ÍNDICE

20 de jun. de 2024

UM DIA INESQUECÍVEL EM MARICÁ (ou MariCuba, como alguns definem ) +fotos e vídeos em port/esp

Encerramento da exibição de "Onde estão os girassóis" 
                                                   

   No último dia 12 de junho o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos visitou o Município de Maricá, no Rio de Janeiro com o objetivo de fazer a estreia no Brasil do filme cubano “Onde estão os Girassóis” produzido pelo Resumen Latinoamericano e recém estreado em Havana no Centro Fidel Castro.

     As atividades realizadas na cidade faziam parte da homenagem prestada a  Ernesto Che Guevara na semana da data de seu nascimento (14/06/1928).                          

   Uma das visitas do Comitê foi ao Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, um grande hospital que atende não somente a população de Maricá como também do entorno. Um importante empreendimento realizado pela prefeitura da cidade e que dá dignidade aos moradores da região. Além da dimensão do hospital e das referências ao Dr. Guevara, o hospital continua crescendo, agora com o projeto de construção de um heliponto para melhor atender.                                           


Saiba mais : https://www.marica.rj.gov.br/noticia/hospital-municipal-dr-ernesto-che-guevara-completa-4-anos-oferecendo-assistencia-de-qualidade-a-populacao/

    Ao saber que o hospital que leva seu nome não contava com nenhuma foto ou desenho de seu rosto,  o Comitê se incumbiu de presentear o Hospital ,na pessoa de seus diretores e funcionários, com um quadro emoldurado trazido de Cuba, desenhado por artista cubano e com sua consigna: Há que se endurecer, sem perder a ternura jamais”. Além da cópia de sua certidão de nascimento para ser emoldurada e colocada à vista de seus visitantes.

Dra Simone Maeso - Diretora Geral / Dr. Marcos Victoriano - Diretor Técnico
Dr. Claudio Moraes - Diretor Administrativo / Valéria Costa - Diretora Multiprofissional
                             Fotos: Georges Nickolas - Assessor de Comunicação

Famosa frase do médico Guevara na lateral do hospital 

A entrada do hospital Dr. Ernesto Che Guevara.

       

Atrás das pessoas se vê a construção de um heliponto para o hospital.

   Após a visita ao hospital seguimos para a Incubadora de Inovação Social em Cultura, única com essas características no Brasil que conta com uma boa quantidade de equipamentos de alta tecnologia, muito impressionante. Tudo público e muito eficiente. Trata-se do ICTIM. O Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) é uma autarquia com missão institucional voltada para a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico, e o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores. Uma instituição “hightech” muito bem estruturada. Ali conversamos sobre projetos a se desenvolverem em intercâmbio com Cuba proximamente.                          

Com Mariana Maia, representante da ICTIM e Carlos Alves na porta da ICTIM
                    
 

  Em seguida nos dirigimos à sede do Programa “Sim eu posso” na cidade , método cubano de alfabetização que uma brigada do Movimento Sem Terra (MST) põe em prática na cidade com o apoio da Prefeitura.

  Saiba mais : https://www.instagram.com/jornadaalfabetizacao_marica/   

  e aqui: https://www.facebook.com/profile.php?id=100086484923879

Luciane Olegario da Silva, Daniel Rodrigues da Silva, Indianara dos Santos Maia, Jean Carlo Pereira:      Coordenador da Brigada Nacional Joaquim Piñero.
               Coordenação Político Pedagógica, do Sim eu Posso em Maricá.

           Um lindo projeto que conta com mais de 250 voluntários e já alfabetizou mais de mil moradores no período de um ano. Um trabalho valoroso e muito valioso. Ficamos encantados com a reunião com os 4 militantes que nos contaram toda a história do projeto na cidade e a vontade revolucionária de alterar a realidade local.  

                                
    
    

À noite, a  atividade na cidade foi a estreia nacional do filme cubano “Onde estão os girassóis” no Cinema Público Municipal Henfil , um cinema localizado na parte central da cidade e que serve cultura da melhor qualidade à população. 

Saiba mais : https://www.marica.rj.gov.br/orgao/cine-henfil/ 

Em participação antes da exibição, o secretário de Cultura 
Leandro da Silva, saúda o evento.

O cinema, muito bonito e confortável nos recebeu com muita camaradagem e ali exibimos, então, pela primeira vez no país, o filme cubano. O debate posterior foi muito rico, os participantes gostaram muito da exibição e ainda fizemos um sorteio de peças de artesanato cubano e charutos , um  grand finale  do evento            

Maricá foi a cidade escolhida pelo Comitê Internacional como o local de estreia do filme no Brasil exatamente pela proximidade com Cuba, os diferentes projetos que estão sendo realizados  entre a cidade e a Ilha e como uma espécie de reconhecimento às autoridades locais por exercerem esta proximidade pelo bem-estar de sua população além de uma espécie de alternativa ao criminoso bloqueio que os diferentes governos dos EUA impõem a Cuba há mais de 60 anos.


