30 de jul. de 2025

UM "VALE DO SILÍCIO" EM CUBA.

                                       

Cayo Digital: Rússia pressiona por um 'Vale do Silício' em Cuba

Por: Victor Ternovsky

Cuba poderá ter seu próprio "Vale do Silício". Ele se chamará Cayo Digital e ficará localizado na Ilha da Juventude. O principal impulsionador do projeto é a Rússia, interessada em impulsionar a expansão internacional de seu setor de Tecnologia da Informação e Comunicação. A proposta de Moscou é criar um cluster de empresas dos países BRICS Plus e da União Econômica Eurasiática, com foco principal no fornecimento de produtos e serviços a clientes na América Latina e no Caribe.

A iniciativa é apoiada pelo Ministério da Indústria e Comércio da Rússia, o Ministério do Desenvolvimento Digital, Comunicações e Mídia de Massa, o escritório comercial russo em Cuba e a Agência de Iniciativas Estratégicas, criada pelo governo russo para implementar medidas econômicas e sociais.

O Cayo Digital foi concebido como um polo tecnológico com capacidade para acomodar até 15.000 moradores: 12.000 especialistas e 3.000 estudantes. Sua implementação envolve a construção ou reabilitação da infraestrutura necessária à vida e ao trabalho de seus moradores: escritórios, laboratórios, plantas industriais, residências, lojas, um shopping center e instalações esportivas, culturais e recreativas. O cluster também incluiria creches, escolas e filiais universitárias. Os autores do projeto enfatizam a importância de garantir vias de comunicação e serviços de alta qualidade, como gás, água, eletricidade, esgoto e coleta de lixo.

As medidas práticas a serem tomadas para tornar isso realidade foram o foco de uma reunião realizada em julho deste ano em Moscou, que reuniu líderes empresariais, investidores e autoridades governamentais russas e cubanas de ambos os países.

                                                


O evento contou com a presença de Alexandr Volkov, CEO da GenIT, empresa russa focada em sistemas e software de automação — com presença em Cuba desde 2023 — que afirmou haver alta demanda na América Latina e no Caribe por equipamentos e soluções do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação da Rússia. Ele observou que essa é uma tendência crescente, em resposta à fundada desconfiança regional em relação às ofertas tecnológicas ocidentais, visto que elas frequentemente contêm vulnerabilidades intencionais, incluindo aquelas projetadas para roubar dados pessoais ou interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos.

                                                


Ele explicou que Cuba está sendo proposta como sede do Cayo Digital por vários motivos: sua proximidade histórica e cultural com a Rússia, sua disposição em se envolver em cooperação mutuamente benéfica com empresas do país eurasiano, sua ausência de receio de sanções ocidentais e suas conexões com outras nações da região, o que facilita o acesso aos mercados vizinhos. Além disso, a ilha conta com pessoal de alta qualidade nos setores digital e de telecomunicações, enquanto, por exemplo, a Universidade Tecnológica José Antonio Echeverría de Havana oferece programas de treinamento em russo, algo que impacta positivamente a interação e a colaboração entre profissionais de ambos os países, enfatizou.

A localização da produção de equipamentos e software permitirá a criação de produtos mais adaptados às realidades e necessidades regionais, insistiu Alexandr Volkov, destacando o setor de segurança cibernética entre as ofertas russas mais procuradas na América Latina e no Caribe. Ele observou, em particular, que as empresas russas oferecem aos seus clientes infraestrutura de TI soberana, ou seja, que só pode ser operada pela empresa designada. Esse é o chamado modelo "on-premise", em que dados e software são armazenados nas instalações da empresa, evitando riscos na nuvem. Ao mesmo tempo, ele observou que as fintechs russas superaram suas contrapartes ocidentais em várias vezes. Ele acrescentou que suas tecnologias educacionais também têm muito a se orgulhar.

O cluster ocuparia uma área de 450 hectares. Atualmente, encontra-se em fase de projeto. A previsão é de que os primeiros complexos residenciais sejam construídos entre 2026 e 2028. A inauguração dos primeiros centros de pesquisa científica e plantas inovadoras está prevista para antes de 2030. A conclusão do projeto está prevista para 2032. Suas funções envolveriam o desenvolvimento de inteligência artificial, realidade virtual e aumentada, arte digital e tecnologias sustentáveis.                            

