31 de mai. de 2016

GUANTÁNAMO PELA PAZ


Guantánamo pela paz sem bases militares e sem a política intervencionista das grandes potências, empenhadas em estabelecer bases militares em todos os continentes. A justa a reivindicação do povo e do governo cubanos para que os Estados Unidos devolvam o território ilegalmente ocupado desde 1903 pela base naval de Guantánamo.



                                                VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

MILHARES DE PORTO-RIQUENHOS EXIGEM A LIBERTAÇÃO DE OSCAR LÓPEZ RIVERA

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Em uma manifestação em massa o povo exigiu a libertação do independentista porto-riquenho. | Foto: Rádio do Sul

Ao completar 35 anos da prisão de Oscar López Rivera os porto-riquenhos foram às ruas para exigir a sua libertação a Barack Obama.

Milhares de cidadãos foram domingo, dia 29 de maio, às ruas de San Juan, Porto Rico, para exigir a libertação do líder da independência do país, Oscar Lopez Rivera, que completa 35 anos em cativeiro nas masmorras dos Estados Unidos.

López Rivera, 73 anos, participou da Guerra do Vietnã e, por seu valor em combate, foi condecorado pelas Forças Armadas dos EUA. Mais tarde ele se juntou a luta pelos direitos do povo porto-riquenho e participou de atos de desobediência civil e militância pacífica.


Em 1976, como membro das Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN), entrou para a luta clandestina em favor da independência de Porto Rico e cinco anos depois foi preso pelo Bureau federal de Investigação (FBI), acusado de "conspiração" e por sua militância nas FALN.

Sua luta fez dele o símbolo da resistência do povo de Porto Rico, por isso no domingo os cidadãos voltaram as ruas para exigir que o presidente estadunidense, Barack Obama, conceda o perdão do líder porto-riquenho.

Com o nome de "Oscar 100 x 35 libertação já", o Comitê de Direitos Humanos de Porto Rico e o Grupo 33 x Oscar convocaram este ato, ao cumprir-se 35 anos de sua prisão, fizeram uma reivindicação contundente para mostrar a Obama que "esta é uma reclamação do povo porto-riquenhas e não de uns poucos." 




















O porta-voz do Comitê de Direitos Humanos de Puerto Rico, Eduardo Villanueva Muñoz, estendeu o convite para que todos os cidadãos se unissem  ao evento, porque cada dia que passa torna-se maior a urgência do pedido de sua libertação da prisão.

"O convite é para todas as pessoas, é um chamado às comunidades, a todas as organizações e instituições, tanto públicas, como privadas, ao povo em geral, para participar na marcha neste momento crítico, marcado pela proximidade do fim do mandato do presidente dos EUA, Barack Obama", continuou.

Além disso, o ativista de direitos humanos explicou que em 20 de junho, quando o caso da colonização de Puerto Rico volta a ser revisado nas Nações Unidas, pelo menos 35 países, um para cada ano, farão atividades contra as ações diplomáticas dos Estados Unidos "para reclamar a libertação de Oscar".


Humildade e dignidade

A advogada do combatente porto-riquenho, Jan Susler, que frequentemente fala com López Rivera, descreveu-o como um homem "cheio de humildade e dignidade, que sabe quem é, porque o povo o ama."

Por sua parte, a governadora de Porto Rico, Ingrid Vila Biaggi, disse que 35 anos de prisão é mais tempo do que Nelson Mandela passou encarcerado na África do Sul.

"Oscar está encarcerado por querer libertar-nos do status de colônia que nos tem nesta crise, a sua libertação é um passo para negociar o futuro de Porto Rico" com Washington, acrescentou.

Por: teleSUR - EP
Publicado em 29 de maio de 2016
                                                  VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

VIII ENCONTRO CONTINENTAL DE SOLIDARIEDADE COM CUBA

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Pela unidade e integração dos povos latino-americanos e caribenhos.

 Pelo fim do bloqueio ianque a Cuba socialista e pela liberdade dos presos políticos porto-riquenhos Oscar López Rivera e Ana Belén Montes. 

Por um acordo de paz para a Colômbia com justiça social.  

Ianques, tirem as mãos da Venezuela e do Brasil!!


                                                                     VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!! 

DOCUMENTÁRIO TODO GUANTÁNAMO ES NUESTRO: "GUANTÁNAMO SIGNIFICA A LUTA PELA SOBERANIA E DIGNIDADE DE CUBA"

Hernando Calvo Ospina e Javier Salado apresentam o documentário
"Todo Guantánamo es nuestro” é um documentário que acaba de ser lançado em várias cidades, como Buenos Aires, Friburgo e Paris. Conversamos com dois dos seus criadores, em ligação de Paris: o jornalista e escritor colombiano Hernando Calvo, diretor do filme, e Javier Salado, jornalista cubano e correspondente do jornal Resumo Latino-americano, que produziu este trabalho junto com o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos e diferentes grupos de solidariedade.

