8 de fev. de 2024

Cuba e Brasil, juntos, podem avançar muito mais .


O chefe de Estado elogiou a relevância da visita, pois teve como objetivo reativar o Comitê de Gestão Binacional Cuba-Brasil. Foto: Estudos da Revolução.

 René Tamayo

A sua visita ao nosso país é de grande significado, porque expressa um sentimento que temos muito latente, porque desde que Lula conquistou a presidência, um conjunto de intercâmbios entre os dois países se intensificou e  manifesta a sua vontade de apoiar Cuba e retomar a ampla política de intercâmbio, diplomática, econômica e comercial que tivemos durante os governos dele e de Dilma Rousseff.

                   

O presidente cubano recebeu o representante brasileiro do Comitê Gestor Binacional, Carlos Gadelha, vice-ministro da Saúde e secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde brasileiro. Foto: Estudos da Revolução.
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   Foi o que expressou o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, ao líder do lado brasileiro do Comitê Gestor Binacional, Carlos Gadelha, vice-ministro da Saúde e secretário de Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Saúde do Complexo Econômico-Industrial do Ministério da Saúde, que recebeu na tarde desta quarta-feira (7) no Palácio da Revolução.

    O chefe de Estado elogiou a relevância da visita, pois visa reativar o Comitê de Gestão Binacional Cuba-Brasil, mecanismo promovido pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva e lançado durante o governo de Dilma Rousseff, que “— observou— permitiu trocas fluidas, proporcionou muito aprendizado para ambas as partes e facilitou o desenvolvimento de projetos conjuntos.”

    Díaz-Canel ratificou a “vontade, disposição e desejo” de Gadelha de trabalhar em conjunto para fortalecer e consolidar as relações entre as duas nações latino-americanas e apelou a um trabalho intenso nesse sentido.

   Que Cuba e Brasil “sonhem muito, porque juntos podemos avançar muito mais”, afirmou o presidente cubano, que enviou saudações ao povo brasileiro, ao seu colega Lula da Silva e às autoridades sanitárias do gigante sul-americano.

 Gadelha lembrou que há mais de dez anos entrou neste Palácio da Revolução, com a ordem da presidente Dilma Rousseff de estabelecer o Comitê Gestor Binacional Cuba-Brasil, ideia, reiterou, de Lula da Silva.

    Composto por cerca de 20 ministérios e instituições brasileiras e seus homólogos cubanos, este Comitê, observou, permitiu avançar em uma direção orientada para o bem comum, e em nome do meu povo - expressou Gadelha a Díaz-Canel - quero expressar minha gratidão pelas relações entre Brasil e Cuba.

    O Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Saúde do Complexo Econômico-Industrial do Ministério da Saúde do Brasil destacou a contribuição vital das Grandes Antilhas para sua nação.

   Graças às transferências tecnológicas de Cuba, argumentou, as instituições do seu país têm conseguido desenvolver vacinas e a síntese de vários produtos, e isso, disse, marca as nossas relações e é uma demonstração do potencial científico e tecnológico que tem. Cuba”, resumiu Gadelha, “está em nossos corações”.

 

Cuba e Brasil: uma aposta pela vida

Cuba e Brasil, disse ele, tiveram uma oportunidade imensa no objetivo de garantir o acesso da população às tecnologias desenvolvidas em cooperação. Foto: Estudos da Revolução.

   Em aparte à imprensa, o diretor brasileiro destacou que a reativação do Comitê Binacional, por indicação do presidente Luis Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde do Brasil, Nisia Trindade Lima, tem entre suas prioridades reativar os vínculos para articular produção, inovação e acesso à saúde em ambos os países.

  “Criamos esse Comitê em 2011 e ele foi cancelado em 2016”, lembrou Gadelha, “mas agora estamos reconstruindo a cooperação do Brasil com Cuba, que então nos permitiu trazer para o nosso país tecnologias que ajudaram a salvar mais de 100 mil vidas no Brasil.

    “Nós”, acrescentou, “não poderíamos deixar de dar a máxima prioridade à reconstrução destas relações em favor da vida, utilizando a tecnologia, a indústria e a inovação para que o nosso povo possa ser soberano, bem como cuidar das pessoas com medicamentos , vacinas, equipamentos médicos.

    Não podemos, acrescentou o diretor brasileiro, “deixar o mundo ser dividido entre aqueles que têm conhecimento tecnológico e são ricos, e aqueles que se esforçam ao máximo para desenvolver tecnologias e produção em Saúde.

    “Cuba e Brasil”, disse ele, “tiveram uma oportunidade imensa no objetivo de garantir o acesso da população às tecnologias desenvolvidas em cooperação. E acredito que seremos, mais uma vez, um exemplo para o mundo de que não existe conhecimento tecnológico apenas para poucos, mas também para garantir o acesso a ele para todos.”

     Sobre os resultados da reativação do Comitê Gestor Binacional, o representante do Ministério da Saúde brasileiro informou que nas reuniões realizadas nestes dias em Havana, ambas as partes definiram setores prioritários.

    Entre estas, enumerou, estão tecnologias para o tratamento do câncer, da diabetes, de problemas relacionados com o envelhecimento, como o Alzheimer, e todos os campos ligados às vacinas e à biotecnologia.

    “Viemos a Cuba para restabelecer a cooperação, mas ao mesmo tempo, para assumir um compromisso que possa ser desenvolvido para a vida e para as pessoas”, resumiu o diretor brasileiro.

    Julieta Palmeiras, representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, participou do intercâmbio, no Palácio da Revolução, entre o primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República de Cuba e o responsável pela parte brasileira do Comitê Binacional de Gestão e Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos, e Janary Damascena, assessora de Comunicação da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde do país sul-americano.

     Do lado cubano estiveram presentes os Ministros da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda; de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Eduardo Martínez Díaz; a presidente da BioCubaFarma, Mayda Mauri Pérez; e o diretor-geral para América Latina e Caribe do Itamaraty de Cuba, Eugenio Martínez Enríquez.

                         

O presidente cubano com Julieta Palmeiras, representante do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Agência Financiadora de Estudos e Projetos. Foto: Estudos da Revolução.

Quanto aos resultados da reativação do Comitê de Gestão Binacional, constatou-se que nas reuniões realizadas nestes dias em Havana, ambas as partes definiram setores prioritários. Foto: Estudos da Revolução.

                               
“Viemos a Cuba para restabelecer a cooperação, mas ao mesmo tempo, para assumir um compromisso que possa ser desenvolvido para a vida e para as pessoas”, resumiu o diretor brasileiro. Foto: Estudos da Revolução



http://www.cubadebate.cu/noticias/2024/02/07/cuba-y-brasil-juntos-pueden-avanzar-mucho-mas/

Tradução: Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil

                       


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