                            

                Fotos: cortesia do autor

 http://www.cubadebate.cu/noticias/2025/07/25/cayo-digital-rusia-impulsa-un-silicon-valley-de-cuba/

Tradução: @comitecarioca21

CARTA ABERTA HISTÓRICA DE GUSTAVO PETRO, PRESIDENTE DA COLÔMBIA, PARA TRUMP

                                   

CARTA ABERTA HISTÓRICA DE GUSTAVO PETRO, PRESIDENTE DA COLÔMBIA, PARA TRUMP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em Carta histórica e revolucionária, critica o imperialismo, resgata a história de resistência colombiana e reafirma a soberania da Colômbia diante das ameaças de sanções econômicas e políticas dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump. Apenas nas duas primeiras horas de divulgação da Carta mais de 5 milhões de pessoas leram a carta na internet. Carta inspiradora e revolucionária em momento tão grave da humanidade. Coragem e sabedoria são imprescindíveis de agora em diante, mas do que nunca. (https://gilvander.org.br/)

Eis o texto da Carta de Gustavo Petro a Trump na íntegra:

“Trump, eu não gosto muito de viajar para os EUA, mas confesso que há coisas que merecem crédito. Confesso que gosto de Walt Withman, Paul Simon, Noam Chomsky e Miller.

Confesso que Sacco e Vanzetti (que têm meu sangue) são memoráveis na história dos EUA e eu os sigo. Eles foram assassinados por líderes operários na cadeira elétrica, os fascistas que estão dentro dos EUA como dentro do meu país.

Não gosto do seu petróleo, Trump, vai acabar com a espécie humana por ganância. Talvez algum dia, acompanhado de um copo de uísque que aceito, apesar da minha gastrite, possamos conversar francamente sobre isso, mas é difícil porque você me considera uma raça inferior e eu não sou, nem nenhum colombiano.

Então, se você conhece alguém teimoso, esse sou eu. Você pode, com sua força econômica e sua arrogância, tentar dar um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero escravistas ao lado da Colômbia, já tivemos muitos e nos libertamos deles. O que quero ao lado da Colômbia são amantes da liberdade. Se você não pode me acompanhar, eu vou para outro lugar. A Colômbia é o coração do mundo e você não entende isso. Esta é a terra das borboletas amarelas, da beleza de Remedios, mas também dos coronéis Aurelianos Buendía, dos quais sou um deles.

Você vai me matar, mas eu sobreviveria no meu povo, que é, antes do seu, das Américas. Somos povos dos ventos, das montanhas, do mar do Caribe e da liberdade.

Você não gosta da nossa liberdade, tudo bem. Eu não aperto a mão de escravistas brancos. Aperto as mãos dos libertários brancos herdeiros de Lincoln e dos camponeses negros e brancos dos Estados Unidos, diante dos quais chorei e rezei em um campo de batalha.

Eles são os Estados Unidos e diante deles me ajoelho, diante de mais ninguém.

Derrube-me, presidente, e as Américas e a humanidade lhe responderão.

A Colômbia agora deixa de olhar para o norte, olha para o mundo, nosso sangue vem do sangue do califado de Córdoba, a civilização daquela época, dos latinos romanos do Mediterrâneo, a civilização daquela época, que fundaram a república, a democracia em Atenas; nosso sangue tem os negros resistentes convertidos em escravos por vocês. Na Colômbia está o primeiro território livre da América, antes de Washington, de toda a América, lá me abrigo em seus cantos africanos.

Minha terra é de ourivesaria existente na época dos faraós egípcios e dos primeiros artistas do mundo em Chiribiquete.

Você nunca nos dominará. O guerreiro que cavalgava nossas terras, gritando liberdade e que se chamava Bolívar, se opõe a vocês.

Nossos povos são um pouco temerosos, um pouco tímidos, são ingênuos e amáveis, amorosos, mas saberão conquistar o canal do Panamá, que vocês nos tiraram com violência. Duzentos heróis de toda a América Latina jazem em Bocas del Toro, atual Panamá, antes Colômbia, que vocês assassinaram.

