22 de set. de 2025

Israel lança uma campanha de criminalização contra a Flotilha Mundial Sumud, acusando os ativistas de serem do "Hamas" e aumentando o medo de uma ação violenta.

                                 

Palestina Ocupada (QNN) – Israel lançou uma campanha abrangente contra a Flotilha Global Sumud, uma missão humanitária que navega para romper o cerco a Gaza. Autoridades e plataformas online rotularam os ativistas pacíficos como "apoiadores do Hamas", aumentando o receio de que Israel esteja justificando a violência contra os barcos.

Nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou que a flotilha tem o "apoio aberto do Hamas". Essa declaração foi feita após semanas de ataques online coordenados contra o comboio e seus participantes.



                          Uma guerra de difamação digital

A flotilha inclui participantes de quase 50 países em mais de 50 navios. No entanto, a campanha digital de Israel busca desacreditar a missão. Segundo investigações, milhares de postagens multilíngues retrataram os ativistas como "apoiadores do terrorismo" e "embaixadores do Hamas".

A Al Jazeera descobriu que 17 contas importantes de mídia social amplificaram as narrativas israelenses. Entre elas, contas anônimas, porém hiperativas, como Vividprowess, que reciclava propaganda antiflotilha em vários idiomas, e Cheryl E, que zombava da missão e de Greta Thunberg, uma das participantes de destaque.

Outra fonte, o Mossad Commentary, difamou repetidamente as ações de solidariedade como um “acobertamento terrorista”, enquanto o propagandista sionista Eyal Yakoby, baseado nos EUA, vinculou o comboio ao “terrorismo islâmico”.

 

                          Destinada a indivíduos

A campanha de difamação também teve como alvo Zahir Birawi, chefe do Comitê Internacional para Quebrar o Cerco. O grupo israelense Ad Kan, formado por ex-oficiais de inteligência, distribuiu fotos públicas antigas dele com tripulações de flotilhas como supostas "provas secretas". Analistas confirmaram que as imagens foram tiradas fora de contexto, algumas datando de 2018, e estavam disponíveis há muito tempo em sites públicos.

Israel acusou Birawi repetidamente de ter ligações com o Hamas. No entanto, nenhum tribunal, seja no Reino Unido ou em qualquer outro lugar, jamais estabeleceu tais ligações. Aliás, Birawi já havia vencido uma ação judicial contra o World-Check, um banco de dados comercial que o rotulou falsamente como ligado ao terrorismo.

Greta Thunberg, que se juntou à flotilha, tornou-se outro alvo direto. Relatos israelenses espalharam imagens manipuladas dela com características de Adolf Hitler e incentivaram seus seguidores a desejar-lhe mal antes de sua próxima viagem a Gaza.

 

                         Ameaças oficiais

O Ministro da Segurança israelense, Itamar Ben Gvir, anunciou a preparação de um plano para punir os participantes da flotilha. Segundo a mídia israelense, o plano inclui o confisco dos barcos, a prisão de ativistas como "prisioneiros de segurança" e o lançamento de campanhas coordenadas de difamação para rotulá-los como colaboradores do Hamas.

Apesar da campanha de difamação de Israel, os membros da flotilha insistem que a missão é humanitária. Eles exigem o fim do bloqueio que causa fome em Gaza, lar de mais de dois milhões de palestinos.

Ameaças digitais, propaganda e incitação aberta estão agora colocando em risco a vida dos ativistas. Observadores alertam que rotular o comboio como "ligado ao terrorismo" pode ser o prelúdio de uma interceptação violenta assim que os navios se aproximarem de Gaza.


https://cubaenresumen.org/2025/09/22/palestina-israel-lanza-una-campana-criminalizadora-contra-la-flotilla-mundial-sumud-acusa-a-los-activistas-de-ser-hamas-y-aumenta-el-temor-a-una-interceptacion-violenta/

Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas

             



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