            Conclusão inevitável a que chegamos após as atividades em Maricá é de encantamento pelo tanto que se pode realizar e uma prefeitura que – assim como Cuba – coloca seus habitantes no centro das atenções. A certeza de que é possível alterar a realidade de uma localidade e oferecer a seus cidadãos serviços e equipamentos destinados a seu crescimento intelectual além de possibilitar mais  facilidades em seu dia a dia. Há uma moeda local (mumbuca), ônibus de graça, bicicletas de graça, um hospital de primeira linha, enfim, uma série de benefícios que humanizam a vida cotidiana de seus cidadãos

 O  Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil agradece de coração às pessoas e entidades que tornaram possível essa visita à cidade de Maricá. Sem eles nada disso seria possível.:

 Carol Souza da favela.ong, Carlos Alves, nosso companheiro de lutas há muitos anos, representando o MNU   (Movimento Negro Unificado), o grupo  LGBT Maricá  e a CMP (Central de Movimentos Populares) @_gabrielalopes_ , o Secretário de Cultura de Maricá, Leandro da Silva e  os companheiros do @CineHenfil 

  Com muita alegria, exibimos aqui um vídeo de Aleida Guevara March, filha do Che e médica como o pai, que envia uma saudação especial a todas as pessoas e entidades que nesta data homenageam, anualmente, o Comandante Che Guevara.  :




UN DÍA EN MARICÁ (o MariCuba, como algunos la definen) +fotos y vídeos

El 12 de junio, el Capítulo Brasil del Comité Internacional por la Paz, Justicia y Dignidad de los Pueblos visitó a la ciudad de Maricá, en Río de Janeiro, para estrenar la película cubana "Donde están los girasoles", producida por Resumen Latinoamericano y exhibida recientemente en La Habana, en el Centro Fidel Castro.
Las actividades realizadas en la ciudad formaron parte del homenaje rendido a Ernesto Che Guevara, durante la semana de la fecha de su nacimiento (14/06/1928).    
Una de las visitas del Comité fue al Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, un gran establecimiento que atiende no sólo a la población de Maricá, sino también de los alrededores. Se trata de una importante obra llevada a cabo por la alcaldía de la ciudad y que aporta dignidad a los habitantes de la región. Además de su tamaño y de las referencias al Dr. Guevara, el hospital sigue creciendo, ahora con el proyecto de construir un helipuerto para atender mejor.
Cuando el Comité se enteró de que el hospital que lleva su nombre no tenía fotos ni dibujos del rostro del Che, le regaló, en la persona de sus directores y personal, un cuadro enmarcado traído de Cuba, dibujado por un artista cubano y con su lema: "Debemos endurecernos, sin perder nunca la ternura". También tenía enmarcada y expuesta a la vista de los visitantes una copia de su partida de nacimiento.
Tras la visita al hospital, fuimos a la Incubadora de Innovación Social en Cultura, única en su género en Brasil, que cuenta con un impresionante equipamiento de alta tecnología. Todo público y muy eficiente. Este es el ICTIM, el Instituto Maricá de Ciencia, Tecnología e Innovación, una organización con una misión institucional centrada en la investigación básica o aplicada de carácter científico o tecnológico, y en el desarrollo de nuevos productos, procesos y servicios innovadores. Es una institución de alta tecnología, muy bien estructurada. Allí hablamos de los proyectos que se desarrollarán, en un programa de intercambio con Cuba en un futuro próximo.                          
Luego fuimos a la sede del programa "Yo sí puedo" en la ciudad, un método cubano de alfabetización que una brigada del Movimiento de los Sin Tierra (MST) está poniendo en práctica en  Maricá, con el apoyo del Ayuntamiento. Se trata de un hermoso proyecto en el que participan más de 250 voluntarios y que ya ha alfabetizado a más de mil vecinos en el espacio de un año. Es un esfuerzo valioso y que merece la pena. Nos encantó el encuentro con los cuatro activistas que nos contaron toda la historia del proyecto en la ciudad y su voluntad revolucionaria de cambiar la realidad local.   
Por la noche, la actividad en la ciudad fue el estreno nacional de la película cubana "Donde están los girasoles", en el Cine Público Municipal Henfil, situado en la parte central de la ciudad, donde se ofrece cultura de la más alta calidad a la población. El cine, muy bonito y confortable, nos acogió con gran camaradería y allí proyectamos la película cubana por primera vez en el país. El debate posterior fue muy rico, los participantes disfrutaron mucho de la proyección y también realizamos un sorteo de artesanía cubana y puros, un gran colofón para el evento.
Maricá fue elegida por el Comité Internacional como sede del estreno de la película en Brasil precisamente por su proximidad con Cuba, por los diferentes proyectos que se están llevando a cabo entre la ciudad y la isla, y como una especie de reconocimiento a las autoridades locales, por ejercer esta proximidad para el bienestar de su población, así como una especie de alternativa al criminal bloqueo que los diferentes gobiernos de EEUU han impuesto a Cuba durante más de 60 años.
La conclusión inevitable a la que llegamos, después de las actividades en Maricá, es la alegría por lo mucho que puede lograr un gobierno municipal que – como el de Cuba – pone en el centro la atención a sus habitantes; la certeza de que es posible cambiar la realidad de una localidad y ofrecer a sus ciudadanos servicios y oportunidades orientados a su crecimiento intelectual, además de facilitarles su vida cotidiana. Maricá tiene una moneda local (mumbuca), autobuses gratuitos, bicicletas gratuitas, un hospital de primer nivel, en fin, una serie de beneficios que humanizan la vida cotidiana de sus ciudadanos
El Comité Internacional por la Paz, la Justicia y la Dignidad de los Pueblos - Capítulo Brasil agradece de corazón a las personas y organizaciones que hicieron posible esta visita a la ciudad de Maricá. Sin ellos, nada de esto habría sido posible: Carol Souza de favela.ong, Carlos Alves, nuestro compañero de armas durante muchos años, en representación del MNU (Movimiento Negro Unificado), el grupo LGBT de Maricá y el CMP (Centro de Movimientos Populares) @gabrielalopes, el Secretario de Cultura de Maricá, Leandro da Silva y los compañeros de @CineHenfil. 
Por último, un video de Aleida Guevara March, hija del Che que también es médica, como fue su padre, con un saludo especial a todas las personas y organizaciones que honran al Comandante Che Guevara todos los años en esta fecha.


