9 de set. de 2025

UMA NOVA OBRA DO GRAFITEIRO BANKSY RETRATA A REPRESSÃO CONTRA O MOVIMENTO PRÓ-PALESTINO

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                Um novo grafite do artista de rua britânico Banksy apareceu na segunda-feira em uma das fachadas externas do Royal Courts of Justice, em Londres, retratando um juiz espancando um manifestante.

     O grafite apareceu dois dias após a prisão de centenas de manifestantes que apoiavam o grupo proibido Ação Palestina.

    Rapidamente escondido atrás de cercas e vigiado por agentes de segurança, o grafite mostra um juiz, vestindo a beca e peruca tradicionais, levantando seu martelo sobre um manifestante deitado de costas, cuja faixa em branco está manchada de sangue.

    Banksy, famoso por seus grafites de rua politicamente carregados e provocativos ao redor do mundo, cuja identidade permanece um mistério, assumiu a responsabilidade postando uma foto em sua conta do Instagram.

    A polícia britânica informou ter prendido quase 900 pessoas no sábado em uma marcha em apoio à Ação Palestina, que o governo britânico proibiu em julho sob a Lei de Terrorismo de 2000, depois que membros do grupo invadiram uma base da Força Aérea Britânica e danificaram dois aviões em junho.

    Os organizadores do protesto disseram que entre os detidos estavam padres, veteranos de guerra e profissionais de saúde, além de muitos idosos e algumas pessoas com deficiência.

    No total, mais de 1.600 pessoas foram presas desde julho, e 138 foram acusadas de apoiar ou incitar o apoio a uma "organização terrorista". Essas quase 200 pessoas devem ser julgadas, e a maioria pode pegar penas de até seis meses de prisão.

    A Defend Our Juries, organização por trás dos protestos, disse na segunda-feira que a nova obra de arte de Banksy retrata "a brutalidade do Estado contra manifestantes que se opõem à proibição da Palestine Action".

    Embora Banksy nunca comente sobre suas obras de arte, ele já criou trabalhos anteriores apoiando causas palestinas, incluindo murais na barreira de separação da Cisjordânia, concentrada em Belém.

    O sistema de justiça criminal britânico tem sido atacado por ambos os lados do espectro político, com críticos alegando que o direito ao protesto pacífico está ameaçado.

     Após a ação da Palestine Action em junho, o primeiro-ministro Keir Starmer imediatamente exigiu a proibição da organização, e seu pedido foi atendido alguns dias depois pelo Parlamento britânico, que incluiu o grupo em sua lista de "organizações terroristas".

    Esta é a primeira vez que um grupo de protesto de ação direta é processado por este suposto crime, e a decisão tem consequências de longo alcance: agora é ilegal demonstrar qualquer tipo de apoio ao grupo; nem mesmo uma camiseta com o logotipo será aceita pelas autoridades, muito menos para ser membro da organização ou para financiá-la.

   O objetivo da organização não é apenas protestar pelos direitos palestinos ou promover o isolamento de Israel e suas empresas, mas também destacar publicamente o conluio do governo com Tel Aviv, com foco particular na venda de armas.

   Houve uma resistência massiva de organizações de direitos humanos e especialistas jurídicos, que questionam a possibilidade de comparar um grupo ativista a terroristas comprovados.

    De acordo com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turc., a proibição levanta sérias preocupações sobre a aplicação de leis antiterrorismo a atos que não constituem terrorismo.

    O funcionário lembrou que, de acordo com os padrões internacionais, os atos terroristas devem ser limitados a infrações penais destinadas a causar morte ou ferimentos graves, ou a tomada de reféns, com o propósito de intimidar a população ou coagir um governo.

    Até o momento, os ativistas não causaram ferimentos, e essa é uma das bases do recurso contra a medida de Starmer. O recurso está agendado para novembro.

     Em uma carta aberta publicada no The Guardian, 52 acadêmicos e escritores, incluindo as filósofas Judith Butler e Angela Davis, instaram o governo a reverter sua posição. Eles acreditam que a decisão é "um ataque tanto a todo o movimento pró-palestino quanto às liberdades fundamentais de expressão, associação, reunião e manifestação".   

 

https://cubaenresumen.org/2025/09/08/nueva-obra-del-grafitero-banksy-retrata-represion-contra-movimiento-propalestino/

@comitecarioca

                                


7 de set. de 2025

CICLO DE CINE DEBATE NO CCJF COM O COMITÊ CARIOCA

                                        

    Do dia 3 a 6 de setembro de 2025 o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba, junto ao Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos organizaram com o Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro, uma série de curta metragens, videoclipes e vídeos em geral, o ciclo  IMAGENS DA RESISTÊNCIA. VOZES DO CARIBE  com a temática de América Latina e seus desafios.


quarta-feira (3/9 ) foram exibidos dois curtas: "Bloqueio, a guerra contra Cuba" e "Venezuela, a Causa Obscura". Em seguida, ótima roda de conversa com as companheiras venezuelanas Milli e Yanet.


   Na quinta-feira (4) foi a sessão do filme A Raiz da Oliveira, muito aplaudido no final. Logo após, roda de conversa com as companheiras Marise e Guta, estudiosas do assunto, sobre a questão palestina. Bom evento com a participação da plateia interessada no tema. Seguimos ! #PalestinaLivre !



Na sexta-feira dia 5/9, o ciclo de cine debate do Centro Cultural da Justiça Federal com o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba apresentou dois curtas.
Um deles contando a experiência do músico cubano Silvio Rodriguez como alfabetizador na Campanha de 1961.
Em seguida, em outro curta metragem, a alfabetização em Cuba e a implantação do método cubano de alfabetização de adultos "Yo, si, puedo" ("Sim, eu posso") no Brasil pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Na roda de conversa, a companheira Cristina do setor de educação e da direção Nacional do MST.





