ÍNDICE

30 de mar. de 2022

DIA DA TERRA PALESTINA . بيان استنكار الاستيطان الصهيوني

 Declaração condenando os assentamentos sionistas na Palestina em comemoração do Dia da Terra Palestina 30/3/2022

    As organizações e associações abaixo assinadas, levando em conta a perigosa escalada realizada pela ocupação israelense em Jerusalém e nas diversas áreas palestinas, que tenta mudar a realidade demográfica impondo ilegalmente uma nova realidade através da formação de novos assentamentos e colônias.

   Recordando ao mundo inteiro, especialmente aos funcionários, líderes e organismos internacionais, que as várias resoluções emitidas pela legitimidade internacional, especialmente a Assembleia Geral das Nações Unidas e as Resoluções/446/ de 20/3/1979 e/2334/ de 23/11/2016 do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Expressamos com todo o poder da humanidade, valores morais e leis, e diante do mundo, que:

1 - Condenamos todas as operações de colonização sionistas, que trabalham todos os dias para roubar mais terras palestinas, por todos os meios ilegais, e para expulsar à força os palestinos de suas casas e terras onde seus antepassados viveram geração após geração.

2 - Exortamos as instituições internacionais a trabalharem para eliminar estes procedimentos e todas as mudanças subsequentes que eles implicarão, e para responsabilizar a entidade usurpadora por seus crimes e violações, conforme estipulado pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia Geral. .

3 - Promover a solidariedade com o povo palestino contra as deportações  e prisões forçadas realizadas pelas autoridades do regime de ocupação, e apoiá-los de todas as formas possíveis para que o regime não confisque suas terras nos bairros do Xeque Jarrah, Beita, Kafr Qaddoum, Masafer Yatta e Beit. Dajan, Nabi Saleh e outras áreas palestinas.

E finalmente, esperamos continuar e seguir a marcha com todos aqueles que acreditam na justiça e na rejeição da ocupação racista e fascista, e apoiar o povo a ter o direito à autodeterminação, soberania sobre suas terras e riquezas, principalmente o povo palestino.

Para assinar a declaração, favor clicar no link a seguir:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe4HZ7LBLdXkKyNaSLxu_K-eQBCWGh6IcRolP1mdGnkp1p1GQ/viewform?fbzx=1806166326487532406




Tradução e edição: Carmen Diniz/Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba


    



30 de MARÇO : DIA DA TERRA NA PALESTINA , MENSAGEM DO MST , A OPRESSÃO E A TENTATIVA DE 'DRIBLAR' O BDS

 

Somos os guardiões da sombra

Das laranjeiras e das oliveiras

Semeamos as ideias como o fermento na massa

Nossos nervos são de gelo

Mas nossos corações vomitam fogo

Quando tivermos sede

Espremeremos as pedras

E comeremos terra

Quando estivermos famintos

Mas não iremos embora

Tawfiq Zayyad


Em 30 de março de 1976, milhares de palestinos/as marcharam em protesto contra uma decisão do governo de Israel de confiscar terras pertencentes às comunidades palestinas. O protesto foi brutalmente reprimido e os confrontos violentos resultaram em seis mortos e mais de cem pessoas feridas. Desde então, todo ano nessa mesma data, os palestinos e palestinas em todo o mundo realizam vigílias e plantam Oliveiras, espécie símbolo da região, reafirmando o vínculo com sua terra, com a identidade nacional e em solidariedade àqueles que perderam suas vidas resistindo diariamente à invasão israelense.
Aqui no Brasil, no dia 31 de março deste ano, vence o prazo dado pelo STF de suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia. Caso a suspensão não seja prorrogada, cerca de 123.000 famílias em áreas urbanas e 30.000 em áreas rurais serão despejadas e expostas a diversas violações de direitos humanos fundamentais, entre as quais, o direito à moradia e à alimentação. Assim como o povo palestino, nós também seguimos em luta defendendo os nossos territórios contra as tentativas de privatização e ameaças do capital e contra todas as ações de despejos. Para eles e para nós, as árvores são símbolos de nossas raízes na terra, de nossa persistência e resistência! Dos frutos de nossa luta e de nossa terra! Assim, nesse 30 de março vamos nos unir ao povo palestino e plantar árvores nos nossos territórios ameaçados de despejo ou que sofrem constantemente a violência do agronegócio, para simbolizar a luta dos povos pelo direito à terra!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra 





