7 de mar. de 2025

Mensagem de Abel Prieto, ex-ministro da Cultura de Cuba e atual presidente da Casa de Las Américas sobre "Ainda estou aqui" (port/esp)

Sede da Casa de Las Américas em  Havana, Cuba.  

     “Ainda estou aqui” continuará a nos desafiar

Quando a euforia do sucesso internacional (incluindo o Oscar) do filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles - que foi precedido por uma recepção emocionante no Brasil - se dissipar, seu tema continuará a nos desafiar.

O sequestro e o desaparecimento forçado do ex-deputado Rubens Paiva fazem parte de um dos capítulos mais sombrios da história da América Latina. A integridade desafiadora de sua viúva, por outro lado, é um exemplo de resistência à brutalidade do fascismo.

Parte do efeito provocado pelo trabalho de Salles vem do fato de que falar sobre esse passado é, na realidade, falar sobre o presente mais urgente, ainda mais em um país que viveu, não faz muito tempo, um governo de ultradireita que nunca escondeu sua admiração pela ditadura militar.

O fato de o filme ter influenciado a consciência nacional a ponto de o Supremo Tribunal Federal ter aprovado uma investigação sobre as circunstâncias da morte de Paiva e reaberto o debate sobre a lei da anistia também nos fala do poder da arte de questionar, comover e desencadear reservas éticas em uma sociedade.

O fato de aparecer em um momento em que o mundo, e em particular o nosso continente, está vendo um ressurgimento do fascismo mais desenfreado, dá ao filme aquela dimensão adicional que a arte sabe como realizar e que devemos apoiar diante da irracionalidade e da barbárie.

Da Casa de las Américas, enviamos nossos parabéns a Walter Salles e à equipe de produção desse excelente filme.

                                                    

«Aún estoy aquí» seguirá interpelándonos

Cuando se disipe la euforia por el éxito internacional (Oscar incluido) de la película de Walter Salles «Aún estoy aquí» –que estuvo precedido por una emocionada acogida en Brasil–, su tema seguirá interpelándonos.
El secuestro y la desaparición forzada del exdiputado Rubens Paiva forma parte de uno de los capítulos más tenebrosos de la historia latinoamericana. La desafiante integridad de su viuda, en cambio, es ejemplo de la resistencia a la brutalidad del fascismo.
Parte del efecto provocado por la obra de Salles proviene del hecho de que hablar de ese pasado es, en realidad, hacerlo sobre el más acuciante presente, más aún en un país que vivió, en fecha no muy lejana, un gobierno ultraderechista que no ocultó nunca su admiración por la dictadura militar.
Que la película haya influido en la conciencia nacional al punto de que la Corte Suprema aprobara investigar las circunstancias de la muerte de Paiva y reabriera el debate sobre la ley de amnistía, nos habla también del poder del arte para cuestionar, conmover y desatar reservas éticas en una sociedad.
Que aparezca en un momento en que el mundo, y en particular nuestro Continente, ven resurgir el más desenfrenado fascismo, otorga a la película esa dimensión adicional que el arte sabe cumplir y que nos toca apoyar frente a la sinrazón y la barbarie.
Desde la Casa de las Américas enviamos una felicitación a Walter Salles y al equipo de realización de esta excelente película.



26 de fev. de 2025

CLAVER-CARONE E SUA OBSESSÃO POR CUBA

                                    

Johana Tablada

Mauricio Claver Carone, o enviado especial para a América Latina, nomeado pelo Presidente Trump e sob as ordens do já tristemente célebre Secretário de Estado Marco Rubio, está mais uma vez tentando assustar Cuba e os seus vizinhos, assegurando, mais uma vez, que desta vez é verdade que a Revolução tem apenas alguns dias e que o governo dos EUA fará tudo o que for possível para acelerar este processo.

Fala de medidas e ações “criativas”. Evita enumerá-las, mas os seus aliados na Flórida estão promovendo o fim dos voos e das visitas familiares a Cuba com todo o tipo de mentiras e ameaças discriminatórias contra a emigração cubana (na verdade, querem eliminar os voos para provocar mais escassez, desestabilização e, se possível, uma crise migratória). Façamos um pequeno relato recente.

Claver Carone foi, com Marco Rubio, o arquiteto e executor que a partir da Casa Branca desenhou e executou num par de anos (verão de 2018 até janeiro de 2021) mais de 200 medidas adicionais ao bloqueio com o objetivo de colapsar Cuba.

Não atingiu o seu objetivo principal, mas impôs um retrocesso brutal nas relações bilaterais e no nível de vida dos cubanos, provocando, gratuita e imerecidamente, um enorme sofrimento que ainda persiste e o maior fluxo migratório da nossa história.

Agora vêm dizer que Cuba está brincando com a questão migratória, que somos inimigos da humanidade e uma ameaça...

