3 de nov. de 2024

Vidas bloqueadas: o custo de ser cubano (+videos curtos)

                                     

Por: Luis López González*

 Como medimos a dor de um indivíduo, de uma família ou de um país? Como evitamos que as vítimas se tornem estatísticas frias enquanto seus rostos sofrem os efeitos de uma guerra prolongada? O complexo industrial militar pode nos dizer o custo exato de um míssil, de um tanque ou do caça mais recente, mas nunca pode contar as consequências e as perdas sofridas por seus alvos. Ele nunca poderá nos dizer o verdadeiro valor da vida.

A asfixia econômica tornou-se o método preferido do governo dos EUA para torturar aqueles que não se submetem. Já se passaram 62 anos desde que Kennedy assinou o bloqueio contra Cuba, uma ordem que foi emitida como uma sentença de morte e que vem aperfeiçoando a vil arte do estrangulamento.

Vamos supor, por um momento, que você tenha o poder de remover a teia de leis que compõem essa política e interromper seus danos econômicos. Com 15 minutos sem bloqueio, Cuba poderia comprar aparelhos auditivos para crianças e adolescentes com deficiências na educação especial; com meia hora, cadeiras de rodas elétricas e convencionais desse sistema.

                     


Se o bloqueio for interrompido por 8 horas, Cuba poderia obter todos os brinquedos e materiais didáticos para seus círculos infantis; por 38 horas, materiais de estudo para um ano e, por 3 dias, garantir a manutenção anual do transporte público em todo o país.

A essa altura, é possível perceber que o principal obstáculo ao desenvolvimento cubano é justamente a asfixia econômica e a perseguição financeira que afetam diretamente a população.

                        


Ao suspender o bloqueio por 9 dias, poderíamos importar os suprimentos médicos e reagentes necessários para o sistema nacional de saúde por um ano. Com 18 dias, a manutenção anual do sistema de eletroenergia e, com 25 dias sem políticas estadunidenses, teríamos o financiamento necessário para cobrir as necessidades básicas de medicamentos do país durante um ano.

Cuba já sofre prejuízos acumulados no valor de 1 trilhão 499 bilhões 710 milhões de dólares; (13,8 milhões de dólares por dia). Entretanto, o custo humano de uma agressão unilateral, sustentada por seis décadas, é incalculável.

A linha traçada pelo subsecretário de Estado Lester Mallory em abril de 1960 ainda se mantém: “(...) todos os meios possíveis devem ser empregados rapidamente para enfraquecer a vida econômica de Cuba (...) um curso de ação que, sendo o mais hábil e discreto possível, fará o maior progresso possível para privar Cuba de dinheiro e suprimentos, reduzir seus recursos financeiros e salários reais, provocar fome, desespero e a derrubada do governo”.

                         


Não é preciso muito esforço para entender que a agressão sustentada também gera os mecanismos apropriados para que um pequeno grupo lucre ao longo dos anos com a guerra, a propaganda e a maquinaria econômica fornecida pelos EUA, e que finalmente possa obter favores e reconhecimento político. Em nome de um povo que eles não conhecem, sem raízes culturais, familiares ou sentimentais, florescem os porta-vozes do dia e as iniciativas de sanções que atacam aqueles que eles dizem defender.

O “sequestro” da política cubana por esse grupo mantém imóvel a mão que pode, com sua assinatura, deter o dano e a injustiça. A rejeição da maioria dos países nas Nações Unidas, a condenação permanente de suas medidas coercitivas unilaterais, o apoio da solidariedade mundial ao nosso país e a demanda de milhões de pessoas que querem “derrubar” o bloqueio não foram suficientes.

Os números compartilhados são rostos que encaram a adversidade das ruas de Cuba. Estatísticas de homens e mulheres que encarnam o custo da soberania. Números que, em última análise, refletem o fracasso em apagar um ideal e a vontade de um povo.

* Diplomata e jornalista. Chefe do Escritório de Imprensa da Embaixada de Cuba no México. 


https://www.cubainformacion.tv/opinion/20241018/111913/111913-vidas-bloqueadas-el-costo-de-ser-cubano

Ediçao/Trad: @comitecarioca21 

            


2 de nov. de 2024

A crise energética em Cuba, o bloqueio e a luminosidade da Revolução - Beto Almeida

Bruno Rodríguez fala sobre bloqueio dos EUA a Cuba (foto de Joaquín Hernández, Xinhua)


    Rússia, China e Irã apoiam a Ilha; está na hora de o Brasil fazer o mesmo  -

Por Beto Almeida

     Notícias que chegam de Cuba relatam grave crise de abastecimento de energia, decorrente das dificuldades impostas pelo bloqueio econômico imposto pelos EUA contra a Ilha socialista, impedindo-lhe a compra de petróleo, bem como de peças de reposição para a manutenção do sistema elétrico. Além disso, a Cuba é negado o acesso ao sistema de crédito internacional. Tudo é consequência deste criminoso bloqueio que se iniciou em 1962 e que conta com o apoio do regime genocida de Israel. O que pretendem os EUA é transformar Cuba numa outra Gaza, matando seus habitantes de fome, de penúria ou por falta de medicamentos. Mas isso não vai acontecer! A solidariedade internacional à Revolução Cubana se fará sentir cada vez mais forte e mais organizada, e os sinistros planos dos EUA e de Israel não serão alcançados.

    Cuba participa da Cúpula dos Brics em Kazan, convidada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, hoje no comando do bloco que já supera o G7 em termos de PIB. Além disso, entre os países que compõem o Brics, vários possuem relações de cooperação com Cuba, que, neste momento em que a selvageria capitalista contra a Ilha revela toda a sua crueldade, certamente estarão redimensionando suas relações bilaterais, especialmente Rússia, China, África do Sul e Irã, permitindo que Cuba possa enfrentar e superar as atuais dificuldades.

    A Federação Russa já tem demonstrado efetiva solidariedade com Cuba: em março deste ano, chegou à Ilha caribenha um navio russo com 700 mil barris de petróleo. Além desta doação essencial, a Federação Russa está operando a modernização da principal ferrovia da Ilha, ligando Havana a Santiago de Cuba, e também das Forças Armadas cubanas.