      Nesta época em que testemunhamos tanta violência cometida contra os povos do mundo, o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos presta sua homenagem ao resistente povo palestino em sua luta pela devolução de seus territórios e contra o inaceitável apartheid do governo de Israel.  Apoiamos e sempre apoiaremos o Povo Palestino em sua resistência por sua nação.
      A violência cometida dia a dia pelo governo de Israel contra o povo palestino é insuportável, injusta e criminosa. A quantidade de crianças e jovens presos e mortos pelo exército israelense é chocante e inaceitável por qualquer pessoa minimamente racional.

                     


 INACEITÁVEIS OS  CRIMES QUE SÃO  COMETIDOS  HÁ DÉCADAS  CONTRA A  PALESTINA   ! BASTA !





     O Movimento Internacional BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) é um movimento que  trabalha para acabar com o apoio internacional para a opressão dos palestinos de Israel e pressionar Israel a respeitar o direito internacional. Uma de suas atividades é boicotar produtos de origem israelense para dessa forma pressionar  o governo a parar com a violência praticada por eles.  Se sabe que uma das formas de descobrir se um produto é de Israel é pelo número que se encontra no código de barras do produto. Neste caso, o número 7290000000. Espertamente há pouco o regime sionista genocida criou dois novos códigos para tentar burlar o boicote. Não vai adiantar. Os novos códigos:



        Um exemplo do que pode ser feito, Ativistas pró-Palestina em Manchester colocam etiquetas "BOYCOTT ISRAELI APARTHEID" em produtos produzidos em assentamentos ilegais israelenses na loja de Sainsbury's :                           
#BoycottIsrael



O APARTHEID ISRAELENSE 

FEPAL Federação Árabe Palestina  do Brasil  
                                                                                                   

Você já parou para se informar sobre o apartheid de Israel contra o povo palestino?

Já pensou nas consequências que este sistema de segregação racial – que opera em benefício da população judaica israelense – tem no dia a dia de milhões de famílias?

Mais de 7,5 milhões de palestinos vivem entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, em áreas autônomas ocupadas pelo exército israelense ou nas fronteiras do Estado de Israel.

Todas essas pessoas, em alguma medida, estão submetidas às leis e práticas deste Estado que opera sistematicamente para reduzi-las à condição de intrusas indesejáveis e párias na sua própria terra histórica.

Um Estado que ao mesmo tempo em que oprime, persegue, prende e mata civis palestinos, promove a vinda de estrangeiros ricos para um território que não está sob a sua jurisdição.

Estes são apenas alguns dos aspectos mais conhecidos do apartheid de Israel, que tem sido denunciado há anos pelos principais órgãos de direitos humanos do mundo e que precisa da sua ajuda para começar a ser desmantelado.

Vivemos em um país com milhões de problemas e reivindicações, mas quando pensamos no fortalecimento da nossa democracia e na construção de uma nação forte e verdadeiramente soberana, precisamos tomar uma posição diante do apartheid na Palestina.

A tentativa de parcelas da sociedade brasileira de naturalizar um sistema criminoso como uma democracia plena e pujante é algo que tem de ser combatido.

Um país que se pretende grande não pode ser conivente com os crimes de lesa-humanidade e o extermínio de um povo em troca de duvidosos acordos comerciais e uma ideia vaga e distorcida de conexão espiritual.

O Brasil que defendemos – que esta Federação Árabe Palestina enxerga como modelo de nação soberana – é radicalmente contra o apartheid de Israel.

