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30 de jun. de 2021

SNOWDEN ANUNCIA O FIM DO CASO ASSANGE APÓS CONFISSÃO DE TESTEMUNHA CHAVE QUE MENTIU . #FreeAssange


     Uma testemunha chave no processo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra Julian Assange, Sigurdur Ingi Thordarson, confessou em uma entrevista ao jornal islandês Stundin que mentiu em suas declarações usadas pelas autoridades americanas para armar o caso contra o fundador do WikiLeaks. "Este é o fim do caso contra Julian Assange", escreveu o ex-contratante da CIA e da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden em referência a essas revelações.


   Sigurdur Ingi Thordarson foi um voluntário do WikiLeaks que se tornou o primeiro informante conhecido do FBI dentro da organização em troca de cerca de US $ 5.000 e imunidade de acusação. Agora, Thordarson admitiu que sua alegação anterior de que Assange lhe pediu para 'hackear' os computadores dos parlamentares para acessar as gravações de suas conversas telefônicas privadas é falsa e que ele nunca o solicitou.

   O homem explicou que, de fato, recebeu arquivos de terceiros que lhe disseram que haviam gravado os parlamentares e propunham compartilhá-los com Assange sem verificar seu conteúdo.

    A Justiça britânica decidiu não extraditar Assange para os EUA por medo de que ele se suicidasse, país onde pode pegar até 175 anos de prisão por 18 acusações contra ele, em decorrência da publicação de documentos secretos em seu portal WikiLeaks. Eles o acusam de violar a Lei da Espionagem e conspirar para cometer invasão de computadores e acessar computadores do governo com informações confidenciais.

     No entanto, agora a veracidade das informações em que se baseia a acusação dos Estados Unidos foi negada pela testemunha principal, cujo depoimento foi fundamental. Enquanto o tribunal britânico foi guiado por motivos humanitários ao decidir contra a extradição de Assange, o argumento da equipe jurídica dos EUA incluía a alegação de que o réu e seu informante, Thordarson, tentaram decifrar um arquivo roubado de um banco juntos.

    Thordarson esclareceu a Stundin que o incidente descrito era bem conhecido e o arquivo criptografado vazou do banco e foi compartilhado na internet entre entusiastas que tentaram decifrá-lo por motivos de interesse público na tentativa de descobrir os motivos da crise financeira em Islândia. E que nada confirma que o arquivo foi "roubado" em algum momento, uma vez que se presume que os próprios funcionários do banco o divulgaram.

  Outro ponto levantado no processo judicial mencionado foi que Assange "usou o acesso não autorizado" concedido por Thordarson "para acessar um site do governo" destinado a rastrear veículos policiais. Entrevistado por Stundin, o informante especificou que os detalhes de 'login' eram suas próprias identificações e não foram obtidos por meios ilícitos.

                         https://www.youtube.com/watch?v=QNeyfA7TKIk&ab_channel=RTenEspa%C3%B1ol

    Thordarson disse que teve acesso a esse site devido ao seu trabalho como salva-vidas quando era voluntário em uma equipe de busca e resgate, e que o fundador do WikiLeaks nunca lhe pediu seus dados de acesso.


             "Tecer uma teia para pegar Assange"


    O então Ministro do Interior da Islândia, Ogmundur Jonasson, acredita que os americanos estavam tentando usar as coisas de seu país e de seus cidadãos "para tecer uma teia, uma teia que prenderia Julian Assange" e lembrou o exato momento em que o FBI entrou em contato coma s autoridades islandesas pela primeira vez em 20 de junho de 2011 para alertá-los sobre uma invasão iminente nos computadores do governo, oferecendo sua ajuda, que foi aceita.

    Na opinião de Jonasson, o objetivo que os EUA realmente perseguiam era capturar Assange e não ajudar a Islândia, e naquela época seus agentes já estavam preparando o terreno para seu propósito final.

  O que o ex-ministro do Interior da Islândia tem se perguntado desde então é se tudo começou com a aceitação da ajuda americana e o estabelecimento de uma cooperação "que poderia ter sido usada como pretexto para visitas posteriores".


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

https://www.cubaenresumen.org/2021/06/snowden-anuncia-el-fin-del-caso-contra-assange-tras-la-confesion-de-un-testigo-clave-de-que-mintio/

Tomado de RT / Foto de portada: Peter Nicholls / Reuters.

A VOTAÇÃO NA ONU E O BLOQUEIO CONTRA CUBA: O MUNDO DISSE NÃO. ENTÃO ACABOU O BLOQUEIO ?

   Por Carmen Diniz*

      Na última quarta-feira (23/06) o mundo mais uma vez declarou em alto e bom som na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) :  NÃO AO BLOQUEIO A CUBA.  Pela 29º vez, desde 1992, a quase unanimidade do países membros das Nações Unidas votou pelo fim do bloqueio que os EUA impõem a Cuba há seis décadas. A Organizaçao das Nações Unidas (ONU) conta com 193 países e se 184 países votam a favor de uma Resolução apresentada por um país, somente dois votam contra e três se abstém,  isso teoricamente significa que o bloqueio foi eliminado, certo? Infelizmente não é assim que funciona a AGNU. Embora devesse ser.