Guantánamo é uma província de Cuba, onde vivem mais de meio milhão de pessoas, que têm a desgraça de ser notícia internacionail por algo muito diferente de seu trabalho e sua realidade. E é a existência de um centro de detenção e tortura, e precisamente num território usurpado em 1903.

Ambos cineastas nos explicaram o porquê deste documentário. Também os tópicos, inclusive mentiras históricas em torno de Guantánamo.

O trabalho audiovisual anterior de Hernando Calvo, em que participou Cubainformación TV, foi sobre o bloqueio de Cuba. O Bloqueio e Guantánamo são os dois primeiros pontos da agenda de reivindicações de Cuba para os EUA. Calvo assegura que ambos os temas são tão importantes para Cuba porque simbolizam sua luta permanente pela soberania e dignidade.

Assistam ao vídeo sobre o documentário que estreará em breve no Brasil.  

                                             
Fonte: Cuba en Resumen

                                                                      VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
           

30 de mai. de 2016

A ATIVA COOPERAÇÃO MÉDICA CUBANA NOS PAÍSES DO CARIBE

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Mais de 30.100 funcionários da saúde das Grandes Antilhas servindo atualmente em 18 dos 25 países da Associação de Estados do Caribe

    Foto: Amelia Duarte

Autor: Fidel Rendón Matienzo | internet@granma.cu
29 de maio de 2016 22:05:35
 
HAVANA - Quando Cuba recebeu esta semana os líderes dos países membros da Associação de Estados do Caribe (AEC), eles  destacaram o bem-estar e a expectativa de vida que a presença dos médicos cubanos tem representado para os seus povos.

Mais de 30.100 funcionários da saúde das Grandes Antilhas atualmente estão prestando serviço em 18 dos 25 países da AEC, informou à Agência Cubana de Notícias a Dra. Regla Angulo Pardo, membro do Comitê Central do Partido e diretora da Unidade Central de Cooperação médica (UCCM).

A funcionária disse que a missão especial da Venezuela, com 28.395 médicos, técnicos e enfermeiros, encabeça essa relação, seguida do Haiti com 555, Guatemala 364, Trindade e Tobago 164, Guiana 160, Jamaica 93, Belize 87 e Honduras 79.

Cuba também tem 53 colaboradores de saúde na Nicarágua, 43 em Antígua e Barbuda, 39 nas Bahamas, 24 tanto em Dominica quanto em Granada, 15 em São Cristóvão e Névis, 14 em Santa Lúcia, 7 no Suriname, 5 (assessores) em El Salvador e 3 em São Vicente e Granadinas.

A diretora da UCCM esclareceu que como parte de programas de cooperação médica em nove Estados do Caribe, outros médicos, principalmente oftalmologistas, participam na Operação Milagre, voltada para a recuperação da visão dos pacientes.

Ela lembrou que em 2015 uma brigada de 15 integrantes do contingente internacional de saúde, Henry Reeve, viajou para Dominica para socorrer a população no desastre causado pela tempestade tropical Erika.

Em dezenas de relatos na imprensa televisiva, escrita, falada e digital, incluindo redes sociais, muitos habitantes dessas nações caribenhas agradecem e expressam sua confiança nos médicos, enfermeiros e técnicos cubanos.

Eles chegaram as regiões mais remotas e intrincadas, onde alguns moradores nunca tinham sido assistidos por um médico, e com seu altruísmo e elevados padrões profissionais ganharam o respeito e a admiração de pacientes, familiares e autoridades locais.

Segundo a Dra. Angulo Pardo, os colaboradores cubanos espalhados por países da AEC já atenderam em consulta 1.195.123.704 pacientes, e realizaram 689.365 entregas e 4.615.294 intervenções cirúrgicas gerais, das quais 1.244.909 cirurgias oftalmológicas.

Mas junto com assistência médica, também tem contribuído para desenvolver campanhas de educação sanitária e de vacinação em massa, e controle higiênico epidemiológico necessário.

A maior expressão de solidariedade e internacionalismo deste tipo de colaboração surgiu no final de 1998, após o furacão Mitch na América Central, especialmente em Honduras e Guatemala. Cuba respondeu de imediato com a disponibilidade para enviar pessoal médico e paramédico, além de fornecer equipamentos técnicos e medicamentos.

Foi então que, dada a gravidade dos acontecimentos, começou a desenvolver, para a América Central e Caribe, o Programa Integral de Saúde (PIS), mais tarde estendo a países da África e Ásia. Isto incluiu a formação e capacitação de recursos humanos. (ACN)

Fonte: Guayacán de Cuba 

                                                                                                 VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!! 