Este senhor é perigoso e bem conhecido. Regressou ao governo, depois de ter sido expulso por corrupção do cargo de Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Foi um cargo que lhe foi presenteado por Trump como recompensa quando o seu primeiro mandato estava chegando ao fim.

Anteriormente, o cargo tinha sido sempre atribuído a uma figura de prestígio da América Latina, por razões de equilíbrio, uma vez que a sede do Banco se situa em Washington DC.

Poucos dias antes da decisão simbólica e tardia de Biden, em 14 de janeiro, aclamada por todos e com justiça, de retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, Claver Carone respondeu com altivez ao New York Times dizendo que... “Ri melhor quem ri por último”. E prometeu medidas piores assim que o presidente eleito tomasse posse.

E por aí vão. Também é de se lamentar a recente atividade da embaixada dos Estados Unidos, dedicada a agradar aos setores anti-cubanos mais abusivos, mentirosos e reacionários para cair nas boas graças dos novos chefes da diplomacia do Departamento de Estado com ações abertamente ingerencistas que não permitiriam que governos estrangeiros tomassem no seu país. Entretanto, convido-os a verem nas redes sociais como a nossa embaixada em Washington se dedica a promover melhores vínculos entre os dois países.

Segundo eles, as suas medidas de cerco não são responsáveis pelas nossas deficiências. A verdade é que não deixaram passar um único dia com Trump no governo para começar a torcer os parafusos da pressão e da guerra econômica.

Se Cuba já ia cair de imediato, por que tanta pressa em retificar as duas medidas de flexibilização de Biden dentro de um grande pacote de decretos?

O problema é que o fizeram sem sequer documentar o processo de revisão da decisão. Apenas 23 legisladores criticaram a decisão de excluir Cuba da infame lista. Nenhum, para além dos habituais, aplaudiu a reversão da medida.

Eles também sabem que em apenas três meses ficaria claro que temos razão em dizer o quanto a inclusão fraudulenta na lista de terroristas está prejudicando os cubanos (mais turistas viriam em breve, mais negócios viriam, menos pessoas iriam embora, haveria algum alívio do tormento aplicado por eles e Biden).

Curiosamente e sem estridência, escondendo as suas ações do olhar público, já fizeram um pouco mais com a medida de acabar com os canais transparentes de remessas e reparem no pouco que deixaram de fazer da última vez. Exceto a ruptura das relações diplomáticas e o bloqueio naval a Cuba, que propuseram mil vezes, quase tudo o resto conseguiram arrancar da administração Trump, para quem Cuba não era nem é uma prioridade, mas que deseja agradar aos políticos de origem cubana que melhor o servem, apesar de o terem enganado vezes sem conta.

Assim, essas medidas que Biden aplicou, na sua maioria com objetivos idênticos e com um elevado custo humano para o nosso povo e para a sua emigração, enfraqueceram-nos, levaram centenas de milhares a emigrar, mas não derrubaram a Revolução nem dobraram a vontade dos cubanos face à baixa estatura moral do adversário.

Quem pode garantir que, fazendo a mesma coisa, obterão resultados diferentes? Ninguém pode. Não conseguirão.

Não creio que a República Dominicana ou qualquer outro país vizinho resistisse ao tipo de aperto que este senhor executou e concebeu com o outro corrupto Marco Rubio.

Todos nós vimos, com merecida sensibilidade, como todos eles se preocuparam em países da região, como a Colômbia, o México, o Panamá e o Canadá, devido à ameaça de medidas coercivas ou de ajustamento das tarifas comerciais, devido às grandes perdas estimadas.

Isto não representa sequer 2 por cento do que os EUA já fazem a Cuba.

Tomemos um exemplo que ninguém gostaria que fosse verdade:

Imaginemos que amanhã a República Dominicana entra injustamente na pequena lista de Estados patrocinadores do terrorismo e que os milhões de europeus que a visitam perdem o direito de viajar para os EUA com o prático sistema de vistos remotos em linha ESTA. Isso reduzirá radicalmente o turismo.

E assim poderia levar duas horas a enumerar, para outros países, outras medidas “criativas” de Rubio e Carone que já estão em vigor, como a perseguição medieval ao combustível (mais de 50 navios punidos no mundo), as ameaças aos governos de suspenderem os acordos de cooperação médica que permitem a entrada de moeda estrangeira no sistema de saúde pública de Cuba, e uma lista muito longa que continua com as dezenas de medidas adicionais de Trump e as do bloqueio.

Oxalá ao menos pudéssemos exportar rum, tabaco, coco, café, produtos biotecnológicos, espetáculos culturais e muito mais para os Estados Unidos com tarifas.