     O fato é que o resultado de uma  votação na AGNU tem caráter de recomendação, sem obrigatoriedade, não há previsão de sanção pelo seu não cumprimento. O governo dos EUA ignora solenemente a vontade de 97% dos países, se isola e não cumpre o que o mundo condena.  Não se trata do poder de veto que possuem no Conselho de Segurança (não há essa figura na AG) que impediria o cumprimento, mas também  é fato que a posição dos EUA conta e muito. Basta que se imagine os papéis invertidos e qual seria o resultado.   Por esse e outros motivos muitos países discutem a ‘refundação’ da ONU nesta atual configuração mundial da geopolítica e qual sua importância – e de que democracia se trata em seu âmbito.

                      

        Desde 1992 os países condenam o bloqueio e este ano quando o  atual presidente Biden prometera reverter as medidas desumanas que Trump havia imposto a Cuba, os EUA  pronunciam um voto extremamente hipócrita e mentiroso com a clara finalidade de manter o bloqueio ao povo cubano. Em 2016 pela primeira vez EUA se absteve . Biden era vice de Obama na ocasião e não houve nenhum voto contra Cuba então. Neste ano de 2021 ficou assim :

      A favor do bloqueio, como sempre, EUA e Israel (seu aliado no Oriente Médio). Nenhuma novidade, são os únicos que votam dessa forma desde 1994.  Em sua quase unanimidade, 184 países condenaram o bloqueio e foram 3 abstenções : Colômbia, Ucrânia e Brasil.** :

      O governo da  Colômbia causou decepção pelo fato de Cuba ter sediado e incentivado representantes do governo colombiano e oposição  em um acordo de paz sustentado por 4 anos em Havana ( http://www.ihu.unisinos.br/185-noticias/noticias-2016/559309-governo-da-colombia-e-farc-fecham-historico-acordo-de-paz-em-havana).

     O governo da Ucrânia demonstrou seu desdém por uma das maiores demonstrações de solidariedade que o mundo já testemunhou : o apoio do governo de Cuba ao tratamento às Crianças de Chernobyl vítimas do desastre na usina nuclear ucraniana (https://solidariedadecubarj.blogspot.com/2020/10/as-criancas-de-chernobyl.html ).

     O governo do Brasil que em 2019 votou contra Cuba em uma atitude totalmente contrária a todas as suas votações, à sua tradição, à tradição de nossas relações diplomáticas e contra sua própria Constituição, desta vez se absteve. Decepciona esse voto também vergonhoso em “retribuição” ao Programa Mais Médicos que tantas vidas salvou nos rincões do país comprovando o pouco caso pelas vidas brasileiras (https://www.brasildefato.com.br/2020/10/04/medicos-cubanos-recebem-apoio-do-grupo-de-puebla-por-atuacao-no-brasil).

     


       De se ressaltar que os referidos votos são dos governos e não de seus respectivos povos e para nossa sorte, povo e governo cubanos sabem muito bem que os povos não estão ali representados. O povo colombiano opositor ao governo colombiano que mata diariamente, as mães das crianças de  Chernobyl, o povo brasilerio que foi atendido pelos cubanos – e os que não foram também se votassem o fariam pelo fim do bloqueio.

    Então, para que serve a AGNU ? Serve para caminharmos para frente, para não desistir, para mostrar ao mundo que estamos do lado certo, para poder agradecer a Cuba por tanta solidariedade , e, acima de tudo, para pressionar e isolar o império. Mais cedo ou mais tarde este desumano bloqueio cairá. E VENCEREMOS !!!! Cuba não está sozinha ! 


 

*Integrante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

  **Houve um erro no placar da votação da ONU que inseriu como abstenção os Emirados Árabes Unidos . Na verdade a abstenção foi do Brasil.


24 de jun. de 2021

#ElMundoDiceNo - e o mundo mais uma vez disse NÃO


Neste 23/06/2021 pela vigésima nona vez, a Resolução de Cuba propondo o fim do bloqueio teve uma vitória acachapante ! Mais de 90% dos países-membros votaram a favor de Cuba deixando os EUA isolados !

    E vamos por mais : #EliminaElBloqueo - ele também é um vírus.

A Chancelaria de Cuba editou um vídeo de 2 minutos com imagens de vários países pelo mundo: Cuba não está sozinha !

              

         

Ot· La lucha contra el criminal bloqueo económico, comercial y financiero impuesto por los EE.UU. contra Cuba
🇨🇺 es una causa global🗺️.
El pueblo cubano no está solo en este reclamo. El mundo nos acompaña.