No sábado (6) o último dia do ciclo de cinema do Centro Cultural Justiça Federal com o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba. À exibição do filme "CULPADOS" que trata do julgamento pelo parlamento europeu do bloqueio imposto pelos governos dos EUA contra Cuba há mais de seis décadas, se seguiu uma roda de conversa com o professor cubano convidado.
O professor Jesus Domech Moré apresentou uma narrativa inovadora na qual o bloqueio econômico contra Cuba foi analisado a partir da teoria da complexidade, propondo abordá-lo por meio de uma rede ontológica que integre todos os seus componentes. Ele destacou a importância de considerar a entropia da informação, a resiliência do sistema cubano e a antifragilidade como chaves para compreender suas dinâmicas e possíveis transformações.








4 de set. de 2025

O DIA EM QUE MATARAM O JORNALISMO E TENTARAM MANCHAR A VENEZUELA COM SANGUE

                               

Yuleidys Hernández Toledo*

   O dia 2 de setembro de 2025 tornou-se um dia histórico para o jornalismo. Sim, exatamente como você leu. Naquele dia, milhares de livros, horas de ensino e dezenas de escolas de comunicação ruíram, talvez não fisicamente, mas moralmente. Na terça-feira, 2 de setembro, o jornalismo ruiu — ou melhor, afundou. Ouso até dizer que 2 de setembro de 2025 foi o dia em que, pelo menos por algumas horas, um punhado de jornalistas matou o jornalismo, tentando gerar guerra contra a Venezuela e, assim, manchar o nobre solo de Bolívar com o sangue de homens, mulheres e crianças inocentes.

    Uma das profissões mais nobres, pelo menos por um dia, foi colocada em estado crítico pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio. Rubio alegou, no Salão Oval, que eles teriam destruído um carregamento de drogas da Venezuela.

  "Nós literalmente destruímos um barco, um barco que transportava drogas, muita droga. E vocês verão e lerão sobre isso. Aconteceu há poucos instantes", disse ele, acrescentando que "essas drogas estão vindo da Venezuela". "Há muito tempo que recebemos uma grande quantidade de drogas entrando em nosso país, e elas vêm da Venezuela. Elas estão saindo da Venezuela em grandes quantidades. Muita coisa está saindo da Venezuela, então nós as retiramos."

     As declarações de Trump foram feitas à imprensa. Menos de três minutos após seu "grande golpe", o próprio presidente abriu a palavra aos repórteres para uma rodada de perguntas, uma sessão que durou quase 40 minutos. Durante esse tempo, nenhum jornalista o questionou sobre o anúncio em particular. Isso é surpreendente, considerando que essa fonte supostamente é composta por profissionais experientes que representam grandes veículos de comunicação, que, vale ressaltar, vêm publicando manchetes sobre o deslocamento militar dos EUA no Caribe há pouco mais de duas semanas, especialmente agências que vêm constantemente construindo a narrativa de que a Venezuela é um suposto "narcoestado" para justificar as agressões do império contra a nação bolivariana.

     É difícil acreditar que jornalistas experientes que cobrem a Casa Branca diariamente não tenham perguntado: Onde a suposta embarcação foi destruída? Onde ocorreu o ataque à suposta embarcação venezuelana? Há alguma vítima? A embarcação estava sob bandeira venezuelana? Como os Estados Unidos sabem que a embarcação deixou a Venezuela? Há algum sobrevivente? Algum oficial americano ficou ferido na operação? Quanta droga foi apreendida? Quais drogas foram apreendidas? Por que você acha que uma suposta embarcação venezuelana ousou tentar transportar drogas quando os EUA se gabaram de sua implantação no Caribe? Algum membro da tripulação disse alguma coisa? Se a tripulação foi morta, quantos morreram? Alguma comunicação foi interceptada antes do ataque à embarcação? A suposta embarcação venezuelana conseguiu realizar algum tipo de ataque contra as forças americanas? Eles apreenderam alguma droga? Se sim, onde ela está?

    Essa atitude dos nossos colegas estadunidenses é inexplicável, visto que os Estados Unidos são considerados a Meca do jornalismo universal, têm grandes corporações, redes de mídia, uma longa tradição e até um prêmio como o Pulitzer, o Prêmio Nobel do jornalismo.

   Na coletiva de imprensa, os repórteres se concentraram em perguntas sobre os problemas estadunidenses, chegando a questionar Trump sobre um vídeo que aparentemente viralizou nos Estados Unidos mostrando objetos supostamente sendo atirados de uma das janelas da Casa Branca. O presidente respondeu que era falso e explicou que as janelas são blindadas, o que dificulta a abertura. Ele imediatamente sugeriu que a filmagem poderia ter sido criada usando inteligência artificial. "E um dos problemas que temos com a IA é que ela é boa e ruim ao mesmo tempo", disse ele aos repórteres. "Se algo realmente ruim acontece, você culpa a IA. Mas eles também criam coisas... sabe, funciona nos dois sentidos. Se algo acontece, é realmente ruim. Talvez eu tenha que culpar a IA, mas há alguma verdade nisso, porque vejo muita coisa falsa."

   Ah, Inteligência Artificial, e "vejo muitas coisas falsas". Nós, venezuelanos, também vemos "muitas coisas falsas" na campanha dos EUA contra a Venezuela todos os dias .


