28 de dez. de 2025

Declaração urgente da Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade pela libertação imediata de Mohammad Faraj.

                                     

A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade denuncia a detenção arbitrária e totalmente injustificada do jornalista Mohammad Faraj, membro do veículo de comunicação panárabe Al Mayadeen, que permanece desaparecido após ter sido separado de sua família por policiais no Aeroporto Internacional Rainha Alia, na Jordânia.

Isso constitui uma grave violação dos direitos humanos e um ataque direto à liberdade de imprensa, com o intuito de silenciar vozes comprometidas com a verdade e com as lutas do povo. A falta de informações oficiais sobre seu paradeiro e estado de saúde aumenta a preocupação e nos obriga a exigir respostas imediatas e sua libertação incondicional.

Essa ação não pode ser interpretada como um incidente isolado: faz parte de uma máquina que opera nas sombras para impor silêncio e desinformação. Aqueles que detêm o poder imperial pretendem que o mundo permaneça cego aos seus crimes, tentando ocultar as guerras, ocupações e injustiças que se multiplicam em diferentes partes do planeta. A repressão contra jornalistas que se opõem à agenda hegemônica é, na realidade, uma tentativa de apagar a memória coletiva e destruir a possibilidade de as pessoas conhecerem a verdade.

A falta de informações oficiais sobre os motivos de sua prisão, seu paradeiro e seu estado de saúde aumenta a preocupação e nos obriga a exigir respostas imediatas e sua libertação incondicional. Portanto, unimo-nos às vozes de todo o mundo que expressam solidariedade à família de Mohammad Faraj, a seus colegas e a toda a comunidade jornalística que enfrenta a incerteza de não saber seu paradeiro. Apelamos às autoridades competentes para que respondam com urgência e libertem este homem cujo "crime" é denunciar os crimes do imperialismo, e apelamos à comunidade internacional para que permaneça vigilante. A liberdade de Mohammad Faraj é um imperativo que não pode esperar. 

27 de dezembro de 2025

 

Extraído da Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade

https://cubaenresumen.org/2025/12/27/comunicado-urgente-de-la-red-de-intelectuales-artistas-y-movimientos-sociales-en-defensa-de-la-humanidad-por-la-liberacion-inmediata-de-mohammad-faraj/

@comitecarioca21

 


27 de dez. de 2025

ESTADOS UNIDOS TEME O EXEMPLO REBELDE E INVICTO DE CUBA.

                                                   

«O Secretário de Estado dos EUA está  mentindo novamente ao afirmar que Cuba não coopera com o seu país em questões como o combate ao terrorismo e ao narcotráfico», afirmou no canal X, Bruno Rodríguez Parrilla,  membro do Bureau Político e Ministro das Relações Exteriores. Isso ocorre num contexto em que se tornou evidente que os EUA são a principal fonte de drogas que chegam à Ilha, embora o bloqueio imposto pelo seu governo limite o acesso às tecnologias e aos recursos financeiros necessários para fortalecer os mecanismos de detecção.

«Isso esconde o trabalho das suas próprias agências especializadas que, durante anos, se beneficiaram, por meio da cooperação bilateral, da nossa postura firme e ação eficaz contra esses flagelos. Isso é algo que essas agências reconheceram e do qual certamente existem registros.»

Ele expressou isso em resposta à caracterização do governo cubano como terrorista feita pelo líder anticubano em sua conferência de fim de ano, na qual ele também afirmou que a Ilha está entre as maiores ameaças do hemisfério e assegurou que ela não coopera com a Casa Branca na manutenção da paz regional.   

Por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores insistiu que, se a cooperação entre os dois lados não é mais eficaz, isso se deve à «politização da questão pelo próprio Secretário de Estado e outros políticos anticubanos, e à determinação unilateral» de romper relações nesse aspecto.

                             


A esse respeito, os Ministérios da Justiça e do Interior anunciaram recentemente que, entre 1990 e novembro de 2025, as tropas da Guarda de Fronteira Cubana enviaram 1.547 relatórios de inteligência à Guarda Costeira dos EUA e, em contrapartida, receberam apenas 468 respostas e relatórios de seus homólogos, o que deixa claro que, embora exista um acordo de cooperação com Washington em questões relacionadas a drogas desde 2016, uma troca efetiva não foi alcançada. 

«O desastroso Secretário de Estado dos EUA é incapaz de explicar por que razão o seu poderoso governo teve de dedicar tantos anos e mobilizar tantos recursos para tentar destruir e causar desastres num país em desenvolvimento relativamente pequeno, com pouca riqueza natural, e ainda assim não conseguiu subjugá-lo ou controlá-lo», enfatizou Rodríguez Parrilla.

Também afirmou que a agressão dos EUA contra Cuba – que já dura mais de 60 anos – visa «deprimir, desmantelar e destruir» a sua economia, para o que utilizou o seu enorme poder econômico e tecnológico e a sua capacidade coercitiva.

Afirmou que «o Secretário de Estado teme o exemplo rebelde e invicto de Cuba e a sua capacidade inquestionável, o seu feito de alcançar a verdadeira independência, promover a justiça social no sentido mais amplo, atingir altos níveis de saúde, educação, cultura, desporto e desenvolvimento científico; o seu mérito em praticar a solidariedade numa escala sem paralelo, e o prestígio e apoio que este pequeno país conquistou internacionalmente.»