                                                           #ElMundoDiceNo    



23 de jun. de 2021

#EliminaElBloqueo Ele também é um vírus



Por: Carmen Diniz*

    Aproxima-se o dia 23 de junho, dia em que mais uma vez será votada na Assembleia Geral das Nações Unidas a Resolução 74/7 com o título Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comcial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba” . Será a 29° votação sobre o mesmo tema na ONU. Em todas elas a maioria dos estados-membros daquela instituição votam para eliminar o bloqueio a Cuba. A primeira votação ocorreu em 1992 e atualmente a quase unanimidade dos países vota a favor da Resolução apresentada por Cuba, ou seja, contra o bloqueio. (veja aqui: http://www.cubavsbloqueo.cu/es/votaciones)   Descontadas as abstenções e alguns não comparecimentos, 189 países votam a favor de Cuba e dois a favor de continuar o bloqueio (EUA e Israel). Uma vez q a decisão na ONU não tem poder coercitivo, o bloqueio continua e os EUA ignoram a vontade de quase todos os demais países. Ao contrário, durante o  governo Trump houve um endurecimento em grande escala contra a Ilha e tomadas 243 medidas de aumento das sanções. Até agora nenhuma alteração pelo novo inquilino da Casa Branca.....(https://solidariedadecubarj.blogspot.com/2020/10/relatorio-sobre-os-efeitos-do-bloqueio.html)     

     O fato é que as justificativas dos EUA vão de:  o problema é o sistema político de Cuba”  que rotulam como ‘ditadura’.  Neste caso, estranhamente o bloqueio não foi aplicado nos países da América Latina que sofriam, nas décadas de  1960 e 1970 por públicas e  sangrentas ditaduras da chamada “Operação Condor”.

   Outra desculpa: seria:  “o problema é que são comunistas”  mas se for isso, como explicar durante a ‘guerra fria’ as relações com a União Soviética? E atualmente com a China, o Vietnam ? Nunca os bloquearam.

   Na verdade a história do bloqueio se inicia em  1961 e fica bem clara a intenção  do governo estadunidense no documento recentemente tornado público denominado Memorando Mallory  (https://solidariedadecubarj.blogspot.com/2021/04/cuba-denuncia-vigencia-do-memorando-que.html)


        É importante ressaltar que o nome que se dá a essa criminosa medida que castiga o povo cubano não se pode chamar de embargo. Embargo é uma medida bilateral de um governo em relação a outro que descumpre, por exemplo, sua parte em um acordo. Bloqueio é uma medida unilateral que no caso extrapola seus limites e alcança, inclusive terceiros países ferindo as normas do Direito Internacional que permite que os EUA sancione outros países que negociem com Cuba. É uma norma genocida e criminosa e sua única e tenebrosa explicação é fazer com que os governos (independente do partido, pq são mais do mesmo, democratas e republicanos) sejam eleitos pela comunidade da Flórida, grande reduto eleitoral, que conta com cubanos-americanos contrarrevolucionários. Além disso, como dizia o Comandante, não suportam que um país socialista viva “embaixo de seus narizes”. 

       Agora, durante a pandemia que o mundo sofre, o bloqueio se torna ainda mais duro. E Cuba responde com solidariedade do seu sistema de saúde enviando profissionais a qualquer país que o necessite. Sem abrir mão do sistema socialista que seu povo escolheu soberanamente.

     Por tudo isso seguimos pedindo pelo fim do bloqueio e não vamos parar, até a vitória. Mais cedo ou mais tarde ele vai ser eliminado, sem dúvida!

                 O Bloqueio continua. A solidariedade também !

         

  *Integrante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

         

    

 

22 de jun. de 2021

UM RESUMO DO BLOQUEIO A CUBA #EliminaElBloqueo


Por: Graciela Ramírez* ( com informações de Minrex e Telesur) 

              O bloqueio norte-americano a Cuba está em vigor desde 7 de fevereiro de 1962, quando o então presidente Kennedy declarou unilateralmente o bloqueio, por meio da Lei de Ajuda Externa de 1961, cumprindo o mandato do Congresso. Quatro dias antes, em 3 de fevereiro, Kennedy assinou a ordem presidencial para implementar o bloqueio total contra a ilha, cujo objetivo era cortar todos os laços comerciais com Cuba e cercar o país para levar à derrubada do governo revolucionário.

   Desde o triunfo da Revolução Cubana em 1959, os governos dos Estados Unidos começaram  perseguições e sanções contra Cuba, esperando o fim do processo revolucionário em questão de meses.

   Em 3 de janeiro de 1961, o presidente Eisenhower rompeu relações diplomáticas com Cuba, poucos dias depois de entregar a cadeira da Casa Branca a seu novo inquilino JF Kennedy.

   Já em março de 1961, o governo dos Estados Unidos incluiu nos Regulamentos de Exportação uma lista de produtos alimentícios e medicamentos que exigiam uma licença geral para serem exportados para a ilha. Essas foram as primeiras medidas de Kennedy que anunciaram o prelúdio do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.

    Em 6 de fevereiro de 1962, apenas 24 horas após a entrada em vigor da política criminosa contra Cuba, o Departamento do Tesouro promulgou o Regulamento das Importações de Cuba, que proibia a importação de todas as mercadorias de origem cubana para o território dos Estados Unidos.