                 

19 de jun. de 2024

PALESTINA LIVRE DO RIO AO MAR !! (+fotos e vídeos) port/esp

                       

    Nos dias 13 e 14 de junho, várias entidades do Rio de Janeiro receberam as visitas do palestino Jamal Juma', fundador da Campanha Palestina Contra o Muro do Apartheid e do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e de Maren Mantovani, coordenadora de relações internacionais da Campanha Palestina Contra o Muro do Apartheid e que  atua na secretaria internacional do Comitê Nacional Palestino do Movimento BDS.

  Na manhã do dia 13  foi realizada uma coletiva de imprensa no Gabinete do deputado Glauber Braga. No período da tarde, os dois foram recebidos pelos gabinetes das deputadas estaduais Marina dos Santos e Elika Takimoto, ambas do PT. À noite ocorreu o Ato Público no SINPRO- RJ (Sindicato dos Professores) : 'As armas de Israel matam na Palestina e no Brasil' que reuniu mais 100 pessoas de diferentes movimentos sociais em solidariedade ao povo palestino. Já na sexta dia 14 , foi a vez da vereadora Monica Cunha do Psol recebê-los. A agenda fechou com uma visita aos representantes do Sindipetro do Rio de Janeiro.

                                 

  A realidade palestina é ainda pior do que vem sendo televisionado. Jamal, em suas falas, pediu aos movimentos que continuem em mobilização exigindo do governo brasileiro que corte relações imediatamente com Israel. Vamos juntos/as em luta por uma Palestina livre do rio ao mar!

   As atividades foram realizadas por um conjunto de entidades,  a saber:   Movimento dos Pequenos Agricultores, Raízes do Brasil, Julho Negro, Instituto Pacs, Rede Jubileu Sul, Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, Juventude Sanaud, Árabes e Judeus pela Paz, Grupo Tortura Nunca Mais e Iniciativa Direito Memória e Justiça Racial.

                                        

A conferência de Jamal Juma foi um relato muito forte e importante para saber da realidade que a Palestina vive sem qualquer “filtro”, trazido a nós por quem vive as atrocidades lá cometidas. Por essa razão, transcrevemos parte do relato para quem não pôde comparecer, feito pelo companheiro Rafael Daguerre, assim como suas a maioria das fotos aqui.

                      
                                         

                                  


     “Quero falar um pouco sobre o que é o genocídio que a ocupação militar israelense está cometendo em Gaza. Destruindo casas, ruas inteiras, toda a infraestrutura de Gaza. Escolas, Universidades... 16 universidades completamente destruídas, não existe mais universidades em Gaza. Escolas, muitas delas que são protegidas ou deveriam ser protegidas pela comunidade internacional, pela ONU, foram bombardeadas. Os números que chegam das pessoas mortas são os números oficiais, das pessoas que chegam mortas e que morrem nos hospitais, que o Ministério informa de 37.200 palestinos assassinados [até o momento]. O número com certeza é muito maior. Centenas de milhares de pessoas estão enterradas, presas sob os escombros, que não conseguem ser encontradas. Mais de 100 mil pessoas feridas. Estamos falando de pessoas sem acesso a hospital, sem os remédios necessários, então são pessoas feridas que provavelmente podem vir a morrer. Se olharmos para as estatísticas e para os alvos em Gaza, dos 37 mil palestinos assassinados, 15 mil são crianças e mais de 10 mil são mulheres. No momento tem cerca de 50 mil mulheres grávidas em Gaza, sem ter condições de parir as crianças. Então, com certeza, suas vidas e a vida de suas crianças estão em grande perigo.

Acredito que nem na primeira e nem na segunda guerra mundial tantos jornalistas foram assassinados. São 170 jornalistas assassinados e Israel tem eles como alvo. Um dos doutores mais famosos de Gaza foi assassinado por Israel, centenas de outros médicos, enfermeiras, professores de universidade. Eles estão destruindo Gaza, tornando Gaza insustentável, impossível de se viver, mas também matando as possibilidades e as mentes pensantes dentro de Gaza.

Mas o genocídio não é feito apenas pelas bombas. Vocês sabem que existe um cerco em Gaza, então nenhuma ajuda consegue entrar. Agora, centenas de milhares de pessoas estão correndo o risco de morrer de fome, de fome forçada. Mais de 1 milhão de pessoas em Gaza enfrentam doenças pandêmicas. Isso porque não há água e eles estão bebendo água do esgoto e do mar também. Se você perceber, Israel tem como alvo todas as pessoas de Gaza, todas as formas de vida em Gaza.” – Jamal Juma.

