudar a combater a Covid-19. É Cuba, essa ilha pequena, com poucos recursos naturais e absolutamente sitiada, bloqueada pelo mais poderoso império que a humanidade já viu, é essa Cuba e seu povo educado na solidariedade e  no internacionalismo que vem ao encontro de uma humanidade que pede socorro.

          "Mandamos médicos, não bombas" - disse um dia Fidel.

           Ao indicar ao Prêmio Nobel da Paz à Brigada Henry Reeve estamos enviando um sinal a todos: "Não ao Bloqueio. Sim à Solidariedade"  demonstrando que é desse princípio que  humanidade precisa: Amor, não ódio.
         
      Com a certeza que a indicação ao Prêmio Nobel da Paz de 2021 será para a Brigada Henry Reeve,

                                            Com afeto,

                      Comitê Carioca e Solidariedade a Cuba  

                                                 
                                               Rio de Janeiro, 27 de junho de 2020



                               #NobelBrigadasMedicasCubanas

26 de jun. de 2020

Agricultores brasileiros na Campanha pelo Nobel para a Brigada Médica Cubana #CubaSalva


No Rio de Janeiro o grupo de agricultores familiares do Coletivo Terra  - do Assentamento Terra Prometida,  aliado do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba,  envia uma mensagem a Cuba e à Campanha pela nomeação do Prêmio Nobel da Paz à Brigada Henry Reeve  de Médicos Cubanos.  

      Mais e mais pessoas e entidades no mundo inteiro se somam à campanha que na verdade está premiando a solidariedade que Cuba doa ao mundo e que agora mais ainda se faz presente num período de pandemia em que a humanidade pede socorro e o fato é que nenhum país rico se dispõe a ajudar e até mesmo arriscar a própria vida. É essa Ilha, pequena, semriquezas naturais e absolutamente bloqueada que dá o exemplo de humanidade

É assim que essa corrente de reconhecimento e valorização da solidariedade e da medicina cubana segue contagiando os lugares mais distantes do mundo.



                                                Do Brasil ao povo cubano  
    

                                                         #NobelBrigadasMedicasCubanas

    O Coletivo Terra engloba assentados de Terra Prometida e de pequenos agricultores de Caxias e, além de sua produção cotidiana, neste período de pandemia tem feito doações de alimentos saudáveis em bairros de favelas e comiunidades pobres sem acesso a quaisquer políticas públicas; áreas de conflito onde o que chega por parte do Estado é mais violência. Três vezes por semana são entregues cestas de alimentos (já se chegou a 4.400 cestas)  em parceria com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e  com o Movimenta Caxias  que faz as doações e articula com os bairros periféricos da região de Duque de Caxias e  Baixada Fluminense. Para se ter uma ideia, de abril a junho  - período da pandemia - já foram entregues para famílias daquela  periferia 40 toneladas de alimentos.  
Onde o Estado não vai, o povo pelo povo sobrevive com solidariedade. Em Cuba como aqui. A diferença é que lá o Estado comparece para fazer seu papel. Aqui somos nós mesmos. Venceremos !











                     Veja reportagem sobre o Coletivo Terra : 



O Coletivo Terra em parceria com o Movimento dos Pequenos Agricultores, iniciamos as entregas das cestas  agroecológicas,com produtos certificados de orgânicos.
O Coletivo Terra do Assentamento Terra Prometida, composto por agricultoras e agricultores familiares, assentadas e assentados da Reforma Agrária e pequenas e pequenos agricultores,  tem como princípio a produção de alimentos saudáveis, sem utilização de agrotóxicos.Produzimos em uma região que tem terras férteis e agricultáveis mas que necessitam urgentemente de políticas públicas contínuas para que a produção local seja potencializada e que, esses alimentos possam chegar até as escolas municipais e estaduais do município de Duque de Caxias e dos demais municípios da Baixada Fluminense. Acreditamos que ao consumir os produtos da Terra,  as escolas e os bairros descubram os saberes e sabores do seu próprio território.
Alimento é afeto. Alimento é memória e identidade. Desejamos  atravessar esse momento da crise fortalecendo cada vez mais a conexão Campo e Cidade.
Estamos aqui em quarentena produzindo e desejando muita vida pra todes.
Que possamos nos cuidar, ficar em casa e lutar pelo que nos é de direito. Nos somaremos sempre as lutas em defesa da vida e do direito de nos mantermos vivos.
Soberania alimentar e nutricional é um direito de todas e todos.
Seguimos movimentando Caxias e a Baixada Fluminense com produtos saudaveis. Pela vida
Resistiremos!!!