   O objetivo sempre foi claro: matar de fome o povo cubano, carente dos recursos proibidos pela política de Washington para com o governo cubano. Cercar, bloquear, prevenir, fustigar  Cuba era e é o objetivo.

     Em 1992, a Lei Torricelli tornou o bloqueio uma questão extraterritorial, ao sancionar terceiros países, a lei proíbe as subsidiárias norte-americanas em qualquer país do mundo de comercializar mercadorias com Cuba.

     Em seguida, a Lei Helms-Burton intensificou e fortaleceu ainda mais a política de hostilidade contra Cuba.

   Outras leis foram elaboradas para fortalecer o bloqueio, a Lei de Reforma das Sanções Comerciais e Expansão das Exportações de 2000, que impede os americanos de viajarem a Cuba como turistas, único país do mundo proibido de visitá-lo.

    A mesma Lei de 2000 impede o financiamento de produtos agrícolas dos Estados Unidos para serem vendidos a Cuba.

   A chegada de Trump exacerbou esta política criminosa ao extremo, aplicando quase uma medida contra Cuba por semana. Uma política de hostilidade e agressão brutal que prejudica todo o povo cubano e se estende aos que vivem no exterior.

    Política que todo o povo cubano e a comunidade internacional rejeitam nas votações que a Assembleia Geral da ONU realiza ano após ano. É considerada uma violação flagrante do Direito Internacional, pois evidencia a ingerência de um país estrangeiro nos assuntos internos de uma nação soberana, violando os princípios de independência e dos direitos humanos de todo o povo cubano.

    Quase 60 anos de bloqueio, o mais longo e cruel da história, é  tipificado como genocídio. Deve cessar agora. É o que Cuba denunciará mais uma vez ao mundo no dia 23 de junho, ao apresentar sua Resolução à ONU: "A necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos da América contra Cuba".



*Coordenadora do Comitê Internacional Paz, Justiça e Liberdade aos Povos em Cuba 

O BLOQUEIO E A HIPOCRISIA DOS DIREITOS HUMANOS

Por Marcia Choueri*

 

      No próximo mês de junho, será votada na Assembleia Geral das Nações Unidas, pela 29ª vez consecutiva, um projeto de resolução chamado “Necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”.  Essa votação deveria ter sido no final do ano passado, mas foi adiada por causa da pandemia.


      Há 29 anos os governos norte-americanos – um após outro – desobedecem à decisão da Assembleia Geral da ONU em relação ao bloqueio. Em todas as votações, a resolução é aprovada pela imensa maioria dos países membros da organização, mas os ianques simplesmente ignoram. Em 2019, além dos Estados Unidos e de Israel, passamos a vergonha internacional de ver o Brasil votando também contra Cuba, ação que, aliás, está sendo questionada judicialmente. No dia 13 de março passado, o PT entrou, ante o STF, com uma ação contra a postura do governo brasileiro na votação da proposta de Resolução 74 de Cuba na ONU, por entender que o voto do governo brasileiro viola os artigos 1º e 4º da Constituição Federal Brasileira de 1988 (CF/88).



   Agora, o governo estadunidense já está preparando o terreno com falsas alegações, para justificar a manutenção dessa política ilegal, injusta e criminosa.

  É aí que entra, por exemplo, o cínico relatório do Departamento de Estado norte-americano, apresentado na semana passada, que acusa  Cuba, sem apresentar nenhuma prova, da realização de torturas e execuções extrajudiciais. Relatório que foi “casualmente” precedido, na véspera, por uma declaração de Luís Almagro, secretário-geral da OEA, de que o governo cubano praticaria “terrorismo de Estado”.


      Esses que acusam Cuba de práticas contra os Direitos Humanos são os mesmos que apoiam o governo colombiano, omisso e cúmplice, ante as chacinas cometidas naquele país por grupos paramilitares, contra ativistas e ex-guerrilheiros que já depuseram suas armas. São os mesmos que apoiam o governo chileno, cuja polícia pratica tiro contra os olhos de manifestantes, deixando-os cegos. São os mesmos que mantêm centenas de pessoas presas ilegalmente na base de Guantánamo. Os mesmos que financiam a política genocida de Israel contra o povo palestino. 


        A lista é interminável, basta alguns exemplos, para demonstrar que o relatório norte-americano sobre os Direitos Humanos em Cuba é uma obra de fantasia, cuja utilidade primordial é justificar a manutenção do bloqueio contra a Ilha.


   E o cinismo, neste caso, é duplo, porque ninguém nem nada viola mais os direitos humanos do povo cubano que o próprio bloqueio.



         Para começar, porque, em Direito Internacional, o bloqueio é um ato de guerra, e é considerado um “crime internacional de genocídio”, segundo a Convenção para a Prevenção e a Sanção do Delito de Genocídio.


       O bloqueio total a Cuba foi imposto em 7 de fevereiro de 1962 pelo presidente norte-americano John Kennedy. Nesses quase 60 anos de constante agressão, Cuba já sofreu prejuízos superiores a 930 bilhões de dólares. E, durante todo esse tempo, Cuba nunca realizou nenhuma ação agressiva contra os Estados Unidos, ao contrário destes que financiam e acolhem terroristas anticubanos em seu território.