FORAM CONDENADOS 15 REPRESSORES QUE PARTICIPARAM DO PLANO CONDOR DAS DITADURAS DO CONE SUL

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El País | Sábado, 28 de maio de 2016

OPERAÇÃO CONDOR FOI UMA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL    PARA    ASSASSINAR

Uma associação internacional para assassinar

Entre aqueles que receberam penas mais altas estão Santiago Omar Riveros, Reynaldo Bignone e o uruguaio Manuel Cordero. Foi a primeira vez que um tribunal julgou o acordo para reprimir além de sequestros e desaparecimentos

Por Alejandra Dandan

Não houve uma definição da sentença, mas por trás de cada uma das condenações apareceu o que era esperado há mais de 40 anos: a enunciação da Operação Condor como uma associação ilícita das ditaduras do Cone Sul destinada a cometer crimes. Santiago Omar Riveros e Reynaldo Benito Bignone foram as primeiras condenações lidas pelos membros do Tribunal Federal 1 em um salão lotado. O primeiro recebeu 25 anos de prisão. O chefe dos Institutos Militares do campo de extermínio do Campo de Mayo obteve assim sua pena de número 11 em julgamentos contra a humanidade. Bignone recebeu 20 anos. Foi sua oitava condenação. Também foi condenado a 25 anos, o único réu estrangeiro, o militar do exército uruguaio Juan Manuel Cordero Piacentini, que teve entre suas vítimas Maria Claudia Garcia Iruretagoyena de Gelman. Dos 17 acusados, 15 foram condenados a penas de 25 a 8 anos e 2 foram absolvidos.

"Esta é a primeira vez que a justiça de um país da América declarou que o Plano das ditaduras dos países do Cone Sul foi uma associação ilícita para cometer crimes, e privação ilegal e imposição de tortura foram consideradas dentro dessa parceria", disse o presidente do CELS, Horacio Verbitsky.

Nesse mesmo sentido se expressou o promotor Paul Ouviña ao destacar a falta dos juízes Oscar Ricardo Amirante, Adrián Frederico Grunberg, Pablo Gustavo Laufer e Ricardo Ángel Basílico como juiz substituto. Ouviña assinalou que é a primeira vez que a justiça definiu a Operação ilícita como uma parceria para o crime", em um processo notável por respeitar as garantias, o direito de defesa, o direito de testemunhas e as regras de procedimento."

A Decisão começou a ser lida às cinco da tarde. Estiveram presentes Vera Jarach, Laura Conte, Taty Almeida, Nora Cortiñas e Lita Boitano, familiares dos desaparecidos e detidos por razões políticas. E conseguiu chegar a avó Elsa Pavón, com anos de fadiga no corpo, enquanto sua neta Paula Logares concluída processo de acreditação. O rosto de Macarena Gelman apareceu duas vezes ampliado pelas imagens do telão na sala. Foi o promotor Miguel Angel Osorio, um dos primeiros empenhados em organizar o que no começo eram vestígios de uma investigação impossível. Os nomes foram mais porque todo mundo estava lá. Horacio Pietragalla, agora secretário de direitos humanos de Santa Cruz. Carolina Varsky da Procuradoria. Quem veio do exterior, como Federico Jorge Tatte, filho de um ex-marinheiro e líder comunista do Paraguai desaparecido na Argentina, que integra a Comissão de Verdade e Justiça do Paraguai.

Este julgamento, que começou há três anos e três meses, estava prestes a enfraquecer quando morreu o ditador Jorge Rafael Videla, um dos principais acusados dos 32 com o qual o caso foi aberto e ontem terminou com 17 réus, porque alguns morreram e outros deles foram separados do julgamento por motivos de saúde. Edgardo Binstock fazia parte da queixa pelo desaparecimento de sua companheira Monica Pinus, sequestrado em Março de 1980 no Brasil. E que foi um dos casos que vieram a julgamento com Videla como o único réu. "E pensar que quase caiu quando começou. Mas isso não aconteceu. Este é um caso criminal mas ao mesmo tempo um caso político, porque o que unifica as causas é que eles tinham em comum uma operação e um acordo das ditaduras e do Departamento de Estado dos Estados Unidos para poder operar. Hoje vem isso em um contexto difícil para as democracias latino-americanos: se bem não tem a mesma característica repressiva, estamos sujeitos a uma nova ofensiva neoliberal e conservadora em nossos países ".

Ao mesmo tempo que Binstock recordava o Condor II de que fala Rafael Correa, o único réu presente na sala começava seu caminho no andar térreo. O tribunal decidiu dar aos acusados a opção de não participar da audiência final. Não estiveram nem na sala nem nas transmissões de internet que normalmente conectam em locais de detenção. Em uma longa fileira de cadeiras vazias esteve o único réu que assistiu: Miguel Angel Furci, que respondeu por dois pedidos de condenação no julgamento: Condor e numa segunda questão sobre os Automotores Orletti, o centro clandestino para onde foi levada a maioria dos prisioneiros estrangeiros. Furci foi condenado, como autor de 67 privações ilegais de liberdade e por 62 atos de tortura, a 25 anos de prisão e, como o resto, a uma proibição para exercer cargo público pelo dobro do período. Seus dois olhos protegidos por óculos não perderam de vista o juiz, mesmo naquele momento. Quando lhe imputaram a sentença não piscou, mesmo sem perceber que as câmeras estavam indo e vindo ao mesmo tempo mostrando o rosto de Macarena Gelman, neta do poeta Juan Gelman, filha de Claudia e Marcelo, hoje deputada no Uruguai. "As condenações são satisfatórias para mim, ela disse, e eles têm a particularidade de incluir o primeiro uruguaio condenado pelo caso da minha mãe, o qual me faz pensar no Uruguai. Sentindo que se fecha um capítulo, é difícil de dizer ou sentir pela fragmentação das causas, mas havia uma expectativa muito concreta sobre qual seria a pena do Cordeiro".