Dói e é lamentável que, graças às ambições e à sede de castigo e vingança de homens sem integridade, desonestos e de baixa moral, o povo cubano e outros povos da região tenham que sofrer. Mas o amor vence o ódio.

Nem a mentira, nem o medo e mais medidas, nem o hard power nem o soft power conseguirão o seu intento.

Nem mesmo com a covardia dos que os temem e os maus sentimentos dos que os apoiam e gostam do tormento de ver sofrer o seu próprio povo conseguirão apagar a estatura de Cuba e do seu povo.

No seu desprezo e maus tratos a Cuba e aos países da região tiveram vitórias passageiras, mas já falharam estridentemente antes e voltarão a falhar. Rubio e Carone já começaram a passar vergonha com a chantagem que fazem com o Panamá, a Colômbia e a Venezuela. Carone estava dizendo que não queria o petróleo da Venezuela quando o avião de Grennel aterrou para se encontrar com Maduro e a licença da Chevron foi aprovada, Rubio voltou do Panamá dizendo que os navios não iriam pagar e depois verificou-se que não era esse o caso e com a Colômbia, o México e o Canadá tiveram de engolir as suas medidas em poucas horas. Trump pode não estar muito contente em breve. Qualquer dia destes descobre que o plano que propuseram para Cuba é outro esquema que pode aumentar a emigração.

Fizeram um grande alarido quando venderam a Trump a proposta de que ele reconheceria Guaidó e eles derrubariam o Presidente Maduro. Culparam Cuba pela sua mentira e trapalhada, inventando a inexistência de 30.000 soldados cubanos na Venezuela que impediram o sucesso do golpe, para não reconhecerem que a Revolução Bolivariana tinha de fato o apoio do povo e dos militares.

Carone é um psicopata, inteligente, mas um psicopata doente de ódio e desacreditado neste hemisfério pela sua responsabilidade na dívida multimilionária da Argentina com o FMI (também trabalhou lá durante algum tempo), pela sua passagem corrupta pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, que o expulsou, e pela sua determinação e trajetória de impor obstáculos a tudo o que melhorasse as relações de Cuba com os EUA.

Perante estes tipos criminosos, aliados aos setores mais reacionários dos EUA e da região, Cuba e o seu povo têm reservas para os enfrentar e vencer.

Eles vão voltar a ficar querendo. É claro que podemos e devemos fazer muito melhor em casa e faremos, mas é injusto concordar com aqueles que querem responsabilizar Cuba pelo impacto de tal ultraje.  Resistir já tem sido um feito e tanto.

Estão dispostos a tudo para tentar dar Cuba como troféu ao seu amo e é por isso que não nos resta outra alternativa senão unirmo-nos, fazer o que depende de nós e trabalhar arduamente para seguir em frente, sabendo que nos despediremos deles e estaremos aqui a lutar pelos sonhos de um país melhor, sem bloqueios nem ingerências.

Cinquenta e sete por cento dos americanos querem a normalização das relações com Cuba e o mundo já sabe como se dividiu com um esmagamento de todos contra dois. Aqui estão eles, juntamente com a entrevista dos fomentadores do medo.


http://www.cubadebate.cu/opinion/2025/02/17/claver-carone-y-su-obsesion-por-cuba/

@comitecarioca21

21 de fev. de 2025

Leonard Peltier, quase cinquenta anos preso. O preso político que mais tempo viveu encarcerado. Seu carinho por Fidel e por Cuba (por/esp)

                               

Do Facebook do companheiro Orestes Hernandez Hernandez

Leonard Peltier foi preso injustamente em prisões dos EUA por quase 50 anos.

O prisioneiro político mais antigo do continente.

Um lutador pelos direitos dos povos originários dos Estados Unidos.

Em sua idade avançada, ele foi libertado há poucas horas.

Na década de 1970, quando Cuba realizou comícios e pediu a libertação da ativista afro-americana Angela Davis, lembro-me de que também fizemos isso por Peltier.

Em 2003, Fidel recebeu a “Pena de Águia”, o mais alto prêmio conferido pela primeira vez pelo Movimento Indígena Americano a um Chefe de Estado.


O prêmio foi entregue a ele por Daniel Yang, líder dos jovens dessa organização e afilhado de Leonard Peltier.

Em agosto daquele ano, Peltier tornou pública uma mensagem a Fidel e a Cuba que foi republicada na mídia cubana, na qual ele também pedia a liberdade dos Cinco.

A resistência desse homem está expressa no punho erguido quando ele chegou à sua terra natal após a dura e injusta prisão.

Peltier merece um grande abraço de todos os cubanos. Este é o meu.