Eu levanto uma bandeira e, como disse Gaitán, mesmo que fique sozinho, ela continuará hasteada com a dignidade latino-americana, que é a dignidade da América, que seu bisavô não conheceu, mas o meu sim, senhor presidente imigrante nos Estados Unidos.

Seu bloqueio não me assusta, porque a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo. Sei que você ama a beleza como eu, não a desrespeite e lhe oferecerá sua doçura.

A partir de hoje, a Colômbia se abre ao mundo inteiro, de braços abertos, somos construtores de vida e humanidade.

Fui informado de que você cobra 50% de tarifa sobre o fruto do nosso trabalho humano para entrar nos EUA, eu faço o mesmo.

Que nosso povo plante milho, que foi descoberto na Colômbia, e alimente o mundo.

 

Gustavo Petro

Presidente da Colômbia

 

Trad:  @comtecarioca21


8 de jul. de 2025

SILÊNCIO POR GAZA: 30 MINUTOS DE DESCONEXÃO DIGITAL DIÁRIA PROPOSTOS PARA A PALESTINA

                         

Um pequeno gesto que todos podemos fazer. Parece uma boa ideia.

Depoimentos belíssimos e comoventes do Dr. Ezzideen, de Gaza.

 

Não há internet.

Não há sinal. Não há som. Não há mundo além desta gaiola.


Caminhei por trinta minutos pelas ruínas e pela poeira. Não em busca de fuga, mas de um fragmento de sinal, apenas o suficiente para sussurrar: "Ainda estamos vivos".

Não porque alguém esteja ouvindo,

mas porque morrer sem ser ouvido é a morte definitiva.


Gaza está silenciosa agora.

Não de paz, mas de aniquilação.

Não um silêncio de quietude, mas de sufocamento.

 

Cortaram o último cabo.

Nenhuma mensagem é enviada. Nenhuma imagem é recebida.

Até a dor foi banida.

 

Passei pelos cadáveres de prédios, casas e homens, alguns respirando, outros não.

Todos apagados pela mesma mão que apagou nossas vozes.

 

Este não é apenas um cerco de bombas. É um cerco de memória: uma guerra contra a nossa capacidade de dizer: "Estivemos aqui".

 

Os bombardeios nunca pararam, especialmente em Jabalia.

Bombardearam as ruas onde as crianças pediam comida.

Bombardearam as filas onde as mães esperavam por farinha.

Bombardearam a própria fome.

 

Sem comida. Sem água. Sem saída.

E aqueles que tentam, aqueles que buscam ajuda, são abatidos.

 

Pessoas morrem aqui, e ninguém sabe.

Não porque a matança parou, mas porque a destruição da conexão foi bem-sucedida.

 

A internet foi o nosso último suspiro.

Não era um luxo; era a última evidência da nossa humanidade.

 

Agora ele se foi.

E na escuridão, eles massacram sem consequências.

 

Encontrei este sinal fraco e como um moribundo encontra uma chama brilhante.

Fiquei sob um céu destruído, arriscando a morte, não por resgate, mas para enviar isto.

 

Uma única mensagem.

Uma última resistência.

 

 

Se você está lendo isso, lembre-se:

atravessamos o fogo para nos manifestar.

Não ficamos em silêncio.

Fomos silenciados.

 

E quando a fiação for restaurada,

a verdade será revelada,

e o mundo saberá o que escolheu não ver.

 

30 minutos de silêncio digital


Esta é uma campanha digital coordenada do movimento "Silêncio por Gaza".

É uma onda crescente.

Porque algo pode ser feito: um intervalo digital diário de 30 minutos todas as noites, das 21h às 21h30, horário local de cada país.

Durante esse intervalo:

Mídias sociais não são permitidas.

Não são permitidas mensagens.

Comentários não são permitidos.

Telefones e computadores estão desligados.

Esta ação coletiva enviará um forte sinal digital aos algoritmos e mostrará nossa solidariedade com Gaza.


Não é fácil, mas vamos fazer alguma coisa. É isso que importa.