AS PERGUNTAS QUE NÃO FORAM, MAS A NARRATIVA DE GUERRA QUE FOI.

     Jornalistas "experientes" que cobrem a Casa Branca diariamente não questionaram Trump sobre o barco; mas os veículos de comunicação aos quais muitos deles pertencem "não deram a mínima" para vender manchetes, tentando retratar a Venezuela como um "narcoestado" e atiçar as tensões entre os dois países.

Donald Trump e Marco Rubio ajudaram a escrever o roteiro.

    Durante a coletiva de imprensa de Trump, Rubio escreveu em sua conta no X: "Como @potus anunciou há pouco, hoje os militares estadunidenses realizaram um ataque letal no Caribe Meridional contra um navio de drogas que partia da Venezuela e era operado por uma organização narcoterrorista designada." Como você sabe que ele partiu da Venezuela? Onde ocorreu o ataque letal? Houve mortos ou feridos?” Perguntas que permanecem sem resposta.

   As palavras de Marco Rubio não são sustentadas por nenhuma evidência. Na verdade, são palavras vazias, palavras que voam pelo vento, mas conseguem fisgar alguns incautos que seguem seu exemplo e atacam a Venezuela.

     Horas depois, o presidente dos EUA voltou a se dirigir à Venezuela, por meio de sua conta na rede digital Truth Social. Lá, ele publicou um vídeo mostrando o suposto ataque a um "narcobarco" que alegava ser da Venezuela.                                                                 Na mensagem, ele afirmou que o ataque "cinético", realizado sob suas ordens, era contra "narcoterroristas do Trem de Aragua ", uma organização criminosa completamente desmantelada na Venezuela. As citações podem ser lidas em veículos de comunicação internacionais como a RT, entre outros. Aliás, o "narcobarco" é, na verdade, uma lancha ou um barco de pesca, pelo menos é o que aparece no vídeo que ele divulgou.

    "O ataque ocorreu enquanto os terroristas estavam em águas internacionais transportando narcóticos ilegais com destino aos Estados Unidos. O ataque resultou na morte de 11 terroristas", disse ele, sem fornecer detalhes sobre como concluíram que ela era venezuelana, nem detalhes sobre o procedimento.

     Em nenhum lugar da postagem Trump especificou exatamente onde o ataque à embarcação ocorreu, nem como foi determinado que a embarcação se originou em território venezuelano, nem como eles sabiam que a desmantelada gangue Tren de Aragua era supostamente responsável pelo transporte das supostas drogas.

     Com base apenas nos discursos de Trump e Rubio, a grande mídia construiu as seguintes manchetes, nas quais toma como certas declarações feitas sem nenhuma evidência: "EUA dizem que lançaram um 'ataque letal' contra um 'barco de drogas ' da Venezuela em águas caribenhas, deixando 11 mortos" ( BBC Mundo ); "Trump afirma que os EUA mataram "11 terroristas" do Tren de Aragua em um ataque a um barco no Caribe" (France 24); "Casa Branca publica vídeo do ataque de um navio dos EUA a um navio venezuelano do narcotráfico" ( Diario Las Américas ) ; "Ataque dos EUA a um navio venezuelano do narcotráfico gera reação furiosa de Maduro" ( Diario Las Américas ) ; " EUA atacam um barco de drogas da Venezuela  e causam 11 mortes" (El País ); "Trump afirma que os EUA atacaram um barco de gangue venezuelano Tren de Aragua no Caribe e mataram 11" (AP) .

     A linha da grande mídia foi ecoada quase exatamente por outras agências que travam uma campanha diária contra a Venezuela. Os chamados "analistas" de direita também agiram nesta terça-feira, 2 de setembro, para vender o cenário de guerra.

    Desta humilde trincheira de comunicação, continuamos a nos perguntar: como é possível que um "anúncio tão importante" de Trump sobre a Venezuela não tenha gerado a menor pergunta na coletiva de imprensa que o líder ianque realizou? Seria jornalismo de má qualidade? Talvez uma linha de censura da Casa Branca, recusando-se a perguntar a Trump sobre o suposto ataque ao navio venezuelano porque ele poderia errar a resposta? Seria falta de interesse no assunto? A sociedade estadunidense não está interessada em que os EUA ataquem a Venezuela? Por que a grande mídia promove e incita a guerra contra a Venezuela, mas deixa de fazê-lo quando pode questioná-la?

    Nos últimos meses e semanas, o Capitão Diosdado Cabello, Vice-Presidente do Setor de Política, Segurança Cidadã e Paz, apresentou diversas evidências, incluindo armas de guerra, das ações que estão sendo preparadas pela extrema direita venezuelana em conluio com os EUA contra a Venezuela. Até jornalistas puderam vê-las e tocá-las diretamente, mas, quando a grande mídia noticia essas histórias, elas as questionam, rotulando-as de "supostas" e "supostas". Trump e Rubio divulgaram informações contra o país sem nenhuma evidência, e todas as corporações de mídia imediatamente se alinharam.

      Falando de Diosdado Cabello, na quarta-feira, 20 de agosto, em seu programa "Con el mazo dando", ele alertou sobre o falso positivo que Marco Rubio estava preparando contra a Venezuela. Ele o fez oferecendo ao país detalhes fornecidos pelo colaborador VIP patriota. "Irmão! É evidente que o  Departamento de Estado  se tornou o escritório de um partido político e, por trás de toda essa escalada midiática,  o pequeno Marco  está descobrindo como levar adiante seu Plano  Gedeón 2,  que inclui a execução de vários falsos positivos que servem de justificativa para gerar uma situação crítica ou  agressão dos EUA  contra  a Venezuela (...) Entre os planos estão a geração de uma falsa bandeira sobre a agressão venezuelana contra militares dos EUA; supostos ataques de grupos do narcotráfico e até ameaças contra figuras da administração americana. Esse leque de opções, segundo La Charlotte, surgiu após a frustração dos planos violentos confiados a Iván Simonovis por Maria "La Chic-flada" Machado e as recentes apreensões de drogas e material bélico destinados a ameaçar a paz do país (...)".