    De sua parte, a República Popular da China efetivou a doação de uma usina de energia solar no valor de € 107 milhões, medida que deverá ser seguida de novas doações, com a meta indicada de que a Ilha possa fazer sua gradativa conversão do atual sistema elétrico, baseado em petróleo, para um modelo energético lastreado em fontes renováveis para a geração de eletricidade, com a utilização de placas fotovoltaicas, aproveitando a elevada incidência solar em toda a região do Caribe.

    O Brasil também faz parte de um grupo de países que busca ampliar as relações bilaterais com Cuba, que foram bastante reduzidas durante o governo de Bolsonaro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a retomada dos Acordos de Cooperação na área de produção de fármacos, envolvendo a participação de instituições dos dois países. Uma parceria que já deu frutos, pois, no ano de 2007, os dois países chegaram a produzir 19 milhões de doses de vacinas contra a febre amarela, produzidas pelo Instituto Finley, de Cuba, e pela Fiocruz, brasileira, com um preço 90% mais baixo do que o oferecido pelo laboratório concorrente, vinculado à ambiciosa e rica Fundação Bill Gates.

   Essas vacinas foram destinadas a uma vasta região da África, atendendo a uma licitação lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa notícia somente foi divulgada pela Telesur e pela Prensa Latina, agência de notícias fundada por Che Guevara. Outro integrante do bloco Brics e também dotado de robusta política anti-imperialista desde 1979, quando triunfou a Revolução Islâmica que derrubou a ditadura do Xa Reza Pahlevy, é a República do Irã. Ainda este ano, Cuba recebeu a visita de um chefe de estado persa, o ex-presidente Ibrahin Raissi, falecido em acidente no dia 19 de maio último. Durante sua visita a Havana, o então presidente do Irã fortaleceu os laços de cooperação junto ao presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

    Além de acordos de cooperação em diferentes áreas, Irã e Cuba comprometeram-se a atuar de modo solidário e organizado para resistir às sanções dos EUA que atingem os dois países revolucionários. Além disso, alguns medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica de Cuba estão à venda no mercado da nação persa.

              

Em nenhum momento, mesmo enfrentando todas as adversidades do bloqueio dos EUA, Cuba deixou de expressar sua solidariedade concreta a diversos países, em todos os continentes. Há vacinas cubanas no Irã, na Venezuela, na Nicarágua e no México. As brigadas médicas cubanas também marcaram sua presença em 77 países do mundo, inclusive Rússia, China, Itália, Brasil e Haiti. A Escola Latino-Americana de Medicina já formou mais de 300 mil médicos, com financiamento próprio de Cuba. Com isso, Cuba compartilha seus modestos recursos com os povos de vários continentes, na forma de médicos dotados de uma consciência socialista da medicina.

    Vale lembrar que, quando o Brasil teve um surto de meningite, durante o governo Sarney, ameaçando ceifar a vida de milhares de crianças brasileiras, a vacina que nos salvou veio de Cuba. Mais tarde, durante o governo Dilma Rousseff, quando o Brasil necessitou de milhares de médicos para atender os brasileiros mais humildes, nos locais mais inóspitos, onde os médicos brasileiros nunca se interessaram em estar, foram os médicos cubanos, por meio do Programa Mais Médicos, que atenderam a população nos seringais, nos pampas, no Pantanal, no sertão e também nas favelas do Rio de Janeiro. Como registro para comprovar o alcance da medicina cubana, o neto do ex-presidente João Goulart, formado em Cuba, é médico em um posto de saúde na favela da Rocinha.

   Ao Brasil, a presença da solidariedade cubana nunca faltou. Poderia até ter sido mais profunda se o Ministério da Educação tivesse dado continuidade à aplicação do método de alfabetização chamado Yo Si Puedo, e talvez já tivéssemos erradicado o analfabetismo que grassa entre nós, como o fizeram Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Equador, sempre com a presença de pedagogos de Cuba, como atesta a Unesco, declarando esses países Territórios Livres do Analfabetismo, tal como a Ilha caribenha, a primeira a se ver livre desta chaga social nas Américas. Mas foi o próprio MEC, no governo Lula 1, que não deu continuidade aos projetos pilotos no Nordeste, com a participação de pedagogos cubanos, que registraram excelente rendimento alfabetizador.

    Agora, quando Cuba atravessa essa dificuldade no abastecimento de energia, tragédia produzida por mais de 60 anos de bloqueio dos EUA, é hora de a Humanidade reconhecer que possui uma dívida para com a Revolução Cubana, que sempre reagiu ao ódio e à coação imperialistas, bem como à indiferença de outras nações, ofertando educação, saúde, vacinas, médicos e professores, como agora em Honduras, em convênio com o governo da presidenta Xiomara Castro, onde se aplica o método Yo Si Puedo, destinado a erradicar o analfabetismo naquela nação centro-americana.

    As dificuldades no abastecimento de energia em Cuba não interrompem a energia social civilizatória que a Ilha lança, de modo solidário, a outros povos. Falta luz, sobra solidariedade!


Constituição e Integração da América Latina

    O Brasil tem, no preâmbulo de sua Constituição de 1988, a meta de construir uma “Comunidade Latino-Americana de Nações”. Expressar solidariedade concreta a Cuba, neste momento, seria não apenas uma missão constitucional, mas também o reconhecimento desta imensa dívida que a humanidade tem para com o generoso povo cubano. Tivéssemos hoje a Eletrobras como empresa estatal, tal como fora criada pelo grande presidente Vargas, teríamos uma ferramenta de desenvolvimento a ser aplicada em favor da integração energética latino-americana, como é compromisso assumido pelo Brasil ao decidir integrar a Celac.

    Seria imensamente mais fácil e prático expressar a solidariedade brasileira. Mas essa missão também pode ser muito bem cumprida via BNDES, outra ferramenta surgida na Era Vargas, com a aprovação de linhas de crédito para que empresas brasileiras implantem projetos para o desenvolvimento de um novo modelo energético em Cuba, com equipamentos da indústria brasileira, o que contribuiria para atender a uma das metas anunciadas pelo presidente Lula, aliás prioritária em seu terceiro mandato: a reindustrialização do Brasil, ainda marcando passos.