  Fotos de Rafael Aguerre e do Comitê Carioca

Ao lado a linda foto de Rafael Aguerre com Gizele Martins e Jamal Juma : 

                                      "Sem perder a ternura, jamais"      

Abaixo, alguns panfletos que usamos nestas atividades tratando de uma compra por parte da FAB a Israel de drones, seu custo e o que se pode fazer com esse dinheiro no nosso país. De livre distribuição.                                                                              

                 

  

Seguimos com cada vez mais unidade e muita  disposição

  neste combate pela Palestina. Livre. Do rio ao mar.


                                                    VENCEREMOS !

           



Se não permitirem que se assista o vídeo acima, postamos então esse aqui: ( e a gente segue 'driblando' os algoritmos.......)

  


 Los días 13 y 14 de junio, las organizaciones de Río de Janeiro recibieron la visita del palestino Jamal Juma, fundador de la Campaña Palestina contra el Muro del Apartheid y del movimiento BDS (Boicot, Desinversiones y Sanciones), y de Maren Mantovani, Coordinadora de Relaciones Internacionales de la Campaña Palestina contra el Muro del Apartheid quien trabaja en la Secretaría Internacional del Comité Nacional Palestino del Movimiento BDS. 
 El día 13 por la mañana se celebró una rueda de prensa en el despacho del diputado Glauber Braga. Por la tarde, ambos fueron recibidos en los despachos de las diputadas estatales Marina dos Santos y Elika Takimoto, ambas del PT. Por la noche hubo un Acto Público en el SINPRO-RJ (Sindicato de Profesores) bajo el lema "Las armas de Israel matan en Palestina y en Brasil". Este acto reunió a más de 100 personas de diferentes movimientos sociales en solidaridad con el pueblo palestino. El viernes 14, le tocó a la concejala del Psol, Monica Cunha, darles la bienvenida. La agenda terminó con una visita a representantes del Sindipetro en Río de Janeiro. 
La realidad palestina es aún peor de lo que se ha televisado. En sus discursos, Jamal pidió a los movimientos que siguieran movilizándose, exigiendo al gobierno brasileño que cortara inmediatamente las relaciones con Israel. ¡Luchemos juntos por una Palestina libre del río al mar!
Las actividades fueron organizadas por varias organizaciones, entre ellas:   Movimiento de Pequeños Agricultores, Raíces de Brasil, Julio Negro, Instituto Pacs, Red Jubileo Sur, Capítulo Brasil del Comité Internacional por la Paz, la Justicia y la Dignidad de los Pueblos, Juventud Sanaud, Árabes y Judíos por la Paz, Grupo “Tortura Nunca Más” e Iniciativa por el Derecho a la Memoria y la Justicia Racial.
 La charla de Jamal Juma fue un relato muy fuerte e importante de la realidad que vive Palestina sin ningún "filtro", traído hasta nosotros por quienes están viviendo las atrocidades que allí se cometen. Por ello, transcribimos parte del relato para los que no pudieron asistir, a cargo del compañero Rafael Daguerre.
              "Quiero hablar un poco del genocidio que la ocupación militar israelí está cometiendo en Gaza. Destruyendo casas, calles enteras, toda la infraestructura de Gaza, escuelas, universidades... 16 universidades completamente destruídas, ya no hay universidades en Gaza. Escuelas, muchas de las cuales están protegidas o deberían estar protegidas por la comunidad internacional, por la ONU, han sido bombardeadas. Las cifras que están llegando de personas muertas son las cifras oficiales, de personas que llegan muertas o que mueren en los hospitales, que el Ministerio cifra en 37.200 palestinos muertos [hasta ahora]. Sin duda, la cifra es mucho mayor. Cientos de miles de personas están enterradas, atrapadas bajo escombros que no se pueden encontrar. Más de 100.000 personas han resultado heridas. Estamos hablando de personas sin acceso a hospitales, sin los medicamentos necesarios, por lo que se trata de heridos que probablemente podrían morir. Si miramos las estadísticas y los objetivos en Gaza, de los 37.000 palestinos muertos, 15.000 son niños y más de 10.000 son mujeres. Actualmente hay unas 50.000 mujeres embarazadas en Gaza que no pueden dar a luz a sus hijos. Así que sus vidas y las de sus hijos corren sin duda un gran peligro.
No creo que en la Primera ni en la Segunda Guerra Mundial asesinaran a tantos periodistas. Hay 170 periodistas asesinados e Israel los tiene en su punto de mira. Uno de los médicos más famosos de Gaza fue asesinado por Israel, junto con otros cientos de médicos, enfermeras y profesores universitarios. Están destruyendo Gaza, haciendo que Gaza sea insostenible, imposible de habitar, pero también matando las posibilidades y las mentes pensantes dentro de Gaza.
Pero el genocidio no sólo se lleva a cabo con bombas. Saben que Gaza está sitiada, por lo que no puede entrar ayuda. Ahora mismo, cientos de miles de personas corren el riesgo de morir de hambre, de inanición forzada. Más de un millón de personas en Gaza se enfrentan a enfermedades pandémicas. Eso se debe a que no hay agua y además están bebiendo aguas residuales y agua de mar. Si te das cuenta, Israel está atacando a toda la población de Gaza, a todas las formas de vida en Gaza". - Jamal Juma.
Seguimos con más unidad y mucha voluntad en esta lucha por Palestina Libre. Del río al mar.
                                                            ¡VENCEREMOS!