Mensagem de solidariedade de Leonard Peltier para Fidel, o povo e a revolução

Leonard Peltier #89637-132

Penitenciária dos EUA

P.O. Box 1000

Leavenworth, KS 66048-1000

Agosto de 2003

Meus honrados irmãos e irmãs de Cuba:

Durante os muitos anos de minha injusta prisão, Sua Excelência o Presidente Fidel Castro, a Revolução e o grande povo de Cuba me ofereceram gentilmente quase três décadas de solidariedade e mantiveram seu compromisso com minha luta pela liberdade. No entanto, ainda estou cumprindo injustamente duas sentenças de prisão perpétua consecutivas em uma penitenciária dos EUA simplesmente por me opor à exploração e à opressão do meu povo.

Este ano marca o 50º aniversário dos ataques ao Quartel Moncada em Santiago de Cuba e ao Quartel Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, realizados pelas grandes forças revolucionárias de Cuba, lideradas por Sua Excelência o Presidente Fidel Castro. O dia 26 de julho de 1953 marcou uma das resistências mais significativas de toda a história contra o imperialismo e o primeiro passo que levou à derrota da ditadura de Batista, apoiada pelos EUA. Meu povo, o povo indígena da América do Norte, enfrentou e lutou contra um imperialismo semelhante por mais de 500 anos. Essa agressão imperialista foi responsável pela morte de nossos ancestrais, pelo estupro de nossas irmãs e pela pilhagem de nossas terras. Hoje, mais do que nunca, somos obrigados a continuar lutando para preservar nossa autodeterminação e soberania.

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para reiterar minha solidariedade com Sua Excelência o Presidente Fidel Castro, com a Revolução e com meus irmãos e irmãs em Cuba. Peço o fim de todas as campanhas de subversão e agressão estrangeira contra o governo e o povo cubanos. A nova “guerra contra o terrorismo” conduzida pelos Estados Unidos criou uma cortina de fumaça para atos ilegais de agressão e atos que desrespeitam flagrantemente o direito internacional. A República de Cuba tem o direito de defender e preservar sua soberania nacional contra todas as formas de agressão imperialista e terrorismo. Por fim, peço ao governo dos Estados Unidos que liberte imediatamente meus Cinco Irmãos Heroicos que permanecem injustamente presos por tentarem impedir as ações terroristas organizadas a partir de Miami contra seu país e seu povo. Prometo solidariedade constante com meus irmãos e irmãs em Cuba e peço humildemente que continuem a apoiar a luta pela minha liberdade.

Hasta la Victoria Siempre!

No espírito do Cavalo Louco,

Leonard Peltier



Casi 50 años estuvo Leonard Peltier prisionero injustamente en cárceles estadounidenses.
El preso político más antiguo del continente.
Luchador los derechos del pueblo originario de Estados Unidos.
Ya muy anciano ha logrado su libertad hace unas horas.
En los años 70 cuando Cuba había mítines y pedía la libertad de la activista afronorteamericana Ángela Davis, recuerdo que también lo hacíamos por Peltier.
En el 2003, Fidel recibió la “Pluma de Águila”, la más alta condecoración que por primera vez confirió el Movimiento Indio Americano a un Jefe de Estado.
Se la entregó Daniel Yang, dirigente juvenil de esa organización y ahijado de Leonard Peltier.
En agosto de ese año Peltier hizo público un mensaje a Fidel y a Cuba que repilcaron medios cubanos, en el que también pedía la libertad de los Cinco.
La resistencia de ese hombre, se expresa en ese puño el alto al llegar a su tierra después del duro e injusto presidio.
Pentier merece un abrazo grande de todos y todas los cubanos y cubanas. Este es el mío.

