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25 de fev. de 2020

Bernie Sanders reconhece cuidados de saúde em Cuba e presença solidária em todo o mundo



                            Bernie Sanders em uma entrevista concedida ao programa 60 Minutos. Foto: CBS.



O senador estadunidense Bernie Sanders reconheceu “o papel de Cuba ao enviar médicos por todo mundo”.
“Estão enviando médicos para o mundo todo. Têm feito progressos na educação”, ressaltou o senador por Vermont que aspira a enfrentar o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 3 de novembro.

“Seria um erro não declarar que Cuba tem feito bons avanços no cuidado com a saúde”, admitiu o político de 78 anos, um dos  mais fortes aspirantes à indicação do Partido Democrata às eleições presidenciais de novembro, em uma entrevista concedida ao programa 60 Minutos da  rede CBS e transmitida ontem (domingo).
Ocorre  que o apresentador Anderson Cooper pediu ao atual aspirante à  indicação da  força azul que explicasse seus comentários de 1985, quando elogiou alguns dos  programas sociais implementados pelo líder histórico da  Revolução cubana Fidel Castro.
Segundo um  videoclipe de mais de 30 anos, o senador disse naquele momento que Fidel Castro “educou as  crianças, lhes deu atenção médica, transformou totalmente a sociedade”.
Ainda  deixou claro que seu “socialismo” não é o da Venezuela nem de Cuba e sublinhou que o tipo de sociedade na que crê é aquela que  para ele existe em países como Dinamarca,Finlândia e Suécia, o legislador afirmou que é “injusto dizer simplesmente que tudo está mal” na ilha.
Quando Fidel Castro chegou ao poder, sabes o que fez? Tinha um programa de alfabetização em massa”, enfatizou Sanders ao se referir à revolução cultural que permitiu em um ano (em 1961) erradicar o analfabetismo e facilitar o acesso universal aos  diferentes níveis de educação de maneira gratuita no país caribenho.
Em  17 de outubro de 1962, Fidel Castro anunciou durante a inauguração do Instituto de Ciências Básicas e Preclínicas Victoria de Girón , na capital cubana, a decisão do governo de oferecer ajuda no campo da saúde e declarou que se enviariam 50 médicos a Argélia .
“Hoje podemos enviar só 50, mas dentro de 8  ou 10 anos, quem sabe quantos,  estaremos ajudando  nossos  irmãos”, advertiu então o líder cubano.
Quase seis décadas depois, mais de 400 mil colaboradores da saúde da Maior das Antilhas têm cumprido missões em cerca de 164 países, enquanto com o mesmo desinteresse formaram-se na ilha de maneira gratuita 35 mil 613 profissionais desse  campo de 138 nações.
Como era de se esperar, seus comentários provocaram a ira do setor mais extremista dos  cubano-americanos no sul da  Flórida, que se opõem a qualquer  aproximação com a ilha caribenha.
Em 2016, Sanders defendeu as relações diplomáticas com Cuba, o que a seu  juízo “resultará em melhoras significativas na vida dos  cubanos e ajudará os  Estados Unidos”.
Ademais, tem reiterado sua posição a respeito da eliminação do bloqueio que por cerca de seis décadas mantêm tanto administrações republicanas como democratas.
Mas cuidado - alertam observadores-, seus elogios há que  olhá-los com cautela, apesar de marcar diferenças com Trump.
A propósito, durante o programa televisado, Sanders, que se autodenomina  como um socialista democrático, prometeu que se chegar  à  presidência espera utilizar o “governo federal para proteger os interesses das  famílias trabalhadoras'.
Nesse sentido, propôs que aqui o governo “trabalha para os muito endinheirados” e ainda que sem mencionar seu nome expressou que o “presidente dos Estados Unidos é um mentiroso patológico”.
Em  início de fevereiro, em seu discurso sobre o Estado da União, o ocupante do  Salão Oval arremeteu contra o Medicare for All (Medicina para todos), uma das  principais propostas de Sanders .
Para o republicano, esse plano sanitário o que procura  é “destruir a atenção médica estadunidense”.
Recentes sondagens mostram que Sanders segue imbatível, vencedor comodamente nas assembleias eleitorais democratas de Nevada no sábado, e aumentou seu apoio entre os votantes latinos, só superado por pequena margem pelo  ex-vice-presidente Joseph Biden.

Vídeo da entrevista:    https://www.youtube.com/watch?v=TeYCIfmeW70&list=PLI1yx5Z0Lrv4JsuJ6P75WMQ1kqmokBzWN



Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba em 25/02/2020














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