Informe-se, denuncie e contribua para que a luta contra este regime supremacista seja conhecida e ganhe mais espaço no debate público nacional.

Todos podem fazer a diferença. 

                                         




MAIS :  https://vermelho.org.br/coluna/o-apartheid-de-israel-na-palestina-e-a-hipocrisia-ocidental/
                                                         


Edição e texto:
Carmen Diniz / Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

                                  

                                        

29 de mar. de 2022

Há 32 anos as crianças de Chernobyl chegavam a Cuba #CubaEsSolidaria


Havana, 29 de março (ACN) Nesta terça-feira, a chegada a Cuba das primeiras crianças vítimas do acidente nuclear de Chernobyl, que ocorreu há 32 anos foi descrita hoje pelo Primeiro Ministro cubano Manuel Marrero Cruz como uma grande demonstração de solidariedade.

Em sua conta oficial no Twitter, Marrero Cruz lembrou que naquele dia, em 1990, as crianças foram recebidas pelo Comandante-em-Chefe Fidel Castro Ruz.

Ele também relembrou que, entre 1990 e 2016, mais de 26.000 pessoas afetadas foram atendidas no país.

"Há 32 anos, as primeiras crianças vítimas do acidente nuclear de #Chernobyl foram recebidas por #FidelCastro, uma grande demonstração de solidariedade de nosso país, onde mais de 26.000 pessoas afetadas foram tratadas entre 1990 e 2016.#CubaEsSolidaria", ele postou.

                                      


No balneário de Tarará, as crianças vítimas da radiação na Ucrânia, Rússia e Bielorússia foram tratadas.

Por mais de 19 anos, Cuba desenvolveu um programa abrangente de atendimento às vítimas do desastre nuclear, sendo o único país a organizar um programa de saúde abrangente, massivo e gratuito para o atendimento das crianças afetadas pelo acidente de Chernobyl.

http://www.acn.cu/mundo/92504-recuerdan-llegada-de-los-ninos-de-chernobil-a-cuba-hace-32-anos

Tradução: Carmen Diniz/ Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 


Mais com vídeo: https://solidariedadecubarj.blogspot.com/2020/10/as-criancas-de-chernobyl.html

                    


MAIS UMA NOTÍCIA QUE NÃO VAMOS VER NA MÍDIA

Criadores de vacinas cubanas anticovid recebem medalha outorgada pela OMPI.                                        

       Com a presença do primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e Daren Tang, diretor geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI),  foi realizada nesta segunda-feira em Havana a cerimônia  na qual os cientistas que criaram as vacinas anti-covid-19 cubanas receberam a Medalha para Inventores, concedida pela organização internacional.


        

Quando os principais criadores de quatro dos cinco imunogênicos anticovid-19 desenvolvidos por Cuba receberam a distinção de Tang e do presidente cubano, a ciência cubana recebeu um novo reconhecimento por seu impacto na vida no país e além de suas fronteiras.

                        

    A cerimônia reconheceu as inovações do Soberana 01 e Soberana 02, do Instituto Finlay de Vacinas (IFV), da Universidade de Havana e do Centro de Imunologia Molecular (CIM); assim como Abdala e Mambisa, estes dois últimos considerados uma única iniciativa criativa, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB).

   "A atribuição da medalha da OMPI e o reconhecimento do mérito de seus inventores não é um evento isolado ou casual. Este é o décimo terceiro reconhecimento que a OMPI, sob proposta do Escritório da Propriedade Industrial de Cuba (OCPI), concede às invenções cubanas de alto impacto para o país e para o mundo", disse María de los Ángeles Sánchez Torres, diretora geral do OCPI.


    Sánchez Torres destacou que o reconhecimento recebido "é uma demonstração irrefutável do potencial humano e do desenvolvimento científico criado pela Revolução, da dedicação ao trabalho, do rigor científico dos profissionais comprometidos, que tornam possível um trabalho infinitamente extraordinário, como salvar vidas humanas, não só em Cuba, mas também em várias partes do mundo; um trabalho de alcance universal devido à sua dimensão humana".         Daren Tang (Singapura), Diretor Geral da OMPI, disse que somente através da ciência e da inovação será possível superar com sucesso a crise na qual a pandemia mergulhou o mundo.