A sala não aplaudiu e não cantou até que o juiz Amirante ler o último ponto da sentença, que afirmou informar a embaixada uruguaia sobre a nova situação legal dos acusados daquele país. Então a sala reviveu os 30 mil desaparecidos.

Um Andrés Habegger saiu naquele momento de uma asfixia "E que eles apodreçam na cadeia, assassinos!" "Começamos com a queixa, disse, em 2004, tudo isso não tinha forma, o desaparecimento faz isso, a falta de verdade. E isso é como reencontrar as formas. E dar-lhe a forma e fazer estado responsável é um processo demorou tanto tempo é também uma alegria, e isso posso dizer aqui, e não na quadra, ou em um bar, nem em uma praça. Estávamos queixosos com minha mãe (por seu pai Norberto). Nós demos testemunhos. E minha sensação é que ao se fazer justiça isso entra para os livros de história porque o Estado fez isso:. Que a história seja uma e não outra".

A jornalista Stella Calloni, cercada pelas câmeras das televisões estrangeiras, repetido uma e outra vez por que o Condor foi uma "Operação". Ele falou de "táticas" e "estratégias" e do avanço de uma operação de contra-insurgência contra os líderes da região, razão pela qual "se soube mais cedo, porque as vítimas eram nomes tão conhecidos que ninguém poderia ignorar".

Os fundamentos da sentença serão anunciados em agosto. Os réus foram condenados a sanções significativas, sobre tudo pela quantidade de atos que lhes foram atribuídos. Houveram três condenações a 25 anos de prisão: Riveros, Cordeiro e Furci. Houveram 2 condenações a 20 anos: Bignone e o general Rodolfo Emilio Feroglio. Um a 18 anos de prisão para o coronel Humberto Jose Román Lobaiza. Também 4 a 13 anos, incluindo o vice-almirante Antonio Vanek, segundo lugar na estrutura da Marinha. Os 5 réus TOF condenados a 12 prisão. E o general Federico Antonio Minicucci a oito anos. Houveram duas absolvições.

Exceto Riveros e Furci, o resto dos acusados receberam sentenças em geral, por um a quatro atos. Uma das explicações é que, embora a causa Condor tenha um número de 109 vítimas em tribunal, um universo importante tinha como único réu para Videla. Com a sua morte esses crimes foram retirados da causa. Mas os casos e suas histórias continuam em juízo, como Binstock, porque reclamações e a promotoria pediram para continuar por direito a Verdade e porque cada fato permite provar não só uma imputação, mas uma associação criminosa. Como os nomes de cada uma dessas vítimas, no entanto, não aparecem na leitura da sentença, agora se aguarda os fundamentos para saber se este pedido foi considerado pelo tribunal. O CELS adiantou que se não for assim pedirá em Cassação revisão da sentença. "Apelamos nesses casos que não se pode alcançar condenação porque o responsável está morto, para um registro de que foram vítimas da Operação Condor em função do direito à verdade", explicou.

 Fonte Página|12 
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29 de mai. de 2016

DE ONDE SURGEM OS GOLPES NA AMÉRICA LATINA

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                                                     VENCEMOS !!!  VENCEREMOS !!!

VÍDEO: OCUPAÇÃO LANCEIROS NEGROS: POVO SEM MEDO DE LUTAR FAZ POLÍCIA RECUAR EM PORTO ALEGRE



Orgulho de Porto Alegre contra o Golpe

Depois de uma madrugada de vigília, a Ocupação Lanceiros Negros resiste. Veja o momento em que a PM recua e a festa começa, em frente à ocupa.

                         
                                                                    
                                                                      VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

A HISTÓRIA DE CUBA VISITA O CERRO-CORÁ (FOTOS)

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Na última terça-feira 24 de maio a conversa -atividade no pré-vestibular comunitário do Cerro-Corá, no Cosme Velho, Rio de Janeiro foi sobre a questão cubana. O Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba levou material e um vídeo sobre o Bloqueio a Cuba e um pouco da história cubana. Muito interesse de todos, mais pessoas sabendo desse genocídio contra o povo cubano.  



                                                   VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

COMO O POVO CUBANO É AFETADO PELO BLOQUEIO DOS EUA?

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Traduzido por Roberto Bitencourt da Silva
Da Telesur

Apesar da aproximação entre os EUA e Cuba, o bloqueio continua

Neste 7 de fevereiro completaram-se 54 anos do mais longo bloqueio financeiro, econômico e comercial na história da humanidade: o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba. Todos os setores da nação cubana têm sido afetados não só em questões econômicas, mas também em outros serviços básicos, como saúde, educação, tecnologia e turismo.