   O povo venezuelano tem clareza de que os EUA estão espalhando notícias falsas para atacar a Venezuela. O povo está muito atento e sabe que não deve cair nessa armadilha.

  Nesta terça-feira, 2 de setembro, fiquei muito orgulhosa ao ouvir pessoas comentando nas ruas de Caracas e em grupos de WhatsApp: "Os EUA acham que vocês são burros e vão acreditar nessas mentiras sobre afundar um navio venezuelano. Eles não deveriam ter navios militares no Caribe? Nenhum barco transportando qualquer coisa ilegal vai passar por lá."

   O povo está consciente, mas jornalistas e a grande mídia estão matando o jornalismo em sua ânsia de alimentar uma guerra contra a Venezuela. Seu desejo de ver o presidente constitucional Nicolás Maduro "derrubado" está fazendo com que mais de um profissional da mídia se esqueça de que, em conflitos armados, as primeiras vítimas são seres humanos inocentes.

É hora de refletir! Antes de criar grandes manchetes, verifique as informações, duvide, faça perguntas e consulte. Não seja tímido, muito menos promova a guerra. Promova a paz e a vida!

 


*A  autora  é editora-chefe do Diario VEA e vencedora do Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar.

https://diariovea.com.ve/el-dia-que-mataron-al-periodismo-y-trataron-de-manchar-a-venezuela-de-sangre/

Trad/ed: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas




3 de set. de 2025

"Pinóquio Rubio" também conhecido como "Marquito"

                             

         " Marquito" (Pequeno Rubio) foi como Trump o chamou nas primárias republicanas de 2016, ridicularizando ironicamente o candidato presidencial que buscava ofuscar Donald Trump. Parece que o atual Secretário de Estado, alimentado por essa frustração vergonhosa, está fazendo todo o possível para prejudicar ainda mais o relacionamento do governo Trump com a América Latina. O envio de oito navios da Marinha dos EUA para águas caribenhas com 1.200 mísseis e o envio incomum de mais de 4.000 fuzileiros navais, sob a ridícula desculpa, na qual absolutamente ninguém acredita, de combater o narcotráfico, têm sobrecarregado a região da América Latina e do Caribe, historicamente designada, e mais especificamente desde 2014 pelos Chefes de Estado da CELAC, como Zona de Paz.

    O pequeno Rubio, uma versão melhorada de Chucky, o brinquedo assassino, mente. Ele mente incessantemente para criar conflitos em bases falsas, destruir oportunidades de diálogo e lutar pelo primeiro lugar que arrasta no modo frustração desde 2016.

      Agora inventou o naufrágio de um navio de drogas, vindo, nada menos, da Venezuela! É tão absurdo quanto delirante fazer um vídeo com Inteligência Artificial para fazer Trump e o mundo acreditarem que a Venezuela representa um perigo para a segurança nacional dos EUA.

     Aumentar a tensão com mentiras e mais mentiras é o seu trabalho, enquanto ele enche os bolsos com dinheiro dos contribuintes e mostra os dentes, esperando a cadeira no Salão Oval com a qual pretende desbancar Trump.

     Freddy Ñáñez, Ministro do Poder Popular para a Comunicação e Informação da Venezuela, deixa isso claro em sua mensagem no Instagram.

                          
           Aqui:  : https://www.instagram.com/p/DOHiirbEV6a 


https://cubaenresumen.org/2025/09/02/pinocho-rubio-tambien-llamado-little-marco/

Trad/Ed: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas.


29 de ago. de 2025

DE WASHINGTON E JEFFERSON A TRUMP E RUBIO. AMEAÇAS PARA ELEGER UM PEÃO.

De Washington e Jefferson a Trump e Rubio: Ameaças para eleger um peão 

Hernando Calvo Ospina


   Com exceção de John Adams e seu filho, John Quincy, os primeiros 12 presidentes dos EUA, alguns deles chamados de "Pais Fundadores", não apenas possuíam centenas de escravos, mas também implementaram medidas para desapropriar os nativos americanos de suas terras e aprisioná-los em campos de concentração chamados reservas. George Washington, o principal Pai Fundador, que a história preservou imaculadamente, estava acompanhado por alguns de seus escravos quando tomou posse como o primeiro presidente na sacada do Federal Hall, em Wall Street, na cidade de Nova York, em 30 de abril de 1789. É muito importante lembrar que esta rua de oito quarteirões havia sido inaugurada em 13 de dezembro de 1711, como a primeira bolsa de valores dos Estados Unidos, mas para o leilão de escravos.

    E embora seja difícil de acreditar, na mesma rua, a poucos passos de onde negros e alguns indígenas rebeldes negociavam, Washington também aprovou a Declaração de Direitos, com as dez primeiras emendas à Constituição, em 15 de dezembro de 1791, que se tornou um símbolo de liberdade e igualdade naquela nação, embora os indígenas não fossem considerados cidadãos, e as mulheres tivessem seus direitos severamente restringidos até 1920.

     Thomas Jefferson, outro Pai Fundador, redator da Declaração de Independência, um dos estadistas mais pró-escravidão e um fervoroso promotor das reservas indígenas americanas, foi nomeado por Washington como o primeiro Secretário de Estado do país, de 1790 a 1793. Ele já havia servido como diplomata na França, de 1785 a 1789.

