Foto: Tomada de www.radiorebelde.cu |
Por Gabriela Toro
Estados Unidos (EUA) mantém desde 07 de
fevereiro de 1962 um bloqueio total contra Cuba, o que pode ser
considerado como o genocídio mais longo da história, devido à sua
política dirigida essencialmente a minar pontos vitais da defesa e da
economia da ilha caribenha.
Há 54 anos, o então presidente dos
EUA, John F. Kennedy, mediante a Seção 620A da Lei de Assistência
Exterior (Setembro de 1961) declarou o bloqueio total contra a ilha
depois de anos aplicando essas medidas de modo progressivo, como parte
de suas políticas imperiais, após o 01 de janeiro de 1959 quando as
forças revolucionárias de Cuba acabaram com a ditadura de Fulgencio
Batista, movimento liderado por Fidel Castro.
As novas medidas
adotadas pelo governo revolucionário em Cuba foram destinadas a
recuperar as riquezas do país e pô-las a serviço do povo, o que afetou
os interesses dos grandes monopólios estadunideses, que há mais de meio
século haviam saqueado os recursos da ilha e influenciado diretamente
em sua política interna.
Na verdade, a decisão de agir de forma
independente e promover mudanças decisivas nas políticas econômicas e
sociais da ilha, para uma maior estabilidade do seu povo, foi o gatilho
histórico entre os dois países. EUA responderam rapidamente e com
sanções brutais para subjugar a revolução cubana com um bloqueio total
que levou a uma guerra econômica contra Cuba.
As políticas de
bloqueio começaram em fevereiro de 1959, e cada vez que se tornavam mais
evidentes e graves a partir da não aprovação de um modesto crédito
solicitado para apoiar a moeda cubana; restrições à exportação de
combustível para Cuba pelas multinacionais Esso, Texaco e Shell, em
1960; a proibição de exportações dos EUA para a ilha, com exceção de
alimentos, remédios e equipamentos médicos, não incluídos em subsídios; o
rompimento das relações diplomáticas dos EUA com Cuba, em 03 de janeiro
de 1961; e intensa manobra estadunidense na Organização dos Estados
Americanos (OEA) para que a maioria dos países latino-americanos
rompessem relações com a ilha.
Em seu intenso jogo imperialista
os EUA também implantaram formalmente em Fevereiro de 1962, o "bloqueio"
total de comércio com Cuba; assim como a proibição de entrada em
território dos Estados Unidos de qualquer produto produzido, total ou
parcialmente, por Cuba, ainda que fosse por um outro país; em 1963 todas
as transações com Cuba foram proibidas e os valores do Estado cubano em
território dos Estados Unidos foram congelados; e em maio de 1964, o
Departamento de Comércio dos Estados Unidos introduziu uma proibição
total de embarques de alimentos e medicamentos a Cuba, embora na prática
já estavam interrompidas.
Não se pode falar de um "embargo"
quando se refere às ações exercidas contra Cuba pelo governo dos EUA,
pelo contrário, são classificadas como um bloqueio, uma medida de
guerra, para obter o isolamento, a fim de trazer a as pessoas a
renunciar à sua decisão de ser soberano e independente, com uma rendição
pela força ou pela fome.
Bloqueio não funcionou
A 17 de
dezembro de 2014, os EUA e Cuba anunciaram a decisão de restabelecerem
as relações diplomáticas, e o atual presidente dos EUA, Barack Obama
reconheceu que o bloqueio não surtiu nenhum efeito.
Para chegar a
este acordo de restabelecer as relações, Obama e Raúl Castro,
presidente de Cuba, iniciaram uma série de negociações que mostraram
algum progresso, como o retorno para a ilha caribenha, no mesmo 17 de
dezembro, de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, que
se juntaram a René e Fernando Gonzalez (já livres naquele momento),
depois de permanecerem injustamente encarcerados em território
estadunidense.
Da mesma forma, se restabeleceram as relações
diplomáticas e a reabertura das embaixadas em ambos os países, que foi
precedida pela retificação da designação injusta de Cuba como um Estado
patrocinador do terrorismo. Se expandiu a cooperação já existente em
temas de interesse mútuo, tais como a segurança aérea e da aviação; e o
combate ao narcotráfico, ao tráfico de imigrantes e a fraude migratória.
No entanto, Raul Castro tem sido enfático em afirmar que o povo cubano
não renunciará aos princípios e ideais pelos quais tem lutado; as
exigências históricas de respeito à sua soberania para estabelecer
relações bilaterais com o governo dos EUA e o fim imediato do bloqueio
econômico, comercial e financeiro contra a ilha.
"O povo cubano
não renunciará aos princípios e ideais pelos quais vária várias gerações
de cubanos têm lutado ao longo do último meio século. O direito de cada
estado de escolher o sistema econômico, político e social que deseje,
sem a interferência de nenhuma forma, deve ser respeitada ", afirmou
Raúl ao completar-se um ano do anúncio do acordo para restaurar as
relações entre as duas nações.
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Bloqueo contra Cuba
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VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
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