24 de mai. de 2021

ESCLARECIMENTO SOBRE USO DA CLOROQUINA EM CUBA

     Em função de muitas dúvidas surgidas com relação ao

 uso da cloroquina em Cuba, este  Comitê entrou em

 contato direto com autoridade de Saúde Pública de Cuba

a fim de esclarecer a questão.   

As informações bem detalhadas são as que se  seguem :

  

    "Cuba tem mais de 200 pesquisas no âmbito nacional para enfrentar o SARS-CoV-2 entre intervenções, estudos e ensaios clínicos. Há um esforço conjunto entre o governo e instituições científicas, para enfrentar a pandemia da forma mais eficaz possível. Uma prioridade particular tem sido para os cientistas cubanos encontrar o tratamento mais eficaz para esta doença. Outras prioridades têm sido a vigilância sanitária, as investigações ativas e o diagnóstico. Mas, sem dúvida, o desenho do protocolo foi um exercício acadêmico e científico que nos permitiu aprender-fazendo e modificar-trabalhando ”.

    O protocolo cubano integra em si o conhecimento isolado que os demais países possuem. Inclui vigilância, diagnóstico, terapia e convalescença, tendo em vista que o país recupera mais de 94% das pessoas que contraíram o vírus.

   O protocolo cubano de gestão clínica é fruto de intensas jornadas de trabalho e da contribuição de múltiplas instituições, e embora tenha um caráter nacional, "não é uma camisa de força", mas está adaptado às condições clínicas do paciente, uma ferramenta evolutiva, porque tem se desenvolvido à medida em que avança o conhecimento sobre a doença, em Cuba e em outros países.

    O protocolo cubano inclui três componentes: gestão preventiva, gestão terapêutica e gestão de convalescença.

  O tratamento recebido pelos pacientes confirmados com COVID-19 em Cuba tem o seguinte manejo terapêutico: 

   Obter um efeito antiviral e para isso se usa interferons e outras drogas antivirais já comprovadas em Cuba e em outros países; neutralizar a tempestade de citocinas; tratar oportunamente as complicações; manter as doenças de base estabilizadas.

  O cumprimento desses objetivos é buscado simultaneamente, não em etapas.

     Na primeira semana de doença, a ênfase é dada às medidas antivirais e, na segunda, busca-se o efeito mais específico do imunomodulador.

     Pacientes que não apresentam sintomas são tratados com monoterapia, usando interferon-alfa 2b e Heberferon, juntamente com vigilância clínica rigorosa. No caso de pacientes sintomáticos, estes contam com um pacote de tratamento, adequado às demandas específicas de cada paciente.

    São usados ​​interferons, cloroquina e kaletra. Estes medicamentos não são usados ​​como monoterapia, mas são usados ​​em combinação.

     No começo da epidemia se atribuiu à cloroquina efeitos antivirais e imunomoduladores. Em Cuba não havia dúvidas sobre este segundo efeito , já que é usada em doenças como o lúpus, mas a respeito dos efeitos antivirais não havia evidências científicas. Por esse motivo, foi utilizada metade das doses inicialmente propostas pelas recomendações internacionais, para evitar que os pacientes apresentassem reações adversas. A cloroquina é usada com moderação em Cuba.

     Diferentes tipos de antibióticos, esteroides, heparina, eritropoetina, surfacen, CIGB-258, transfusão de plasma, entre outros, também foram incorporados ao tratamento.

     Os resultados que Cuba exibe no atendimento ao paciente não é fruto de um único medicamento, mas da aplicação de todo o pacote, que inclui a sensibilidade dos médicos. Os números apresentados por Cuba também mostram a eficácia da estratégia epidemiológica que contempla o isolamento de contatos, suspeitos e internação oportuna com o início do tratamento, bem como o desenvolvimento da biotecnologia cubana e a estreita relação entre cientistas e intensivistas. Muitos pacientes cubanos receberam interferons desde o primeiro momento e os resultados foram muito satisfatórios. Destaca-se também o uso do CIGB-258 e do itolizumabe  que nos permitem estar à frente do surgimento da tempestade de citocinas."


Esperamos ter contribuído com os esclarecimentos

 colhidos  junto às autoridades cubanas para nos

 mantermos sempre bem informados.




2 comentários:

  1. Parabéns pelo esclarecimento.

    Estava com a posição do Padilha, porém olhando o site do Ministério de Saúde Cuba se acha o nome cloroquina entre os medicamentos para os tratamento.
    https://twitter.com/padilhando/status/1395408169980108803

    Reproduzi no Blog Solidários a Cuba
    https://convencao2009.blogspot.com/2021/05/cuba-usa-cloroquina-contra-covid-19.html

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  2. Cuba pesquisou, estudou e nao foi leigo quem fez o protocolo e sim cientista, e nem sempre medico tem que ser visto como cientista, eles usam a pesquisa mas nao investigam longe de um iletrado se achar dono da verdade, como fizeram no Brasil.

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