Saiba mais: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/o-dia-na-baixada/2020/06/5931085-produtos-organicos-entram-nos-kits-de-doacao-de-alimentos-na-baixada-fluminense.html?utm_source=mobile&utm_medium=social&utm_campaign=whatsappArticle#foto=1

https://www.facebook.com/pg/feiradareformabxd/photos/?ref=page_internal



25 de jun. de 2020

Novas iniciativas da Alemanha contra o bloqueio a Cuba

                                                                 #CubaSalva      #BloqueioMata

Berlim, 24 de junho (Prensa Latina) As organizações do movimento de solidariedade com Cuba na Europa pediram hoje à União Européia (UE) que continue sua política de desenvolvimento de relações positivas e fortes com a ilha do Caribe.

Isto é afirmado em uma carta aberta da Red Cuba, uma associação de dezenas de grupos de solidariedade alemães, aos quais a Prensa Latina teve acesso.

A carta, publicada pouco antes do início da presidência alemã do Conselho da UE, é dirigida à chanceler federal alemã Angela Merkel, à ministra das Relações Exteriores Heiko Maas e à presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, e ao chefe do Conselho da Europa, Charles Michel, entre outros funcionários.

Os autores, oriundos de 22 países europeus, veem com preocupação o desenvolvimento cada vez mais negativo e hostil dos Estados Unidos em relação a Cuba durante a presidência de Donald Trump.

Ao mesmo tempo, criticam a aplicação dos Títulos III e IV da Lei Helms-Burton e a "política do medo" que busca minar o comércio livre e justo, violando o direito internacional e destruindo a solidariedade e a paz.

"Os povos da Europa" devem, portanto, fortalecer o multilateralismo, como exigem as organizações, enfatizou o documento.

Segundo os signatários da carta, a presidência alemã do Conselho da União Europeia, entre 1 de julho e 31 de dezembro, deve ampliar a cooperação da UE com Cuba no setor da saúde, da pesquisa aos serviços .

Outra iniciativa do país teutônico também começou com sucesso, na qual mais de 60 personalidades das artes e das ciências exigiram o fim do bloqueio americano.

Um dia após a publicação da petição na plataforma change.org, quase 600 pessoas assinaram o pedido.

Como historiador, vivo e trabalho em Cuba há 20 anos, "firmemente estabelecido em Havana por cinco", disse Rainer Schultz, chefe de uma unidade de pesquisa das universidades dos Estados Unidos na capital cubana, em entrevista à Prensa Latina.

Desde 1959 foi profetizado o fim da Revolução, observou Schultz, e desde então os governos dos Estados Unidos tentaram de todas as formas aumentar o sofrimento na ilha e levar a sociedade ao colapso.

Houve uma certa mudança de rumo com o presidente Barack Obama, lembrou, e em 2016, pouco antes de sua "visita histórica à ilha socialista, ele se dirigiu ao próprio Congresso pedindo que o embargo (bloqueio) fosse suspenso".

Sob seu sucessor, Donald Trump, os Estados Unidos tentaram punir Cuba novamente com todos os meios e especialmente durante a crise mundial da saúde pelo novo coronavírus, criticou o historiador alemão.

Portanto,  observou: "as vozes que reconhecem e condenam a natureza desumana das sanções dos Estados Unidos são mais fortes, e queremos apoiar essas vozes", acrescentou o historiador.