                             https://twitter.com/FinlayInstituto/status/1508597623267151873

Um prêmio para inventores, criado desde 1979 com o objetivo de estimular a atividade inventiva e inovadora em todo o mundo e é concedido àqueles que fizeram invenções que constituem uma contribuição importante.#CubaVive

                       

https://cubaenresumen.org/2022/03/28/creadores-de-vacunas-cubanas-anticovid-reciben-medalla-para-inventores-que-otorga-la-ompi/


Tradução: Carmen Diniz / Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 


                     #CubaViveESalva 

        MAIS QUE UMA VACINA: UM PAÍS.


                       


28 de mar. de 2022

COMO FOI O CASAMENTO DE ASSANGE NO DIA 23/03 DENTRO DA PRISÃO DE BELMARSH #FreeAssangeNOW

Carmen Diniz

Algumas notícias nos chegaram dos poucos que puderam estar junto aos noivos na cerimônia.

  Abriu-se uma porta de aço para Stella e demais entrarem que foi  trancada logo após a entrada deles. Dali foram levados para uma sala pequena, sem janelas e que funciona como um depósito.

A celebração foi muito restrita. Somente 4 pessoas foram autorizadas a  assistir: a mãe e irmão de Stella, o pai e irmão de Julian , os dois filhos pequenos do casal além de dois guardas penitenciários. 

  Nada de registros: fotos ou filmagens. 

"Que noiva não quer compartilhar uma foto de seu casamento?" Julian Assange

 "Eles estão aterrorizados por você ser visto em público" Stella Moris

    O véu do vestido de noiva de Stella Moris foi bordado à mão com palavras de esperança como liberdade, amor, resistência, e outras escolhidas por Julian tendo como tema "livre e duradouro amor".

    Cabe ressaltar que o pai se alarmou com a aparência de Julian, cabisbaixo e muito magro, apesar de estar feliz no momento. Afinal, há mais de dois anos pediam às autoridades a realização do casamento. Os dois filhos do casal, Max e Gabriel, se comportaram como usualmente crianças fazem: correndo e tentando apertar botões de segurança do presídio, dormindo pela espera do prometido bolo.

  Após o casamento, Julian e Stella tiveram tempo juntos - o que significou que foram levados para a sala normal de visitas da prisão, onde puderam conversar por meia hora em meio aos outros prisioneiros que estavam recebendo seus visitantes e voltar com a vigilância normal e as respectivas restrições. 

Aqui o relato completo em inglês, do embaixador britânico Craig Murray, ativista pela liberdade de Assange que foi proibido de assistir a cerimônia de núpcias de Julian e Stella por "questão de segurança":  https://www.craigmurray.org.uk/archives/2022/03/free-enduring-love/

  "E então Julian, o prisioneiro A9379AY foi escoltado de volta à sua cela sob aplausos de todos os prisioneiros de sua ala." Chris Hedges


                       #FreeAssangeNOW 


A justiça não acontece simplesmente. A justiça é forçada por pessoas que se unem e exercem sua força, unidade e inteligência"     J. Assange 


24 de mar. de 2022

EXTRADIÇÃO DE ASSANGE : RUMO AO PRÓXIMO OBSTÁCULO

                           
por Craig Murray*

Com Julian Assange ainda, por nenhuma razão racional, sendo mantido em segurança máxima, o processo legal em torno de sua extradição continua a percorrer os caminhos de restrição cobertos de erros do sistema legal do Reino Unido. 

   Na segunda-feira, a Suprema Corte do Reino Unido se recusou a apreciar o recurso de Assange, que se baseava em sua saúde e no efeito sobre ela da prisão nas condições do sistema prisional dos EUA. Dizia que seu recurso não tinha "base legal discutível". Este é um revés que muito provavelmente o manterá na prisão por pelo menos mais um ano. 