Mensaje solidario de Leonard Peltier a Fidel, el Pueblo y la Revolución
Leonard Peltier #89637-132
U.S. Penitenciary
P.O. Box 1000
Leavenworth, KS 66048-1000
Agosto de 2003
Mis honorables hermanos y hermanas de Cuba:
Durante los muchos años de mi injusta prisión, su Excelencia el Presidente Fidel Castro, la Revolución y el gran pueblo de Cuba, me han ofrecido gentilmente casi tres décadas de solidaridad y han mantenido su compromiso con mi lucha por la libertad. Sin embargo, sigo injustamente cumpliendo dos cadenas perpetuas consecutivas en una penitenciaría de los Estados Unidos simplemente por oponerme a la explotación y a la opresión de mi pueblo.
En este año se conmemora el 50 aniversario de los asaltos a los cuarteles Moncada de Santiago de Cuba y Carlos Manuel de Céspedes de Bayamo, que llevaron a cabo las grandiosas fuerzas revolucionarias de Cuba, dirigidas por Su Excelencia el Presidente Fidel Castro. El 26 de julio de 1953 marcó una de las resistencias más significativas de toda la historia contra el imperialismo y el primer paso que condujo a la derrota de la dictadura de Batista apoyada por los Estados Unidos. Mi pueblo, el pueblo indígena de América del Norte, se ha enfrentado a un imperialismo similar durante más de 500 años y ha luchado contra él. Esta agresión imperialista ha sido la responsable de la muerte de nuestros ancestros, de la violación de nuestras hermanas y del saqueo de nuestras tierras. Hoy, mas que nunca, estamos obligados a continuar luchando por preservar nuestra libre determinación y nuestra soberanía.
Quisiera aprovechar esta oportunidad para expresar que reitero mi solidaridad con Su Excelencia el Presidente Fidel Castro, con la Revolución y con mis hermanos y hermanas de Cuba. Llamo a que se ponga fin a todas las campañas de subversión y de agresión extranjera contra el Gobierno y el pueblo cubanos. La nueva "guerra al terrorismo" que conducen los Estados Unidos ha creado una cortina de humo para realizar actos de agresión ilegales y hechos que ostensiblemente ignoran el Derecho Internacional. La República de Cuba tiene el derecho de defender y preservar su soberanía nacional frente a todas las formas de agresión y terrorismo imperialista. Por último, llamo al gobierno de los Estados Unidos a que libere inmediatamente a mis Cinco Heroicos Hermanos que permanecen injustamente encarcelados por tratar de detener las acciones terroristas que desde Miami se organizan contra su país y su pueblo. Prometo una constante solidaridad con mis hermanos y hermanas de Cuba y les pido humildemente que sigan apoyando la lucha por lograr mi libertad.
Hasta la Victoria Siempre!
En el espíritu de Caballo Loco,
Leonard Peltier

@comitecarioca21           

19 de fev. de 2025

PRÓXIMO LANÇAMENTO NO BRASIL : "Guarimbas: os gestores do caos."

                     Raúl Antonio Capote expressou sua gratidão por sua formação como jornalista no jornal Granma e disse que o livro nasceu em grande parte de seu trabalho no jornal. Foto: Juvenal Balan
                         
Cartas de resistência

   O livro “Guarimbas: os gestores do caos” aprofunda-se na guerra contra a Venezuela e outros países contrários aos interesses imperialistas

   A obra” Guarimbas: os gestores do caos” estará nas prateleiras cubanas graças à 33ª Feira Internacional do Livro de Havana, pois foi apresentada na sala José Antonio Portuondo da Fortaleza de San Carlos de La Cabaña. O título é assinado pelo jornalista cubano Raúl Antonio Capote, do jornal Granma.

   Apoiado pelos selos venezuelanos La Iguana Ediciones e Fundación para la Cultura y las Artes, já circulava naquela nação desde a Feira de Caracas, realizada em setembro de 2024. O deputado da Assembleia Nacional do país irmão, Gustavo Villapol, foi o apresentador do volume, nesta terça-feira.

   As páginas abordam as complexidades da guerra contra aquela nação e, ao mesmo tempo, disse ele, tecem um fio capaz de mostrar o imperialismo – especialmente o imperialismo estadunidense – como o inimigo comum de todas as alternativas contra hegemônicas no mundo.

    Esse mérito é de grande importância, porque quando uma Revolução sofre de escassez material e contradições, tendemos a enfatizar nossos próprios erros e deficiências, e esquecemos as forças externas que são em grande parte responsáveis ​​por essas circunstâncias difíceis, reconheceu.

   Villapol relembrou alguns dos atos bárbaros que foram cometidos em sua terra natal, como a queima viva de sete pessoas por sua militância chavista, com o objetivo de gerar uma resposta violenta do Governo e desestabilizar a sociedade, um pretexto desejado para uma intervenção estrangeira. «Raúl nos ajuda a entender por que os manuais de guerra não convencional falham em Cuba, Nicarágua e Venezuela.»

   De sua experiência como contra agente em organizações estadunidenses que promoviam o retorno ao capitalismo em países que se opunham àquele regime, Capote lembrou que os planos para um golpe suave na América Latina se baseavam no projeto de Democracia, que visava acabar com a União Soviética e o Bloco Socialista no Leste Europeu.

   Em suas pesquisas, ele descobriu semelhanças entre tentativas de forçar a transição política em outras latitudes, como roupas, música, slogans, violência e a narrativa usada, compartilhou.

   Acrescentou que o golpe de Estado na Bolívia em 2019 incorporou, por meio do uso de Big Data, a mobilização de grupos de jovens, experiência replicada na Maior das Antilhas entre comunidades de fãs de videogames, em preparação para os distúrbios de 11 de julho de 2021.