 

A ideia:

todos os dias, no mesmo horário, milhões de usuários ao redor do mundo mantêm silêncio absoluto nas redes sociais por 30 minutos.

Sem postagens.

Sem curtidas.

Sem comentários.

Sem abrir aplicativos.

Silêncio digital absoluto. Desligue o celular.

É um ato de resistência: um protesto digital global.

A raiva de tantos cidadãos diante de uma imensa injustiça.

Porque algo pode ser feito: simples e eficaz.

 

Explicação técnica:

 

1. Impacto Algorítmico:

As plataformas de mídia social dependem da atividade constante do usuário.

Somos nós que mantemos o sistema funcionando.

Uma queda repentina e sincronizada na atividade, mesmo que por um breve período, pode:

(a) interromper os algoritmos de visibilidade.

(b) afetar as estatísticas de tráfego em tempo real.

(c) enviar um sinal técnico aos servidores sobre comportamento anormal do usuário.

Este ato demonstra a resistência dos cidadãos à injustiça, que até agora tem sido alimentada por nossa passividade.

 

2. Impacto Simbólico

Em um mundo hiperconectado, o silêncio digital tem um impacto poderoso.

Cria um forte contraste entre o barulho das mídias sociais e o silêncio imposto em Gaza.

É um momento de reflexão coletiva.

 

3. Impacto social:

 Se a ação se espalhar, os líderes verão os cidadãos rejeitarem o crime em Gaza.

E só então agirão.

Nosso objetivo é criar uma onda progressiva que se espalhe pelo mundo.     



https://cubaenresumen.org/2025/07/07/silencio-por-gaza/

7 de jul. de 2025

SOBRE O BRICS E ENCONTROS (fotos e vídeos)



SESSÃO ESPECIAL DO CONSELHO POPULAR DO BRICS NO RJ 

     Feito inédito ✨ Pela 1ª vez na história do Brics, movimentos populares, organizados no Conselho Popular do Brics, terão um espaço oficial para apresentar suas pautas diretamente a chefes de Estado do bloco amanhã (6).

     A abertura à participação social na cúpula é parte de um esforço da presidência brasileira do Brics em 2024 para ampliar o diálogo com setores da sociedade civil. Em abril, a presidência já havia promovido um encontro entre representantes populares e os chamados sherpas – diplomatas e negociadores de alto nível que atuam na formulação da agenda política do bloco.

                                   


      Agora, o gesto se repete de forma ainda mais visível, com a inserção das demandas populares diretamente na sessão com os chefes de Estado. Representantes da sociedade civil terão 3 minutos para intervir diretamente diante dos presidentes dos países-membros. O brasileiro João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), será o responsável por falar em nome do Conselho Popular do Brics. 

     Ele estará acompanhado de Raymond Matlala, conselheiro pela África do Sul, e Victoria Panova, conselheira pela Rússia. “O encontro é histórico porque consolida um método”, afirmou Stedile ao #BrasildeFato. “Todos estão de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais. Ou a gente envolve o povo, ou não vamos superar a pobreza e a desigualdade.” 

     Entre os temas que devem ser levados aos presidentes estão a soberania alimentar, a industrialização dos países do Sul, a taxação de grandes fortunas, o controle dos paraísos fiscais, a desdolarização da economia mundial e o enfrentamento da crise climática por meio de propostas concretas como desmatamento zero e controle da mineração. 

      Acompanhe a cobertura da Cúpula dos Brics no #BdF 📲

                                                    


                        ENCONTRO DO PRESIDENTE DIAZ CANEL NO RIO DE JANEIRO 

                                   

     Diante de dezenas de amigos históricos e também jovens, todos militantes da solidariedade no #Brasil, explicamos a crítica situação que #Cuba vive hoje devido aos efeitos do #BloqueoGenocida. Agradecemos seu apoio incondicional, que também faz parte da nossa resistência criativa.

Como é habitual em sua agenda de trabalho no exterior, o presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez se reuniu esta manhã no Rio de Janeiro com quase 300 brasileiros que, como ele disse no encontro, fizeram da solidariedade e do amor por #Cuba o centro de suas vidas.