     Os fundamentos legais que o Supremo Tribunal havia decidido anteriormente eram discutíveis: o governo dos EUA não deveria ter sido autorizado a dar novas (e altamente condicionantes) garantias diplomáticas em recurso sobre o tratamento de Assange, que não havia sido oferecido no tribunal de julgamento. a ser considerado na decisão inicial. Um argumento importante que não deveria ser permitido é que, se apresentado ao tribunal original, a defesa poderia argumentar sobre o valor e a condicionalidade de tais garantias; as provas poderiam ser chamadas e a questão poderia ser pesada pelo tribunal. 

    Ao introduzir as garantias apenas na fase de recurso, que é apenas sobre pontos da lei e não tinha jurisdição para investigar os fatos, os EUA evitaram qualquer exame de sua validade. O Ministério do Interior sempre argumentou que as garantias diplomáticas deveriam ser simplesmente aceitas sem questionamento.

     O Ministério do Interior está interessado nesta posição porque facilita muito mais a extradição para países com registros atrozes em matéria  de direitos humanos. Ao dizer que não há ponto de direito discutível, a Suprema Corte está aceitando que as garantias diplomáticas não são provadas e devem ser levadas ao pé da letra, o que tem sido um importante ponto de discórdia na jurisprudência recente. Agora está decidido que a Grã-Bretanha enviará alguém de volta à Arábia Saudita se os sauditas nos derem um pedaço de papel prometendo não lhes cortar a cabeça. 

  Particularmente me chamou a atenção que a Suprema Corte se recusasse a apreciar o recurso de Assange com base no fato de que não havia "nenhum ponto de direito discutível". Quando a Suprema Corte se recusou a apreciar meu próprio recurso contra a prisão, eles preferiram declarar sua formulação alternativa, que "não havia nenhum ponto de direito discutível de interesse público geral". O que significa que havia um ponto de direito discutível, mas era simplesmente uma injustiça individual, com a qual ninguém se importava, exceto Craig Murray. Minha própria opinião é que, com o governo Tory muito aberto sobre seu desejo de cortar as asas dos juízes e reduzir o alcance da Suprema Corte em particular, a Corte está simplesmente evitando as batatas quentes no momento.

Priti Patel, Ministra do Interior do Reino Unido, na sede da Polícia de Essex para o desfile de formatura dos novos recrutas, em outubro de 2020. (Pippa Fowles, No 10 Downing Street, Flickr) 

      Assim, a extradição agora vai para Priti Patel, a Ministra do Interior para decidir se ele deve ou não ser extraditado. A defesa tem quatro semanas para apresentar as alegações a Patel, que deve apreciar. Há aqueles que estão no direito libertário do partido Tory que se opõem à extradição com base na liberdade de expressão, mas Patel não tem o pensamento libertário na cabeça e parece se deleitar com a deportação, então eu pessoalmente não tenho nenhuma esperança especial para esta etapa. Assumindo que Patel autoriza a extradição, o assunto volta ao tribunal de julgamento original e à juíza Vanessa Baraitser para execução. É aí que este processo toma um rumo notável. O processo de apelação que acaba de concluir foi o recurso iniciado pelo governo dos EUA contra a decisão original de Baraitser de que a combinação da saúde de Assange e as condições que ele enfrentaria nas prisões americanas significava que ele não poderia ser extraditado. 

    O governo estadunidense foi bem sucedido neste recurso no Supremo Tribunal. Assange tentou então apelar contra esse veredito do Supremo Tribunal, e foi recusada a permissão. Mas o próprio Assange ainda não recorreu ao Supremo Tribunal, e pode fazê-lo, uma vez que Patel remeteu o assunto para Baraitser. Seu recurso será contra as razões pelas quais Baraitser decidiu inicialmente a favor dos Estados Unidos. Estes são principalmente: 

- o mau uso do tratado de extradição que proíbe especificamente a extradição política; - a violação do direito à liberdade de expressão no Artigo 10 da UNCHR; - o mau uso da Lei de Espionagem dos EUA. o uso de provas contaminadas e pagas por um fraudador condenado que desde então admitiu publicamente que suas evidências eram falsas; - a falta de fundamento para a acusação de pirataria. 