   Ou seja, embora o governo dos Estados Unidos não tenha declarado oficialmente guerra a Cuba, ele usa a força e o poder imperial para tentar matar de fome um país que não lhe oferece nenhum risco e nunca agrediu seu povo ou território.

     Apesar do bloqueio, Cuba não deixou de avançar, em todos esses anos, em campos importantes, como a pesquisa e indústria biofarmacêutica. Também conseguiu garantir a todo seu povo alimentação, emprego, educação e saúde de qualidade, cultura, segurança. Graças a isso, tem os melhores índices do continente quanto à mortalidade materno-infantil, alfabetização, número de homicídios, para citar apenas alguns exemplos.

      E, se fosse pouco, oferece solidariedade internacional, principalmente no campo da saúde, com as brigadas médicas. Em 56 anos, foram mais de 400 mil profissionais da saúde, presentes em 164 países. No dia 16 de março de 2021, se completou um ano que saiu a primeira brigada Henry Reeve para combater a covid-19 em outro país. Durante esse ano, 57 brigadas Henry Reeve, com cerca de 5 mil profissionais, estiveram em 40 países e territórios combatendo a pandemia.


  “Médicos, e não bombas!”. A frase de Fidel Castro continua ressoando, agora mais que nunca. Não resta dúvida sobre quem viola e quem protege os Direitos Humanos.



                                                     #CubaViva #CubaSalva


*Integrante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba  em Havana  

21 de jun. de 2021

DIREITOS HUMANOS PRA QUEM? #EliminaElBloqueo

 

 Por Marcia Choueri*

    Nas últimas semanas, várias organizações mostraram-se preocupadas com os direitos humanos em Cuba. Quando eu soube, até achei bom. Afinal, que país está isento de violações dos direitos humanos? Se muitos se preocuparem com isso, teremos um avanço civilizatório.

     Pensei: devem ser assassinatos de jovens negros pela polícia. Ah, não! Isso é no Brasil e nos Estados Unidos. Violência policial contra manifestantes, só pode. Não, isso é Colômbia, Chile. Expulsão de famílias de suas casas e plantações? No Brasil e na Palestina – neste último caso, pelo governo de Israel. Campeão de feminicídios? Brasil. População carcerária em situação gravíssima de contágios pela Covid? Brasil também, entre outros.

     Não queria ser injusta, então, fui pesquisar: quem são os preocupados e do que estão falando?

     A LASA – Associação de Estudos Latino-americanos, sediada nos Estados Unidos, disse que muitos de seus membros estão preocupados com o tratamento que acadêmicos, intelectuais e artistas recebem em Cuba. A LASA – segundo ela mesma – reúne indivíduos e instituições dedicados ao estudo da América Latina, é a maior associação profissional do mundo, e mais de 60% dos seus associados residem fora dos Estados Unidos. Para poder avaliar as motivações desses tais membros preocupados, seria necessário, pelo menos, saber quem são, uma associação tão grande deve ter de tudo. Mas isso, eles não esclareceram.

     Outras: o Centro David Rockfeller de Estudos Latino-americanos, o Centro Hutchins de Pesquisas Africanas e Afro-americanas e o Instituto de Pesquisas Afro-latino-americanas da Universidade de Harvard emitiram uma declaração conjunta sobre os direitos humanos em Cuba, expressando sua “enérgica condenação à recente repressão do governo cubano contra artistas e ativistas que buscam a liberdade artística e de expressão”, mencionando, inclusive, Tania Bruguera. Para quem não sabe, a mencionada é uma youtuber raivosa, nascida na Ilha e residente nos Estados Unidos, que grita impropérios pelas redes sociais e é publicamente financiada por organizações ligadas ao Departamento de Estado norte-americano. Com esse dinheiro, ela age como intermediária, para financiar ações violentas em Cuba.


     Ainda assim, não queria fazer uma análise superficial e motivada apenas por minhas posições políticas. Então, refleti: eles falam de repressão recente. Será que o governo cubano acaba de fazer uma caça a artistas e jornalistas “independentes”? Estarão presos por denunciar crimes do Estado, como o Assange, condenado a uma pena cruel, por desmascarar o governo norte-americano? Ou, talvez, sequestrados e desaparecidos, como na Colômbia? Ou tiveram de autoexilar-se, para proteger a própria vida, como alguns do Brasil? E de tantos outros lugares...

     Não era nada disso. Eles se referem a fatos de vários meses atrás e que foram amplamente divulgados, dentro e fora de Cuba. Aliás, justamente por divulgá-los e mostrar pela televisão provas de que os tais supostos artistas e jornalistas, como a própria Bruguera, são mercenários financiados pela CIA, um apresentador cubano, Humberto López, tem sofrido um verdadeiro linchamento virtual movido por esses “profissionais”.