   Anteriormente, o autor publicou a obra Objetivo Cuba, ampliada para o texto atual, por sugestão do escritor e comunicador venezuelano Miguel Ángel Pérez Pirela, que lhe recomendou incluir a palavra guarimba, que se centra na pátria de Chávez e Bolívar. O livro é uma ferramenta de conhecimento para todos os povos determinados a trilhar seu próprio caminho.


https://www.granma.cu/cultura/2025-02-18/letras-de-resistencia-18-02-2025-22-02-15

@comitecarioca21

NT: o livro será lançado no Brasil na Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba em Vitória, Espírito Santo nos dias 19 a 21 de junho. Com a presença do autor. @nossamerica     

         

18 de fev. de 2025

Marco Rubio, o pequeno Trump

                               

Hernando Calvo Ospina

A carreira meteórica do atual Secretário de Estado não teria sido possível sem estes grandes patrocinadores: a extremista Cuban American National Foundation, o clã Bush e a National Rifle Association, NRA....

O Washington Post teve de dizer a Marco Rubio que ele estava mentindo: a sua família não tinha saído de Cuba para escapar à “ditadura” de Fidel Castro. Os seus eleitores sentiram-se profundamente enganados, mas já era demasiado tarde. 1

Ele e os seus apoiantes sabiam que esta mentira era, e continua a ser, fundamental para qualquer aspirante a político na Florida. Este “filho de exilados”, como gostava de se intitular, escondeu deliberadamente o fato de os seus pais terem saído de Cuba com um visto de emigrante quase três anos antes do triunfo da revolução. A situação econômica e política da ditadura de Fulgencio Batista tinha-os obrigado a fazê-lo. Por isso, em 2011, a biografia do atual chefe do Departamento de Estado teve de ser alterada no site oficial do Senado.2

Marco Rubio nasceu em Miami, em maio de 1971. Dois anos depois de se ter licenciado em Direito, iniciou o seu percurso político até ser eleito, em 1998, para a Câmara Municipal de West Miami. Nesse mesmo ano, casou-se com Jeanette Christina Dousdebes, cujos pais eram imigrantes colombianos. Um ano depois, tornou-se membro da Câmara dos Representantes da Flórida, que presidiu de 2006 a 2008. Em 2010, saltou para o Senado Federal, apoiado pelo movimento político Tea Party, conservador até a medula. Nessa época, Rubio já era conhecido como um dos membros mais reacionários do Partido Republicano.

Deslumbrou os eleitores com a sua falsa “tragédia” do “exílio”, mas também com a sua maneira de falar, em que misturou “a sua cara de bebê, que nunca aparece sem um sorriso Colgate” 3, com os gestos copiados do ator medíocre e Presidente Ronald Reagan, que tomou como seu guia ideológico. Recorde-se que Reagan está entre os presidentes mais incultos e retrógrados da história do país.

A carreira meteórica de Rubio não teria sido possível sem dois grandes patrocinadores. Um, a Fundação Nacional Cubano-Americana, CANF. Esta foi criada pelo Conselho de Segurança Nacional de Ronald Reagan em 1983 para participar nas suas estratégias de política externa. Esta organização exerceu um imenso poder desde essa época até o início do novo século. Dispunha de um aparelho militar que, entre outros atos terroristas, fez explodir várias bombas em Cuba. Uma delas matou o jovem italiano Fabio Di Celmo em 1997. A CANF participou na guerra contra a revolução nicaraguense nos anos 80, que envolveu vários países da América Central. Muitos dos seus membros acabaram envolvidos no tráfico de cocaína organizado pela CIA para financiar ações clandestinas e enriquecimento pessoal.4 Até hoje, Rubio mantém uma relação estreita com responsáveis da FNCA.

O segundo patrocínio foi o mais decisivo: o clã Bush, em particular Jeb, antigo governador da Florida. Rubio conseguiu manter uma estreita relação de amizade e interesses políticos com Jeb. Rubio foi considerado um “protegido” do clã Bush (dois presidentes da nação e um governador), se beneficiando do seu apoio e orientação na política da Florida, primeiro, e depois como senador em Washington.

Com estes padrinhos e guias ideológicos, Rubio tornou-se um “animal político” que respeitava poucas regras, ao ponto de as suas ambições se tornarem desenfreadas: nas eleições de 2016, lançou-se como candidato à nomeação presidencial republicana, independentemente do fato de Jeb já ter anunciado que o seria. Pela primeira vez na política estadunidense, mentor e protegido se enfrentavam pelos mesmos eleitores e cargos. Jeb Bush disse que tinha a essência do Partido Republicano, e Rubio foi rotulado como a sua nova cara; que a eleição “é uma escolha geracional” e que os líderes políticos de ambos os partidos estavam “desatualizados”. Ou seja, velhos: Jeb tinha, na época, 63 anos, mas também incluía a candidata democrata Hillary Clinton, que tinha 69,5 anos