  Bem, esses dois supremacistas brancos, donos de escravos, racistas e desprezadores de mulheres foram os arquitetos da diplomacia americana.

  É "normal", então, o desprezo que presidentes e seus secretários de Estado têm demonstrado desde então pela grande maioria dos povos do mundo, onde os seres humanos são meras mercadorias ou obstáculos a serem eliminados para o desenvolvimento de sua voracidade imperial.

  Desde então, Secretários de Estado têm viajado pelo mundo relatando crimes, massacres e genocídios, cometidos e não cometidos, enquanto pressionam por apoio. A arrogância que acompanha o poder levou muitos a serem vis e arrogantes na defesa do indefensável. Outros conseguiram explicar esses rios de sangue: eles invadem e matam em nome das vítimas e por "valores democráticos". E deixam boa parte da humanidade convencida das boas intenções de sua nação.

  Deste último grupo, especialistas em política internacional mencionam os contemporâneos: John Foster Dulles, no governo Eisenhower (1953-1959); Madeleine Albright, a primeira mulher Secretária de Estado (1997-2001), no governo Clinton; Colin Powell, o primeiro Secretário de Estado afro-americano (2001-2005), no governo Bush; Hillary Clinton (2009-2013), no governo Obama; Antony Blinken (2021-2025), no governo Biden. Há um que merece menção especial: Henry Kissinger, Secretário de Estado dos governos Nixon e Ford (1973-1977). Apesar de ter participado como mentor de tantos crimes contra a humanidade, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. Ele é talvez o Secretário de Estado mais inteligente, manipulador e maquiavélico que o país já teve.

   Há também os piores Secretários de Estado da história dos Estados Unidos. Eles ganharam esse "reconhecimento" público por não possuírem as qualidades essenciais para o cargo: liderança experiente em política externa, habilidades de negociação, conhecimento de organizações internacionais e visão estratégica para aconselhar o presidente e representar o país no exterior. Entre eles, está Warren Christopher (1993-1997), no governo Clinton. Considerado um burocrata pouco carismático e péssimo em resolver crises internacionais. Rex Tillerson (2017-2018), apesar de ter sido presidente da petrolífera ExxonMobil, era um péssimo diplomata e nem sabia como lidar com a gestão interna do Departamento. Alguns o consideravam um completo "idiota". Mike Pompeo (2018-2021), no governo Trump. Embora tenha chefiado a CIA anteriormente, as avaliações dos especialistas são, em sua maioria, negativas. O New York Times o nomeou o pior dos piores da história dos Estados Unidos.

     É impressionante que ambos os Secretários de Estado do primeiro governo Trump estejam nessa lista dos piores. Houve um "interino", John Sullivan, que durou 25 dias, mas ninguém se lembra dele.

 Uma das organizações internacionais que o Secretário de Estado deve supervisionar é a Organização dos Estados Americanos (OEA). Sua sede fica em Washington, por decisão dos Estados Unidos. Fundada em Bogotá em 30 de abril de 1948, quando a Colômbia começava a mergulhar no que viria a ser conhecido como a "era da violência", que perdura até hoje, foi criada no contexto do pós-guerra e do início da Guerra Fria. Para os Estados Unidos, era imperativo ter os países do continente sob seu controle, antecipando que a União Soviética e seu "comunismo" chegariam para romper seu poder. A Carta da Organização foi assinada na capital colombiana. Foi redigida em Washington, mas apresentada pela delegação colombiana, tornando-se a base ideológica da Guerra Fria. Seu primeiro Secretário-Geral foi Alberto Lleras Camargo, um colombiano que gozava de absoluta confiança nos Estados Unidos e que ocupou o cargo até 1954, moldando a OEA de acordo com os interesses de seu chefe.

  Talvez o ato mais simbólico que demonstrasse o propósito da OEA tenha ocorrido em 31 de janeiro de 1962, durante uma conferência ministerial em Punta del Este, Uruguai: Cuba foi expulsa. Argumentou-se que a ilha revolucionária havia se alinhado à União Soviética e ao comunismo, o que era "incompatível" com o sistema interamericano. Posteriormente, o Comandante Fidel Castro usou uma frase que a expôs: era o "Ministério das Colônias" dos EUA.

  A OEA serviu como um meio para Washington cumprir suas ordens. Foi útil para legalizar ações que violam a soberania de seus outros membros. Nunca serviu para impedir tantos golpes de Estado orquestrados por Washington contra governos democraticamente eleitos. E quando alguns governos rejeitaram as decisões de Washington, raramente receberam qualquer atenção. Um de seus objetivos foi defender o continente de agressões externas, mas quando a Argentina buscou recuperar as Malvinas e a Inglaterra enviou suas tropas, os Estados Unidos, a Colômbia e a ditadura de Pinochet lhe deram as costas.

  Seu secretário-geral deve ser eleito por voto, mas deve ter a bênção de Washington. O penúltimo deles, Luis Almagro, uruguaio, é considerado o pior do grupo: não só semeou divisão e discórdia entre seus membros, como também foi o mais simpático aos interesses dos EUA. Ele já havia servido como Ministro das Relações Exteriores do presidente José Mujica, quando este foi eleito em 2015 e reeleito em 2020. Ebrard Casaubón, que foi Ministro das Relações Exteriores do México, disse sobre o governo de Almagro: "É um dos piores da história (...) Ele tomou medidas muito duvidosas, como o caso da Bolívia, que praticamente facilitou um golpe" contra Evo Morales.

