20 de jun. de 2022

PRIMEIRO MINISTRO AUSTRALIANO SE RECUSA A INTERVIR PUBLICAMENTE SOBRE A EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE

                                   

O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese rechaçou os chamados para exigir publicamente que os EUA abandonassem sua acusação contra o fundador do WikiLeaks e cidadão australiano Julian Assange, mas ressaltou que  mantém seus comentários anteriores contra sua acusação.

Os apoiadores de Assange exortaram  Albanese a intervir no caso desde que o governo britânico aprovou na semana passada a extradição do ciber-ativista para os EUA, onde ele enfrenta acusações de espionagem e até 175 anos de prisão.

Albanese, que chegou ao poder no mês passado, disse que manteria a questão fora dos olhos do público e acrescentou que seu governo continuaria a se concentrar em levantar sua posição sobre a decisão através dos canais diplomáticos.

"Há algumas pessoas que pensam que, se você colocar as coisas em letras maiúsculas no Twitter e colocar um ponto de exclamação, isso de alguma forma o torna mais importante. Não é assim", disse ele aos jornalistas.

Ele também enfatizou que mantém seus comentários passados, onde afirmou que não via o propósito da "perseguição contínua" de Assange e que "já basta".

Enquanto isso, o deputado australiano independente Andrew Wilkie pediu ao líder australiano que fizesse um apelo imediato e direto ao presidente americano Joe Biden e ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson em nome de Assange.

"Acabe com esta loucura".

"Não tenho dúvidas de que Anthony Albanese tem influência suficiente sobre o primeiro-ministro britânico para pôr um fim a isto se ele pegar o telefone e disser, 'acabe com esta loucura'", disse Wilkie à ABC, enquanto enfatizava que a relação de Albanese com Biden é "boa o suficiente" para "pegar o telefone e dizer, 'acabe com esta loucura'".

Da mesma forma, o Procurador-Geral Mark Dreyfus e a Ministra das Relações Exteriores australiana Penny Wong responderam à decisão de Londres dizendo que o "caso de Assange se arrastou por muito tempo e deve ser encerrado".

Anteriormente, a esposa do fundador do WikiLeaks, Stella Assange, disse à ABC que houve uma "mudança" na abordagem do governo britânico ao caso desde que os trabalhistas ganharam as eleições e enfatizou a necessidade de uma intervenção imediata.

"É óbvio que o governo australiano pode e deve falar com seus aliados mais próximos para encerrar este assunto", disse Stella.

Os advogados de Assange têm 14 dias a partir da data da decisão para interpor um recurso no Supremo Tribunal do Reino Unido.  

                                            


Tradução: Carmen Diniz

https://cubaenresumen.org/2022/06/20/primer-ministro-australiano-se-niega-a-intervenir-publicamente-sobre-la-extradicion-de-julian-assange/

Nenhum comentário:

Postar um comentário