Em 7 de fevereiro de 1962, após o presidente dos Estados Unidos J.F.Kennedy suspender totalmente a quota de açúcar oriundos de Cuba, o governo dos EUA decretou, por ordem executiva presidencial, o embargo total sobre o comércio entre os EUA e Cuba.

Os danos humanos causados pelo bloqueio são inúmeros e a sua duração no tempo tem consistido em fato duríssimo e insustentável.

Quanto Cuba tem perdido economicamente?

O governo cubano informou que as multas aplicadas pelos EUA e sua atual gestão governamental alcançam cifras superiores a 11,5 bilhões de dólares. Por outro lado, as perdas monetárias totais devidas ao bloqueio atingem mais de 116 bilhões de dólares. Ademais, Cuba não pode exportar e importar livremente produtos e serviços com os EUA, utilizar o dólar nas transações financeiras internacionais, ter acesso ao crédito de bancos nos EUA, de suas subsidiárias em outros países e das instituições financeiras internacionais.

O status de país em desenvolvimento de Cuba faz sua economia depender quase inteiramente do comércio exterior: do capital e da tecnologia estrangeira, de crédito, investimentos e cooperação internacional para o seu progresso. Por isso, entre 1996 e 1998, o governo de Cuba tentou, aida que sem sucesso, estabelecer contratos com empresas europeias para a criação de uma parceria econômica na indústria do petróleo, mas não pôde ser realizada pelas novas condições resultantes da promulgação da Lei Helms Burton dos EUA e das pressões para que se retirassem da ilha, de acordo com o website cubana Ecured.

Como o bloqueio tem afetado as áreas de saúde, alimentação e comunicações?

De acordo com o último relatório do governo cubano, estima-se que, desde o bloqueio, o setor da saúde perdeu cerca de 104 bilhões de dólares. Apenas entre maio de 2009 e abril de 2010 perdas de 15 milhões de dólares foram registrados na área da saúde pública. Somado a uma escassez de medicamentos destinados para tratamentos como câncer ou outros problemas, de curto e longo prazo, que prejudicam diretamente a população.

O governo cubano gasta um bilhão de dólares por ano para subsidiar arroz, café, carnes, grãos, massas, ovos, açúcar, sal, pão e outros alimentos em pequenas quantidades, que cada cubano recebe por mês, por um preço inferior a três dólares. Enquanto qua as crianças ainda recebem leite em pó e iogurte de soja, e dietas médicas destinadas aos doentes. Ainda assim, isso é insuficiente para satisfazer as necessidades do mês, de modo que os cubanos devem comprar alimentos não-subsidiados, representando um custo pesado para o seu salário mensal.

No tocante à educação, o impedimento governo cubano ao mercado dos EUA afeta a compra de material escolar e a manutenção da rede escolar, por isso se vê obrigado a comprá-lo em países distantes da ilha, o que gera custos elevados. Problema que afeta gravemente ao intecâmbio científico, cultural e desportivo.
Por outro lado, a comunicação dos cubanos com os familiares fora da ilha é cara, porque o país não tem acesso à rede global de comunicações.

O setor dos transportes aéreo e terrestre também foi afetado. A aviação civil cubana perdeu, em média, nos últimos 4 anos cerca de US$ 300.000. Enquanto o transporte terrestre encontra-se totalmente ultrapassado, devido ao bloqueio.
Mais de 70 por cento da população cubana nasceu sob o embargo. O atraso gerado pelo bloqueio em todas as áreas da vida dos cubanos é apenas o resultado de um bloqueio arbitrário, que viola completamente os direitos humanos e, também, o direito à auto-determinação política e econômica do povo cubano.

Fonte GGN | O jornal de todos os Brasis

                                                     VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

24 de mai. de 2016

CUBA ANUNCIA REDUÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS BÁSICOS :: ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTÍ - RJ

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                           Efe

O governo cubano vai reduzir, a partir desta sexta-feira (22), em cerca de 20% os preços de um grupo de produtos básicos, sobretudo alimentos, informou nessa quinta-feira (21) o Ministério das Finanças e Preços.

A medida, a ser aplicada em lojas que vendem produtos em pesos cubanos convertíveis (CUC) e em pesos cubanos (CUP, moeda nacional), tem como objetivo aumentar gradualmente a capacidade de compra de CUP em curto prazo, segundo nota oficial divulgada.

A queda dos preços inclui produtos como o arroz e o chícharo (legume muito consumido na ilha) que são vendidos livremente, à margem do cartão de racionamento vigente no país, que dispensa produtos subvencionados. As novas normas incluem também uma redução de 6% no preço do frango.

Em Cuba circulam duas moedas: o peso cubano (CUP) e o peso convertível (CUC, equivalente ao dólar). A maior parte da população – que se queixa de salários baixos e preços elevados – recebe os salários em CUP, que equivalem, em média, atualmente a cerca de 584 pesos cubanos mensais (US$ 23,3).

A nota oficial diz que a redução de preços está relacionada a uma referência feita no relatório central do 7º Congresso do Partido Comunista, realizado recentemente.O texto diz que os “salários e pensões continuam a ser insuficientes para satisfazer as necessidades básicas da família cubana”. Nesse sentido, considerou-se que a solução “definitiva para essa complexa realidade” será alcançada com o “aumento da produtividade e da eficiência” da economia nacional.