A Alemanha e a União Europeia poderiam seguir um caminho diferente através do diálogo, do intercâmbio, da cooperação e, de maneira especial, "agora durante a crise global da pandemia", concluiu Schultz.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&id=376515&SEO=nuevas-iniciativas-desde-alemania-contra-el-bloqueo-a-cuba&fbclid=IwAR3lXqykxRXOLm7-zQ3hZNEfaSP_g_UdrRDlW4x8ITNKtcDB5STot67N5Fs

                                                                       #NobelBrigadasMedicasCubanas

24 de jun. de 2020

Mais um projeto para asfixiar Cuba


Três senadores estadunidenses, cada um deles mais obcecado em fazer render pela fome a Cuba, acabam de apresentar um projeto de lei que pretende castigar aqueles países que aceitam a colaboração médica da Ilha.
Qualquer dos três, Marco Rubio, Ted Cruz e Rick Scott, tem um amplo dossiê ao serviço da pior política contra a Ilha maior das Antilhas, e fica descartado que a algum deles interesse quantas pessoas salvam ou ajudam a salvar nossos doutores.
O projeto estabelece que o Departamento de Estado publique a lista de países que têm contratos com o Governo de Cuba para seu programa de missões médicas, e requer que sejam considerados por essa instância como um fator na classificação de tais nações no relatório sobre o tráfico de pessoas.
A miséria destes políticos parece não ter limites. Nem na conjuntura atual, que mais reclama o serviço médico, venha de onde vier, deixam de atacar uma cooperação que salvou milhões de vidas e contribui para o desenvolvimento de programas de formação de recursos humanos em países onde a carência deles se reflete nos baixos índices de sanidade, nos altos números de padecimento de doenças e na consequente letalidade.
Os mencionados «senhores» sabem bem – mas não lhes interessa – o que hoje ocorre em lugares onde já não estão os nossos, como no Brasil, Bolívia e o Equador, que sob as pressões dos Estados Unidos, interromperam a colaboração médica, e deixaram desprovidos de saúde e de esperança os povoadores de intrincadas paragens.
Demasiado tempo lhes ocupa a aberração de ir sancionando nações que recebem com gratidão os médicos cubanos, como para parar um instante para ver as causas que convertem o país mais rico do mundo, no epicentro global da pandemia.


23 de jun. de 2020

Declaração do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba (23/06/2020)





GRUPO PARLAMENTAR BRASIL-CUBA NO CONGRESSO NACIONAL

 “El ejercicio no lucrativo de la medicina es capaz de ganar a todo corazón noble
- Fidel Castro


Coerentes com os princípios de solidariedade que unem os dois países, manifestamos nossa plena solidariedade e concordância com a iniciativa de propor a indicação da equipe médica cubana Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve ao Prêmio Nobel da Paz.
Idealizada pela organização francesa Cuba Linda e pelo Comitê França-Cuba, a campanha conta com apoio de mais de 20 organizações europeias e norte-americanas. No mesmo sentido, no último 15 de junho, movimentos sociais, sindicais, partidos políticos e personalidades de diversos setores de dezenas de países da América Latina e do Caribe - inclusive o Brasil - se reuniram virtualmente em apoio a essa proposição.
Trata-se de uma condecoração justa e merecida. Especialmente pelo reconhecimento do seu valor humanitário de amplitude global, que abrange, inclusive, países entre os mais ricos do mundo. A atenção médica que a saúde pública cubana brinda gratuitamente a povos e países de diversos continentes, indistintamente, remonta aos primórdios do triunfo da Revolução.