18 de jun. de 2024

A dengue se vai mas deixa perguntas (port/esp)

                                        

Médicos e cientistas latino-americanos suspeitam da manipulação científica do mosquito por forças poderosas, que envolveriam os EUA e a indústria farmacêutica

Por Teresa Cruvinel

13 de junho de 2024

Com a proximidade do inverno, a epidemia de dengue que atacou alguns estados brasileiros cedeu, embora ainda estejam sendo registrados casos graves e leves. Alguns países sul-americanos, como Peru, Paraguai, Bolívia e Argentina também sofreram com a dengue, e tal como o Brasil, experimentaram um crescimento notável dos casos.

Causas diversas são apontadas para a explosão da doença mas circulam também especulações sobre experimentos científicos, realizados pela indústria farmacêutica, com participação do Pentágono e militares norte-americanos, que teriam produzido variantes mais resistentes e letais do vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

Este ano o Brasil registrou 4,5 milhões de casos mas eles podem ter chegado a 6 milhões, por conta de subnotificações, um aumento exponencial em relação a 2023, quando tivemos 1.079 casos oficiais. As mortes causadas por dengue chegaram a 2,5 mil mas outras duas mil ainda estão sendo investigadas.

A taxa brasileira de 2,2 mil casos por cada 100 mil habitantes ultrapassou o limiar de epidemia fixado pela Organização Mundial de Saúde. Alguns estados, como o Rio de Janeiro, reconheceram a situação de epidemia. Outros não.

A letalidade ficou em 0,5 para casos leves mas foi maior nos casos graves. O Brasil foi o país sul-americano mais atingido, respondendo por 83% dos casos na região. Só o estado de São Paulo teve em 2024 mais casos que todo o Brasil em 2023. Na Argentina o número de casos triplicou em relação a 2023 e o Peru chegou a decretar estado de emergência.

A mudança climática, com suas ondas de calor, certamente ajudou o mosquito. A desinformação da população e erros dos gestores públicos locais também contribuíram para a explosão de casos. A vacina surgiu mas sua oferta foi limitada.

Estes fatores existem mas há médicos e cientistas latino-americanos que suspeitem da manipulação científica do mosquito por forças poderosas, que envolveriam os Estados Unidos e a indústria farmacêutica (que ampliaria seus ganhos a venda de fármacos).

Teoria da conspiração? Pode ser. Recebi de um médico entomologista de um país vizinho informações preocupantes neste sentido, embora de difícil confirmação. Diz ele que este ano verificou-se uma estranha resistência do mosquito a inseticidas que antes funcionavam contra ele. E que muitos dos casos graves acabaram evoluindo para a síndrome de Guillain Barré, o que não ocorria antes. Na Bolívia teriam sido identificados mosquitos com capacidade de reproduzir-se em prazo bem menor que o observado em seus ancestrais.

Diz ele que um colega pesquisador deixou o laboratório norte-americano Namru-South, que tem uma unidade no Peru, decepcionado com os experimentos que ali foram desenvolvidos em 2023, com participação do Pentágono e dos militares peruanos. Um dos projetos teria sido destinado a criar novas cepas do patógeno transmitido pelo Aedes Aegypti, que se difundem mais rapidamente entre os mosquitos, com carga viral elevadíssima.

Este laboratório de fato existe e sua página na Internet informa que a unidade peruana de Callao, criada há dez anos a partir de um acordo com a Marinha daquele país, “pesquisa e monitora diversas doenças infecciosas com implicações militares e de saúde pública na América Central e do Sul. As suas áreas de investigação abrangem malária, dengue, doenças diarreicas, infecções sexualmente transmissíveis e monitorização da resistência antimicrobiana”.

É estranho que uma instituição de pesquisa em saúde esteja vinculada a uma força militar, e não ao ministério da saúde local. O Namru South mantém outra unidade em Honduras, na Base Aérea de Soto Cana.

Muitos outros detalhes forneceu-me a fonte sobre a atuação do dito laboratório no Peru. A algumas instalações nem mesmo as autoridades peruanas teriam acesso.

Não é fácil, talvez seja impossível confirmar tais informações. Mas elas reforçam nossa intuição de que há mistérios ainda não revelados tanto em relação à Covid19 como em relação à explosão de dengue que tivemos este ano. O pico já passou mas a doença ainda está derrubando muita gente.

 



El dengue desaparece pero deja interrogantes 

Médicos y científicos latinoamericanos sospechan de la manipulación científica del mosquito por fuerzas poderosas en las que están implicados Estados Unidos y la industria farmacéutica.

Por Teresa Cruvinel

13 de junio de 2024 

A medida que se acerca el invierno, la epidemia de dengue que asoló algunos estados brasileños está en remisión, aunque se siguen registrando casos graves y leves. Algunos países sudamericanos como Perú, Paraguay, Bolivia y Argentina también han sufrido el dengue y, al igual que Brasil, han experimentado un notable aumento de casos.