A “vontade política” para “melhorar a situação da população mediante as limitações existentes” e a diminuição dos preços dos alimentos no mercado mundial levaram à adoção de novas medidas.

A nota oficial divulgada pela televisão cubana informou que a lista completa dos produtos com redução de preço será divulgada hoje.
 
 
Fonte: Agência Brasil
Publicado por Associação Cultural José Martí - Rio de Janeiro - Casa de Amizade Brasil-Cuba
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23 de mai. de 2016

VÍDEO - EDUCAÇÃO MUSICAL NAS ESCOLAS, VOCÊ CONCORDA? EXISTE....

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A educação musical nas escolas públicas cubanas é tão importante quanto matemática, espanhol ou ciências.

 

Fonte: AJ+                                                                   

                                                                      VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

20 de mai. de 2016

NEGRO, POBRE E SEM-TERRA: CONHEÇA BRASILEIROS QUE SE FORMARÃO EM MEDICINA NA VENEZUELA

19/05/2016
Criada em 2007 pelo então presidente venezuelano Hugo Chávez, a Escola Latino-americana de Medicina (Elam) possibilita que pessoas pobres de países periféricos se tornem médicos

Aos 21 anos, Jéssica Rodrigues Trindade não pensava que um dia poderia cursar uma faculdade de Medicina. O Brasil mantém um perfil elitizado na formação médica, com apenas 2,6% de negros entre os formados na área, em um território onde a maioria da população se declara como negra ou parda (53%), segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). Mas não foi em uma escola brasileira que a assentada da reforma agrária e filha de camponeses pobres do estado do Pará quebrou esse paradigma.

Jéssica faz parte de um grupo de cerca de 250 jovens de 32 países de diversas partes do mundo que estudam na Escola Latino-americana de Medicina (Elam), na Venezuela. “Eu que sou negra, pobre, filha de pobre, vejo agora toda minha família vibrando pelo fato de eu estar aqui. As gerações da minha família não tiveram acesso à educação e entrar em Medicina é ainda mais complicado”, conta Jéssica, assentada no Palmares II, na cidade de Parauapebas (PA).

Criada em 2007 pelo então presidente venezuelano, Hugo Chávez, em parceira com Cuba, a Elam busca formar médicos de diversos países que tem carência na área. “Esse é um objetivo primordial da escola: formar médicos – que não teriam a possibilidade de estudar em seus países – não só na ciência, mas também em consciência, porque são médicos que voltarão aos seus países para dar um retorno aos seus povos, cuidando das doenças e dos problemas que seus países enfrentam”, explica o cubano Arturo Pulga, médico e coordenador acadêmico da Elam na Venezuela.

É dessa maneira que o conceito metodológico e pedagógico pensado pela escola se diferencia do que é compreendido pela medicina convencional. “Se você vai atender o povo tem que ser uma medicina comunitária, por isso formamos médicos integrais comunitários, que vão à comunidade atender aos problemas dela. Um aspecto social fundamental é que essa medicina não é apenas para curar doenças, mas para preveni-las”, destaca Pulga.

Logo quando chegam à Elam, todos os estudantes participam de um curso introdutório de cerca de seis meses para nivelar o conhecimento sobre diversas áreas, como matemática, biologia, química e também sobre o pensamento latino-americano. Depois desse processo, eles ingressam na formação da carreira médica pelos dois anos seguintes, coordenado por um corpo docente de venezuelanos e cubanos.

Nesse período, os estudantes já começam a trabalhar nos Centros de Diagnósticos Integrais (CDIs) das comunidades, o equivalente às unidades básicas de saúde no Brasil, onde entram em contato com os moradores nos bairros carentes e praticam o conteúdo teórico que aprendem na sala de aula.

“Esse é um elemento importante dessa medicina, pois desde o primeiro ano os estudantes se vinculam com os pacientes nas comunidades. É uma diferença fundamental do modelo tradicional. Desde o primeiro dia que eles entram aqui, já têm vinculação com a prática, nos lugares onde estão as comunidades, os mais pobres, os mais necessitados”, relata Pulga.

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Experiência

Uma das coisas que mais chamaram a atenção de Jéssica ao chegar na Venezuela foi o fato de a maior parte da população daquele país ter acesso à saúde básica por meio dos CDIs. “Em um simples bairro, você tem médicos para todas as áreas. A pessoa chega e já faz o atendimento”, conta.

Quanto às aulas práticas nos CDIs, a sem-terra destaca a importância desses momentos, pois eles permitem a troca de experiências. “Conversamos com os médicos cubanos sobre o trabalho deles. É muito boa essa troca, porque você vê uma medicina diferente, você vê que eles realmente estão preocupados com as pessoas”, avalia.