  Governos que não seguiram a agenda de Washington tornaram-se inimigos de Almagro, com Venezuela e Nicarágua sendo suas principais frentes de guerra. E permaneceram assim mesmo após a saída de ambas as nações da Organização. O mesmo aconteceu com Cuba, 63 anos após sua expulsão. Quando a grave crise econômica e humanitária na Venezuela eclodiu, principalmente entre 2015 e 2021, devido ao bloqueio econômico imposto pelos EUA e seus aliados europeus, Almagro defendeu abertamente uma invasão ao país bolivariano para impor um governo "não hostil" a Washington.

  E para suas campanhas contra os governos revolucionários e progressistas, Almagro contou com pessoas que ecoavam sua mensagem, que, como sabemos, eram a voz do Departamento de Estado. Uma delas, parte da "escola Almagro", era Rosa María Payá, de origem cubana.

  Ela é filha do "dissidente" Oswaldo Payá, que morreu quando o veículo em que viajava bateu em uma árvore em 22 de julho de 2012. Apesar de o cidadão espanhol que o acompanhava alegar que o motivo era o excesso de velocidade, Rosa María começou a repetir em todos os lugares que o governo cubano havia causado o acidente. Nunca a incomodou que o Tribunal Nacional Espanhol também tivesse se pronunciado sobre o acidente.

  Logo aprendeu que, para apaziguar o público, precisava sempre começar mencionando a morte do pai, com voz e rosto arrependidos. Repetiu também, quase angustiada, que era perseguida pela "ditadura castrista", razão pela qual não podia retornar a Cuba. Escondeu as inúmeras vezes em que viajou à ilha sem ser incomodada, mesmo tendo residência legal. Ao incitar a compaixão, tornou-se parte importante das campanhas de difamação dos EUA.

  Assim, sob a sombra de Almagro e outros políticos de extrema direita do sul da Flórida, como o senador Marco Rubio, ele também dirigiu suas críticas a governos progressistas como os de Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil, Andrés Manuel López Obrador, no México, e Gustavo Petro, na Colômbia. Ele chegou a criticar o chileno Gabriel Boric, que pouco se envolveu com o progresso.

  Claro, ela tem sido constante e sistemática em atacar os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua: se você a ouvir, não há necessidade de consultar o que o Departamento de Estado diz sobre eles.

  Trabalhando em projetos necessários para Washington, Almagro e Payá tornaram-se amigos próximos, com alguns até afirmando que seu relacionamento ia além de interesses políticos e ideológicos. O ex-chefe da OEA a ajudou a obter financiamento de até dois milhões de dólares por ano, ao mesmo tempo em que abriu portas para instituições globais. Com os dólares fornecidos pela USAID, NED, OEA e outras organizações alinhadas a Washington para seu suposto trabalho em direitos humanos, Rosa María Payá acumulou um capital pessoal significativo, incluindo propriedades luxuosas nos Estados Unidos.

  Em 30 de maio, o surinamês Albert Ramdin tomou posse como novo Secretário-Geral da OEA. Justamente quando se pensava que a Organização assumiria uma nova dinâmica, em 27 de junho, Rosa María Payá foi eleita membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) durante a 55ª Assembleia Geral da OEA, realizada em Antígua e Barbuda, para o mandato de 2026-2029. México, Brasil, Colômbia e Chile estavam entre os que se opuseram à sua nomeação, mas onde o capitão manda, não manda o marinheiro, diz-se: ela era a candidata dos Estados Unidos, apresentada oficialmente dias antes pelo Secretário de Estado Marco Rubio, também de origem cubana.

  "Os Estados Unidos", disse Rubio em um comunicado, "instam outros Estados-membros da OEA a apoiar a candidatura de Rosa María Payá e a ajudar a garantir que a CIDH continue sendo uma defensora forte, íntegra e confiável dos direitos humanos para todos". No comunicado, ele descreveu Payá como "uma defensora íntegra, corajosa e profundamente comprometida com os direitos humanos e a democracia", capaz de servir a região "com independência, integridade e um firme compromisso com a justiça".

  Sem a assinatura de Rubio, o Departamento de Estado acrescentou que Payá é "uma defensora da democracia de renome internacional, líder dos direitos humanos e especialista em políticas latino-americanas... reconhecida por seu trabalho na promoção da liberdade, dos direitos humanos e da governança democrática em todo o Hemisfério Ocidental".

  Para responder a tal elogio, basta entender a "trajetória" de Payá e compará-la com a resolução emitida pela Assembleia Geral da OEA em Lima 2022. Ela estabeleceu parâmetros que os Estados-membros deveriam seguir em seus processos de nomeação e avaliação de candidatos aos órgãos da OEA: sempre observando "o cumprimento dos requisitos de independência, imparcialidade, alta autoridade moral e reconhecida competência em matéria de direitos humanos", além de possuir conhecimento e experiência em questões relacionadas ao sistema interamericano de direitos humanos.

 No caso da Sra. Payá, ela deve começar a se educar imediatamente para não fazer papel de boba; para que não fique muito óbvio que ela foi imposta, não eleita pela vontade dos membros.

   Ela é formada em Física pela Universidade de Havana e recebeu treinamento em programas de "liderança" na Universidade de Georgetown. Esses "programas" são bolsas de estudo que o regime americano oferece a jovens de países com governos considerados contrários aos seus interesses.

   Rosa María Payá é a fundadora e quase única membro do Cuba Decide, que, segundo o Departamento de Estado, lidera "o movimento pró-democracia mais proeminente" na ilha. Apoiada por Almagro e pela extrema direita da Flórida, ela foi nomeada diretora executiva da sombria Fundação para a Democracia Pan-Americana, para promover "segurança regional, direitos humanos e estabilidade democrática".

