A fazenda Yvu é alvo de uma disputa territorial. Ela faz parte da área já estudada pela Fundação Nacional dos Índios (Funai) para compor a Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I, que está em processo de demarcação. Segundo um relatório publicado pelo órgão federal em 13 de maio, os guarani-kaiowá foram expulsos dessa área há décadas pelo próprio Governo, para que fossem feitas fazendas. Os fazendeiros possuem a titularidade da terra e dizem que não saem do local sem serem indenizados plenamente, o que o Governo Federal afirma que é impedido de fazer pela Constituição. Os índios, muitas vezes vivendo em situação de precariedade em reservas superlotadas ou acampamentos improvisados, cansaram de esperar pela resolução do impasse e passaram a fazer a chamada "retomada" dessas terras habitadas por seus ancestrais. Entram nas fazendas, onde montam acampamentos, e acabam sendo expulsos por grupos de fazendeiros, muitas vezes com truculência.
Foi o que aconteceu nesta última terça-feira. Os índios afirmam que
tiveram motos, bicicletas e roupas queimados por fazendeiros e
enterrados em um buraco, cavado com a ajuda de um trator. Josiel Benites, de 12 anos, e Jesus de Souza, de 29 anos, foram feridos a bala no abdômen.
Vaudilho Garcia, de 26 anos, no tórax. Os três passaram por cirurgia.
Lubésio Marques, de 43 anos, recebeu três tiros: um no ombro, um no
tórax e outro no abdômen. E Norivaldo Mendes, de 28 anos, também foi
atingido no tórax. "Passava bala por cima de nós. Foi terrível. Não sei como é que eles não acabaram com nós. Porque armamento eles tinham. Arma pesada eles tinham".
A família dona da fazenda confirma que esteve no local com outros produtores rurais, mas disse que houve uma discussão e nega que alguém estivesse armado com algo além de fogos de artifício.
Fonte: El País - Brasil
VENCEREMOS !!!
Fonte: El País - Brasil
VENCEREMOS !!!
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