🗣️| Para nós era vital, imprescindível, ter este encontro com aqueles que permanecem ao lado de Cuba em tempos difíceis e complexos.

Poucas horas depois de chegar aqui, disse ele, sentimos o calor, o amor e a solidariedade do povo brasileiro.

🗣️| Depois de falar sobre a atualidade cubana e o imenso desafio diário que representa enfrentar o bloqueio do governo dos Estados Unidos, ele afirmou que vocês podem ter certeza de que Cuba não vai desistir, pelo nosso povo, pela nossa convicção e por vocês.

🗣️| A solidariedade nos compromete e nos obriga a ser mais fortes, também para não falhar com vocês, disse ele.

A resistência de Cuba se alimenta da força do nosso povo e da solidariedade que vocês nos oferecem.

♥️| Várias vozes, de amigos históricos de Cuba e também de jovens que se juntaram à causa cubana, falaram da coragem, da dignidade do povo e do governo cubano, do seu desafio histórico ao imperialismo, e agradeceram o exemplo que isso significa.

🫂| Reafirmaram sua disposição de continuar lutando contra o bloqueio dos Estados Unidos e para que Cuba seja retirada da fraudulenta lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.

 foto:  Alejandro Azcuy Domínguez


                                
                                                  

https://www.instagram.com/presidenciadecuba/

Trad: @comitecarioca21

                                                            

Foto: Priscila Ramos/MST

          PRESIDENTE DE CUBA SE REÚNE COM ARTISTAS E PARLAMENTARES 

Encontro promovido pela embaixada cubana buscou fortalecer laços com movimentos de solidariedade no Brasil

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, participou neste domingo (6) de dois encontros com artistas, parlamentares e lideranças populares brasileiras, organizados pela embaixada cubana. As reuniões ocorreram em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro (RJ) e reuniram cerca de 150 pessoas.

O primeiro momento foi um encontro ampliado, com a presença de representantes do movimento de solidariedade a Cuba, parlamentares, militantes, intelectuais e artistas. Em seguida, houve uma reunião mais reservada, com algumas das principais lideranças convidadas.

Entre os participantes estavam o jornalista Breno Altman, o escritor Frei Betto, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, o escritor e tradutor Eric Nepomuceno, o ator Osmar Prado e as parlamentares Maíra do MST (PT-RJ), Jandira Feghali e Marina do MST (PT-RJ), além de outras personalidades.

A agenda fez parte da visita de Díaz-Canel ao Brasil para a cúpula do Brics, realizada também no Rio neste domingo e na segunda-feira (7). Desde o início de 2025, Cuba participa do bloco como país parceiro. Seu ingresso ampliou as possibilidades diplomáticas de Havana, especialmente com países do Sul Global.

A realização do encontro no Brasil está inserida em uma estratégia do governo cubano de estreitar o diálogo com setores internacionais que apoiam sua soberania e resistem ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos. No Brasil, esse esforço é conduzido principalmente pela embaixada cubana, que articula agendas com movimentos populares, parlamentares progressistas e intelectuais solidários à ilha.

https://www.brasildefato.com.br/2025/07/06/presidente-de-cuba-se-reune-com-artistas-e-parlamentares-no-rio-de-janeiro/

              

                                O CONSELHO POPULAR E SUAS PROPOSTAS NO BRICS 


Hoje (6), a fala de João Pedro Stedile, dirigente do MST, marcou a 1ª participação da sociedade civil em uma sessão de chefes de Estado na história da Cúpula dos Brics, que está acontecendo até amanhã (7) no Rio de Janeiro (RJ)

A intervenção ocorreu em nome do Conselho Civil do Brics, batizado no Brasil de Conselho Popular, e resume a formulação de 7 grupos temáticos com foco em saúde, educação, ecologia, cultura, finanças, soberania digital e institucionalidade dos direitos. Segundo Stedile, mais de 120 organizações participaram do processo de elaboração de propostas, sistematizadas em um documento entregue aos presidentes.

Na avaliação do Conselho, o mundo atravessa uma grave crise de governança liderada por potências ocidentais, que ameaça a sobrevivência das democracias e a soberania dos povos. “Se quisermos salvar a civilização humana, precisamos criar mecanismos novos de cooperação internacional”, afirmou o dirigente.