Se han aducido diversas causas para la explosión de la enfermedad, pero también se especula sobre experimentos científicos llevados a cabo por la industria farmacéutica, con la participación del Pentágono y el ejército estadounidense, que han producido variantes más resistentes y letales del virus transmitido por el mosquito Aedes Aegypti.

Este año Brasil registró 4,5 millones de casos, pero pueden haber llegado a 6 millones debido al falta de notificación, un aumento exponencial en comparación con 2023, cuando tuvimos 1.079 casos oficiales. Las muertes por dengue ascendieron a 2.500, pero otras 2.000 siguen siendo investigadas.

La tasa brasileña de 2.200 casos por cada 100.000 habitantes superó el umbral epidémico establecido por la Organización Mundial de la Salud. Algunos estados, como Río de Janeiro, han reconocido la situación epidémica. Otros no.

La letalidad se situó en 0,5 en los casos leves, pero fue mayor en los graves. Brasil fue el país sudamericano más afectado, con el 83% de los casos de la región. Sólo en el estado de São Paulo se registraron más casos en 2024 que en todo Brasil en 2023. En Argentina, el número de casos se triplicó en comparación con 2023 y Perú llegó a declarar el estado de emergencia.

El cambio climático, con sus olas de calor, sin duda ha ayudado al mosquito. La desinformación de la población y los errores de los gestores públicos locales también han contribuido a la explosión de casos. La vacuna ha aparecido, pero su suministro ha sido limitado.

Estos factores existen, pero hay médicos y científicos latinoamericanos que sospechan de la manipulación científica del mosquito por fuerzas poderosas, en la que estarían implicados Estados Unidos y la industria farmacéutica (que aumentaría sus beneficios con la venta de medicamentos).

¿Teoría de la conspiración? Podría ser. He recibido una información preocupante de un entomólogo de un país vecino, aunque es difícil de confirmar. Dice que este año se ha producido una extraña resistencia del mosquito a los insecticidas que solían actuar contra él. Y muchos de los casos graves han acabado convirtiéndose en el síndrome de Guillain Barré, lo que no ocurría antes. En Bolivia se han identificado mosquitos con la capacidad de reproducirse en mucho menos tiempo que sus antepasados.

Cuenta que un colega investigador abandonó el laboratorio estadounidense Namru-Sur, que tiene una unidad en Perú, decepcionado con los experimentos que se estaban llevando a cabo allí en 2023, con la participación del Pentágono y el ejército peruano. Uno de los proyectos estaba supuestamente destinado a crear nuevas cepas del patógeno transmitido por el Aedes Aegypti, que se propagan más rápidamente entre los mosquitos, con una carga viral muy elevada.

Este laboratorio existe y en su página web se indica que la unidad peruana del Callao, creada hace diez años en convenio con la Marina de Guerra del Perú, "investiga y monitorea diversas enfermedades infecciosas con implicancia militar y de salud pública en Centro y Sudamérica. Sus áreas de investigación abarcan la malaria, el dengue, las enfermedades diarreicas, las infecciones de transmisión sexual y la vigilancia de la resistencia a los antimicrobianos".

Resulta extraño que una institución de investigación sanitaria esté vinculada a una fuerza militar, y no al ministerio de sanidad local. Namru Sur mantiene otra unidad en Honduras, en la base aérea de Soto Cana.

La fuente me dio muchos otros detalles sobre las operaciones del laboratorio en Perú. Algunas instalaciones ni siquiera son accesibles para las autoridades peruanas.

No es fácil, tal vez es imposible, confirmar esta información. Pero refuerza nuestra sospecha de que aún quedan misterios por desvelar, tanto en relación con el Covid-19 como con la explosión de dengue que hemos tenido este año. El pico ha pasado, pero la enfermedad sigue llevándose por delante a mucha gente.


Fonte:    https://www.brasil247.com/blog/a-dengue-se-vai-mas-deixa-perguntas

 @comitecarioca21

                       

14 de jun. de 2024

O legado de Che Guevara transcende fronteiras na América Latina

                                           
Indira Nàpoles*

      

   O legado de Ernesto Che Guevara ganha força na América Latina no XCVI do seu nascimento, pela sua capacidade de contribuir para uma busca fundamental: a libertação dos povos da Nossa América.

    Relembrar o Che é necessário hoje mais do que nunca, quando a América Latina enfrenta frontalmente a investida ideológica do imperialismo, ganhando novo fôlego nos setores conservadores e reacionários, para continuar excluindo, ainda mais, os demais pobres, múltiplos e subdesenvolvidos.

   Lembrar o Che, revolucionário e incansável lutador pela libertação dos povos da Nossa América, inspira-nos a continuar a trabalhar pela liberdade, pela dignidade, pelo desenvolvimento econômico e pela unidade da Grande Pátria. "Sinto-me muito patriótico pela América Latina, por qualquer país da América Latina (...) e, quando necessário, estaria disposto a dar a minha vida pela libertação desses povos", garantiu.

   A validade das ideias de Che se manifesta ao longo da história da América Latina e de todos os seus processos emancipatórios, pois ele soube, à frente de seu tempo, prever o que aconteceria e deu seus critérios sobre o assunto.  A sua vida constitui um processo de estudo obrigatório para qualquer revolucionário latino-americano.