@comitecarioca

                                




26 de dez. de 2025

QUEM REALMENTE GOVERNA OS EUA ?

                             

Por Raúl Capote

Segundo Donald Trump, 300 milhões de americanos morreram no ano passado por causa de drogas importadas da Venezuela. Considerando que o país tinha uma população de 340,1 milhões em 2024, deve haver apenas cerca de 40,1 milhões restantes até agora.

Uma análise de documentos oficiais da DEA, especificamente as Avaliações Nacionais de Ameaças às Drogas de 2024 e 2025, revela que os Estados Unidos mantêm uma relação profunda e estrutural com o tráfico global de drogas, enquanto a Venezuela é omitida das ameaças e atividades relevantes do tráfico. Em outras palavras, os próprios relatórios não mencionam a Venezuela como um fator significativo no tráfico de drogas para os Estados Unidos.

Pelo contrário, a DEA nomeia Colômbia, Peru e Bolívia como produtores de cocaína, e México, El Salvador, Honduras, Guatemala, Porto Rico e República Dominicana como pontos-chave na rota para os Estados Unidos.

Além disso, o chamado "Cartel dos Sóis" não aparece em nenhum relatório oficial da DEA, o que o qualifica como uma ficção de comunicação puramente propagandística.

A agência antidrogas reconhece que os Estados Unidos são o epicentro das redes de tráfico de drogas, servindo como produtor e mercado de destino de narcóticos, além de um vasto maquinário financeiro para lavagem de dinheiro do tráfico.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) também confirma que a Venezuela não é um país produtor de drogas.

Então, se, segundo relatos, quase nenhuma droga chega aos EUA vinda da Venezuela, e a maior parte desse flagelo vem de outros países da região, quantos milhões morreram devido ao tráfico desses territórios? O resultado, caros leitores, é assustador: não sobrou ninguém ao norte do Rio Grande, pura e simplesmente.

Agora, quem são aqueles que vemos na TV e nas redes sociais? Podemos nos perguntar quem governa este vasto território devastado pelas drogas. São reptilianos, Anunnaki ou alguma outra raça extraterrestre? Não são humanos. Há muitas evidências: apoio ao massacre sionista na Palestina, disparos de mísseis contra barcos de pesca de uma fragata, bombardeios de usinas nucleares... a lista de desumanidades é interminável.

https://cubaenresumen.org/2025/09/18/quien-gobierna-realmente-ee-uu/

Trad/Ed: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas 

                                                      


23 de dez. de 2025

A CASA BRASIL EM CUBA ! (em português e espanhol )

Equipe da Oficina do Historiador e Embaixador do Brasil em Cuba na entrada da Casa Brasil.
                               

     O sonho de brasileiros e brasileiras de se constituir uma Casa Brasil em Havana Velha se torna realidade e no próximo 2026, o coroamento desse sonho será sua inauguração, ano do centenário de nascimento do eterno Comandante Fidel Castro Ruz.  

     É uma casa construída na primeira metade do século XVIII, no Centro Histórico de Havana, e restaurada em 2016. Conserva elementos característicos da arquitetura colonial, apresenta amplos espaços e um pátio central. Situa-se na Calle Amargura, 56, entre San Ignacio y Mercaderes. Possui área para a exibição de símbolos pátrios brasileiros e de vitrines com a história de personalidades do Brasil que são referências no trabalho de solidariedade com Cuba; loja de artesanato com produção das regiões brasileiras; área de estar, com um mural representativo da cultura brasileira, para facilitar intercâmbios e encontros; sala de exposições que funcionará como galeria para obras de artistas cubanos e brasileiros; um salão multifuncional/auditório, para diferentes atividades, como eventos, conferências, oficinas, cursos, e também para exibição de documentários, filmes e material áudio visual; um pátio interno que será um jardim multissensorial, com destaque para a flora e fauna brasileiras. No entrepiso se situarão a biblioteca e a sala de leituras; há escritórios, copa, cozinha e banheiros.

     É um local para aprofundar os vínculos culturais, educativos e de cooperação entre Brasil e Cuba e promoverá a cultura brasileira mediante as programações culturais – literatura, música, dança, cine, artes plásticas e artesanais, e fortalecerá o desenvolvimento de projetos culturais conjuntos e o fortalecimento dos laços de amizade, solidariedade e de identidade cultural entre os dois países. E ainda, promoverá o intercâmbio entre especialistas e personalidades do Brasil e de Cuba mediante mesas redondas, seminários, conferências e apresentação de livros de tema de interesse comum. Inclui comemorações de datas históricas brasileiras e cubanas.

                       

Calle Amargura onde se localiza a Casa Brasil, Havana Vieja. 

     O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), junto a grupos e delegações amigas de Cuba, coordenará a recepção de brigadas e caravanas de solidariedade e outras atividades.

     O trabalho tem sido coletivo entre as equipes da Oficina do Historiador e da Embaixada do Brasil em Cuba, que se traduz nos projetos e nas propostas apresentadas nestas etapas, como a programação e o desenho arquitetônico. A próxima etapa será a elaboração do Plano de investimentos e a Identificação das fontes de financiamento (já em andamento) para obtenção de recursos necessários para a compra de equipamento tecnológico, luminárias apropriadas para a galeria de exposição, cadeiras desmontáveis, estantes para a biblioteca, para citar alguns.