    Em Washington, sabe-se que um prêmio poderia ser concedido a qualquer pessoa em Cuba que soubesse das atividades de Payá, já que se trata de pessoas e dispositivos usados ​​para realizar trabalhos internacionais contra a imagem da revolução e de quaisquer governos necessários.

    Ao saber da nomeação, Payá expressou sua "profunda honra" e agradeceu ao Secretário de Estado pelo apoio. Nas redes sociais, prometeu "servir a todos os povos das Américas". "Minhas prioridades são claras: proteger aqueles que mais precisam, defender a democracia, garantir uma comissão eficaz e transparente e aproximar o sistema dos mais vulneráveis."

   Ah, mas não se conteve e atacou os governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela, que o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, considera "inimigos da humanidade". Payá declarou: "As Américas pagaram um preço muito alto por tolerar o regime cubano por tanto tempo". "Cabe a nós, mulheres e homens das Américas, acabar de uma vez por todas com a cabeça do polvo autoritário e todos os seus tentáculos, que causaram tanta dor às nossas nações."

  Mas Marco Rubio teve que insistir na manhã de sexta-feira, antes das eleições, pois ainda duvidava que seu candidato fosse escolhido: "Rosa María traz a dignidade e a determinação necessárias para enfrentar os maiores desafios da Comissão com soluções inovadoras".

 Por isso, na quinta-feira, durante a Assembleia, o subsecretário de Estado Christopher Landau teve que se manifestar em alto e bom som, exigindo, por meio de ameaças e chantagem, a eleição de Payá. O ponto-chave foi alertar sobre o desgaste do governo Trump com a OEA, que não conseguiu derrubar o governo bolivariano da Venezuela. Isso lançou dúvidas sobre a futura adesão dos Estados Unidos.

    Se tivessem alguma dignidade, teriam aplaudido essa possibilidade, porque, além disso, já existe uma organização da qual nem os Estados Unidos nem o Canadá fazem parte: a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), criada em 2010, que reúne 33 nações e mais de 600 milhões de habitantes.

   Landau disse: "Como vocês devem saber, o presidente (Donald) Trump emitiu uma ordem executiva no início deste governo instruindo o secretário de Estado (Marco Rubio) a revisar todas as organizações internacionais das quais os Estados Unidos são membros para determinar se tal filiação é do melhor interesse dos Estados Unidos e se essas organizações podem ser reformadas (...) e, obviamente, a OEA é uma das organizações que estamos revisando."

    E concluiu lembrando que os Estados Unidos apoiaram a nomeação de Payá e não poderiam ficar de fora quando o governo Trump considera que a OEA não está fazendo nada de substancial contra as ditaduras na América Latina, que são, como sabemos, Cuba, Venezuela e Nicarágua...

 Veremos o que acontece com o novo Secretário-Geral, Albert Ramdin, que, como Ministro das Relações Exteriores do Suriname, se recusou a caracterizar o governo do presidente Nicolás Maduro como uma ditadura. Rubio já o questionou. 

    Secretários de Estado sempre usaram chantagem e ameaças para atingir seus objetivos, mas ter que fazer isso como Marco Rubio fez para eleger seu indicado demonstrou o quão pouco respeito e confiança ele inspira na América Latina e no Caribe. Sem mencionar o quão pouco ele significa para o resto do mundo. Trump estava certo quando o chamou de "Pequeno Marco"( markito)  Talvez, em um futuro próximo, ele seja considerado o quarto pior Secretário de Estado da história diplomática daquele regime. E o terceiro pior do regime Trump. Isso seria um recorde mundial !

 

https://venezuela-news.com/de-washington-y-jefferson-a-trump-y-rubio-amenazas-para-hacer-elegir-a-una-ficha-por-hernando-calvo-ospina    (2/7/2025) 

Trad/ed: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas.

                     



26 de ago. de 2025

IMAGENS DA RESISTÊNCIA. VOZES DO CARIBE.

       

O Centro Cultural da Justiça Federal, o  Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas, e o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos  têm o prazer de convidar para o evento "Imagens da Resistência. Vozes do Caribe", quatro dias de  filmes, curta-metragens, videoclipes e rodas de conversas na primeira semana de setembro.  De se observar que alguns dos filmes são inéditos e só serão exibidos aqui.. Mais um bom motivo para comparecer. Uma América Latina como não se vê por aí.... 


Imagens da Resistência    -    Vozes do Caribe

Centro Cultural da Justiça Federal 
Que tal apreciar um evento espetacular, que é uma mistura de cinema e cinedebate? Imagens da Resistência – Vozes do Caribe
está chegando aqui no Centro Cultural Justiça Federal!
Vai ser demais! Confira as informações 👇

📆 3 a 6/9 (quarta a sábado)
⏰ Às 17h
✅ Classificação indicativa: 16 anos
💰 Gratuito
📍 Cinema - Av. Rio Branco, 241- Centro, Rio de Janeiro - RJ (há também a possibilidade de entrada pela Rua México 57)
📱 Programação e mais informações no site do CCJF, link na bio.

💃 Partiu CCJF!

Sinopse

"Imagens da Resistência – Vozes do Caribe" é uma mostra audiovisual que convida à reflexão sobre as lutas dos povos caribenhos por soberania, justiça social, autodeterminação e dignidade. Por meio de documentários, curtas-metragens e videoclipes, a programação aborda temas como o bloqueio a Cuba, a Revolução Bolivariana na Venezuela e as campanhas de alfabetização como ferramentas de emancipação. Uma oportunidade para conhecer histórias de resistência e esperança contadas a partir de olhares comprometidos com a transformação social.