  José Martí disse com razão no seu famoso ensaio Nossa América que: “Trincheiras de ideias valem mais que trincheiras de pedras”.  Na verdade, é um princípio que está plenamente em conformidade com o pensamento de Ernesto Che Guevara. As suas ideias e o exemplo da sua ética revolucionária permanecem vivos nos jovens, homens e mulheres que lutam pela justiça social em todos os povos da terra.

    As ideias de Che continuam a representar um grande estímulo aos princípios anti-imperialistas para avançar na conquista do poder popular, bem como elevar o nível de organização e articulação em defesa dos povos humildes. Assim, a máxima de Che Guevara continua a ter grande validade no século XXI quando afirmou: “E se todos conseguíssemos unir-nos, para que os nossos golpes fossem mais sólidos e precisos, para que a ajuda de todos os tipos aos povos em luta fosse ainda mais eficaz, quão grande seria o futuro e quão próximo!"

   A sua imagem, ideologia e legado são internacionais, reconhecidos e respeitados por diferentes gerações em diferentes partes do mundo. Sua marca alcançou todas as latitudes. Até a vitória sempre!


* Cônsul da Embaixada da Cuba no Brasil

 

 

 

 

9 de jun. de 2024

CONTRA O BLOQUEIO A CUBA

          Nós, brasileiros e brasileiras profissionais da arte, da cultura e da política, exigimos que os Estados Unidos retirem Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo. Ponham fim ao criminoso bloqueio contra a Ilha.

          O Departamento de Estado dos EUA anunciou, em 15 de maio deste ano, que incluiu Cuba em seu relatório de 2023 sobre países que cooperam na luta contra o terrorismo.

           Contudo, Washington não retirou Cuba da lista de países supostamente patrocinadores de terrorismo.

          Embora os responsáveis da administração Biden estejam conscientes dos esforços de Cuba na luta contra o terrorismo e pela paz na América Latina, no Caribe e no mundo, a Casa Branca nada fez para eliminar Cuba daquela lista da qual nunca deveria constar.

         A permanência de Cuba na lista é uma infâmia que dura há tempos, assim como o bloqueio que há mais de 60 anos tenta subjugar a heróica ilha caribenha.

         Exigimos que os EUA retirem a designação de Cuba como Estado Patrocinador de Terrorismo e levantem o bloqueio criminoso contra a nação caribenha. 

          Cuba tem o direito soberano inalienável de abraçar livremente seu próprio sistema econômico, político e social. 

           Basta de bloqueio contra Cuba!!!

            Assinam por ordem alfabética 


Ana Miranda - escritora

Antonio Grassi - ator 

Breno Altman - jornalista 

Cid Benjamin - jornalista 

Chico Alencar - professor e parlamentar 

Chico Buarque - escritor e compositor 

Chico Caruso - caricaturista

Chico Diaz - ator

Chico Pinheiro - jornalista

Eduardo Moreira - empresário e escritor 

Eduardo Suplicy - político 

Eliana Caruso - professora

Evanize Sydow - jornalista

Fernando Morais - escritor

Frei Betto - escritor

Itala Nandi - doutora em artes cênicas 

Ivan Valente - deputado federal 

Jamil Chade - jornalista

José de Abreu - diretor e produtor 

José Dirceu - advogado e militante político 

Juliana Monteiro - jornalista 

Ivan Ângelo - escritor 

Luiz Ruffato - escritor 

Luiza Erundina - deputada federal

Margarida Genevois - presidente de honra da Comissão Arns

Osmar Prado - ator

Pasquale Cipro Neto - professor e escritor 

Paulo Betti - ator

Paulo Vannuchi - jornalista 

Paloma Amado - cronista 

Ricardo Kotscho - jornalista 

Roberto Mader - cineasta 

Rosa Freire d’Aguiar - jornalista 

Tom Zé - cantor e compositor 

Walfrido Warde - advogado


PARTICIPE TAMBÉM ! 

6 de jun. de 2024

HAITI : NÃO É COM ARMAS QUE SE ROMPEM CICLOS DE VIOLÊNCIA

Grupos criminosos assumiram o controle de grandes áreas no Haiti. Foto: PL

                         

   Grupos criminosos assumiram o controle de grandes áreas do país, sendo protagonistas de numerosos e crescentes episódios de violência, que causaram mais de 2.500 mortes.

   A crise de governabilidade sofrida pelo Haiti, agravada desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho de 2021, que deixou o país num vazio institucional, parece não ter solução, pelo menos não na forma como tem sido enfocado sair desta crise .

    Desde o início deste ano, grupos criminosos assumiram o controle de grandes áreas do país, incluindo 90% da sua capital, Porto Príncipe. As gangues armadas têm sido protagonistas de numerosos e crescentes episódios de violência, que causaram mais de 2.500 mortes.

    Os grupos criminosos estão cada vez mais “mais fortes, mais ricos e mais autônomos”, sendo o tráfico ilícito de armas e munições um dos “principais impulsionadores” da sua expansão territorial.

   Estamos vendo no Haiti o agravamento dos problemas de desigualdade, pobreza, falta de proteção às crianças e aos jovens, comuns no resto da América Latina.