    Nenhum desses pontos foi ainda considerado pelo Supremo Tribunal. Parece um procedimento notavelmente estranho que, tendo passado pelo processo de apelação uma vez, tudo recomeça após Priti Patel tomar sua decisão, mas esse é o louco jogo de cobras e escadas que a lei nos faz passar. É claro que isso é bom para o estabelecimento político, pois permite manter Assange trancado sob a máxima segurança em Belmarsh. 

    A defesa havia pedido ao Supremo Tribunal que considerasse os chamados pontos de "apelação cruzada" ao mesmo tempo em que apreciava o recurso dos EUA, mas o Supremo Tribunal recusou. 

     Assim, o raio de luz que foi a sentença de  Baraitser sobre as condições de saúde e penitenciárias está agora permanentemente extinto. Isso significa que, ao invés da possibilidade da Suprema Corte liberá-lo neste verão, Assange enfrenta pelo menos mais um ano em Belmarsh, o que deve ser um grande golpe para ele pouco antes de seu casamento. 

Do lado positivo, significa que finalmente, em uma corte superior, os argumentos que realmente importam serão ouvidos. Sempre me senti ambivalente sobre argumentos baseados na saúde de Assange, quando há muito mais em jogo, e nunca relatei pessoalmente problemas de saúde por respeito à sua privacidade. 

Mas agora o Supremo Tribunal terá que considerar se realmente quer extraditar um jornalista por publicar provas de crimes de guerra sistemáticos por parte do Estado que busca sua extradição. Agora valerá a pena fazer um relatório. 


*Craig Murray é um autor, radialista e ativista dos direitos humanos. Ele foi embaixador britânico no Uzbequistão de agosto de 2002 a outubro de 2004 e chanceler da Universidade de Dundee de 2007 a 2010. 

https://www.resumenlatinoamericano.org/2022/03/16/inglaterra-extradicion-de-assange-hacia-el-proximo-obstaculo/

Tradução: Carmen Diniz/Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba        


17 de mar. de 2022

TODO DIA 17 É DIA DE TUITAÇO CONTRA O BLOQUEIO A CUBA : #SolidaridadVsBloqueo #NoMasBloqueo

                             

    Carmen Diniz

Todo dia 17 é realizado em muitos países um "tuitaço" contra o bloqueio econômico, financeiro, comercial e midiático que os Estados Unidos promovem contra Cuba há mais de 60 anos.

     Como dizia nosso grande Darcy Ribeiro, na vida existem duas opções : se conformar ou se indignar e como muitas pessoas não se conformam com essa  criminosa conduta estadunidense que prejudica todo um povo, seguem lutando pelo bom e pelo justo, até que se acabe esse bloqueio. E vai acabar.

     E por que todo dia 17 de cada mês ? O motivo:  quando os 5 cubanos estavam presos injustamente em cárceres estadunidenses fazíamos 'tuitaços' e muitas outras atividades sempre nos dias 5 de cada mês reivindicando a  libertação daqueles Cinco Heróis.

    Finalmente , no dia 17 de dezembro de 2014 os Cinco estavam de volta a Cuba para alegria do povo cubano e de todas as entidades de solidariedade espalhadas pelo mundo que, naquele período já contava com mais de 300 Comitês pela Liberdade dos Cinco Cubanos.

    Assim surgiu o dia 17 como novo parâmetro de uma nova/antiga reivindicação. O ICAP tem realizado todos os dias 17 atividades sobre a Campanha contra o bloqueio. Hoje, às 20h (hora de Bsb) o assunto dentro do tema é o impacto do bloqueio entre os jovens e como ele atinge e prejudica a juventude cubana: O DESAFIO DAS NOVAS GERAÇÕES.