No decorrer de 55 anos de cooperação médica, os profissionais de saúde cubanos atuaram em 600 mil missões em 164 países, envolvendo mais de 400 mil trabalhadores de saúde. Destacam-se a luta contra o Ebola, na África, a cegueira na América Latina e no Caribe e a cólera no Haiti, além da participação de 26 brigadas do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve no Paquistão, Indonésia, México, Equador, Peru, Chile, Venezuela e outros países.
 Em 1991, desembarcaram em Havana milhares de crianças, jovens e adultos de ambos os sexos oriundos de Bielorússia, Ucrânia e Rússia para receberem tratamento de saúde, afetados que foram pelo acidente nuclear de Chernobyl. Nos anos subsequentes, essa cifra ultrapassaria a casa dos 20 mil assistidos. Todos, sem exceção, foram tratados segundo o princípio de que, em Cuba, a saúde é gratuita para todos.
Nós, brasileiros, também fomos beneficiados por essa solidariedade. Quando do acidente do Césio-137, ocorrido em Goiânia-GO, em 1987, o maior acidente radioativo do Brasil e um dos maiores do mundo, foi na pequena ilha, parca de recursos mas de coração acolhedor, que dezenas de compatriotas nossos, homens e mulheres, jovens e adultos, foram carinhosamente medicados e curados. Gratuitamente, cabe ressaltar. 
Recentemente, o Brasil sofreu com a extinção, pelo presidente da Republica, do Programa Mais Médicos, firmado entre Brasil e Cuba e intermediado pela Organização Panamericana de Saúde – OPAS, voltado para o atendimento às pessoas mais pobres e de regiões periféricas. Eleito, Jair Bolsonaro priorizou extinguir o Programa de forma unilateral e arbitrária, como é do seu feitio.
Em cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil médicos cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes em mais de 3.600 municípios brasileiros. Mais de 700 desses municípios tiveram um médico pela primeira vez na história. Socialmente exitoso, o Programa Mais Médicos tinha que ser extinto por ser incompatível com a demofobia do governo Bolsonaro.
O Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve, idealizado por Fidel Castro, nasceu da intenção de ajudar a população pobre de Nova Orleans, abandonada após o furacão Katrina. Rejeitada pelo governo norte-americano, a missão humanitária foi transferida para Angola. A denominação do Contingente rende homenagem ao brigadeiro-general do Exército Libertador de Cuba durante a guerra contra o colonialismo espanhol. Nascido em Nova York, na juventude Henry Reeve serviu no Exército da União, durante a Guerra Civil estadunidense.
A histórica atuação no atendimento às vitimas do Ebola na África Ocidental é reconhecida mundialmente, razão pela qual o Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve, recebeu o Prêmio Doutor Lee Jong-Wook de Saúde Pública, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atualmente, são mais 1.500 profissionais do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve atuando na linha de frente em vinte países no combate ao Covid–19. A esses, somam-se outros milhares que já estavam em 40 países e que se incorporaram na luta contra o inimigo comum que hoje assola a humanidade.
Em contraponto à solidariedade humanitária internacional do povo cubano, o governo dos EUA, de reconhecida tradição belicista, recrudesce o sexagenário e infame bloqueio contra Cuba, repudiado ao longo de décadas pela comunidade internacional. Quando, na realidade, o que interessa à humanidade é a superação da crise econômica e social decorrente da pandemia do novo coronavírus, bem como a revisão do modelo econômico e de comportamento da sociedade de consumo.
Em suma, é legítimo o pleito de agraciar o Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve com o Prêmio Nobel da Paz do ano de 2021.
                        

Brasília, 23 de junho de 2020.


Deputada Lídice da Mata (PSB-BA)
Presidente





Declaração da Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil - José Martí #NobelAosMedicosCubanos





ASOCIACIÓN NACIONAL DE CUBANOS RESIDENTES EN BRASIL – JOSE MARTI
(ANCREB – JM)