Nas primárias republicanas, que iriam escolher o candidato do partido à presidência, também teve de enfrentar Donald Trump, que emergiu como o líder indiscutível. A estratégia de Rubio foi confrontá-lo de forma agressiva, questionando a sua credibilidade para o “desmascarar”, ao ponto de o apelidar de “vigarista”. A imprensa foi unânime ao classificar de “surreal” um debate público em que Rubio “insinuou que Trump tinha mãos pequenas, o que levou Trump a defender o tamanho” delas, escalando para “uma rixa vulgar” de palavras. 6

Depois de saber que o magnata o tinha vencido “humilhantemente” nas primárias, mesmo na Florida (27% contra 45%), disse: “Não é o plano de Deus que eu seja presidente em 2016 ou talvez nunca".7

Esta derrota no seu feudo não se deveu apenas ao que fez contra Jeb Bush. O principal jornal de língua espanhola da Florida, El Nuevo Herald, afirmou: “Provocou uma grande decepção quando assumiu a retórica dos elementos da linha dura do partido [...] abandonando a reforma da imigração para invocar uma narrativa dirigida aos brancos não hispânicos, receosos da mudança demográfica do país [...] Graças a republicanos como Rubio, que apelam à xenofobia e aos grandes interesses, o Partido Republicano está irreconhecível [...] A grande ideia de Rubio foi eliminar os benefícios para os imigrantes, em plena crise.

“Ninguém pode defender isto “, disse no Senado, com a sua tradicional arrogância”. 8

Nessas primárias, Rubio deixou claro que continuava a opor-se ao Obamacare, o Affordable Care Act, que é a lei através da qual milhões de pessoas com baixos rendimentos, muito mais cidadãos estadunidenses do que imigrantes, obtêm cuidados de saúde. Continuou a receber apoio de congregações religiosas, especialmente da Igreja Católica, ao repetir que é contra o aborto. 9

Como grande defensor da posse de armas, Rubio tem um terceiro patrocínio: recebeu cerca de 3,3 milhões de dólares em donativos da National Rifle Association (NRA) ao longo da sua carreira política. Está entre os senadores que mais dinheiro receberam do lobby das armas, ocupando o sexto lugar, de acordo com a United Against Gun Violence. É de se notar que neste país é mais fácil adquirir uma arma do que leite: existem cerca de 393 milhões de armas de fogo em circulação. Isto significa que há mais armas do que pessoas no país, com uma proporção de cerca de 120 armas para cada 100 estadunidenses. 10

Só em 2024, os Estados Unidos registaram um total de 15.717 mortes por armas de fogo. Além disso, foram registrados 479 tiroteios em massa. A taxa de homicídios nos EUA é significativamente mais elevada do que noutros países ditos desenvolvidos. Por exemplo, em 2022, a taxa era de 6,38 por 100 000 habitantes, em comparação com 0,68 em Espanha. 11

Em 13 de novembro de 2024, o Presidente eleito Donald Trump anunciou a nomeação de Rubio como seu Secretário de Estado. Os insultos mútuos de 2016 já tinham sido esquecidos. Ao assumir o cargo, fez dele o latino mais importante da história do governo dos Estados Unidos.

Para ser franco, para Trump, o importante é ter nesse posto-chave alguém que faça sem hesitar o que ele lhe pede, por mais arriscado ou ilógico que seja. Trump decide. Só precisa de quem lhe obedeça, de quem lhe seja leal. É por isso que há muito poucas pessoas qualificadas no seu governo.

A prova: assim que soube que tinha sido nomeado, Rubio começou a usar as palavras do chefe. Disse: “Sob a liderança do Presidente Trump, alcançaremos a paz através da força e colocaremos sempre os interesses dos estadunidenses e da Estados Unidos acima de tudo”. Copiou quase palavra por palavra. 12

Enquanto Trump afirmou num comunicado: “Marco é um líder altamente respeitado e uma voz poderosa para a liberdade. Será um defensor inabalável da nossa nação, um verdadeiro amigo dos nossos aliados e um guerreiro destemido que nunca recuará perante os nossos adversários.”

Trump sabe que Rubio, aos 53 anos, é considerado um falcão da linha dura da política externa. Já o demonstrou como presidente do Comitê de Inteligência do Senado, onde liderou muitas iniciativas bélicas de política externa.

Mas falaremos sobre as especificidades da política externa na era Trump-Rubio num próximo texto.


https://blogs.mediapart.fr/hernando-calvo ospina/blog/310125/marco-rubio-el-pequeno-trump

@comitecarioca21

 

1 Marco Rubio’s compelling family story embellishes facts, documents show - The Washington Post

2 Marco Rubio admits wrong dates in Cuban parents 'exile' - BBC News

3 Marco Rubio, le rêve américain d’un fils d’immigré cubain

4 Ver, por ejemplo : Cocaine politics. Drugs, Armies, and the CIA in Central America. Peter Dale Scott and Jonathan Marshall. University of California Press, 1991.