     Então, por que agora? Por que essas organizações norte-americanas – que recebem dinheiro para estudar a América Latina e a África – resolveram se manifestar em uníssono, neste momento, contra Cuba?

     Esta é fácil de responder. No dia 23 de junho, a Assembleia Geral das Nações Unidas vai votar um projeto de Resolução chamado “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, pela 29ª vez consecutiva (sim, você entendeu, são 29 anos seguidos). Aliás, essa votação é a de 2020, ela deveria ter acontecido no final do ano passado, mas foi adiada por causa da pandemia. E se chama Resolução, mas na verdade não resolve nada, porque decisão das Nações Unidas é como conselho de mãe, ninguém escuta, nem obedece.

     Todos os anos, quase 100% dos países aprovam essa resolução. Quem sempre fica contra? Os próprios Estados Unidos (tem lógica, vai contra a política deles, seja democrata ou republicana), Israel (o mesmo que dizer Estados Unidos) e, na última votação, adivinha quem mais ficou contra?! O Brasil! Isso mesmo, contrariando a própria Constituição e a nossa tradição de política externa, o atual (des)governo brasileiro nos fez passar mais essa vergonha internacional. Como se nos faltassem motivos para gritar Fora!

     Bem, se você buscar no google, vai encontrar que “Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos seis principais órgãos da Organização das Nações Unidas e o único em que todos os países membros têm representação igualitária”. Se a grande maioria dessa Assembleia Geral aprova, e é uma resolução, deveria ser aplicada, certo? Não! Os Estados Unidos ignoram solenemente há 28 anos essa decisão da Assembleia Geral da ONU. Agora será a 29ª.

     Então, preciso corrigir o título do artigo. A pergunta não é pra quem, é por quê. Por que falar de direitos humanos agora?

     Para tentar justificar – mal e porcamente, como se diz em “paulistês” – o agressivo, belicoso, genocida bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, que tenta submeter o povo da Ilha à fome e escassez de produtos básicos, como remédios e equipamentos hospitalares. O bloqueio não é contra o governo, o bloqueio é contra o povo cubano. O bloqueio é a maior agressão aos direitos humanos em Cuba.

     Como disse tão lindamente a música de Israel Rojas “La fuerza de un país” (veja o vídeo abaixo) : https://www.youtube.com/watch?v=tBZ4znOMgFk&ab_channel=BuenaFe ), o bloqueio é a expressão contemporânea do duelo entre Davi – uma pequena ilha com poucos recursos naturais, mas valente e solidária – e Golias – o império ególatra do século XX, que se recusa a evoluir e mudar de métodos.

     Preocupados com os Direitos Humanos em Cuba? Lutem contra o bloqueio!


#CubaSalva

#BloqueioMata


*Integrante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

                                                         Para ver as legendas clicar em configurações e escolher o idioma: 


               

20 de jun. de 2021

OUTRA VIL MENTIRA DOS ESTADOS UNIDOS

 



Por:Ángel Guerra Cabrera

     Já é conhecida a fixação dos governantes dos Estados Unidos (EU) pelo uso da mentira para justificar suas ações no mundo, que constituem, em geral, flagrantes violações do direito internacional e dos princípios humanistas elementares.

       Mas poucas vezes a hipocrisia e o cinismo do império do norte chegaram tão longe como quando seus porta-vozes proferem que as indevidamente chamadas “sanções” econômicas contra países como Cuba, Venezuela, Síria, Irã e Coreia do Norte buscam castigar seus líderes e não as suas populações.

   Isso confirmo, ao ler o bem documentado e pormenorizado relatório anual do governo cubano à ONU sobre o prejuízo que o bloqueio provoca a seu povo. Aliás, agora é momento de recordar que Washington chama eufemisticamente de embargo ou sanções a essa medida punitiva de força, arrogando-se o direito, que ninguém lhe conferiu, de decidir quem são os bons e os maus no mundo. Não me deterei a explicar aqui por que se trata de bloqueio e não de embargo. Seria como explicar por que se chama o pão de pão. Mas o termo sanções envolve a arrogância, a soberba e essa obsessiva inclinação de Washington pela mentira, quando tenta encobrir, sob esse vocábulo, graves violações ao direito internacional e aos direitos humanos, que não têm outro nome, que medidas coercitivas unilaterais. São coercitivas por serem aplicadas pela força, e são unilaterais por serem contrárias à Carta da ONU e a outros instrumentos internacionais, ignorando os organismos multilaterais – como o Conselho de Segurança da ONU –, únicos com direito a adotar sanções contra terceiros países, segundo a normatividade internacional.

