30 de nov. de 2020

San Isidro, um reality show imperial ( vídeo) #FarsaDeSanIsidro

"A contrarrevolução orquestrou a encenação. A mídia mundial não o dirá: BBC, CNN, AFP, Reuters, Globo e outros. É importante divulgar a verdade. Cuba não se deixa enganar por um pequeno grupo de lúmpens que não são um Movimento. A cultura não está representada. Eles não representam a juventude cubana, nem seu povo heroico".

                                                                                                    Graciela Ramirez 

                                                                               Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos


Por:  Enrique Ubieta Gómez

A afirmação não é tão séria - quero dizer, para os cubanos - que "ni, ni" abundam. Não concordo com os de San Isidro, mas tampouco com as ações do governo, dizem. Se formos sérios na análise, devemos deixar Denis (o pretexto), e procurar os reais motivos

      Donald Trump está de saída. Mas alguns cubanos, que provocam "vergonha alheia" , o reivindicam como "seu" presidente. “Trump 2020!” Eles gritam. Como presidente  fez quase tudo para afogar o povo cubano e teve o cinismo de dizer que o ajudava. Quando impediu, atrasou ou aumentou o custo da chegada de navios com petróleo, ou impediu o comércio ou a transferência de dinheiro para o país, disse sarcasticamente: eles não sabem administrar a economia. Cuba, no entanto, administrou de maneira exemplar os efeitos da pandemia e da crise econômica internacional - e num esbanjamento de humanismo enviou 53 brigadas médicas a países pobres e ricos -, criou seus remédios e testou suas próprias vacinas, amorteceu os grandes danos das fortes chuvas ... e não deixou ninguém desamparado.

 Esses trumpistas nascidos em Cuba são "(...) desertores que pedem um rifle nos exércitos da América do Norte, que afoga seus índios [e seus negros] em sangue, e vai de mais a menos!" nas palavras de José Martí. Depois de mais de um século e meio de lutas, alguém duvida que o imperialismo norte-americano está interessado em Cuba e não na liberdade ou bem-estar de Cuba?



 Há uma referência histórica polêmica: Malinche. Escrava nahualt que foi amante e tradutora de Hernán Cortés, e contribuiu com seus conselhos para a conquista do território mexicano. Segundo o Dicionário da Real Academia da Língua, hoje malinche é toda “pessoa, movimento, instituição, etc., que comete traição”, não importa se é homem ou mulher. O chamado Movimento San Isidro é um ato do reality show em que Donald Trump transformou sua presidência. Os reunidos ali são chamados de "colegas" em um tweet do Charge d'Affaires da Embaixada dos Estados Unidos em Cuba.

     Não evito o fato concreto. Policial, uniformizado, traz intimação ao cidadão Denis Solís. O receptor o insulta, com palavras que não posso reproduzir, e o ameaça. O policial não o algema, não bate nele, não coloca o joelho em seu pescoço. Há um vídeo feito pela suposta vítima que atesta isso. Denis é detido por desacato. Ele já recebeu várias multas administrativas por conduta desordeira e duas advertências oficiais por assédio ao turismo. O crime de desacato está previsto no artigo 144.º, n.º 1, do Código Penal. Denis aceita as acusações e não recorre. Mas primeiro ele grita que Trump é seu presidente e se torna um "dissidente". Os "grevistas" de San Isidro exigem sua libertação. Fazem greve de fome e sede, mas no sétimo dia Alcântara, o líder da provocação - aquele que manchou a bandeira nacional noutros atos desta estranha peça de teatro - aparece num vídeo feito pelos seus colegas –para usar o mesmo termo do diplomata imperial–, impetuoso, ao mesmo tempo que evita as ações das autoridades sanitárias, e não desmaia na cama (como indica a lógica médica).

    Sempre há os crédulos e os sinceramente preocupados com a saúde dos "grevistas". E também aqueles que sugerem que não é conveniente para nós que morram, como se a Revolução não lutasse todos os dias e todas as horas pela vida de todos os seus cidadãos, estejam eles com ela ou não, diante das tentativas imperiais de torná-los famintos e doentes. Se Denis está preso e não está hospitalizado ou falecido, é porque não há desaparecidos em Cuba e a polícia que faz cumprir a ordem, como deveria ser, não assassina nem tortura.

    A afirmação não é tão séria - quero dizer, para os cubanos - que "ni, ni" abundam. Não concordo com os de San Isidro, mas tampouco com as ações do governo, dizem. Se formos sérios na análise, devemos deixar Denis (o pretexto), e procurar os reais motivos.

     Evito aqui qualquer suposição monetária - embora Denis tenha confessado ter recebido dinheiro de uma pessoa por conta dos atentados perpetrados em Cuba - prefiro discutir ideias. E não sei os motivos da estranha viagem do escritor-jornalista que, para chegar a Cuba do México, teve que passar antes pelos Estados Unidos. Mas os "equilibristas" dão pistas: não se trata de um decreto ou de uma decisão que alguém considerou errada - nos depoimentos estão todos misturados e se amanhã o Governo decidir outra coisa, será colocado no mesmo saco - não se trata do liberdade de expressão (muito menos artística), mas da construção de uma oposição política claramente patrocinada pelo imperialismo, o restabelecimento da democracia burguesa e a morte de qualquer indício de democracia popular. Embora muitos dos demandantes possam não saber disso, o verdadeiro propósito é a restauração da Cuba neocolonial. Para evitar dúvidas, altos funcionários da administração Trump imediatamente saíram para defender seus atores coadjuvantes. Eles sabem que o show está chegando ao fim e precisam cravar os últimos punhais.

      Por isso é tão ultrajante ler alguns textos mercenários que comparam os heroicos combatentes da clandestinidade durante a ditadura de Batista com esses desertores que pedem fuzis no exército invasor, parafraseando Martí. Sim, as vozes de uma certa imprensa transnacional já estão se juntando, atentas ao último suspiro trumpista. Dizem que vivemos na era da pós-verdade, uma "situação em que fatos objetivos influenciam menos do que emoções ou crenças quando se trata de definir a opinião pública", segundo um dicionário. Mas a Revolução Cubana não costuma mentir ou disfarçar as verdades. Nunca minta, ensinou-nos Fidel, o homem que vive em cada revolucionário cubano.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

http://www.granma.cu/cuba/2020-11-28/san-isidro-un-acto-de-reality-show-imperial-28-11-2020-19-11-57?fbclid=IwAR3uFlkFuq1pNapyKL23Ik7PTzTu6bjfP3cAU083LYM9eA-6C-TDcmBX37Q



                 Cuba desmascara o tal movimento San Isidro: 

https://www.youtube.com/watch?v=B2A-RuXEquA&feature=youtu.be&ab_channel=Cubavisi%C3%B3nInternacional

 




                                                                           Yoani e Assange 



Do Tweeter do Presidente Diaz-Canel : 

Quienes diseñaron la farsa de San Isidro se equivocaron de país, se equivocaron de historia y se equivocaron de cuerpos armados, denunció hoy el presidente de #Cuba, Miguel Díaz-Canel.

https://www.facebook.com/icapcuba/posts/3490371684365584

" Aqueles que criaram a farsa de San Isidro se equivocaram de país, se equivocaram de história e se equivocaram de corpos armados"


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