Esse, por sinal, é um dos fatores que mais instiga Jéssica a se dedicar à profissão. Segundo ela, são poucos os médicos no Brasil que se preocupam de fato com o paciente. “Às vezes o paciente não necessita de remédio, só precisa que se converse, sabe? Quando se tem a compreensão que o outro também passa necessidade, isso ajuda muito. Por isso essa medicina é diferente, é importante se preocupar com o outro e contribuir a partir do que você sabe. Isso é gratificante”, declarou.

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Formação

Após os dois primeiros anos de faculdade, os estudantes se descentralizam entre os estados venezuelanos e se incorporam aos centros hospitalares e ambulatórios, onde ficam do terceiro ao sexto ano do curso até se tornarem efetivamente médicos profissionais.

Segundo Pulga, está cientificamente provado que 80% das doenças podem ser diagnosticadas a partir da atenção primária de saúde, de um questionário adequado que se leve em conta as pessoas e o meio social delas, considerando o local onde estudam, trabalham, etc.

“Por isso [esta formação] tem paradigmas diferentes da medicina tradicional. É uma medicina muito contemporânea em relação ao atual momento e as dificuldades dos nossos países, sobretudo, os latino-americanos, que tem dificuldades econômicas e uma população muito grande que necessita da atenção médica”, defende o coordenador.

Perspectivas

Quando os estudantes são questionados sobre o que pretendem fazer depois de passar por esse processo formativo, as respostas são praticamente as mesmas: o retorno para a terra de origem para cuidar “do povo”.

Vinda de Tabocas, uma cidade de 11 mil habitantes no oeste da Bahia, Soraya de Souza Santana, 21 anos, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) pretende rearticular um conhecimento popular que foi se perdendo com o tempo na sua região.

“No tempo em que eu nasci, as mulheres que ajudavam uma as outras, faziam os partos, visitavam, buscavam alimentos para as crianças, davam multi-mistura para ajudá-las na nutrição. Eu tenho a perspectiva de resgatar algumas dessas coisas que foram se perdendo com o tempo”, aponta.

Apesar de recém-chegada à Venezuela, Jéssica não vê a hora de poder voltar e ajudar a população com o que aprenderá nos próximos seis anos. “Quero contribuir com quem fez que eu estivesse aqui: a luta do povo. Algumas pessoas que não compreendem isso, falam que eu estou aqui por mérito. Não, o mérito não é meu, o mérito é do meu povo. Foi ele que lutou para eu estar aqui. Tem toda uma América Latina em luta, isso aqui não é uma escola qualquer”, destacou.

Por Luiz Felipe Albuquerque
Do Saúde Popular, enviado especial à Venezuela
Publicado por Saúde Popular
 
                                                  VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

OPERAÇÃO CONDOR. AGORA EM NOVA VERSÃO: O "GOLPE SUAVE". SE LIGA !


#‎OPERAÇÃOCONDOREMNOVAVERSÃO‬



A Operação Condor foi uma aliança estabelecida formalmente, em 1975, entre as ditaduras militares da América Latina.  Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai eram orientados e financiados pela CIA com o objetivo de perseguirem e reprimirem os que se opusessem  aos regimes autoritários. Na prática, a aliança apagou as fronteiras nacionais entre seus signatários para a repressão aos adversários políticos.
 
Agora em uma nova versão, já que nos dias atuais não seria possível a pretensão de legitimar uma ditadura militar na região, a ordem é desestabilizar todos os governos de esquerda que não se curvam ao modelo estabelecido por Washington e restaurar os governos de direita que sempre entregaram suas riquezas para o capital estrangeiro, fortalecendo o domínio expansionista dos EUA na região! 

                                                  VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

19 de mai. de 2016

RETIRAR OS ESTRANGEIROS DO MAIS MÉDICOS É POUCO DEMOCRÁTICO


#‎FIMDOBLOQUEIO‬


16/05/2016
Retirar os médicos formados no exterior prejudica mais de 45 milhões de brasileiros, justamente aquelas que mais precisam e que moram nos municípios mais pobres.

Por Heider Pinto*, especial para o Saúde Popular

A imprensa tem noticiado que o atual Ministro da Saúde, do governo interino que consideramos ilegal e ilegítimo (i³), tem anunciado que reduzirá o número de médicos estrangeiros no Programa Mais Médicos (PMM) e dará prioridade e aumentará os estímulos para a atuação dos brasileiros. Reduzir arbitrariamente os estrangeiros é uma medida pouco democrática e nada inteligente, como demonstraremos a seguir. Dar mais estímulos aos brasileiros pode ser bom, e apontaremos algumas sugestões neste texto.

1- A Lei do Programa já estabelece prioridade para os brasileiros

A Lei 12.871 de 2013 obriga que primeiro cada vaga deve ser oferecida aos médicos com registro profissional no Brasil. Não ocupando todas as vagas, as remanescentes são então oferecidas aos médicos brasileiros formados no exterior e, só depois, restando ainda vagas é que as mesmas são oferecidas aos médicos estrangeiros. Ou seja, a prioridade já está dada em lei desde a criação do Programa.