    Certamente, o presidente Lula não deve ter se esquecido de que, logo após a derrota de 1989, quando chegou a pensar em abandonar a política, foi exatamente o comandante Fidel Castro quem lhe abriu os olhos e lhe tocou a consciência, mostrando que, embora não vitorioso eleitoralmente, havia recebido dos trabalhadores brasileiros um precioso voto de confiança, uma mensagem para que seguisse na política. O conselho do líder cubano foi de grande valia, e aí está o retirante nordestino pela terceira vez no Alvorada.

    É hora de pagar dívidas históricas com o povo brasileiro, erradicando o analfabetismo, por exemplo, meta ainda sem definição, e também retribuindo a solidariedade caribenha que nunca faltou aos brasileiros. Afinal, não tem nenhum sentido que a Petrobras, fruto do trabalhismo varguista, seja hoje utilizada para abastecer de petróleo a máquina de matar israelense, enquanto Cuba, que ilumina a humanidade com suas mensagens edificantes à civilização, não receba sequer uma gota de petróleo brasileiro…

Beto Almeida é jornalista, diretor da Telesur, conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e membro da Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade

Fonte : https://monitormercantil.com.br/a-crise-energetica-em-cuba-o-bloqueio-e-a-luminosidade-da-revolucao/


20 de out. de 2024

Sobre a causa da situação energética em Cuba . Algumas linhas explicativas necessárias. #UnidosXCuba (Port/Esp)

                   

 Cuba tem oito usinas termoelétricas principais, que formam a base de seu sistema nacional de eletricidade.

Essas usinas são:

1. CTE Máximo Gómez: localizada em Mariel, província de Artemisa.

2.      CTE Antonio Guiteras: localizada em Matanzas.

3.      CTE Carlos Manuel de Céspedes: localizado em Cienfuegos.

4.      CTE Diez de Octubre: em Nuevitas, província de Camagüey.

5.      CTE Ernesto Che Guevara: em Santa Cruz del Norte, Mayabeque.

6.      CTE Lidio Ramón Pérez (Felton): Em Holguín.

7.      CTE Otto Parellada (Tallapiedra): Em Havana.

8.      CTE Antonio Maceo (Rente): Em Santiago de Cuba.

  O principal objetivo da manutenção  capital de uma usina termelétrica é garantir a operacionalidade, a segurança e a eficiência de longo prazo dos equipamentos e instalações da usina. Esse tipo de manutenção difere da manutenção de rotina ou corretiva porque é um processo mais profundo e exaustivo, que inclui a revisão, o reparo, a substituição ou a modernização dos principais componentes para prolongar a vida útil da usina. As principais funções da manutenção capital em uma usina de energia térmica são:

1.      Prolongar a vida útil do equipamento: permite que os principais componentes, como turbinas, caldeiras, geradores e sistemas auxiliares, continuem a operar de forma eficiente e confiável por mais tempo.

2.  melhorar a eficiência operacional: ao reformar ou modernizar os equipamentos, a manutenção de capital pode aumentar a eficiência energética da usina, reduzindo as perdas de energia e os custos operacionais.

3.      Evitar falhas catastróficas: essa manutenção reduz o risco de falhas graves que podem levar a paradas da fábrica, perdas econômicas ou situações de emergência.

4.      Cumprir as regulamentações e os padrões de segurança: as usinas termelétricas devem cumprir as rigorosas regulamentações ambientais e de segurança. A manutenção capital garante que a usina opere dentro dos limites estabelecidos pelas autoridades reguladoras.

5.      Reduzir as emissões de poluentes: Ao atualizar ou substituir equipamentos, a manutenção  capital pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes, ajudando a melhorar o desempenho ambiental da usina.

6.      Otimizar a disponibilidade e a confiabilidade da usina: por meio de intervenções programadas, esse tipo de manutenção reduz o número de interrupções não planejadas, garantindo que a usina esteja disponível para operar de forma contínua e confiável.

Em resumo, a manutenção  capital de uma usina termelétrica é essencial para garantir a operação de longo prazo da usina, melhorar sua eficiência e garantir uma operação segura e sustentável.

  O que não foi feito durante anos não pode ser resolvido da noite para o dia. A manutenção capital foi adiada por vários anos. Uma usina termoelétrica que deveria receber manutenção  capital a cada cinco anos não a recebe há mais de oito anos. Atualmente, são realizadas apenas manutenções leves e corretivas, como a limpeza das paredes das caldeiras, que estão cheias de resíduos do óleo cru cubano, um óleo de baixa qualidade com alto teor de enxofre, o que reduz a capacidade de geração de energia. As chaminés também são limpas, entre outros ajustes. No entanto, essas são correções paliativas. O uso do óleo cru cubano deteriora rapidamente os dutos e as caldeiras, acelerando a necessidade de manutenção mais profunda.

 A falta de financiamento, principalmente devido ao bloqueio econômico, financeiro e comercial dos EUA, juntamente com a redução da renda no país devido a vários fatores, impediu que os recursos necessários fossem alocados para a manutenção capital das usinas termoelétricas. Em condições normais, são necessários pelo menos US$ 250 milhões por ano para essa manutenção, um valor que não pode ser atingido no momento.

 Devido ao bloqueio e à perseguição do governo dos Estados Unidos àqueles que comercializam com Cuba, muitos navios não podem transportar combustível para Cuba (especialmente desde a administração Trump) porque evitam ser penalizados; outros, ao entrar em Cuba, desconectam seu GPS e, às vezes, precisam fazer o transbordo do petróleo no meio do mar, em águas internacionais.

  Uma usina termoelétrica sem manutenção capital está diminuindo sua capacidade de trabalho, especialmente quando usam o petróleo cru cubano, que é pesado e ruim porque tem um alto teor de enxofre. Outra questão importante é que não temos capacidade de reserva no país.

  Ter capacidade de reserva quando uma usina termoelétrica está em manutenção significa ter capacidade de geração de eletricidade suficiente em outras usinas ou fontes de energia para cobrir a demanda enquanto a usina em manutenção estiver temporariamente fora de serviço. Esse conceito é essencial para evitar interrupções no fornecimento de energia durante o período em que uma usina termoelétrica está parada para reparos, atualizações ou revisões.