 


     Mas voltemos ao que constitui o miolo desta alegação: a mentira estadunidense de que as sanções estão dirigidas contra os governantes, e não contra os povos. No período analisado pelo referido relatório do governo cubano, entre março de 2019 e abril de 2020, constata-se que, pela primeira vez desde que se debate esse informe na ONU (1993), a afetação provocada pelo bloqueio à economia cubana ultrapassa 5 mil milhões [no Brasil, bilhões] de dólares, chegando ao patamar dos 5 mil milhão 570.3 milhões, um incremento de cerca de um bilhão e 226 milhões de dólares, em relação ao período anterior, cifra muito alta para uma economia pequena. Esse aumento reflete a hostilidade e o ódio sem limites movidos contra Cuba pelo governo de Trump, mas evidencia, por sua extraordinária magnitude, o objetivo deliberado de ocasionar o maior mal-estar possível, não aos dirigentes, senão ao povo cubano. A ordem de magnitude dessa cifra e o quadro de descaradas ameaças e castigos a todo aquele que, no mundo, ousasse realizar um negócio com Cuba ou conceder-lhe um crédito revela a perversa intenção da medida: causar fome, escassez generalizada – inclusive de medicamentos essenciais –, longas filas para comprar o mais elementar, com o propósito de provocar uma explosão social do povo cubano e a sonhada mudança de regime. Isto seguido, é óbvio, de planos desestabilizadores, incluindo a tentativa de golpe suave, como se viu nos últimos meses. Levam nisso mais de seis décadas, se contamos desde a adoção das primeiras medidas contra a economia da Ilha, mesmo que formalmente ainda não tivessem decretado o bloqueio.

      A crise econômica internacional, bastante agravada pela pandemia, prejudicou Cuba, como o mundo inteiro, mas é assombroso o quanto o bloqueio pode tornar essa situação mais dolorosa, sobretudo devido à fúria com que os Estados Unidos incrementou-a nesses tempos de pandemia. Tomemos um exemplo. O Instituto Finlay de Vacinas teve de recorrer a fornecedores de terceiros países, para realizar compras de produtos de fabricação estadunidense. Para isso, empregou 894 mil 693 dólares, dos quais poderia ter economizado 178 mil 938 dólares, se os tivesse adquirido nos EUA. É só um caso, pois os esforços de Cuba para combater a pandemia foram sensivelmente limitados devido às disposições do bloqueio, especialmente as extraterritoriais, que deram a Washington a possibilidade de privar Cuba deliberadamente de respiradores mecânicos, máscaras, kits de diagnóstico, óculos, trajes, luvas, reagentes e outros insumos necessários para enfrentar a covid. Nessas condições adversas, Cuba não só tem o índice de mortalidade por covid mais baixo da região, senão que aplica massivamente na sua população vacinas criadas por seus cientistas. Além do apoio de seus médicos a mais de 50 nações, para combater a enfermidade. Em alguns dias, os Estados Unidos receberão de novo na ONU o repúdio do mundo a essa política, qualificada como genocida com base na Convenção de Genebra de 1948, e como crime de lesa-humanidade, pelo Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional. Sim, senhor Biden.




Publicado em: lapupilainsomne.wordpress.com

Tradução: Marcia Choueri

19 de jun. de 2021

OS DIREITOS HUMANOS E A GUERRA DE NARRATIVAS #EliminaElBloqueo

 

    Por Marcia Choueri*

    Poucos dias antes de ser votado na ONU o projeto de Resolução contra o bloqueio estadunidense a Cuba, podemos agradecer aos Estados Unidos e à extrema direita europeia uma verdadeira aula de métodos da guerra não convencional, aquela que não faz barulho, que passa imperceptível. Veja, que didático!

     A tática dessa guerra é convencer você de que a realidade perceptível não existe, de que o que você vê, toca, sabe não é o que parece. Ou que existe uma outra realidade, mais “real”, em total contradição com o que você sabe por experiência ou observação. É assim que conseguem convencer de que as escolas brasileiras distribuíam kits gays, ou que os governos de outros países são ditaduras, ou que Cuba viola os direitos humanos.

     Olha o script. Meses atrás, surgiu o autodenominado “Movimento San Isidro”. Não reúne gente suficiente nem tem propostas próprias, para ser chamado de movimento, mas não importa. A mídia “independente” de Miami, acompanhada pelos grandes meios internacionais, bate o bumbo, e logo todos ouvem falar deles. Montam factoides (um político do Rio nos ensinou: factoide é fato inventado, informação falsa, mentira mesmo), criam situações artificiais, para filmar com um celular e postar nas redes.

     O tempo passa. Quando faltam poucos dias para a votação na ONU da resolução contra o bloqueio, começam as ações orquestradas contra a Ilha:

1. O governo Biden coloca Cuba na lista de países que não combatem o terrorismo. A lista é deles, eles põem quem eles querem, não precisam apresentar provas ou argumentos. E a grande imprensa repercute, não para mostrar a arbitrariedade de quem faz a lista, mas como uma “verdade”. Que Cuba nunca tenha financiado um ato terrorista é irrelevante. E que tenha sofrido numerosas ações desse tipo, financiadas justamente por quem faz a lista, também não interessa. O que eles não nos contam: estar na lista impede que o país possa realizar determinadas operações financeiras, a lista é uma arma econômica.