HONOR Y GLORIA A LOS MÉDICOS CUBANOS

Es conocida, a pesar del silencio mediático de la prensa internacional, la esforzada, humanitaria y eficiente labor que las brigadas “Henry Reeve” han brindado a decenas de países desde los años 60s. Millares de médicos cubanos han participado de este noble empeño actuando muchas veces en condiciones difíciles. Innumerables vidas consiguieron salvar. Solo durante esta pandemia, Cuba ha enviado 34 brigadas a 27 naciones. Son 3 mil 300 profesionales, la mayoría – dos mil - mujeres que, en dos meses, han salvado, de manera comprobada, al menos dos mil vidas.
Por este motivo, más de cien organizaciones de 20 países están reclamando con toda justicia, el premio Nobel de la Paz para la cooperación sanitaria de Cuba.
Sin embargo, a contramano de estos hechos indiscutibles, la política agresiva del genocida gobierno de Trump, ha tratado de desprestigiar internacionalmente a estas brigadas y amenazado a los gobiernos que han solicitado y beneficiado de esta cooperación cubana. En los últimos días los congresistas anticubanos Marcos Rubio y Ted Cruz. Junto con Rick Scott, han presentado al Congreso norteamericano un proyecto de ley por el cual los Estados Unidos pueden imponer sanciones a los países que utilicen esta humanitaria cooperación.

Los miembros de nuestra Asociación denunciamos públicamente este bochornoso, genocida e ilegal proyecto.

¡Qué gran diferencia! Estados Unidos tiene cerca de 800 bases militares y 150.000 soldados en cerca de 70 estados. Las bases de Cuba no son militares. No tiene tropas. Pero sí 31 mil profesionales de la salud en 60 países. “Médicos y no bombas”, se escucha en todo el mundo. Porque mientras el imperio asfixia, Cuba… Salva.

Por ello, nuestra Asociación se une y apoya con todo orgullo a las voces que demandan merecidamente se le otorgue el Premio Nobel de la Paz a las Brigadas Henry Reeve.

GLORIA  Y HONOR A NUESTROS MÉDICOS INTERNACIONALISTAS

HASTA LA VICTORIA SIEMPRE

23 de junio de 2020



ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUBANOS RESIDENTES NO BRASIL - JOSE MARTI
(ANCREB - JM)

HONRA E GLÓRIA  AOS MÉDICOS CUBANOS

Sabe-se, apesar do silêncio midiático da imprensa internacional, o trabalho árduo, humanitário e eficiente que as brigadas "Henry Reeve" prestam a dezenas de países desde os anos 1960. Milhares de médicos cubanos participaram deste nobre esforço, agindo muitas vezes em condições difíceis. Inúmeras vidas conseguiram salvar. Somente nesta pandemia, Cuba enviou 34 brigadas para 27 nações. Existem 3.300 profissionais, a maioria - duas mil - mulheres que, em dois meses, comprovadamente salvaram pelo menos duas mil vidas.

Por esse motivo, mais de cem organizações de 20 países estão reivindicando com toda a justiça o Prêmio Nobel da Paz pela cooperação em saúde em Cuba. 

No entanto, ao contrário desses fatos incontestáveis, a política agressiva do governo genocida de Trump tentou desacreditar essas brigadas internacionalmente e ameaçou os governos que solicitaram e se beneficiaram dessa cooperação cubana. Nos últimos dias, congressistas anticubanos Marcos Rubio e Ted Cruz juntamente com Rick Scott, apresentaram ao Congresso americano um projeto de lei pelo qual os Estados Unidos podem impor sanções a países que usem essa cooperação humanitária.
Os membros da nossa Associação denunciam publicamente esse projeto vergonhoso, genocida e ilegal.

Que grande diferença! Os Estados Unidos têm cerca de 800 bases militares e 150.000 soldados em cerca de 70 países. As bases de Cuba não são militares. Não tem tropas. Mas sim 31 mil profissionais de saúde em 60 países. "Médicos e não bombas" se ouve em todo o mundo. Porque enquanto o império asfixia, Cuba ... Salva.

Por esse motivo, nossa Associação se une e apoia com orgulho as vozes que reivindicam merecidamente que  se outorgue  o Prêmio Nobel da Paz  às  Brigadas Henry Reeve.

GLÓRIA E HONRA A NOSSOS  MÉDICOS INTERNACIONALISTAS.

ATÉ À VITÓRIA, SEMPRE

23 de junho de 2020

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 




Brasil de Fato: Por que não há George Floyds em Cuba?


RACISMO

Artigo | Por que não há George Floyds em Cuba?

