23 de fev. de 2021

OS LIMITES DO FALSO ÁLIBI DA IDEOLOGIA DO CAPITAL - Raúl Antonio Capote


     Rosa Luxemburgo disse uma vez, citando Federico Engels: "A sociedade capitalista se depara com um dilema: avanço ao socialismo ou regressão à barbárie". Esse dilema é mais relevante hoje do que nunca

   Os cultistas da teoria do fim do socialismo e do triunfo neoliberal tiveram ali seu momento de glória, nos anos finais do século XX. Então, eles proclamaram com entusiasmo o fim da história, o fim das ideologias, o triunfo das leis de mercado, a morte das utopias e o enterro do marxismo.

    Não era preciso pensar em nada, não era mais necessário, por que desperdiçar neurônios pensando em um futuro hipotético?

     O neoliberalismo considera o mundo como um repositório de objetos de consumo em potencial, encoraja os indivíduos a acreditar que a satisfação de seus desejos constitui o paradigma do "sucesso" e da felicidade na vida.

   Nascido na década de 1940, ele tentou ser uma alternativa ao Estado de bem-estar e ao socialismo; mas naquele período  não poderia ensinar sua verdadeira essência. O socialismo, nas décadas de 1950 e 1960, alcançou níveis mais altos de prosperidade do que o capitalismo.

   As novas armas culturais do capitalismo alcançaram as terras do socialismo muito antes do golpe final. A decomposição ideológica, que é pura e dura ideologia contrarrevolucionária, cortou os pilares que sustentavam esses estados.

    A guerra cultural travada contra os projetos socialistas no Leste Europeu  aproveitou efetivamente a perda, por parte destes, da capacidade de se conectar com as pessoas, especialmente com as novas gerações.

  Transformaram , como reconhece o estudioso Atilio Borón, o "pensamento único" do capitalismo neoliberal, gerador de apatia política e conformismo, em "bom senso", que nos impede de ver as desigualdades e a destruição provocadas pela metafísica do mercado.

   A promoção do consumismo hedonista como caminho para a felicidade, que faz parte do ABC do neoliberalismo; a ideia de que não há nada além, de que é preciso viver o momento, o sucesso do seu linguajar, o esgueirar-se dos símbolos e sua ressignificação, a mentira e a mais vergonhosa manipulação, foram as "matérias-primas" com que construíram a ponte para o abismo, a mesma ponte a que tentam nos puxar os cubanos hoje, pela qual querem que marchemos, envergonhados de nossa história.

   Nos últimos anos, a aplicação de políticas neoliberais em escala global causou terríveis consequências econômicas e sociais. Geraram, especialmente na América Latina, níveis históricos de desemprego e subemprego, pobreza alarmante e grande precariedade social.

   Os antigos Estados socialistas se esgotaram em poucos anos por corporações transnacionais, desemprego, desigualdade, condições insalubres, prostituição, metamorfosearam o paraíso em construção em um terreno árido onde impera a lei do mais forte , o desespero de muitos e um culto hedonista ao deus do mercado.

      Não estamos enfrentando o fim da história, muito menos o fim das revoluções. O homem nunca se cansará de tentar alcançar o mundo melhor sonhado. Nada foi capaz de parar a marcha da humanidade para o futuro, e nada vai poder detê-la agora.

    Rosa Luxemburgo disse uma vez, citando Federico Engels: "A sociedade capitalista se depara com um dilema: avanço ao socialismo ou regressão à barbárie". Esse dilema é mais relevante hoje do que nunca.


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

http://www.granma.cu/pensar-en-qr/2021-02-20/los-limites-de-la-farsa-coartada-de-la-ideologia-del-capitalismo-20-02-2021-00-02-37?

20 de fevereiro de 2021

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