  Alguns aspectos importantes da capacidade de reserva são :

1. disponibilidade de outras fontes de energia: é preciso garantir que outras usinas térmoelétricas, usinas hidrelétricas, usinas solares, usinas eólicas ou até mesmo importações de energia estejam operando com capacidade suficiente para suprir a energia que não é mais produzida pela usina em manutenção.

2.      Evitar apagões ou interrupções: a capacidade de reserva garante que a rede elétrica possa atender à demanda de energia, mesmo quando uma parte significativa da infraestrutura (como uma usina termoelétrica) não estiver em operação. Isso é fundamental para evitar blecautes ou interrupções no sistema de eletricidade.

3.      Flexibilidade e planejamento: A programação da manutenção deve ser coordenada com a disponibilidade dessas fontes alternativas de energia. Em muitos casos, a manutenção é evitada durante as estações de alta demanda, como o verão ou o inverno, quando o consumo de eletricidade é maior.

4.      Manutenção escalonada: se você tiver um sistema com várias usinas térmoelétricas, a manutenção é programada de forma escalonada para que sempre haja capacidade de reserva disponível. Dessa forma, muitas usinas nunca são desligadas ao mesmo tempo.

  Em resumo, ter capacidade de reserva é um fator essencial no gerenciamento do sistema de energia, pois permite que a rede opere de forma estável e confiável, mesmo quando o trabalho de manutenção está sendo realizado em uma usina de energia.

  O desligamento de uma usina termoelétrica como a CTE Antonio Guiteras, em Matanzas, por um ano, para substituir equipamentos, peças e componentes é extremamente complexo e exige uma capacidade de reserva adequada no sistema de geração de eletricidade. Além disso, essas usinas termoelétricas são muito antigas e sua capacidade diminuiu significativamente (um bloco de 100 MW gera atualmente entre 60 e 65 MW). Após cada período de manutenção, como no verão, elas geralmente apresentam uma ligeira melhora, mas logo voltam a ter problemas devido à falta de capacidade de reserva para desligá-las para manutenção profunda. Isso leva a intervalos prolongados entre as manutenções, acumulando problemas técnicos, como vazamentos e falhas operacionais, o que causa avarias frequentes e, ocasionalmente, a retirada da usina do Sistema Elétrico Nacional.

  A usina termoelétrica Lidio Ramón Pérez, mais conhecida como usina termoelétrica Felton, localizada na província de Holguín, sofreu um incêndio em 28 de julho de 2022. O incêndio afetou a unidade Felton 1 da usina, o que causou uma interrupção significativa em sua capacidade de geração de energia. Esse incidente agravou a crise energética que Cuba já vinha enfrentando, dada a importância dessa usina no fornecimento de eletricidade do país.

          


 O incêndio ocorreu devido a falhas no equipamento e nos componentes, que causaram o superaquecimento que desencadeou o incidente. O reparo da unidade afetada era uma prioridade para as autoridades cubanas, mas as dificuldades técnicas e a falta de recursos prejudicaram o processo de recuperação.

  Devido aos problemas na usina de Felton, que deverá estar operacional dentro de dois anos, e à capacidade de geração insuficiente das usinas termoelétricas, tivemos que contar com geradores de geração distribuída, alguns maiores e outros menores. Essas unidades são submetidas a um trabalho intenso para o qual não foram projetadas, pois não foram concebidas para operar continuamente. Elas são reabastecidas todas as manhãs, mas no dia seguinte já esgotaram suas reservas, exigindo reabastecimento constante. Essa operação envolve uma logística enorme, que muitas vezes falha, pois o combustível precisa ser transportado por terra, mar ou trem, e as condições climáticas às vezes impedem que ele seja descarregado. Todos os dias, são necessárias 1.500 toneladas de diesel, o que afeta a economia, pois o combustível, em vez de ser usado no transporte público, deve ser usado para alimentar geradores.

  Outro fator crucial é a redução da capacidade dos superpetroleiros de armazenar combustível, principalmente devido ao incêndio devastador na Base de Superpetroleiros de Matanzas em agosto de 2022. Esse incidente, causado por um raio em um dos tanques de armazenamento, destruiu quatro tanques que continham aproximadamente 200.000 metros cúbicos de combustível. Esse evento afetou gravemente a capacidade de armazenamento e distribuição de combustível de Cuba, o que criou desafios significativos para o fornecimento de energia do país.

  Após o incêndio, o governo cubano realizou trabalhos de recuperação e reconstrução na Base de Superpetroleiros. No entanto, essas obras sofreram atrasos e várias dificuldades, o que prolongou a diminuição da capacidade de armazenamento de combustível e, consequentemente, limitou a operação dos superpetroleiros.

   Os parques fotovoltaicos estão sendo discutidos atualmente como uma alternativa, mas sem sistemas de armazenamento de energia, sua utilidade é limitada às horas do dia e sua implementação completa não estará disponível até o final de 2025. Isso significa que essa não é uma solução de curto prazo. A eletricidade continua sendo um recurso estratégico para o país, e a falta de uma resposta imediata complica a situação energética.

                     

Trad/Ed : @comitecarioca21              


Sobre la causa de la situación energética en nuestro país. Unas líneas explicativas necesarias👇🏽👇🏽👇🏽

 Cuba cuenta con ocho centrales termoeléctricas principales, que constituyen la base de su sistema eléctrico nacional. 

Estas plantas son:

1. CTE Máximo Gómez: Ubicada en Mariel, provincia de Artemisa.

2. CTE Antonio Guiteras: Situada en Matanzas.

3. CTE Carlos Manuel de Céspedes: Localizada en Cienfuegos.

4. CTE Diez de Octubre: En Nuevitas, provincia de Camagüey.

5. CTE Ernesto Che Guevara: En Santa Cruz del Norte, Mayabeque.

6. CTE Lidio Ramón Pérez (Felton): En Holguín.

7. CTE Otto Parellada (Tallapiedra): En La Habana.

8. CTE Antonio Maceo (Rente): En Santiago de Cuba.

El mantenimiento capital de una central termoeléctrica tiene como objetivo principal asegurar la operatividad, seguridad y eficiencia a largo plazo de los equipos e instalaciones de la planta. Este tipo de mantenimiento se diferencia del mantenimiento rutinario o correctivo porque se trata de un proceso más profundo y exhaustivo, que incluye la revisión, reparación, sustitución o modernización de componentes clave para prolongar la vida útil de la central. Las principales funciones del mantenimiento capital en una central termoeléctrica son:

1. Extender la vida útil de los equipos: Permite que los componentes principales, como las turbinas, calderas, generadores y sistemas auxiliares, sigan operando de manera eficiente y confiable por más tiempo.