2- Só tem muito estrangeiro no PMM porque os brasileiros não quiseram ir onde a população mais precisava

Como em 2013 os médicos brasileiros só se interessaram em ocupar 22% das vagas oferecidas pelo PMM, as vagas necessárias para atender à população mais vulnerável e dos municípios com maior necessidade só foram ocupadas graças aos médicos brasileiros formados no exterior e estrangeiros.

3- É crescente a adesão dos médicos brasileiros no PMM, mas ainda insuficiente

Com o aumento dos estímulos aos médicos brasileiros, como pontuação adicional de 10% no concurso para a formação como especialista (residência médica), além da bolsa e dos auxílios moradia e alimentação, desde 2015 todas as novas vagas foram ocupadas por médicos brasileiros. A maior adesão dos médicos brasileiros foi e deve seguir sendo comemorada. Hoje, do total de 18,2 mil médicos, mais de 5,3 mil (29%) são médicos com registro no Brasil. Contudo, aproximadamente 2/3 dos municípios do PMM ainda não atrai os médicos brasileiros, fazendo com que 45 milhões das 63 milhões de pessoas atendidas pelo Programa só tenham atendimento devido à atuação dos médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior.

4- O médico brasileiro fica menos tempo e abandona mais a atividade

Outro dado importante é que o tempo de atuação no Programa para todos os médicos é de 3 anos, com exceção dos brasileiros que podem escolher ficar 3 anos ou apenas 1 ano. Mesmo assim, 40% dos brasileiros abandonam a atividade no Posto de Saúde antes de cumprir o prazo acordado. Este número no caso dos estrangeiros é de 15%, e especificamente no caso dos médicos cubanos, é de apenas 8%.

5- Os médicos estrangeiros são muito bem avaliados e estão nos locais com maior necessidade

Os médicos estrangeiros, como já foi dito, estão nos locais com maior necessidade. Mas, além disso, as pesquisas de avaliação do PMM conduzidas pelas Universidades têm mostrado uma excelente aprovação desses médicos por parte da população e dos gestores municipais. Maior capacidade de atendimento e de resolver problemas sem precisar encaminhar, maior proximidade com a população e atendimento mais humanizado tem sido a marca mais forte da atuação desses médicos. Isso não se explica pelo fato de serem cidadãos cubanos, italianos, uruguaios ou das mais de 40 nacionalidades presentes no Programa. A grande questão é que são médicos que gostam de atuar na atenção básica e a maioria são especialistas em medicina de família e comunidade. Enquanto em diversos países há prioridade para essa especialização, no Brasil o modelo voltado para o especialista do setor privado e do hospital afasta, e não prepara os médicos nem para a atenção básica nem para o SUS.

6- Das 2.700 vagas em Medicina de Família e Comunidade, apenas 760 foram ocupadas por médicos brasileiros, as demais ficaram ociosas

O PMM também oferece vagas para que os médicos se formem como especialistas para a atuação na Atenção Básica. Mas do total de vagas oferecidas, que só podem ser ocupadas por médicos brasileiros, só 28% foram preenchidas. Hoje a residência, fundamental para mudar o perfil do médico no Brasil e para melhorar em muito a qualidade do atendimento no SUS, embora tenham melhorado a ocupação, ainda atrai pouco os médicos.

Com tudo isso fica claro que retirar os médicos formados no exterior do PMM prejudica mais de 45 milhões de brasileiros, justamente aquelas que mais precisam e que moram nos municípios que têm menos condições de substituir esse médico por outro.

De fato, expulsar os médicos estrangeiros é um desejo das entidades médicas mais conservadoras. Mas é pouquíssimo democrático deixar que a xenofobia e preconceito de alguns milhares prejudique a vida de dezenas de milhões. Além disso, é pouco inteligente fazer o contrário do que diversos países do mundo têm feito: aumentar o estímulo para contar com médicos estrangeiros em seus sistemas de saúde. Nos EUA mais de 1/4 dos médicos são formados no exterior, e no Reino Unido quase 40%.

Também não é inteligente querer agradar a um grupo pequeno e extremista e desagradar não só 45 milhões de pessoas atendidas e mais de 3 mil prefeitas e prefeitos beneficiados. Fazer isso depois da eleição, pode parecer esperto, mas não é, e além disso, é desleal, oportunista e demagógico.

Contudo, oferecer mais estímulo aos médicos brasileiros, sem prejuízo dos estrangeiros, garantindo a sustentabilidade do Programa no médio prazo é uma medida não só inteligente como necessária. Uma boa ideia seria garantir à Bolsa de Residência em Medicina de Família e Comunidade o mesmo valor da Bolsa do Mais Médicos quando aquela acontecesse nos serviços de atenção básica em localidades que o SUS tem necessidade: seria garantido apenas aos brasileiros tudo o que eles já tem no PMM e agregar ainda mais um título de especialista, que é importante não só para a qualidade do atendimento no SUS mas até para que esse médico possa formar outros médicos nas novas escolas de medicina abertas também pelo PMM.

*Médico, Mestre em Saúde Pública. Responsável pelo Programa Mais Médicos

Publicado por Saúde Popular

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