    A nossa Casa, como está aberta à visitação, como um dos casarões históricos de Havana Velha, tem recebido visitas de amigos e amigas, de Cuba e do Brasil, e de grupos de brasileiros. 

   Felizes festas para todas e todos e um 2026 de muitas lutas e conquistas!

Maria Auxiliadora César (Dôra)

Havana, 22 de dezembro de 2025

                                

Estudantes brasileiros de medicina do MST na ELAM visitam a Casa Brasil.




EN ESPAÑOL:

El sueño de los brasileños y brasileñas de construir una Casa Brasil en La Habana Vieja se hace realidad y, en 2026, la culminación de ese sueño será su inauguración, año del centenario del nacimiento del eterno Comandante Fidel Castro Ruz.

Se trata de una casa construida en la primera mitad del siglo XVIII, en el Centro Histórico de La Habana, y restaurada en 2016. Conserva elementos característicos de la arquitectura colonial, cuenta con amplios espacios y un patio central. Está situada en la calle Amargura, 56, entre San Ignacio y Mercaderes. Cuenta con un área para la exhibición de símbolos patrióticos brasileños y vitrinas con la historia de personalidades de Brasil que son referentes en el trabajo de solidaridad con Cuba; una tienda de artesanía con productos de las regiones brasileñas; una sala de estar, con un mural representativo de la cultura brasileña, para facilitar los intercambios y encuentros; una sala de exposiciones que funcionará como galería para obras de artistas cubanos y brasileños; un salón multifuncional/auditorio para diferentes actividades, como eventos, conferencias, talleres, cursos, y también para la exhibición de documentales, películas y material audiovisual; un patio interior que será un jardín multisensorial, con destaque para la flora y la fauna brasileñas. En el entrepiso se ubicarán la biblioteca y la sala de lectura; hay oficinas, despensa, cocina y baños.

Es un lugar para profundizar los vínculos culturales, educativos y de cooperación entre Brasil y Cuba y promoverá la cultura brasileña a través de programas culturales (literatura, música, danza, cine, artes plásticas y artesanías), y fortalecerá el desarrollo de proyectos culturales conjuntos y el fortalecimiento de los lazos de amistad, solidaridad e identidad cultural entre los dos países. Además, promoverá el intercambio entre especialistas y personalidades de Brasil y Cuba a través de mesas redondas, seminarios, conferencias y presentaciones de libros de interés común. Incluye la conmemoración de fechas históricas brasileñas y cubanas.

El Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (ICAP), junto con grupos y delegaciones amigas de Cuba, coordinará la recepción de brigadas y caravanas de solidaridad y otras actividades.

El trabajo ha sido colectivo entre los equipos de la Oficina del Historiador y la Embajada de Brasil en Cuba, lo que se traduce en los proyectos y propuestas presentados en estas etapas, como la programación y el diseño arquitectónico. La siguiente etapa será la elaboración del Plan de inversiones y la Identificación de las fuentes de financiamiento (ya en curso) para obtener los recursos necesarios para la compra de equipo tecnológico, luminarias adecuadas para la galería de exposiciones, sillas desmontables, estanterías para la biblioteca, por citar algunos.

Nuestra Casa, al estar abierta al público como una de las mansiones históricas de La Habana Vieja, ha recibido visitas de amigos y amigas de Cuba y Brasil, así como de grupos de brasileños.

¡Felices fiestas a todos y todas y un 2026 lleno de luchas y conquistas!

María Auxiliadora César (Dôra)

La Habana, 22 de diciembre de 2025

apoyo:

22 de dez. de 2025

CONVOCAÇÃO INTERNACIONAL: DEFENDA A VENEZUELA E A REGIÃO DA AGRESSÃO E DO ROUBO DOS EUA.

                              

Em nome do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, apelamos aos nossos amigos, companheiros e irmãos em todo o mundo para que condenem a agressão contínua dos Estados Unidos contra a República Bolivariana da Venezuela e seu presidente legítimo, Nicolás Maduro.

Inventando todo tipo de infâmias, beirando a loucura e a obscenidade, os Estados Unidos acusam um Estado soberano e seu digno Presidente de tráfico de drogas e terrorismo.

- Em agosto, o governo Trump ultrapassou todos os limites ao oferecer uma recompensa de 50 milhões de dólares pela captura de Maduro, "vivo ou morto", a quem revelasse sua localização.

 - Desde setembro, os Estados Unidos ordenaram um destacamento militar sem precedentes nas águas do Caribe, com mais de 10.000 fuzileiros navais, navios de guerra e porta-aviões, representando uma ameaça para a Venezuela e toda a região. Esse destacamento resultou na morte de mais de 100 pessoas no Caribe, a maioria de pequenas embarcações de pesca.

 - Em outubro, eles enviaram um poderoso porta-aviões com poder de fogo suficiente para desencadear uma guerra de proporções imprevisíveis.

 - Em novembro, a pressão da mídia continuou com o anúncio de que os Estados Unidos não descartavam ações terrestres e culminou em vergonha com o anúncio da concessão do Prêmio Nobel da Paz à belicista María Corina Machado, que desde 2018 vem pedindo aos Estados Unidos e ao genocida Netanyahu uma intervenção militar contra a Venezuela.

 - No dia 10 de dezembro, enquanto M. Corina Machado recebia o Prêmio Nobel da Guerra em Oslo, os Estados Unidos apreenderam um petroleiro venezuelano.

 - Em 16 de dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um "bloqueio total e completo" contra "todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela".

- Em uma versão atualizada da Doutrina Monroe, "América para os Americanos", em 17 de dezembro, Trump finalmente falou abertamente à imprensa, acusando irracionalmente a Venezuela de "roubar petróleo dos EUA" e declarando que o petróleo, a riqueza mineral e as terras que a Venezuela possui pertencem aos Estados Unidos e "nós os queremos de volta".

Em sua diabólica campanha midiática, acusou a Venezuela de "terrorismo, narcotráfico e tráfico de pessoas". O governo venezuelano o denunciou com sua firmeza característica perante a ONU. Rússia e China, México, Brasil, Colômbia e Cuba, juntamente com intelectuais da Rede em Defesa da Humanidade em todo o mundo, incluindo o laureado argentino Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, condenaram a crescente agressão que coloca em risco toda a América Latina e o Caribe, declarada Zona de Paz em 2014.

 - Em 20 de dezembro, a Guarda Costeira dos Estados Unidos, com o apoio do Departamento de Guerra, confiscou o segundo petroleiro que havia atracado pela última vez na Venezuela.

- Em 21 de dezembro, os EUA apreenderam o terceiro petroleiro de bandeira panamenha que se dirigia à Venezuela para carregar petróleo.

 - O Ministério das Relações Exteriores de Cuba, por meio de seu Ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, denunciou a designação da Venezuela como organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos como um ato arbitrário, fraudulento e ilegal. "Isso demonstra, mais uma vez, a falta de credibilidade dessas decisões e a manipulação do terrorismo como arma política. Que autoridade moral tem o governo dos EUA para fazer essas designações quando protege e financia organizações terroristas em seu próprio território, se recusa a cooperar com países vizinhos como Cuba em questões de terrorismo e fala abertamente sobre ações secretas da CIA e sabotagem contra a infraestrutura venezuelana?"

 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciou nas redes sociais: "O novo ato de pirataria e terrorismo marítimo nas águas do Mar do Caribe, perpetrado por forças estadunidenses contra um navio que partiu da Venezuela, constitui grave violação do Direito Internacional e merece total condenação global."

Nem o povo estadunidense, nem muitos membros do Congresso, apoiam essa loucura perpetrada por Trump e pela camarilha belicista liderada pelo mitômano Marco Rubio e pelo Secretário de Defesa. Trump é apoiado pelo vergonhoso presidente da Argentina, Javier Milei, que, enquanto destrói e entrega seu país, agride idosos aposentados. Esse homem, armado com uma motosserra, pediu inutilmente ao Mercosul que apoiasse Trump e endossasse a pressão militar contra a Venezuela. Somente a direita e a extrema-direita apoiam essa escalada de brutal pressão contra uma nação soberana.

Não somos colônia de ninguém, nem quintal de ninguém. Eles nos saquearam, roubaram nossas riquezas, destruíram nossas economias, orquestraram golpes de Estado, instalaram governos subservientes e ditaduras militares, torturaram-nos e assassinaram-nos. Através da resistência e da luta, nos erguemos. Amamos a vida; vocês amam o imperialismo e a guerra. Deixem-nos viver em paz!

A Venezuela bolivariana, a Venezuela chavista, sempre solidária com todos os povos do Sul Global, a Venezuela que nos estendeu a mão em todas as encruzilhadas, a Venezuela trabalhadora e seus líderes, com seu digno presidente Nicolás Maduro, seu povo corajoso, alegre, nobre e humilde, sua força cívico-militar — ela não está sozinha. Estamos todos com ela. Juntos com a Venezuela, nos levantamos. Porque se não fizermos isso por ela agora, como disse Bertolt Brecht sobre o fascismo, amanhã eles virão atrás de nós.

Vamos às ruas, camaradas! Vamos às praças, que nossas vozes sejam um só punho, um só grito em frente às embaixadas estadunidenses: Se tocarem na Venezuela, todos nos levantaremos. Com a força do legado e da memória de Fidel e Chávez, vamos às ruas.

 

Digamos em alto e bom som ao imperialismo: Lembrem-se de Girón! Fora do Caribe e da região!

Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos,

21 de dezembro de 2025.

https://cubaenresumen.org/2025/12/21/llamado-internacional-defender-a-venezuela-y-la-region-de-la-agresion-y-el-robo-de-estados-unidos/


20 de dez. de 2025

EXCELENTE ARTIGO SOBRE A VENEZUELA (em português e espanhol )

                                      



VENEZUELA : A MAIOR EXPRESSÃO ANTI-IMPERIALISTA DE NOSSA ÉPOCA.  

Beto Palmeira*

O chavismo afirma-se, desde o final dos anos 1990, como uma das experiências políticas mais complexas, coerentes e duradouras do anti-imperialismo no século XXI. Ele nasce da combinação entre tradições históricas latino-americanas, o bolivarianismo, o nacionalismo popular, o anti oligarquismo e a luta pela terra e as novas exigências colocadas pela fase neoliberal do capitalismo global e pelo reordenamento do imperialismo norte-americano após o fim da Guerra Fria.

Mais do que um governo, o chavismo se constitui como um projeto político social e civilizatório, capaz de reorganizar o Estado, mobilizar trabalhadores urbanos e rurais, reconstruir a soberania nacional e desenvolver mecanismos próprios de defesa territorial, econômica e militar.

1. As raízes históricas do processo bolivariano

A emergência do chavismo só pode ser compreendida a partir da profunda crise que atravessou a Venezuela nos anos 1980 e 1990. Na América Latina, o neoliberalismo impunha-se como “único horizonte possível”, enquanto privatizações, ajustes estruturais e abertura financeira aprofundaram a dependência das economias do continente.

A Venezuela viveu esse processo de forma particularmente aguda. O país enfrentou:

l  o colapso do modelo rentista e a crescente autonomização da PDVSA frente ao Estado;

l  a decomposição do pacto de Punto Fijo e o esgotamento das elites tradicionais;

l  a submissão ao receituário neoliberal e às instituições financeiras internacionais;

l  O "Sacudón” em 1989 (caracazo), explosão social que antecipou o fim do regime.

A crise tinha também dimensão agrária. O campesinato venezuelano  historicamente marginalizado foi exposto ao avanço de latifundiários, grupos paramilitares e redes ilegais vinculadas ao agronegócio internacional. Sem presença estatal, muitos camponeses radicalizaram sua organização e passaram a protagonizar lutas por terra, produção e autodefesa.

É nesse cenário de crise orgânica econômica, territorial, política e simbólica  que surge o movimento bolivariano liderado por Hugo Chávez, articulando:

l  militares nacionalistas,

l  setores populares urbanos empobrecidos,

l  juventudes marginalizadas,

l  e o campesinato em reorganização.

Desde sua origem, o chavismo aparece como resposta nacional-popular ao aprofundamento da dependência venezuelana.

2. Os pilares do anti-imperialismo chavista

a) Soberania sobre recursos estratégicos

A nacionalização efetiva da PDVSA e a recuperação da renda petroleira constituem o núcleo material do projeto bolivariano. Por décadas, a estatal atuou como enclave vinculado ao capital internacional. A reversão dessa lógica permitiu ao Estado direcionar o excedente para políticas sociais, industrialização, infraestrutura e desenvolvimento científico.

Ao tocar o núcleo da geopolítica energética mundial, a Venezuela entrou em choque direto com:

l  petrolíferas transnacionais,

l  a estratégia energética dos EUA,

l  e os mecanismos típicos de extração de valor impostos à periferia.

As sanções e os bloqueios subsequentes são expressão desse conflito estrutural.

b) Um bloco político urbano-rural

O chavismo construiu uma aliança social , que articula bairros populares urbanos, trabalhadores da PDVSA, setores militares nacionalistas e o campesinato organizado.

A reforma agrária de 2001 foi decisiva, possibilitando:

l  regularização de terras improdutivas;

l  ocupações produtivas;

l  cooperativas e unidades de produção;

l  fortalecimento de comunas rurais.

O campesinato deixou de ser periferia política para assumir papel estratégico em três dimensões:

1.      Produtiva e alimentar: a soberania alimentar tornou-se meta nacional.

2.      Política: movimentos camponeses ocupam posição central no bloco bolivariano.

3.      Territorial e defensiva: o campo converteu-se em base de resistência contra paramilitares;

c) Internacionalismo e integração soberana

O internacionalismo bolivariano expresso em ALBA, UNASUL, CELAC e Petrocaribe representou a maior ofensiva latino-americana por autonomia desde os anos 1960. O objetivo foi romper a dependência histórica dos EUA e construir mecanismos próprios de cooperação econômica, energética e diplomática.

Essa política teve impactos concretos no território, com o fortalecimento das fronteiras, o combate ao contrabando e a integração de áreas rurais a estruturas nacionais de defesa.

d) Democracia participativa e milícias bolivarianas

O chavismo inovou profundamente ao institucionalizar formas de poder popular capazes de disputar, orientar e transformar o próprio Estado Burguês em um Estado Comunal. A criação dos conselhos comunais, seguida pelas comunas urbanas e rurais, deu origem a um modelo organizativo onde as comunidades assumem diretamente a gestão de serviços, recursos e projetos locais. Essas estruturas se articulam ainda com redes produtivas comunitárias, voltadas para gerar trabalho, abastecimento e autonomia econômica nos territórios. Somam-se a isso as instâncias de planejamento participativo, que permitem que moradores influenciem decisões estratégicas sobre orçamento, obras e prioridades sociais. Desse modo, o chavismo produziu uma experiência inédita de poder popular institucionalizado, que combina mobilização de base, democracia direta e capacidade estatal.

Sua inovação mais profunda está na criação das Milícias Bolivarianas (2009), formadas por cidadãos mobilizados para defender o processo revolucionário. As milícias cumprem quatro funções estratégicas:

1.      Atualizam a tradição de povo em armas, fundamento da soberania bolivariana.

2.      Criam um sistema nacional de autodefesa, dificultando golpes e operações clandestinas.

3.      Protegem territórios rurais, em articulação com movimentos camponeses.

4.      Aprofundam a democracia participativa, ampliando o poder territorial das comunidades.

Trata-se de uma forma singular de democracia popular armada, sem paralelo contemporâneo.

3. Por que a Venezuela é a maior expressão anti-imperialista de nossa época

1. Porque enfrenta o imperialismo em sua forma atual

O imperialismo do século XXI opera por:

l  sanções e bloqueios,

l  guerra midiática,

l  sabotagem produtiva,

l  lawfare,

l  operações de mudança de regime,

l  instrumentalização de ONGs.

A Venezuela é o caso mais completo de enfrentamento simultâneo a todos esses mecanismos e de resistência vitoriosa.

2. Porque amplia o conceito de soberania

O chavismo reconstrói a ideia de soberania como um campo multidimensional, superando a visão tradicional limitada ao território ou à diplomacia. Para a Revolução Bolivariana, um país só é soberano quando controla de forma efetiva as bases materiais que sustentam a vida social.

Isso começa pela soberania energética, com o resgate do controle estatal sobre o petróleo e sua utilização em favor do desenvolvimento nacional. Conecta-se a ela a soberania produtiva e alimentar, que busca reduzir dependências externas, fortalecer a agricultura camponesa e garantir abastecimento interno.

O processo bolivariano incorpora também a soberania comunicacional, construindo meios públicos e comunitários como contraponto ao monopólio privado da informação. Do mesmo modo, investe em soberania científica e tecnológica, entendendo que sem capacidade própria de produzir conhecimento não há independência real.

No plano militar e territorial, a soberania se expressa no controle do território e na união cívico-militar como garantia de defesa contra pressões externas e golpes internos.

Mas o ponto mais inovador é a soberania sobre o excedente econômico. Para o chavismo, não existe autonomia se a riqueza produzida pelo país é apropriada por elites ou drenada para potências estrangeiras. Recuperar o excedente significa usá-lo para políticas sociais, infraestrutura e desenvolvimento soberano.

Assim, o chavismo transforma a soberania em prática concreta: energética, produtiva, comunicacional, científica, militar e econômica. Uma soberania que busca destruir o estado burguês e construir desde as comunas o Estado comunal o que devolve ao povo o poder de decidir seu próprio destino. Assim o anti-imperialismo torna-se concreto, estrutural e popular e não mero discurso para negociar melhores condições para capital exportar commodities para os EUA

3. Porque é alvo prioritário do imperialismo

Golpes fracassados, sanções permanentes e campanhas internacionais de deslegitimação confirmam que o chavismo é tratado por Washington como ameaça estratégica. Ser alvo prioritário é, paradoxalmente, reconhecimento de sua força.

4. O lugar do chavismo no imaginário latino-americano

Hoje, o chavismo se afirma como símbolo continental de resistência, referência direta para movimentos camponeses, urbanos e estudantis que buscam caminhos próprios de emancipação. Tornou-se um laboratório vivo do socialismo do século XXI, onde se experimentam novas formas de organização popular, participação direta e construção de soberania. Ao mesmo tempo, funciona como ponto de convergência das lutas por autonomia e poder popular em todo o continente.

Por articular Estado, povo, classe operária, campesinato, comunas, milícias populares e controle soberano da economia, o processo bolivariano ocupa um lugar singular na política contemporânea. Sua combinação de mobilização social, defesa nacional, integração regional e afirmação da soberania econômica não possui paralelo na América Latina recente.

Com todas as contradições próprias de um processo revolucionário em movimento, a Venezuela segue sendo a expressão mais avançada de enfrentamento real ao imperialismo em nossa época, um farol que ilumina e inspira a luta popular latino-americana. Defender a soberania venezuelana é defender a soberania de todos os povos do continente que se levantam contra a dependência e a dominação externa.

Nossa tarefa é assumir a defesa da Venezuela como parte estratégica da luta popular latino-americana: fortalecer a solidariedade internacionalista, denunciar a ofensiva dos Estados Unidos e as ameaças de guerra imperialista e apoiar o protagonismo do povo venezuelano e do governo de Nicolás Maduro. Reafirmar essa defesa é afirmar que a soberania de um país só se sustenta plenamente quando é reconhecida e defendida por toda a nossa Pátria Grande. Precisamos criar formas de agitação e propaganda para dizer ao povo brasileiro que não se trata apenas da Venezuela. A nova Doutrina de Segurança dos Estados Unidos, lançada em novembro de 2025, dirige-se a todos os países da região, inclusive ao Brasil, e deixa claro que a guerra contra a Venezuela é condição para seguir enfraquecendo Cuba e aprofundar a ofensiva imperial sobre o conjunto da América Latina. Se a Venezuela cair, o Brasil não sairá ileso e poderá ser o próximo alvo. O impacto será regional, direto e profundo sobre nossas lutas, nossos territórios e nosso futuro. É hora de retomar a luta anti-imperialista como eixo para reconstruir as resistências e colocar em marcha um projeto nacional e popular para o Brasil

 *Beto Palmeira é  Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores


                                                    

VENEZUELA: LA MAYOR EXPRESIÓN ANTIIMPERIALISTA DE NUESTRA ÉPOCA.

Beto Palmeira – Militante del Movimiento de Pequeños Agricultores

Desde finales de la década de 1990, el chavismo se ha afirmado como una de las experiencias políticas más complejas, coherentes y duraderas del antiimperialismo en el siglo XXI. Nace de la combinación entre las tradiciones históricas latinoamericanas, el bolivarianismo, el nacionalismo popular, el antioligarquismo y la lucha por la tierra, y las nuevas exigencias impuestas por la fase neoliberal del capitalismo global y el reordenamiento del imperialismo estadounidense tras el fin de la Guerra Fría.

Más que un gobierno, el chavismo se constituye como un proyecto político social y civilizatorio, capaz de reorganizar el Estado, movilizar a los trabajadores urbanos y rurales, reconstruir la soberanía nacional y desarrollar mecanismos propios de defensa territorial, económica y militar.

1. Las raíces históricas del proceso bolivariano

La emergencia del chavismo solo puede entenderse a partir de la profunda crisis que atravesó Venezuela en los años ochenta y noventa. En América Latina, el neoliberalismo se imponía como «único horizonte posible», mientras que las privatizaciones, los ajustes estructurales y la apertura financiera profundizaban la dependencia de las economías del continente.

Venezuela vivió este proceso de forma particularmente aguda. El país se enfrentó a:

l  el colapso del modelo rentista y la creciente autonomización de PDVSA frente al Estado;

l  la descomposición del pacto de Punto Fijo y el agotamiento de las élites tradicionales;

l  la sumisión a la receta neoliberal y a las instituciones financieras internacionales;

l  el «Sacudón» de 1989 (caracazo), una explosión social que anticipó el fin del régimen.

La crisis también tenía una dimensión agraria. El campesinado venezolano, históricamente marginado, se vio expuesto al avance de los latifundistas, los grupos paramilitares y las redes ilegales vinculadas al agronegocio internacional. Sin presencia estatal, muchos campesinos radicalizaron su organización y pasaron a protagonizar luchas por la tierra, la producción y la autodefensa.

Es en este escenario de crisis orgánica económica, territorial, política y simbólica donde surge el movimiento bolivariano liderado por Hugo Chávez, articulando:

l  militares nacionalistas,

l  sectores populares urbanos empobrecidos,

l  juventudes marginadas,

l  y el campesinado en reorganización.

Desde sus orígenes, el chavismo se presenta como una respuesta nacional-popular a la profundización de la dependencia venezolana.

2. Los pilares del antiimperialismo chavista

a) Soberanía sobre los recursos estratégicos

La nacionalización efectiva de PDVSA y la recuperación de los ingresos petroleros constituyen el núcleo material del proyecto bolivariano. Durante décadas, la empresa estatal actuó como un enclave vinculado al capital internacional. La reversión de esta lógica permitió al Estado destinar el excedente a políticas sociales, industrialización, infraestructura y desarrollo científico.

Al tocar el núcleo de la geopolítica energética mundial, Venezuela entró en choque directo con:

l  las petroleras transnacionales,

l  la estrategia energética de EE. UU.,

l  y los mecanismos típicos de extracción de valor impuestos a la periferia.

Las sanciones y los bloqueos posteriores son expresión de este conflicto estructural.

b) Un bloque político urbano-rural

El chavismo construyó una alianza social que articula barrios populares urbanos, trabajadores de PDVSA, sectores militares nacionalistas y el campesinado organizado.

La reforma agraria de 2001 fue decisiva, ya que permitió:

l  la regularización de tierras improductivas;

l  ocupaciones productivas;

l  cooperativas y unidades de producción;

l  el fortalecimiento de las comunas rurales.

El campesinado dejó de ser una periferia política para asumir un papel estratégico en tres dimensiones:

1. Productiva y alimentaria: la soberanía alimentaria se convirtió en un objetivo nacional.

2. Política: los movimientos campesinos ocupan una posición central en el bloque bolivariano.

3. Territorial y defensiva: el campo se convirtió en base de resistencia contra los paramilitares.

c) Internacionalismo e integración soberana

El internacionalismo bolivariano expresado en el ALBA, la UNASUR, la CELAC y Petrocaribe representó la mayor ofensiva latinoamericana por la autonomía desde los años sesenta. El objetivo era romper la dependencia histórica de los Estados Unidos y construir mecanismos propios de cooperación económica, energética y diplomática.

Esta política tuvo impactos concretos en el territorio, con el fortalecimiento de las fronteras, la lucha contra el contrabando y la integración de las zonas rurales en las estructuras nacionales de defensa.

d) Democracia participativa y milicias bolivarianas

El chavismo innovó profundamente al institucionalizar formas de poder popular capaces de disputar, orientar y transformar el propio Estado burgués en un Estado comunal. La creación de los consejos comunales, seguida de las comunas urbanas y rurales, dio lugar a un modelo organizativo en el que las comunidades asumen directamente la gestión de los servicios, los recursos y los proyectos locales. Estas estructuras se articulan además con redes productivas comunitarias, orientadas a generar trabajo, abastecimiento y autonomía económica en los territorios. A esto se suman las instancias de planeación participativa, que permiten a los residentes influir en las decisiones estratégicas sobre el presupuesto, las obras y las prioridades sociales. De este modo, el chavismo produjo una experiencia sin precedentes de poder popular institucionalizado, que combina la movilización de base, la democracia directa y la capacidad estatal.

Su innovación más profunda radica en la creación de las Milicias Bolivarianas (2009), formadas por ciudadanos movilizados para defender el proceso revolucionario. Las milicias cumplen cuatro funciones estratégicas:

1. Actualizan la tradición del pueblo en armas, fundamento de la soberanía bolivariana.

2. Crean un sistema nacional de autodefensa, dificultando los golpes y las operaciones clandestinas.

3. Protegen los territorios rurales, en articulación con los movimientos campesinos.

4. Profundizan la democracia participativa, ampliando el poder territorial de las comunidades.

Se trata de una forma singular de democracia popular armada, sin paralelo contemporáneo.