2. Mejorar la eficiencia operativa: Al renovar o modernizar los equipos, el mantenimiento capital puede incrementar la eficiencia energética de la planta, reduciendo las pérdidas de energía y los costos de operación.

3. Prevenir fallos catastróficos: Este mantenimiento reduce el riesgo de fallos graves que podrían provocar la detención de la planta, pérdidas económicas o situaciones de emergencia.

4. Cumplir con regulaciones y normas de seguridad: Las centrales termoeléctricas deben cumplir con estrictas normativas de seguridad y ambientales. El mantenimiento capital garantiza que la planta opere dentro de los límites establecidos por las autoridades regulatorias.

5. Reducir emisiones contaminantes: Con la actualización o sustitución de equipos, el mantenimiento capital puede ayudar a reducir las emisiones de gases de efecto invernadero y otros contaminantes, contribuyendo a mejorar el desempeño ambiental de la planta.

6. Optimizar la disponibilidad y confiabilidad de la planta: A través de intervenciones programadas, este tipo de mantenimiento reduce la cantidad de paradas no planificadas, asegurando que la central esté disponible para operar de manera continua y confiable.

En resumen, el mantenimiento capital de una central termoeléctrica es esencial para asegurar la operación a largo plazo de la planta, mejorar su eficiencia y garantizar la seguridad y sostenibilidad en su funcionamiento.

Lo que no se hizo durante años no puede resolverse de un día para otro. Los mantenimientos capitales han sido postergados durante varios años. Una termoeléctrica que debería recibir mantenimiento capital cada cinco años lleva más de ocho sin recibirlo. Actualmente, solo se realizan mantenimientos ligeros y correctivos, como limpiar las paredes de las calderas que se llenan de residuos del crudo cubano, un petróleo de mala calidad y con alto contenido de azufre, lo que reduce la capacidad de generación de energía. También se limpian los conductos de salida de gases, entre otros ajustes. Sin embargo, estas son correcciones paliativas. El uso del crudo cubano deteriora rápidamente los conductos y calderas, acelerando la necesidad de un mantenimiento más profundo.

La falta de financiamiento, principalmente debido al bloqueo económico, financiero y comercial de Estados Unidos, junto con la reducción de ingresos en el país por diversos factores, ha impedido que se asignen los recursos necesarios para el mantenimiento capital de las termoeléctricas. En condiciones normales, se requieren al menos 250 millones de dólares anuales para este mantenimiento, una cifra que actualmente no se puede cubrir.

Debido al bloqueo y a la persecución del gobierno de EEUU a aquellos que comercializan con Cuba muchos barcos se ven imposibilitados de transportar combustible hacia Cuba (sobretodo desde el gobierno de Trump) porque evitan ser penalizados; otros al entrar a Cuba desconectan su GPS y a veces tienen que transbordar el petróleo en el medio del mar, en aguas internacionales.

Una termoeléctrica sin mantenimiento capital va disminuyendo su capacidad de trabajo sobretodo cuando utilizan el crudo cubano que es un petróleo pesado y malo por poseer alto contenido de azufre. Uma cuestión también importante es que no tenemos en el país capacidad de reserva.

Tener capacidad de reserva cuando se da mantenimiento a una central termoeléctrica significa contar con suficiente capacidad de generación eléctrica en otras plantas o fuentes de energía para cubrir la demanda mientras la planta en mantenimiento está temporalmente fuera de servicio. Este concepto es fundamental para evitar interrupciones en el suministro eléctrico durante el periodo en el que una central termoeléctrica está inactiva por reparaciones, actualizaciones o revisiones.

Algunos aspectos clave de lo que implica la capacidad de reserva son:

1. Disponibilidad de otras fuentes de energía: Se debe asegurar que otras plantas termoeléctricas, hidroeléctricas, plantas solares, eólicas, o incluso importación de energía, estén operando a una capacidad suficiente para suplir la energía que deja de producir la central en mantenimiento.

2. Evitar apagones o cortes de energía: La capacidad de reserva garantiza que la red eléctrica pueda satisfacer la demanda de energía, incluso cuando una parte significativa de la infraestructura (como una planta termoeléctrica) no está operativa. Esto es crucial para evitar apagones o caídas del sistema eléctrico.

3. Flexibilidad y planificación: La programación del mantenimiento debe coordinarse con la disponibilidad de estas fuentes alternativas de energía. En muchos casos, se evita realizar mantenimiento en temporadas de alta demanda, como en verano o invierno, cuando el consumo eléctrico es mayor.

4. Mantenimiento escalonado: Si se tiene un sistema con múltiples plantas termoeléctricas, el mantenimiento se programa de manera escalonada para que siempre haya capacidad de reserva disponible. De esta forma, nunca se detienen demasiadas plantas a la vez.

En resumen, contar con capacidad de reserva es un factor esencial en la gestión del sistema eléctrico, ya que permite que la red funcione de manera estable y confiable incluso cuando se realizan trabajos de mantenimiento en una central termoeléctrica.

Detener una termoeléctrica como la CTE Antonio Guiteras en Matanzas durante un año, para reemplazar equipos, piezas y componentes, es extremadamente complejo y requiere contar con una capacidad adecuada de reserva en el sistema de generación eléctrica. Además, estas termoeléctricas son muy antiguas y su capacidad ha disminuido significativamente (un bloque de 100 MW genera actualmente entre 60 y 65 MW). Tras cada período de mantenimiento, como el realizado en verano, suelen mostrar una leve mejora, pero rápidamente vuelven a experimentar problemas debido a la falta de una capacidad de reserva que permita detenerlas para realizar mantenimientos profundos. Esto lleva a prolongar los intervalos entre mantenimientos, acumulando problemas técnicos como fugas y fallos operativos, lo que provoca averías frecuentes y, en ocasiones, la salida de la planta del Sistema Electroenergético Nacional.