Foto: Shara Medeiros

                                          

Programação:


Dia 03/09

Tema: Cuba, Venezuela e Bloqueio

 

17h

Curta: Bloqueio: A Guerra contra Cuba (22 min, 2023)

Este curta mostra as agressões que Cuba vem sofrendo por parte dos EUA desde o triunfo de sua Revolução. Mostra a firmeza e a determinação do povo cubano em não se render às pressões da maior potência econômica e militar da atualidade.

 

17h30

Documentário: Venezuela, a obscura causa (38 min, 2017)

Hernando Calvo Ospina

O documentário não é um trabalho de conjuntura. Será vigente enquanto os Estados Unidos persistam em acabar com a Revolução Bolivariana que se construiu na Venezuela para apoderar-se de seu petróleo e demais recursos naturais. Em 1902, Inglaterra, Alemanha e outras nações europeias quiseram apoderar-se dessa nação. Os argumentos e práticas desestabilizadoras daquela longínqua data, são quase os mesmos que se utilizam hoje contra o governo de uma Venezuela soberana. O documentário é baseado em entrevistas de estudiosos venezuelanos que, em uma linguagem simples e didática, nos conta uma história que os grandes meios de imprensa insistem em esconder ou tergiversar.

 

Videoclipe: Desbloquéame (Raul Torres) 4 minutos. 2021.

 

Debate: Carmen Diniz - jurista, mestre em Direito Penal e Criminologia, com especialização em Havana, Cuba, Coordenadora do Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, oficial de justiça federal aposentada.                                                                                                                       e                                           

Debate: Zobeida Milagros Yanez Ortiz (Mili). Venezuelana, artesã e cantora.

 

Dia 04/09

Tema: Solidariedade e Internacionalismo

17h

Documentário: A Raiz das Oliveiras (54 min, 2024)

Cinco palestinos que vivem em Cuba, longe de sua terra natal, contam suas experiências diante da escalada do genocídio e da ocupação israelense, que já dura mais de 76 anos. De longe, Watan, Omaima, Murid, Baylasan e Bassel compartilham histórias de luta, perda e esperança. Por meio de suas cartas, seu cotidiano e suas lembranças, entrelaçados com a impotência de estar longe, eles expressam sua fé inabalável em um futuro livre para a Palestina, sempre com o apoio constante de Cuba, o país que os hospeda.

 

18h

Curta: Valeu, Cuba! - Homenagem ao Mais Médicos (11 min, 2016)

Pequena homenagem às companheiras e aos companheiros de Cuba que vieram ao Brasil para participar do Programa Mais Médicos. Graças à sua solidariedade, pudemos conhecer uma medicina mais humanizada. O vídeo foi realizado pelo Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba para o evento realizado no dia 24/11/2016, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ocasião na qual as médicas e os médicos receberam a maior comenda da cidade: a medalha Pedro Ernesto.

 

Videoclipe: Os Valentes São Eles (Buenafé, 4 min, 2020)

Debatedor: Marcos Feres

Jornalista brasileiro-palestino e secretário de Comunicação da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL).

 


Dia 05/09

 

Tema: Educação e Resistência


17h

Curta: Direitos Em Revolução (47 min, 2019)

A realidade cubana demonstrada sob diversos aspectos do cotidiano e os problemas decorrentes do bloqueio que os EUA impõem a Cuba há mais de sessenta anos.

 

18h

Curta: Minha Primeira Tarefa (25 min, 2022)

Em 1961 mais de 100.000 jovens participaram da Campanha Nacional de Alfabetização, na qual conseguiram, em menos de um ano, declarar Cuba território livre do analfabetismo. Entre os milhares de adolescentes que participaram deste desafio estava o músico Silvio Rodríguez Domínguez, que tinha apenas 14 anos de idade. Aqui ele nos dá seu testemunho, contado em primeira pessoa, sobre a experiência que definiu sua vida quando ensinou uma família em uma comunidade camponesa a ler e escrever.

 

Videoclipe: Sim, Eu Posso! (Comitê Carioca, 14 min, 2025)

Debatedora: Maria Cristina Vargas

Pedagoga, integrante do coletivo de Educação e coordenadora nacional do MST. Responsável pela implementação do programa de alfabetização "Sim, eu posso" no Brasil.

 


Dia 06/09

Tema: Julgamento Moral e Direitos Humanos

 

17h

Documentário: Culpados (61 min, 2024)

Produzido pelo Resumen Latinoamericano com a colaboração do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), o filme, da jovem diretora Yaimí Ravelo, apresenta em uma hora uma síntese de intervenções de renomados juízes e promotores, além de testemunhas e amigos da Ilha, da Europa e dos Estados Unidos, em audiência realizada em Bruxelas em novembro de 2023. O filme apresenta uma sugestiva combinação de imagens de declarações e testemunhos nas sessões e da população cubana que sofre todos os dias resistindo às duras consequências da política de asfixia econômica, criminosa e genocida, aplicada pelos governos dos EUA há mais de 60 anos.

 

Videoclipe: Faça uma Lei (Raul Torres, 3 min, 2020)

Debatedor: Jesús Domech Moré

Cubano, engenheiro e mestre em Ciências pelo Instituto de Engenharia de Moscou. Doutor pela UFRJ, professor titular no IBMEC-Rio, professor visitante na PUC-Rio e pesquisador na UFRJ.

 

 

 

Apoio

Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas


 

Realização

Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil