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28 de mar. de 2024

As crianças (crianças!) palestinas nas prisões de “Israel” sofrem condições desumanas: Onde está a UNICEF?

                             

            Desde o passado dia 7 de outubro, o número de detenções de crianças e o rigor das medidas prisionais cresceram exponencialmente. Instituições especializadas estimam que existam 200 crianças reclusas, sujeitas às mesmas políticas de fome, isolamento, privação de visitas familiares, buscas e correntes para a sua transferência nas instalações.

“Israel” intensificou as operações para deter crianças na Cisjordânia e nos territórios ocupados, que são tratadas nas prisões com extrema severidade, denunciaram a Autoridade para os Assuntos dos Prisioneiros e Ex-Prisioneiros Palestinos e a Associação dos Prisioneiros Palestinos.

De acordo com estimativas atuais de instituições especializadas, o número de crianças nas prisões sionistas ronda as 200, incluindo mais de 40 em detenção administrativa (sem julgamento ou causa comprovada), detidas nas prisões de Megiddo e Ofer.

As medidas contra estas crianças presas não são menos vingativas do que as impostas aos adultos, especialmente desde 7 de outubro de 2023, afirmaram.

Muitos são mantidos em celas sem mobília ou isolados e sujeitos a privação contínua de visitas familiares, tal como milhares de outros prisioneiros.

Só na prisão de Magido, o número de crianças chegou a 94, entre as quais há 24 de Gaza amontoadas em duas celas, detalhou o comunicado.

Representantes da Associação dos Prisioneiros e da Autoridade puderam verificar em Megiddo como as crianças são deliberadamente algemadas pelas mãos e pelos pés quando são transferidas para o espaço de visita, e também são sujeitas a revistas surpresa nas suas celas.

Segundo algumas dessas crianças presas, elas não sabiam do início do Ramadã, exceto os novos presos, que chegaram esta semana, e sua alimentação durante este mês acontece na escuridão total.

Durante uma visita recente, uma advogada teve que insistir para que as algemas fossem retiradas das mãos do menino entrevistado, que mal conseguia segurar o fone para falar com ela.

A jurista reclamou à administração penitenciária desse excesso, que só era compreensível em presos classificados como perigosos.

Outras punições implementadas contra menores em instalações prisionais israelenses incluem o confisco de todo o seu vestuário, a proibição de usar roupas novas e a política de isolamento reforçado, para isolá-los ao ponto de não saberem o que se passa no mundo exterior.

Sem acesso ao rádio ou à televisão, além de outros mecanismos arbitrários, perdem a capacidade de perceber a hora ou a data do dia.

Além disso, as crianças presas foram incluídas na política da fome depois de 7 de Outubro e só recebem alimentos escassos e de má qualidade.

Quanto às detenções de crianças, só na Cisjordânia foram registados cerca de 500 casos depois de 7 de Outubro, muitos dos quais levaram horas ou dias para recuperar a liberdade.

Ambas as instituições renovaram os seus apelos para que as organizações internacionais de direitos humanos assumam a responsabilidade pelas condições de vida dos prisioneiros palestinos, e em particular das crianças, sujeitas a todo o tipo de violações e crimes horríveis, com um aumento sem precedentes desde o início da agressão na Faixa de Gaza

Recordaram também os 10 prisioneiros mortos em centros de detenção israelenses nos últimos seis meses, incluindo três detidos de Gaza, um dos quais ainda está desaparecido.

Os meios de comunicação palestinos alertaram para o aumento alarmante do número de prisioneiros mortos, uma indicação clara da extensão da tortura a que são submetidos dentro das prisões inimigas.

                           

https://www.resumenlatinoamericano.org/2024/03/26/palestina-ninos-palestinos-en-carceles-de-israel-sufren-condiciones-inhumanas-donde-esta-unicef/

Tradução/Edição: Carmen Diniz p/ Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - capítulo Brasil 

                                                                  

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