La termoeléctrica Lidio Ramón Pérez, más conocida como la termoeléctrica de Felton, ubicada en la provincia de Holguín, sufrió un incendio el 28 de julio de 2022. El incendio afectó la unidad Felton 1 de la planta, lo que provocó una interrupción significativa en su capacidad de generación de energía. Este incidente agravó la crisis energética que Cuba ya venía enfrentando, dada la importancia de esta central en el suministro de electricidad del país.

El incendio se produjo debido a fallos en los equipos y componentes, lo que provocó un sobrecalentamiento que desató el siniestro. La reparación de la unidad afectada fue una prioridad para las autoridades cubanas, pero las dificultades técnicas y la falta de recursos han dificultado el proceso de recuperación.

Debido a los problemas en la planta de Felton, que se espera esté operativa dentro de dos años, y la insuficiente capacidad de generación de las termoeléctricas, hemos tenido que apoyarnos en grupos electrógenos de generación distribuida, algunos de mayor tamaño y otros más pequeños. Estos equipos están sometidos a un trabajo intenso para el que no están diseñados, ya que no están previstos para operar de manera continua. Son abastecidos de combustible cada mañana, pero al día siguiente ya han agotado sus reservas, lo que requiere un constante reabastecimiento. Esta operación implica una logística enorme, que a menudo falla, ya que el combustible debe ser transportado por tierra, mar o tren, y las condiciones meteorológicas a veces impiden su descarga. Cada día se necesitan 1,500 toneladas de diésel, lo que afecta a la economía, ya que el combustible, en lugar de destinarse al transporte público, debe ser utilizado para alimentar los grupos electrógenos.

Otro factor crucial es la reducción de la capacidad de los supertanqueros para almacenar combustible, principalmente debido al devastador incendio en la Base de Supertanqueros de Matanzas en agosto de 2022. Este siniestro, causado por el impacto de un rayo en uno de los tanques de almacenamiento, destruyó cuatro tanques que contenían aproximadamente 200,000 metros cúbicos de combustible. Este evento afectó gravemente la capacidad de almacenamiento y distribución de combustible en Cuba, lo que ha generado importantes desafíos para el suministro energético del país.

Tras el incendio, el gobierno cubano emprendió labores de recuperación y reconstrucción en la Base de Supertanqueros. Sin embargo, estos trabajos han sufrido retrasos y diversas dificultades, lo que ha prolongado la disminución de la capacidad de almacenamiento de combustible y, en consecuencia, ha limitado la operación de los supertanqueros.

Actualmente, se habla de los parques fotovoltaicos como una alternativa, pero sin sistemas de acumulación de energía, su utilidad se limita a las horas diurnas, y su implementación completa no estará disponible hasta finales de 2025. Esto significa que no es una solución a corto plazo. La electricidad sigue siendo un recurso estratégico para el país, y la falta de una respuesta inmediata complica la situación energética.

   

                               #UnidosxCuba 

19 de out. de 2024

20 de outubro, Dia da Cultura Cubana. (+vídeo)

                                   
Hector Ramirez 

   A celebração do Dia da Cultura Cubana destaca uma profunda homenagem e reconhecimento da primeira vez que o Hino Nacional foi cantado, em 20 de outubro de 1868.

   Em 1868, Cuba e Porto Rico eram duas das colônias remanescentes do que um dia foi o grande império espanhol na América, expandido a sangue e fogo com base na exploração e destruição dos povos nativos.

   Em 10 de outubro daquele ano, com o levante em La Demajagua, liderado pelo Pai da Pátria, Carlos Manuel de Céspedes, e um grupo de compatriotas destemidos e honrados, teve início a luta contra o colonialismo, que durou 30 anos e foi abortada pela intromissão oportunista de um império emergente: os Estados Unidos.

   10 dias após o início da luta pela emancipação, de acordo com os textos históricos, “ainda sob a agitação do triunfo da independência na cidade de Bayamo, o patriota Pedro Figueredo Cisneros, o Perucho, cruzou as pernas em seu cavalo e escreveu em uma folha de papel o texto da marcha que foi imediatamente entoada por todos os presentes”.

   A marcha, também conhecida como o Hino de Bayamo, foi instituída como o Hino Nacional na Constituição de 1901 e inclui duas das seis estrofes originais do texto escrito por Perucho. Essas estrofes retratam o sentimento de amor à pátria, a decisão de defendê-la, com o custo da própria vida, e de se dedicar absolutamente ao gesto emancipatório que acabava de começar.

    A data do Dia da Cultura foi oficializada por decreto do Conselho de Ministros, em 22 de agosto de 1980, reconhecendo o elevado simbolismo dessa canção guerreira que reflete o patriotismo de um povo que, desde o início de sua luta pela independência, fundiu-se em uma única nacionalidade, a cubana, e consolidou sua própria cultura com a herança dos europeus, indígenas, africanos e chineses que, com seu sangue e esforço, regaram a epopeia libertadora, forjaram um povo e moldaram os conceitos de consciência nacional e cultura cubana imbricados em outro: a Cubanía.

   O artigo 2 da atual Constituição da República de Cuba estabelece: os símbolos nacionais são a Bandeira da Estrela Solitária, o Hino de Bayamo e o Brasão da Palma Real.

   No Dia Nacional da Cultura, prestamos uma merecida homenagem a todas as manifestações. A cultura, em um sentido elementar, mas a cultura como parte da superestrutura abrange várias manifestações além das artísticas e literárias, é expressa na criatividade e autenticidade dos cubanos na música, dança, artes visuais e cênicas que têm reconhecimento internacional e destacam a qualidade de seus profissionais e também dos amadores que amam essas manifestações.

   Em um processo revolucionário, a cultura tem logicamente uma ampla projeção, sendo portadora de valores que a inspiram, como a liberdade, a dignidade, o amor à pátria, o internacionalismo, a identidade e o senso de justiça.

   Portanto, não é coincidência que os inimigos da revolução promovam a desesperança, o esquecimento histórico, a ignorância de seu país e de sua forma de governo, bem como os valores superficiais e consumistas nos quais baseiam seu sistema.

    156 anos depois de ter sido cantado pela primeira vez, as notas do Hino Nacional permanecem plenamente válidas e continuam a nutrir o patriotismo e a capacidade de resistência da nação cubana, determinada a derrotar o cerco da maior potência do mundo e a construir a sociedade à qual a maioria do povo aspira.