2. Organizações acadêmicas e eurodeputados acusam Cuba de violar os direitos humanos de “artistas e jornalistas”, aqueles de San Isidro, alguns dos quais, aliás, depois do show inicial, já declararam publicamente que o tal movimento – como acontece também com vários meios “independentes” – é financiado por organizações vinculadas ao Departamento de Estado norte-americano. Mas as denúncias contra Cuba não levam em conta esses “detalhes”.

     O que não está expresso, o que eles querem que passe sem que o leitor/cidadão reflita, que seja como uma inferência, é que o bloqueio seria uma sanção a essa “má conduta” do governo cubano, de desrespeito aos direitos humanos.

     A única maneira que conhecemos para combater esses métodos é divulgando a realidade dos fatos e pedindo às pessoas que pensem.

     O primeiro e inquestionável direito humano é o direito a uma vida digna. É fácil compreender que nele se incluem a alimentação, a moradia, a educação, a saúde, o trabalho, a proteção aos vulneráveis. Qualquer sociedade humana que se preze deve ter como objetivo assegurar esse direito a todos os seus membros. Vejamos, então, algumas informações de como estão esses direitos em Cuba.

 


Bloqueio: por não poder comprar no mercado estadunidense, que é o mais próximo, Cuba paga de 350 a 600 dólares a mais a tonelada de frango. Ou seja, é menos frango que chega à mesa do cidadão cubano. Por falta de combustível (bloqueado em alto-mar) para entregar seus produtos, uma empresa cubana de alimentos teve de parar a produção durante 77 dias. Também devido à falta de combustível, entre os meses de novembro e dezembro de 2019, deixou-se de semear 12.399 hectares de arroz, e assim não se produziram 30.130 toneladas de arroz de consumo. Pela mesma razão, deixou-se de produzir mais de 195 mil toneladas de legumes e não se extraíram mais de 2 milhões de litros de leite e 481 toneladas de carne. Estes dados são do Informe de Cuba sobre os prejuízos provocados pelo bloqueio entre abril/2019 e março/2020.

- Direito à alimentação: como é público, os cidadãos cubanos têm de fazer demoradas filas para comprar alimentos. E enfrentam também a falta de vários produtos.

 

Bloqueio: 5 minutos de bloqueio equivalem a todo o material necessário para construir uma casa de dois quartos.

- Direito à moradia: há muitos anos, a construção de moradias em Cuba não consegue acompanhar o crescimento – embora pequeno – da população. Não há pessoas vivendo na rua, como na maioria dos países (inclusive do chamado primeiro mundo), mas há residências com várias gerações coabitando, e até casais que se separam e têm de continuar vivendo na mesma casa.

 

Bloqueio: 3 dias de bloqueio equivalem a todo o material escolar necessário ao país.

- Direito à educação: todas as crianças cubanas têm garantida sua vaga numa escola de período integral. E todas as escolas – não importa se num bairro residencial de Havana, ou numa zona rural – têm professores formados nas mesmas faculdades, recebendo salário igual e que utilizam o mesmo material didático. O objetivo é assegurar que todos os estudantes recebam educação de igual (e boa) qualidade. Mas é verdade que há escolas com salas fechadas porque necessitam reparos. E que podem faltar alguns livros (que então serão utilizados de forma compartilhada), os cadernos talvez demorem um pouco, e a merenda já não é tão substanciosa quanto em outros tempos.

 

Bloqueio: 5 horas de bloqueio equivalem a todas as máquinas de diálise necessárias em Cuba. 6 horas de bloqueio equivalem a toda a insulina necessária anualmente para os 32 mil pacientes do país.

- Direito à saúde: Cuba tem um sistema de saúde pública universal e acessível, que cobre desde a atenção primária, oferecida pelos consultórios de saúde da família, passando pelos policlínicos com consultas de especialistas e chegando até os hospitais gerais e os institutos especializados. Graças a esse sistema, Cuba tem os melhores índices da região, de recuperação frente à covid. Mas é verdade que algumas instalações necessitam reparos, e que há falta de medicamentos importantes nas farmácias.

 

Bloqueio: 2 horas de bloqueio equivalem a todas as máquinas de Braile que os cegos de Cuba necessitam.

- Direito à proteção: em Cuba, todas as pessoas que sofrem algum tipo de deficiência recebem atendimento especializado e produtos para sua atenção, como alimentos especiais, medicamentos, sapatos ortopédicos, fraldas etc. Mas também é verdade que às vezes os produtos escasseiam, é preciso esperar que cheguem, e até lá ir resolvendo como se pode.

 

     O objetivo aqui não é – nem poderia ser – esgotar o assunto. Apenas oferecer alguns dados objetivos, divulgar informação fidedigna e ajudar a pensar.

     A disputa de narrativas está presente o tempo todo. “Artistas” e “jornalistas”, como os de San Isidro, Bruguera, Yoani, Cubanet,  Cibercuba etc. são mercenários a soldo de um país estrangeiro e que, ainda por cima, está em guerra com Cuba. Insistem em vender-nos gato por lebre. Como bem dizia a canção, é preciso estar atento e forte.

 

#CubaSalva

#BloqueioMata

 

Panfleto do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

 

 

 

    *Integrante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba  em Havana.