     O evento será transmitido às 8 da noite no Brasil pelos canais do ICAP:

  https://www.youtube.com/c/siempreconcuba                            https://www.facebook.com/Siempreconcuba 

     Nesta jornada de hoje e durante todo o dia serão utilizados infográficos referentes ao bloqueio e à juventude cubana feitos coletivamente pela Rede de Solidariedade Continental a Cuba :

                                              
                                       


                                           
                                 
                                       




Seguimos em mais esta luta contra esse bloqueio genocida usando as palavras-chave;

#NoMasBloqueo

#SolidaridadVsBloqueo 


 https://twitter.com/siempreconcuba/status/1504444649867513859

                           



 

16 de mar. de 2022

JULIAN ASSANGE, GUERRAS E O MEDO DA VERDADE (+vídeo de Assange de 1m:50s) ATUALIZAÇÃO DO CASO.

FreeAssangeNOW
Carmen Diniz         

        Um curto trecho de uma entrevista de Julian Assange antes de seu encarceramento demonstra a realidade que vivemos hoje no conflito Rússia-Ucrânia. De uma triste e trágica atualidade que comprova a participação do jornalismo nas guerras. E o porquê de Assange sofrer toda a perseguição implacável não só por parte do país mais poderoso do planeta como de seus aliados. Aquele antigo  "império onde o sol nunca se põe"(Reino Unido) se mostra absolutamente submisso aos EUA em uma vergonhosa conduta. Não só o jornalismo se mostra em uma decadência de inverdades. A justiça britânica se mostra em uma decadência vergonhosa de injustiças.  

   E o império estadunidense continua em uma clara agressão contra a liberdade de expressão. Os povos têm o direito de serem informados a respeito das condutas dos países. Mesmo (e especialmente) sobre os crimes que cometem contra vidas humanas, até para que sejam controlados por quem os elege. Caso contrário estamos diante de ditaduras travestidas de democracias.


Há um texto de Bertold Brecht muito conhecido :             

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei 

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht (1898-1956)


                      A foto é exatamente sobre isso:

                                       

Primeiro levaram o jornalista. Não sabemos o que aconteceu depois disso.

                    NÃO É CONTRA O ASSANGE

                 É CONTRA A INFORMAÇÃO 

                       É CONTRA NÓS.


                                                            Roger Waters

Ele precisa ser protegido. Não podemos deixar que os Estados Unidos e o Reino Unido e todos os outros acólitos do império do mal encarcerem este grande homem e o matem, que é o que eles farão.


Como é possível que permaneçam observadores passivos em vez de atores pacifistas do caso?  Cidadãos dos EUA e do Reino Unido, levantem-se contra esta desgraça!

Carta de Stella Moris a respeito da recente decisão da suprema corte britânica que negou o recurso de Assange : https://bit.ly/3q0l4t9  


     Assim prossegue o processo de Assange:

 Após a decisão do Supremo britânico cassando a decisão de não extraditar Assange aos EUA, ou seja, autorizando a extradição, os advogados dele, lamentando o fato, alertam para o risco que isso significa para a vida do jornalista.  Não é novidade para ninguém o tratamento que os EUA destinam a prisioneiros e ainda mais a uma pessoa a quem perseguem. O que o governo estadunidense 'oferece' como garantia pode ser revogado a qualquer tempo, significa que não há nenhuma garantia de cumprirem o oferecido como tratamento humanizado a Assange.

     O caso, agora foi remetido à ministra do Interior #PritiPatel que pode decidir pela extradição de Assange ou não. A questão deixa de ser jurídica para se tornar uma decisão política (que, a propósito, sempre foi, mas com um 'verniz' jurídico ). Antes de qualquer decisão de Patel a defesa de Assange poderá apresentar seus argumentos e caso ela decida pela extradição, ainda assim cabe interpor apelação.

      Segue o processo. Seguimos acompanhando.  



#FreeAssangeNOW