Al combate corred, bayameses / que la Patria os contempla orgullosa / No temáis una muerte gloriosa / que morir por la Patria es vivir. / En cadenas vivir es vivir / en afrenta y oprobio sumido. / Del clarín escuchad el sonido / ¡A las armas, valientes, correden /


@comitecarioca21   


ESPERANÇANDO COM CUBA (Port/Esp)

                CARTA AO POVO CUBANO

      Enquanto Cuba enfrenta graves problemas na eletricidade do país, daqui de longe a nós, do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba nos resta emprestar toda a solidariedade que um povo com essa resistência merece.

           Nos parece, às vezes, um sentido de egoísmo de nossa parte. De longe, sem enfrentar as dificuldades que vocês têm que aguentar, nos vemos admirando tanta resiliência e o sentido de unidade de um povo inigualável, mas sempre estamos defendendo o triunfo de uma Revolução sem ter que enfrentar os fatos e a dura realidade de precariedade que vocês, cubanos, seguem firmes nos princípios.

        Nós do Comitê sempre afirmávamos que com o fim do bloqueio  (ele virá!) Cuba se tornaria uma Dinamarca, uma Noruega enfim, um país altamente desenvolvido aqui mesmo, na nossa região, imaginem só ! Daí, há pouco tempo Silvio Rodriguez nos corrige : “Com o fim do bloqueio, Cuba poderá dar ainda mais solidariedade ao mundo.”  Um pensamento tipicamente cubano...

     Só podemos, de longe, imaginar o grau de dificuldade que vocês enfrentam no dia a dia e fazer o que se pode na batalha contra esse criminoso bloqueio que o império impõe a Cuba há mais de seis décadas.  O inimigo não dá trégua ? A solidariedade mundial tampouco descansa.

     Recebam nosso abraço com “recheio” de esperança – não de esperar, mas pelo princípio do nosso grande educador Paulo Freire que assim predizia: esperançar :   Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!

           Estimado povo cubano, seguimos, lutando, esperançando, sem desistir. Por aqui vamos batalhando pelo fim das medidas do governo estadunidense e que Cuba possa ter uma vida normal, sem agressões, com a liberdade que o bloqueio não permite. Recebam nossa admiração e tudo que possamos fazer para que a vida seja leve, que se possa viver plenamente. Contem conosco !

                               #TumbaElBloqueo      #DerrubaOBloqueio

                             Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba      

                                    

   


          CARTA AL PUEBLO CUBANO

Mientras Cuba enfrenta serios problemas con el sistema eléctrico del país, en el Comité Carioca de Solidaridad con Cuba no tenemos más remedio que prestar toda la solidaridad que merece un pueblo con tanta resistencia.

A veces, parece un sentimiento de egoísmo por nuestra parte. Desde lejos, sin enfrentar las dificultades que ustedes tienen que soportar, nos encontramos admirando tanta resistencia y el sentido de unidad de un pueblo sin igual, pero siempre defendiendo el triunfo de una Revolución sin tener que enfrentar los hechos y la dura realidad de precariedad que ustedes los cubanos mantienen firme en sus principios.

En el Comité siempre hemos dicho que con el fin del bloqueo (¡llegará!) Cuba se convertirá en una Dinamarca, en una Noruega, en fin, en un país altamente desarrollado aquí mismo, en nuestra región, ¡imagínense! Luego, hace poco, Silvio Rodríguez nos corrigió: «Con el fin del bloqueo, Cuba podrá dar aún más solidaridad al mundo.» Un pensamiento típicamente cubano...

Sólo podemos imaginar, desde lejos, el grado de dificultad que ustedes enfrentan a diario y hacen lo que pueden en la batalla contra este bloqueo criminal que el imperio impone a Cuba desde hace más de seis décadas. El enemigo no da tregua? Tampoco descansa la solidaridad mundial.

Reciban nuestro abrazo con un «llenarse» de esperanza - no de esperanza, de esperar,  sino del principio de nuestro gran educador Paulo Freire, que decía: ¡esperaranzar  es levantarse, esperanzar es ir tras las cosas, esperanzar es construir, esperanzar es no rendirse!

Querido pueblo cubano, seguimos, luchando, esperanzando, sin rendirnos. Aquí estamos luchando para que cesen las medidas del gobierno estadounidense y para que Cuba pueda llevar una vida normal, sin agresiones, con la libertad que el bloqueo no permite. Reciban nuestra admiración y todo lo que podamos hacer para aligerar la vida, para vivir plenamente. ¡Contad con nosotros!

                                       #TumbaElBloqueo #DerrubaOBloqueio

Comité Carioca de Solidaridad con Cuba


18 de out. de 2024

Medicamento cubano contra o câncer registrado em mais de 20 países #TumbaElBloqueo #DerrubaOBloqueio

                                 

       O medicamento Nimotuzumab (Cimaher®), um dos principais produtos biotecnológicos cubanos, obteve registro sanitário em mais de 20 países.

   Em fevereiro passado, a substância recebeu novas autorizações médicas na China para uso em carcinomas de pâncreas, cabeça e pescoço.

    Enquanto isso, Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Canadá, Índia, Brasil e Alemanha aplicaram o anticorpo em diferentes locais durante as investigações clínicas.

    O seu desenvolvimento, promovido pelo Centro de Imunologia Molecular da ilha, iniciou-se em 2002 com a obtenção do registro sanitário pelo Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos.

    A aprovação inicial foi para o tratamento de tumores avançados de cabeça e pescoço em adultos, devido à sua capacidade de bloquear o fator de crescimento epidérmico.

   Em declarações ao jornal Granma, a Doutora em Ciências Médicas Tania Crombet explicou que o Nimotuzumab inibe a proliferação descontrolada de células malignas e o aparecimento de metástases.

  Em muitos casos, os cientistas usam o elemento em combinação com irradiação e quimioterapia.

  Hoje, o registro de saúde de Cuba autoriza seu uso em câncer de cérebro, esôfago, adenocarcinoma e câncer de pulmão de células não pequenas, com resultados encorajadores.  