Escritor e cientista político estadunidense provoca reflexão sobre direitos humanos na ilha socialista e nos EUA

Tradução: Mario Soares Neto e Graciano D. S. Soares
Brasil de Fato | São Paulo (SP) * |
 
"O que aconteceu com Floyd nos EUA não aconteceria em Cuba", reflete Nimtz - Naza McFarren - Reprodução

As liberdades civis e os direitos humanos são alvos frequentes dos críticos da Revolução Cubana. De fato, existem limites para as liberdades civis em Cuba. Onde eu discordo da maioria dos críticos de Cuba é na suposição de que tais limites existem contra a vontade da maioria dos cubanos.
Esse é o preço - eu argumento - que a maioria dos cubanos está disposta a pagar por defender sua soberania contra seu inimigo implacável no norte, aguardando ansiosamente o dia em que essas limitações não estejam mais em vigor.
Se os direitos humanos incluem, como os instrumentos das Nações Unidas, direitos econômicos, sociais e culturais, como os cuidados com a saúde, Cuba o faz tão bem quanto, senão melhor, do que os Estados Unidos.
Sou testemunha, e, por isso escrevo, sobre o trabalho exemplar que Cuba está fazendo no combate ao Covid-19, ao contrário de seu vizinho do norte.
No entanto, na lista dos supostos abusos dos direitos humanos na ilha, particularmente dentre o rol elaborado pelos críticos nos EUA, quase nunca aparece a brutalidade policial – especificamente, o assassinato de cidadãos cubanos, e, especialmente daqueles com raízes na África.
Mesmo os críticos mais vociferantes do “regime repressivo cubano”, para usar sua linguagem, são incapazes de produzir qualquer evidência credível de que a polícia em Cuba assassine pessoas negras como nos Estados Unidos. O silêncio deles sobre o assunto é quase ensurdecedor.
O odiado regime de Fulgencio Batista, apoiado pelos EUA, que foi derrubado em 1959, era notório por sua brutalidade. Sua polícia era particularmente sanguinária. 
Um pai indo a uma delegacia de polícia em busca de um filho desaparecido temia ouvir o detestado “se estaba...” das autoridades – “já era”. Para os afro-cubanos a situação era especialmente horrível.
É por isso que muitos policiais assassinos, alguns dos quais eram negros, foram julgados e executados poucos meses após o triunfo da revolução em 1º de janeiro de 1959, para aplausos de milhões de cubanos.
Mas, sou culpado por comparar coisas totalmente opostas. As sociedades são muito diferentes? A história de ambas as sociedades sugere o contrário. Se o assassinato de George Floyd tem suas origens na instituição da escravidão racial, como alguns argumentaram, então deveriam esperar resultados semelhantes em Cuba.
A escravidão existiu lá por quase um século antes de ser plantado no que se tornaram os Estados Unidos. E sobreviveu à “instituição peculiar” da América por duas décadas. Mas, novamente, o que aconteceu com George Floyd simplesmente não acontece em Cuba.
Pensem em outro país nas Américas com uma longa história de escravidão racial, o Brasil - onde a polícia mata regularmente negros com impunidade. O que, então, explica o excepcionalismo cubano? Exatamente o que aconteceu em 1959: o triunfo da Revolução Cubana.
Nos 25 meses que antecederam a vitória em 1º de janeiro de 1959, o Exército Rebelde, uma vez que libertou uma parte do território dos militares desprezados de Batista, percebeu que era necessária uma força policial - juntamente com outros serviços sociais como saúde e educação.
Para ser eficaz, a nova força policial, diferentemente da sua antecessora, dependia do apoio e da cooperação ativa dos habitantes.
Essa prática informou o Exército Rebelde quando forçou Batista a fugir da ilha em 31 de dezembro de 1958. Em colaboração com os revolucionários do Movimento 26 de Julho, uma greve geral ocorreu no dia seguinte.
A chave para seu sucesso foi a apreensão de delegacias de polícia - uma operação relativamente fácil e sem sangue, devido precisamente ao caráter de massa da greve. Os policiais se renderam ou tentaram se misturar à multidão.