5 Se agrava la guerra fría entre los republicanos Bush y Rubio - Los Angeles Times

6 Quién es Marco Rubio, el “halcón” que enfrentó a Trump y ahora será su secretario de Estado - LA NACION

7  Primarias en EE.UU.: la humillante derrota de Marco Rubio en Florida que le hizo abandonar la carrera por la Casa Blanca - BBC News Mundo

8 Marco Rubio ha vuelto a las andadas | El Nuevo Herald

9 Trump elige a Marco Rubio, católico de origen cubano, Secretario de Estado de EE.UU. | ACI Prensa

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 11 ¿Por qué Estados Unidos es tan peligroso?

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13 de fev. de 2025

Cuba condena envio de migrantes para Guantánamo e exige a devolução da baía

                              

        Cuba condena o envio de milhares de migrantes sem documentos dos EUA para a infame prisão de Guantánamo e exige o retorno do enclave ocupado à ilha.

“A Casa Branca quer encarcerar cerca de 30.000 pessoas lá”, denunciou o Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (Minfar) de Cuba na quarta-feira em uma breve publicação em sua conta X, referindo-se à transferência de migrantes sem documentos presos nos EUA para seu centro de detenção na base militar estadunidense na Baía de Guantánamo.

O Ministério das Relações Exteriores denunciou que Washington está levando “migrantes algemados” para o “território ilegalmente ocupado em Guantánamo” e exigiu “a devolução deste enclave” a Cuba.

                          

Os Estados Unidos, no território ilegalmente ocupado da Baía de Guantánamo leva imigrantes algemados.A Casa Branca quer encarcerar ali cerca de 30.000 pessoas.
                    #Cuba exige a devolução deste espaço
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A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de transferir até 30.000 imigrantes ilegais detidos nos EUA para a prisão de segurança máxima de Guantánamo, anunciada em janeiro, provocou uma onda de reações negativas.  O magnata, conhecido por suas políticas racistas e anti-imigrantes, chamou os presos de “os piores criminosos imigrantes ilegais que ameaçam o povo estadunidense”.

O governo cubano, um dos principais opositores do plano, denunciou que as pessoas que os EUA “estão expulsando ou se propõem a expulsar são vítimas das políticas de pilhagem desse governo”.

Por sua vez, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel disse que os EUA “roubaram” um “pedaço de terra” em Guantánamo de Cuba e o “ocuparam ilegalmente por mais de um século”, com o objetivo de torturar e aprisionar “em um limbo legal pessoas que o império declara inimigas e culpadas, na maioria das vezes, sem uma única prova”.

 

EUA enviam primeiro voo de migrantes deportados para Guantánamo

 

O governo cubano exigiu pela enésima vez que os EUA devolvam a Baía de Guantánamo à ilha. O líder da Revolução Cubana, Raúl Castro, descreveu o enclave ocupado como “um punhal cravado na lateral da pátria” e o presidente Díaz-Canel prometeu remover esse punhal “de forma pacífica, civilizada e respeitando os princípios do direito internacional”.

 

História da ocupação da Baía de Guantánamo pelos EUA

Em 1903, os então presidentes de Cuba, Tomás Estrada Palma, e dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, assinaram um acordo, por meio do qual a porção de terra localizada na província oriental de Guantánamo foi cedida, "pelo tempo necessário e para fins de uma estação naval e estação de carvão".

Este evento foi precedido pela Emenda Platt, imposta a Cuba em sua primeira Constituição republicana durante a ocupação militar estadunidense, que permitiu aos Estados Unidos estabelecer estações de carvão ou navais na Baía de Guantánamo.

O acordo foi realizado sob a ameaça de intervenção militar dos EUA na Ilha, razão pela qual os especialistas o consideram ilegal, à luz das disposições da Declaração sobre Coação Militar, Política ou Econômica na Celebração de Tratados das Nações Unidas.

Desde sua criação, a base americana em Guantánamo tem sido a ponta de lança da agressão contra nações latino-americanas, bem como de provocações contra Cuba desde 1959, quando a Revolução Cubana triunfou.

https://cubaenresumen.org/2025/02/13/cuba-condena-envio-de-migrantes-a-guantanamo-exige-devolver-bahia/

@comitecarioca21


"Resultan inaceptables la deportación violenta e indiscriminada de migrantes en EEUU, las detenciones arbitrarias y otras violaciones de #DDHH, medidas que, además, se emplean como armas de presión política y chantaje contra los pueblos de Nuestra América".

(https://twitter.com/BrunoRguezP/status/1886506279931138136)


“A deportação violenta e indiscriminada de migrantes nos EUA, as detenções arbitrárias e outras violações dos #DireitosHumanos são inaceitáveis, medidas que também são usadas como armas de pressão política e chantagem contra os povos da Nossa América”.