   Durante a pandemia de Covid-19, a investigação revelou que a sua aplicação melhorou a função ventilatória e alcançou melhoria radiológica ou estabilização da pneumonia intersticial multifocal em 80 por cento dos pacientes. 

 https://cubaenresumen.org/2024/10/17/registran-farmaco-de-cuba-contra-el-cancer-en-mas-de-20-paises/

@comitecarioca21

                    

15 de out. de 2024

Palestina não está sozinha: Marcha em Havana contra o genocídio na Palestina e a agressão no Líbano (fotos e vídeos)

                                                                 

                                                                                                                                                      Nunca a causa palestina pareceu mais justa do que em contraste com a repulsiva brutalidade de seus adversários"                                                                                        

“A humanidade não esquecerá nem o heroísmo dos agredidos nem a barbárie dos agressores” (*)

                   

            

   Um ano depois do genocídio de Israel na Palestina, que estendeu a sua agressão brutal ao Líbano, a juventude cubana levantou a sua solidariedade e voz internacionalista em apoio ao direito à paz, à soberania e à vida.  

  Na tarde desta segunda-feira, milhares de jovens reuniram-se para condenar mais uma vez o genocídio sionista, que até agora causou a morte de 42.126 palestinianos, dos quais 69 por cento são crianças e mulheres, 98.400 feridos em Gaza e mais de 2.200 assassinados no Líbano.

   Cuba tem defendido historicamente o direito da Palestina à autodeterminação, ao regresso dos refugiados e ao direito a ser reconhecido como um Estado livre e soberano contra o colonialismo e o apartheid impostos por Israel há 76 anos.

  Perante o genocídio televisionado há um ano, numa escalada de agressão sem precedentes, a juventude cubana marchou desde a Fragua Martiana até a Tribuna Anti-Imperialista, praça emblemática e testemunha de inúmeras manifestações na história recente do país.

Marchamos hoje pela paz, pela vida, por aqueles que foram silenciados pelas bombas e pelas balas inimigas. Hoje os jovens cubanos dizemos: Basta de massacre ! Viva o povo palestino ! 

   Tal como aconteceu nas diferentes mobilizações realizadas em Cuba ao longo do ano passado, a de hoje foi liderada pelo presidente Miguel Díaz-Canel e pelos principais líderes do governo revolucionário cubano. Convocados pela União de Jovens Comunistas (UJC), milhares de jovens de Havana denunciaram o genocídio perpetrado contra o povo palestino com a cumplicidade dos Estados Unidos, suas principais armas e apoio econômico. Cuba junta-se a milhões de vozes em todo o mundo que apelam ao fim da ocupação israelense da Palestina, ao cessar-fogo imediato e à extensão brutal da guerra ao Líbano, à Síria e ao Iémen.

                               

Foto : Victor Villalba

   Acompanhados por Esteban Lazo, Presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, o Primeiro Ministro Manuel Marrero, Bruno Rodríguez, Ministro das Relações Exteriores e o Herói da República Gerardo Hernández Nordelo, uma multidão de jovens inundou-se com faixas, slogans e bandeiras palestinas, em que também foram vistas as do Líbano, Irã e Síria, junto com bandeiras cubanas e latino-americanas, no desfile ao longo do Malecón de Havana.

                                         

Palestina nos dói e é por isso que hoje chegamos até aqui, para mostrar nosso contundente rechaço às ações que Israel comete contra essa nação. Já basta de morte e sofrimento ! 

   A Tribuna Anti-Imperialista foi o cenário do emocionante evento político-cultural, no qual foi prestada homenagem às vítimas do povo palestino e libanês, cuja brutal agressão esconde o principal objetivo do sionismo e do imperialismo: apropriar-se de toda a região e dos seus recursos naturais.

  “Não fecharemos os olhos ao massacre; Não esqueceremos nem o heroísmo dos agredidos nem a barbárie dos agressores”, enfatizou o Primeiro Secretário da UJC, Meyvis Estévez; reivindicando o legado de Fidel e o compromisso de Cuba com a paz, a justiça e a defesa da soberania da Palestina.

  Em toda Cuba, os jovens manifestaram-se através de diferentes ações, manifestações e tribunas abertas para exigir o fim do genocídio; ratificar a solidariedade histórica de Cuba com a causa palestina e o seu direito à autodeterminação e à soberania.

 

    Nas últimas 24 horas, a ocupação israelense levou a cabo quatro novos massacres – deixando mais de 60 mortos e 230 feridos –, entre os quais se destaca o ataque a um centro de distribuição de alimentos da Agência das Nações Unidas para a Ajuda Humanitária (UNRWA) em Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza, contra as tendas que abrigavam deslocados na cidade de Deir al-Balah, localizada no centro da Faixa, com saldo de pelo menos 4 mortos e mais de 70 feridos.

    Desde 7 de Outubro de 2023, 529 educadores, 11.000 estudantes, 175 jornalistas e mais de 900 profissionais de saúde foram assassinados pelo sionismo israelita. 90% da população foi deslocada criminalmente.

                       

1.600 adolescentes de Havana enviam uma mensagem de encorajamento aos meninos e meninas de Gaza e de repúdio ao genocídio a que estão sendo submetidos por Israel.

Uma bandeira humana da Palestina em frente à embaixada dos Estados Unidos foi o meio para enviar a sua poderosa mensagem.

                          


    Os repetidos apelos do Secretário-Geral das Nações Unidas para um cessar-fogo foram ignorados por Israel e pelos Estados Unidos, numa clara violação do Direito Internacional Humanitário e da Carta fundadora da ONU. Estima-se que os danos causados ​​pela entidade sionista às infra-estruturas de Gaza levarão mais de 16 anos a reconstruir.

Os manifestantes gritavam em voz alta:

Agora, agora, cessar fogo agora!

Viva a Palestina Livre, do rio ao mar! ressoou no Malecón de Havana.

   Erguer hoje a voz pela Palestina, mais uma vez e tanto quanto necessário, é defender a Paz de toda a Humanidade.

 

(*) Discurso proferido pelo Comandante-em-Chefe Fidel Castro, na Conferência de Cúpula do Movimento dos Não-Alinhados, em Nova Delhi-Índia, em 7 de março de 1983.








https://cubaenresumen.org/2024/10/14/palestina-no-esta-sola-marcha-en-la-habana-contra-el-genocidio-a-palestina-y-agresion-al-libano/

@comitecarioca21

                            Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas