Palestina Ocupada (QNN) –
Israel lançou uma campanha abrangente contra a Flotilha Global Sumud, uma
missão humanitária que navega para romper o cerco a Gaza. Autoridades e
plataformas online rotularam os ativistas pacíficos como "apoiadores do
Hamas", aumentando o receio de que Israel esteja justificando a violência
contra os barcos.
Nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou que a flotilha tem o "apoio aberto do Hamas". Essa declaração foi feita após semanas de ataques online coordenados contra o comboio e seus participantes.
Uma
guerra de difamação digital
A flotilha inclui
participantes de quase 50 países em mais de 50 navios. No entanto, a campanha
digital de Israel busca desacreditar a missão. Segundo investigações, milhares
de postagens multilíngues retrataram os ativistas como "apoiadores do terrorismo"
e "embaixadores do Hamas".
A Al Jazeera descobriu que 17
contas importantes de mídia social amplificaram as narrativas israelenses.
Entre elas, contas anônimas, porém hiperativas, como Vividprowess, que
reciclava propaganda antiflotilha em vários idiomas, e Cheryl E, que zombava da
missão e de Greta Thunberg, uma das participantes de destaque.
Outra fonte, o Mossad
Commentary, difamou repetidamente as ações de solidariedade como um
“acobertamento terrorista”, enquanto o propagandista sionista Eyal Yakoby,
baseado nos EUA, vinculou o comboio ao “terrorismo islâmico”.
Destinada a indivíduos
A campanha de difamação também teve como alvo Zahir Birawi, chefe do Comitê Internacional para Quebrar o Cerco. O grupo israelense Ad Kan, formado por ex-oficiais de inteligência, distribuiu fotos públicas antigas dele com tripulações de flotilhas como supostas "provas secretas". Analistas confirmaram que as imagens foram tiradas fora de contexto, algumas datando de 2018, e estavam disponíveis há muito tempo em sites públicos.
Israel acusou Birawi
repetidamente de ter ligações com o Hamas. No entanto, nenhum tribunal, seja no
Reino Unido ou em qualquer outro lugar, jamais estabeleceu tais ligações.
Aliás, Birawi já havia vencido uma ação judicial contra o World-Check, um banco
de dados comercial que o rotulou falsamente como ligado ao terrorismo.
Greta Thunberg, que se juntou
à flotilha, tornou-se outro alvo direto. Relatos israelenses espalharam imagens
manipuladas dela com características de Adolf Hitler e incentivaram seus seguidores
a desejar-lhe mal antes de sua próxima viagem a Gaza.
Ameaças
oficiais
O Ministro da Segurança
israelense, Itamar Ben Gvir, anunciou a preparação de um plano para punir os
participantes da flotilha. Segundo a mídia israelense, o plano inclui o
confisco dos barcos, a prisão de ativistas como "prisioneiros de
segurança" e o lançamento de campanhas coordenadas de difamação para
rotulá-los como colaboradores do Hamas.
Apesar da campanha de
difamação de Israel, os membros da flotilha insistem que a missão é
humanitária. Eles exigem o fim do bloqueio que causa fome em Gaza, lar de mais
de dois milhões de palestinos.
Ameaças digitais, propaganda e
incitação aberta estão agora colocando em risco a vida dos ativistas.
Observadores alertam que rotular o comboio como "ligado ao
terrorismo" pode ser o prelúdio de uma interceptação violenta assim que os
navios se aproximarem de Gaza.
https://cubaenresumen.org/2025/09/22/palestina-israel-lanza-una-campana-criminalizadora-contra-la-flotilla-mundial-sumud-acusa-a-los-activistas-de-ser-hamas-y-aumenta-el-temor-a-una-interceptacion-violenta/
Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas
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