Importante contextualizar que no período em que Cuba decide acolher as vítimas de Chernobyl é o mesmo do início do conhecido Período Especial, época da maior crise econômica enfrentada por Cuba pela queda do bloco socialista em 1989, véspera da dissolução da parceira União Soviética e pelo acirramento do bloqueio instaurado pelo governo estadunidense contra o país.
Apesar de todos esses reveses - que não eram poucos - Cuba sozinha tratou mais crianças de Chernobyl do que o resto de todos os países do mundo. Essa é a parte da história que os filmes, séries e mídia não contam. A parte que falta contar.
Nas palavras da médica ucraniana Elena Topka no alojamento de Tarará: " Nenhum país nos ajudou como Cuba."
Aqui mais uma ressalva importante que diz respeito ao Brasil diretamente: em setembro de 1987 o Brasil protagonizou o maior acidente radiológico de todos os tempos, o Pesadelo de Goiânia com o Césio 137. Em 1992 Cuba recebeu e acolheu 53 vítimas afetadas pelo material radioativo para tratamento totalmente gratuito, assim como com as crianças de Chernobyl.
Mais informações: https://solidariedadecubarj.blogspot.com/2019/07/a-historia-esquecida-do-acidente-de.html
Aqui um trecho de um lindo texto do companheiro Fernando Mousinho sobre o assunto :
Uma solidariedade internacionalista, mas também uma demonstração de que, no socialismo, a vida humana não é mercadoria. Uma solidariedade por todos sentida, mas que, só o amor de mãe é capaz de sintetizá-la tão bem.
Portanto, a ‘Carta das Mães de
Chernobil’ à Organização Mundial de Saúde, à Organização Panamericana de Saúde
e à opinião pública internacional, é um testemunho da pujança da revolução
cubana em todos os sentidos. Diz o texto na íntegra:
“Cumprimos o sagrado dever de agradecer e reconhecer às crianças cubanas, seus pioneiros, ao Ministério e trabalhadores da saúde, ao pensador e arquiteto da saúde mundial, o presidente Fidel Castro, e ao seu povo, por serem capazes de transformar os sonhos em realidade, o sofrimento e o egoísmo humano em fraternal serviço para enfrentar, junto a outros povos do mundo, a crua realidade das catástrofes a que a humanidade periodicamente está submetida”.
Tudo que Cuba faz pelo seu povo e por outros povos não faz para ganhar nada a não ser o sentimento de seguir o princípio da solidariedade internacionalista da Revolução Cubana, do dever cumprido com a humanidade. como comprovam as palavras do Cônsul Sérgio Lopez na época:
“Fidel me disse: Não quero que você vá à imprensa ou que a imprensa vá ao consulado. Este é um dever elementar que estamos fazendo com o povo soviético, com uma cidade irmã. Nós não estamos fazendo isso por publicidade”.
Por último, cumpre acrescentar um dado importante: Cuba faz tudo isso mesmo tendo grandes problemas econômicos e financeiros. É um país pequeno, pobre, com poucos recursos naturais e não bastasse essa realidade, outra mais criminosa se abate sobre a ilha: um bloqueio genocida, criminoso e cruel que os governos dos EUA insistem em impor ao povo cubano. Um bloqueio absolutamente irracional, sem motivação, sem finalidade a não ser a de tentar fazer com que os cubanos se dobrem, se submetam a seus desígnios e se voltem contra seu próprio governo e sistema social. Isso não vai ocorrer, já está mais do que provado, mas a obsessão os faz continuar asfixiando toda uma população. Por isso mesmo a solidariedade internacional a Cuba reitera a cada momento:
O bloqueio continua ? A solidariedade também.
#NoMasBloqueo #BastaDeBloqueio #SeguimosJuntos!!
Participe da Campanha pelo Prêmio Nobel da Paz à Brigada Cubana
www.cubanobel.org/assine_a_peticao
Grupo cubano de crianças e jovens Abrakadabra em mensagem de amor, paz e humanidade no Dia das Crianças:
Nenhum comentário:
Postar um comentário