Em uma coletiva de imprensa e questionado sobre a presença de um submarino nuclear nas águas usurpadas da baía de Guantánamo, assim como a inclusão absurda de Cuba na lista dos Estados patrocinadores de terrorismo, as respostas surpreendem (mesmo se tratando de EUA).
Patifes americanos (norte)
A América para os americanos (leia-se EUA) continua a ser a filosofia da política imperial, 200 anos depois de Monroe proclamar sua pretensiosa e desastrosa doutrina. Para a Casa Branca não há limites para seus propósitos hegemônicos nesta região e no mundo.
O porta-voz do Departamento de Estado fez questão de mostrar isso ontem em sua habitual coletiva de imprensa:
Jornalista : O que você tem a dizer sobre os submarinos nucleares em Guantánamo? Por que Cuba está na lista de países patrocinadores do terrorismo?
Porta-voz: Colocaremos nossas forças onde quisermos e Cuba não cumpre os requisitos para ser excluída da lista do SSOT (Estado patrocinador do terrorismo).
Jornalista : Quais são esses requisitos?
Resposta : Não faço ideia, próxima pergunta.
Uma lição de arrogância, insolência e desprezo pelos outros. “Vamos colocar nossas forças onde quisermos”, disse sem hesitar o tradutor de propósitos e delírios de seus patrões. Não importa que a América Latina e o Caribe sejam uma Zona de Paz. Menos ainda que seus países tenham decidido anos atrás torná-la uma região livre de armas nucleares.
A pequena caminhada de seu submarino nuclear pela porção usurpada de água da base ilegal americana em solo de Guantánamo e parte de sua baía, pode ter vários propósitos, mas o mais óbvio é se mostrar como o bonitão do bairro.
É feito num contexto em que a extrema-direita norte-americana tem procurado alimentar o fantasma chinês na região, inventando e multiplicando histórias sobre as bases militares e de espionagem do país asiático em várias partes de Cuba e alertando para o "perigo" da crescente invasão chinesa presença na América Latina e Caribe.
Nesta segunda-feira, 10 de julho, a Comissão de Relações Exteriores do Congresso dos Estados Unidos viajou a nada menos que Miami, para trocar as cadeiras do Capitólio pelas cadeiras do Museu e Biblioteca da Baía dos Porcos, em Little Havana; o quartel-general da deposta brigada mercenária invasora que caiu nas águas cubanas de Playa Girón em 1961.
Em um premeditado show político, às vésperas da tentativa de insurreição de 2 anos que essas mesmas forças fomentaram e financiaram em 11 de julho de 2021, os congressistas se reuniram na presença seleta de integrantes da derrotada Brigada 2506 e representantes da contrarrevolução cubana como como o terrorista Orlando Gutiérrez Boronat e a "lutadora" Rosa María Payá.
"Cuba é uma ameaça à segurança dos Estados Unidos" voltou a ser ouvido neste círculo de partidários da mais perversa e brutal política anticubana.
“Existe uma estação de espionagem que a China montou a apenas 90 milhas de onde estamos hoje”, disse Michael McCaul, presidente do comitê de relações exteriores da Câmara (para encorajar guerras e sanções), disse em tom grave, de acordo com relatórios locais.
Dando-lhe um coro de patifes estavam Mario Díaz-Balart, María Elvira Salazar, Debbie Wasserman Schultz e Mike Waltz.
“Hoje me juntei ao congressista Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, em uma mesa redonda bipartidária de membros no segundo aniversário dos protestos pró-democracia de 11 de julho em Cuba”, disse o congressista Mario Díaz em suas redes sociais.
O representante da Flórida, que preside o Comitê de Dotações da Câmara, garantiu que pretende aumentar a ajuda para "promover os direitos humanos em Cuba" para 30 milhões de dólares e bloquear qualquer tipo de ajuda a países que contratem médicos cubanos.
Enquanto María Elvira Salazar incentivava os cubanos a sair às ruas para lutar pela liberdade (para ter bases americanas e montar seus submarinos nucleares, devemos entender).
A atual administração dos Estados Unidos tem seguido à risca o roteiro que Trump, Rubio e a camarilha que apertou os parafusos das sanções contra Cuba deixaram preparado; mas chegou a extremos insuspeitados de negar oxigênio a pacientes que estavam piorando e morrendo de COVID em 2021 -pelo simples fato de serem cubanos- e exibindo provocativamente um submarino nuclear na Baía de Guantánamo.
Monroe, multiplicado e redividido, não mais nos Estados Unidos nascentes ávidos de domínio, mas em um império decadente e ruinoso que não quer perder sua hegemonia.
http://www.cubadebate.cu/opinion/2023/07/12/truhanes-americanos-del-norte/
Tradução/Edição : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba.
Inacreditável quanto cinismo e prepotência
ResponderExcluirUm absurdo o bloqueio contra Cuba durante tantos anos, por vaidade ruidosa!
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