3. Por qué Venezuela es la mayor expresión antiimperialista de nuestra época

1. Porque enfrenta al imperialismo en su forma actual

El imperialismo del siglo XXI opera mediante:

l  sanciones y bloqueos,

l  guerra mediática,

l  sabotaje productivo,

l  lawfare,

l  operaciones de cambio de régimen,

l  instrumentalización de ONG.

Venezuela es el caso más completo de enfrentamiento simultáneo a todos estos mecanismos y de resistencia victoriosa.

2. Porque amplía el concepto de soberanía

El chavismo reconstruye la idea de soberanía como un campo multidimensional, superando la visión tradicional limitada al territorio o a la diplomacia. Para la Revolución Bolivariana, un país solo es soberano cuando controla de manera efectiva las bases materiales que sustentan la vida social.

Esto comienza por la soberanía energética, con el rescate del control estatal sobre el petróleo y su utilización en favor del desarrollo nacional. A ello se suma la soberanía productiva y alimentaria, que busca reducir las dependencias externas, fortalecer la agricultura campesina y garantizar el abastecimiento interno.

El proceso bolivariano también incorpora la soberanía comunicacional, construyendo medios públicos y comunitarios como contrapunto al monopolio privado de la información.

Del mismo modo, invierte en soberanía científica y tecnológica, entendiendo que sin capacidad propia para producir conocimiento no hay independencia real.

En el plano militar y territorial, la soberanía se expresa en el control del territorio y en la unión cívico-militar como garantía de defensa contra presiones externas y golpes internos.

Pero el punto más innovador es la soberanía sobre el excedente económico. Para el chavismo, no existe autonomía si la riqueza producida por el país es apropiada por las élites o drenada hacia potencias extranjeras. Recuperar el excedente significa utilizarlo para políticas sociales, infraestructura y desarrollo soberano.

Así, el chavismo transforma la soberanía en práctica concreta: energética, productiva, comunicacional, científica, militar y económica. Una soberanía que busca destruir el Estado burgués y construir desde las comunas el Estado comunal que devuelve al pueblo el poder de decidir su propio destino. Así, el antiimperialismo se vuelve concreto, estructural y popular, y no un mero discurso para negociar mejores condiciones para que el capital exporte materias primas a los Estados Unidos.

3. Porque es un objetivo prioritario del imperialismo

Los golpes fallidos, las sanciones permanentes y las campañas internacionales de deslegitimación confirman que el chavismo es tratado por Washington como una amenaza estratégica. Ser un objetivo prioritario es, paradójicamente, un reconocimiento de su fuerza.

4. El lugar del chavismo en el imaginario latinoamericano

Hoy en día, el chavismo se afirma como símbolo continental de resistencia, referencia directa para los movimientos campesinos, urbanos y estudiantiles que buscan sus propios caminos de emancipación. Se ha convertido en un laboratorio vivo del socialismo del siglo XXI, donde se experimentan nuevas formas de organización popular, participación directa y construcción de la soberanía. Al mismo tiempo, funciona como punto de convergencia de las luchas por la autonomía y el poder popular en todo el continente.

Al articular el Estado, el pueblo, la clase obrera, el campesinado, las comunas, las milicias populares y el control soberano de la economía, el proceso bolivariano ocupa un lugar singular en la política contemporánea. Su combinación de movilización social, defensa nacional, integración regional y afirmación de la soberanía económica no tiene paralelo en la América Latina reciente.

Con todas las contradicciones propias de un proceso revolucionario en movimiento, Venezuela sigue siendo la expresión más avanzada de confrontación real al imperialismo en nuestra época, un faro que ilumina e inspira la lucha popular latinoamericana. Defender la soberanía venezolana es defender la soberanía de todos los pueblos del continente que se levantan contra la dependencia y la dominación externa.

Nuestra tarea es asumir la defensa de Venezuela como parte estratégica de la lucha popular latinoamericana: fortalecer la solidaridad internacionalista, denunciar la ofensiva de Estados Unidos y las amenazas de guerra imperialista y apoyar el protagonismo del pueblo venezolano y del gobierno de Nicolás Maduro. Reafirmar esta defensa es afirmar que la soberanía de un país solo se sostiene plenamente cuando es reconocida y defendida por toda nuestra Patria Grande. Necesitamos crear formas de agitación y propaganda para decirle al pueblo brasileño que no se trata solo de Venezuela. La nueva Doctrina de Seguridad de Estados Unidos, lanzada en noviembre de 2025, se dirige a todos los países de la región, incluido Brasil, y deja claro que la guerra contra Venezuela es una condición para seguir debilitando a Cuba y profundizar la ofensiva imperial sobre el conjunto de América Latina. Si Venezuela cae, Brasil no saldrá indemne y podría ser el próximo objetivo. El impacto será regional, directo y profundo sobre nuestras luchas, nuestros territorios y nuestro futuro. Es hora de retomar la lucha antiimperialista como eje para reconstruir las resistencias y poner en marcha un proyecto nacional y popular para Brasil.




O Comitê Carioca projetou nas ruas do Rio de Janeiro, Brasil, denúncias das ameaças de trump  à Venezuela durante o mês de dezembro.
Comité Carioca proyectó en las calles de Rio de Janeiro, Brasil,  denuncias de las amenazas de trump a Venezuela durante el mes de deciembre :