   A solução para o caos e a ingovernabilidade parecia alcançar um caminho positivo a partir de 25 de abril, após a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry, quando foi criado um Conselho de Transição, apoiado pela Comunidade do Caribe (Caricom).

   Grupos violentos impediram Ariel Henry de regressar ao país desde março, periodo em que ele se encontrava em visita oficial ao Quênia, em busca de ajuda das forças de segurança daquela nação africana, para fazer face à crise interna.

   Concluída a renúncia, foi empossado o Conselho formado por representantes políticos da sociedade civil, que assumiria as rédeas do país caribenho.

   Contudo, o Conselho não iniciou a sua gestão com o sucesso que se esperava. A nomeação para o cargo de primeiro-ministro de Fritz Bélizaire, que atuou como ministro dos Esportes durante a segunda presidência de René Préval, entre 2006 e 2011, não teve o voto unânime dos associados.

   Em resposta, os vereadores que votaram contra, levantaram a possibilidade de contestar a nomeação, ação que, se concretizada, poderá fraturar a recém-formada coligação política.

   A nomeação foi considerada uma “conspiração tramada contra o povo haitiano” por vários grupos da sociedade civil representados no órgão governante.

   Deve-se notar que a reunião dos conselheiros ocorreu num ambiente complexo, sob constante ameaça de gangues que prometeram inviabilizar a tomada de posse se os grupos armados não fossem autorizados a participar nas negociações para estabelecer o novo governo.


ARMAS NÃO SÃO A SOLUÇÃO

 

   Equipes militares dos EUA começaram a chegar a Porto Príncipe esta semana para preparar a logística que a missão de segurança queniana utilizará para combater gangues criminosas, o que foi confirmado pelo subsecretário de Estado dos EUA, Todd Robinson.

  O Departamento de Defesa dos EUA destinou cerca de 200 milhões de dólares para materiais e equipamentos de segurança, além de aconselhamento do Pentágono, para alcançar os objetivos de pacificação do país.

   O Governo do Suriname também anunciou que enviará suas forças militares ao Haiti para colaborar com a segurança no processo de transição.

   O Haiti tem sido vítima de uma longa sucessão de intervenções militares estrangeiras e de “ajuda humanitária” que, longe de representarem uma solução para os problemas do país, os agravaram e os perpetuaram.

   Devemos lembrar que a América Latina e o Caribe são uma zona de paz, como dita a proclamação assinada pelos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em janeiro de 2014, na II Cúpula de Havana, há dez anos.

   Este documento defende um compromisso permanente com a resolução pacífica de conflitos, a fim de banir para sempre o uso e a ameaça do uso da força na nossa região.



A DÍVIDA DO COLONIALISMO COM O POVO HAITIANO

 

   Qualquer pessoa que aborde o “problema haitiano” deve responder à seguinte pergunta: Quem pode estar interessado em manter os ciclos permanentes de violência e caos no Haiti?

   O “problema” começou, recordemos a história, depois de o Haiti ter obtido a sua independência em 1804, quando o Barão de Mackau, enviado do rei de França, entregou ao presidente da jovem República, então, Jean-Pierre Boyer, a Portaria de Carlos X em 17 de abril de 1825.

   Esse decreto forçou o Haiti a pagar grandes compensações à potência colonial, incluindo uma redução de 50% nas tarifas de importação francesas e o pagamento de 150 milhões de francos, em troca do seu reconhecimento como nação independente e para evitar uma invasão militar.

   O país teve que solicitar empréstimos aos bancos franceses, com taxas de juros elevadas, para poder pagar, e só em 1947 é que conseguiu liquidar a conta, nada menos que 122 anos depois.

   A enorme drenagem de recursos impediu a nação caribenha de construir as infra-estruturas necessárias ao seu desenvolvimento socioeconômico, impossibilitando a construção de escolas, hospitais, estradas e casas.

   Não podemos esquecer o papel desempenhado pelos Estados Unidos na desgraça do Haiti: a ocupação militar,   de 1915 a 1934, o apoio prestado por Washington às ditaduras brutais de François e Jean-Claude Duvalier, e as práticas intervencionistas do século XXI .

   A solução para o “problema haitiano” envolve o respeito irrestrito pela soberania, a não interferência nos seus assuntos internos e a colaboração eficaz, solidária e altruísta com o povo daquela nação irmã do Caribe.

   Se deixarmos de lado as práticas hegemônicas das grandes potências, poderemos avançar sinceramente no caminho da paz.

   Um primeiro passo seria a ex-metrópole devolver a chamada dívida de independência, conforme solicitado por um importante grupo de organizações da sociedade civil haitiana.

   A comunidade regional, sobretudo a Comunidade do Caribe (Caricom), deve oferecer os seus bons ofícios, tanto econômicos como técnicos, e prestar assistência quando necessário.

   Romper os ciclos de violência e pôr fim ao caos são questões vitais para a ilha do Caribe, e não é com armas que estes ciclos são quebrados.

   O Haiti não é colônia de ninguém. A visão “protetora” e discriminatória das antigas potências coloniais deve acabar. O povo haitiano é capaz de se governar e decidir o seu destino.

                               


https://www.granma.cu/mundo/2024-05-12/haiti-no-es-con-las-armas-que-se-rompen-los-ciclos-de-violencia-12-05-2024-21-05-05

Tradução : @comitecarioca21