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21 de abr. de 2023

A Internet e a máquina do escárnio contra Cuba

      Raul Capote Fernández      

        No mundo de hoje, quase nada é espontâneo, muito menos o que acontece na internet , dominada por grandes corporações transnacionais de informação e pelos serviços especiais das grandes potências.

    A denúncia pública de 2011, conhecida como Las Razones de Cuba (Razões de Cuba), apresentada pela Televisão Cubana, mostrou a importância que o governo dos EUA dá ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nos programas contra a Revolução.

     Os esforços dos inimigos para exercer uma forte influência sobre o que é lido, ouvido e visto na Maior das  Antilhas, a fim de controlar a opinião interna, foram financiados com milhões de dólares.

     Recordemos como, com financiamento público do governo norte-americano, o Escritório de Radiodifusão de Cuba (OCB) promoveu projetos como Zunzuneo, Pirámideo e Commotion, plataformas semelhantes ao Twitter que geraram um escândalo político em Washington quando se descobriu que encobriam uma operação secreta financiada e dirigida pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

       Em julho de 2021, esta entidade governamental utilizou empresas de fachada criadas em segredo, e financiamento de bancos estrangeiros através de novas tecnologias (via celulares e redes sociais), cujo objetivo era criar situações de desestabilização a fim de provocar mudanças na ordem política cubana.

      A criação em 2018, por ordem do então Presidente Donald Trump, da Força Tarefa Internet para Cuba, também conhecida como Força Tarefa Internet para Subversão em Cuba, foi uma escalada da estratégia subversiva e despertou a preocupação de muitas pessoas decentes no mundo.

     Desde então, a aposta no uso de novas tecnologias aumentou, o desenvolvimento alcançado por Cuba na formação do capital humano em telecomunicações e informática é visto como um fator favorável em seus planos de assumir esta força e usá-la para seus propósitos, para separar técnicos e cientistas, especialistas e inovadores das instituições e empresas estatais, para comprar inteligência e privar o país deste recurso, que  treinaram com imenso esforço.

     Transformar esta força em um esquadrão mercenário, distante dos interesses nacionais, individualista e sem Estado, ou pelo menos desconectado de seu país e do futuro social e político da pátria, é um objetivo que eles não escondem.

      É vital para seus planos dominar o espaço e os fluxos de conteúdo, introduzir estereótipos, administrar emoções, semear confusão e estabelecer os valores do estilo de vida ianque, destruir a vontade do povo de vencer e minar sua capacidade política de responder a uma guerra que também está sendo travada com outros elementos não convencionais de agressão.

    Os gênios da CIA inventaram tudo, inclusive experiências de guerra "paranormal".

      Desde a criação da Força Tarefa Internet para a subversão em Cuba, a circulação de notícias falsas fabricadas nos laboratórios dos serviços especiais dos EUA aumentou a fim de gerar o demônio da desconfiança, descontentamento e gerar inconformidade entre o povo com o processo revolucionário.

    Com o dinheiro dos contribuintes americanos, a infâmia contra Cuba é financiada, os jornalistas são comprados, os influenciadores são fabricados, as mentiras são contadas e difamadas.

     Hoje em dia, nas redes sociais digitais, entre a verdade e a mentira sobre Cuba, há milhões de dólares de distância.


(*) Escritor, professor, pesquisador e jornalista cubano. É o autor de "Juego de Iluminaciones", "El caballero ilustrado", "El adversario", "Enemigo" e "La guerra que se nos hace".

https://cubaenresumen.org/2023/04/17/la-red-de-redes-y-la-maquinaria-del-escarnio-contra-cuba/

Tradução: Carmen Diniz/ Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas


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