Como noticiou o New York Times em 6 de janeiro, “Nenhuma polícia está nas ruas, pois são mantidas em quartéis e todos os policiais estão presos. Alguns carros-patrulha da polícia estão circulando, ocupados por dois policiais e dois membros da milícia rebelde. Escoteiros estão direcionando o tráfego em alguns lugares”.
Assim começou a reinvenção simultânea da Polícia de Cuba, de cima para baixo e de baixo para cima. O comandante do Exército Rebelde que chefiou a polícia nas áreas libertadas tornou-se o chefe nacional da nova força policial de Cuba.
A colaboração íntima entre o Exército Rebelde e a população local para policiar uma área foi generalizada para todo o país.
Quando pergunto aos amigos cubanos sobre “dedar alguém” para a polícia quando presenciam maus comportamentos em seus bairros, eles imediatamente dizem: “é claro; Por que não?”.
A polícia dos EUA reclama constantemente de não conseguir esse tipo de cooperação. Ao contrário dos Estados Unidos, especialmente nas comunidades negras, os cubanos não veem a polícia como uma força de ocupação estrangeira. Um rapper dos EUA disse uma vez sobre a polícia: “quando eles começarem a denunciar um ao outro, então denunciaremos”.
A questão racial continua sendo um desafio para a revolução. Fidel Castro reconheceu isso em um discurso para um público amplamente afro-americano e latino-americano em Nova York em 2000 - a busca inacabada pela igualdade racial exposta com o colapso da União Soviética.
Assim começou uma série de programas e medidas que obtiveram algum sucesso. Eu tive apenas um encontro com a polícia cubana durante minhas visitas desde 1983.
Em 2006, enquanto passeava com uma amiga branca, um policial, um homem negro, pensando que eu era cubano, pediu minha identificação - uma queixa frequente de cubanos negros.
Cuba tem leis rígidas contra o assédio a turistas. Sem o meu passaporte, acabei convencendo-o de que era cidadão americano. Ele apareceu, no final, um pouco envergonhado sobre o assunto.
Nunca me senti ameaçado; talvez porque, como a maioria da polícia de Cuba, pelo menos na época, ele não carregava uma arma.
Eu confesso que tive apenas uma (algo que talvez eu não esteja fazendo direito!) - mas significante experiência negativa com a polícia de Minnesota desde que me mudei para cá em 1971. Foi devido ao ex-chefe de polícia de Minneapolis, Tony Bouza, e ocorreu em sua própria casa.
Eu estava participando de um evento relacionado a Cuba no final do inverno de 1995, promovido por sua esposa. Juntamente com minha então companheira, que era branca, estávamos apanhando nossos casacos em um de seus quartos.
Ele entrou e sem motivo começou a tentar provocar uma briga zombando da minha aparência. Eu pensei, a princípio, que ele estava brincando. Não, ele estava falando sério, e eu decidi não morder a isca e saí rapidamente. “Imagine”, lembro-me de dizer mais tarde, “ser um homem negro na delegacia de Minneapolis quando ele estava no comando”. 
Sendo mais consciente sobre a minha pressão arterial – algo que não é trivial para os homens afro-americanos -, notei que ela melhora quando estou em Cuba. Talvez porque eu esteja mais relaxado lá, inconscientemente menos apreensivo quando se trata da polícia.
Para aqueles que culpam o “pecado original” dos EUA pelo assassinato de George Floyd, Cuba ensina que a história não é destino. Repito que, apesar dos contínuos desafios da revolução na questão racial, o que aconteceu com Floyd não acontece em Cuba.
Até seus críticos mais severos precisam concordar com isso. Existe uma explicação melhor do que ofereço aqui?

*August H. Nimtz Jr. Professor de Ciência Política. Leciona também sobre Estudos Africanos e Afro-Americanos.
* * Mario Soares Neto e Graciano D. S. Soares desenvolvem um projeto de tradução de obras e artigos de escritores negros africanos e da diáspora africana que contribuem para a luta contra o racismo estrutural.
Edição: Douglas Matos