No último 19 de dezembro, a Casa del Alba, em Havana, foi palco de uma apresentação especial do documentário "Violencia en línea, verdades o desinformación" (Violência on-line, verdades ou desinformação).
O excelente filme, dirigido pelo cineasta venezuelano Ernesto Segovia, registra os eventos violentos que ocorreram na República Bolivariana da Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho, com o objetivo de boicotar a democracia e a paz no país.
Daylen Vega Mugercia, diretora da La Casa del Alba, considerou a exibição desse documentário necessária e urgente. Uma amostra dos mecanismos violentos disponíveis ao imperialismo estadunidense para promover golpes de Estado em nossa região.
“No calor da situação que surgiu no país, conversei com vários colegas sobre a necessidade de fazer um documentário que mostrasse a realidade do que estávamos vivendo”, disse Ernesto Segovia, diretor de Violencia en línea, verdades o desinformación (Violência on-line, verdades ou desinformação).
“Esse documentário apresenta imagens gravadas por Yaimi Ravelo durante a resposta do povo após as agressões, cortesia do meio de comunicação argentino Resumen Latinoamericano, e uma excelente entrevista com Raúl Capote.
A equipe de produção liderada por Segovia gravou os depoimentos de companheiros que sofreram a agressão diretamente no estado de Lara.
Esse trabalho reflete como a direita vem ignorando as instituições na Venezuela desde o triunfo da Revolução até os dias de hoje, enfatizou o cineasta.
Raúl Antonio Capote, palestrante na apresentação especial desse documentário, a partir de sua experiência como observador internacional nas últimas eleições, reconheceu ter testemunhado uma guerra multifatorial orquestrada pelos EUA contra a Revolução Bolivariana.
“Muitos elementos convergiram, a guerra midiática para influenciar psicologicamente o caráter do povo, a presença do paramilitarismo, o lawfare, com todos os elementos que compõem essa guerra multifatorial”, enfatizou o proeminente jornalista cubano, autor do livro ‘Guarimbas, los gestores del caos’, ‘La guerra que se nos hace’, entre outros.
"Este país foi vítima de uma guerra não convencional”, acrescentou.
“A última vez que estive na Venezuela antes das eleições foi em 2012 e, voltando tantos anos depois, descobri que o venezuelano de hoje é muito diferente, havia outro espírito, outra forma de pensar e uma enorme confiança no que está sendo feito, na democracia”.
Capote relatou o desenrolar daquele dia de eleição no estado de Miranda, observando que, apesar de todo o conteúdo nocivo que circulava nas redes sociais para sabotar a votação do povo, o respeito entre os venezuelanos nas seções eleitorais era uma prova de paz, mesmo que fossem de diferentes afiliações políticas.
Essa realidade, impublicável para a mídia hegemônica de desinformação, não respondeu aos planos dos EUA e da extrema direita venezuelana.
A exibição especial desse filme venezuelano foi prestigiada pela presença do embaixador da República Bolivariana da Venezuela em Cuba, Orlando Maneiro, e outros funcionários da sede diplomática; Graciela Ramírez Cruz, chefe do escritório de Cuba do Resumen Latinoamericano e coordenadora geral do Comitê Internacional pela Paz, Justiça e Dignidade dos Povos; e a participação de amigos solidários com Cuba e Venezuela.https://cubaenresumen.org/2024/12/21/violencia-en-linea-verdades-o-desinformacion/
Tradução: @comitecarioca21
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