Também foi defendida a tributação de grandes fortunas e o combate aos capitais especulativos que operam em paraísos fiscais e que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido por Dilma Rousseff (PT), crie mecanismos que permitam o financiamento direto de projetos sociais elaborados por organizações populares dos países-membros.

Veja o vídeo na íntegra no YouTube do #BrasildeFato 📲



Presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez na XVII Cúpula dos #BRICS:

“Creio que devo começar agradecendo, em nome do meu país e do meu povo, nossa integração aos BRICS como parceiros. BRICS é hoje sinônimo de esperança”.

É a esperança de que o multilateralismo seja salvo do caos e da ineficácia em que a arrogância de poucos mergulhou a ONU, que há 80 anos nasceu para evitar que a guerra fosse uma alternativa para a solução de conflitos e que hoje precisa urgentemente de profundas reformas, afirmou.

| Diante do cenário internacional ameaçador, “emergem os BRICS, cujos países membros ou parceiros, tão diferentes, tão desiguais em nível de desenvolvimento, avançam promovendo ideais comuns de paz, diálogo, respeito mútuo, cooperação e solidariedade”.

| “É muito inspirador o compromisso do Grupo com a construção de uma ordem internacional mais justa e inclusiva, sem a qual não será possível alcançar o desenvolvimento sustentável que todos merecemos e que tanto tem sido adiado para nações presas à maldição do subdesenvolvimento”.

| Nesse empenho, enfatizou o presidente cubano, é urgente reformar desde suas raízes a atual arquitetura financeira internacional e suas instituições pouco transparentes e nada democráticas, projetadas para perpetuar a exclusão e a exploração das nações do Sul.

| “É também premissa indispensável uma governança mais inclusiva e democrática da Inteligência Artificial, que assegure o acesso de todos os países aos seus benefícios e evite seu uso contrário à paz e ao Direito Internacional”.

As gerações presentes e futuras “temos direito a viver em um mundo de paz e segurança, onde prevaleçam a justiça social, o respeito à pluralidade cultural, étnica e religiosa, e o acesso democrático à ciência e à tecnologia”.

| Trata-se de um mundo, avaliou, “onde todos os direitos humanos para todos sejam realizáveis sem politização ou dois pesos e duas medidas, com base na cooperação e no respeito ao direito de cada país de escolher seu sistema político, econômico e social, sem interferência externa”.

| “Um mundo sem bloqueios cruéis nem medidas coercivas unilaterais, contrárias ao Direito Internacional”.

| “Para enfrentar os desafios comuns, a humanidade não precisa de bloqueios, falsos supremacismos e apetites de dominação e exploração. O que a espécie humana precisa urgentemente para sobreviver é de mais respeito às nossas diferenças legítimas, mais diálogo, cooperação”.

| “É urgente um compromisso firme e renovado com o multilateralismo, para garantir a coexistência pacífica e promover o desenvolvimento sustentável, equitativo e inclusivo para todos os povos. É urgente, portanto, alimentar e fortalecer o BRICS, ao qual temos a honra de pertencer”.

(aplausos)

🔗| Intervención completa en el enlace 👇🏼




4 de jul. de 2025

NINGUÉM INTIMIDA CUBA: DECLARAÇÃO DO COMITÊ INTERNACIONAL PAZ, JUSTIÇA E DIGNIDADE AOS POVOS.

                      

      Diante da imoralidade, da agressão e da ameaça intimidadora que caracterizam o governo dos Estados Unidos, o regime Trump anunciou em 30 de junho a implementação de um Memorando Presidencial que proíbe o povo estadunidense de visitar Cuba. A proibição de viagens proíbe todos os contatos científicos, acadêmicos, culturais e comerciais sob escrutínio.

   O Memorando reeditou o imposto durante o primeiro mandato de Trump, em junho de 2017. Oito anos depois, e sem que o governo Biden o tenha modificado, Donald Trump parece estar seguindo o conselho do pior dos vermes de Miami, reforçando mais uma vez o bloqueio criminoso e a ilegal e extraterritorial Lei Helms-Burton em nome da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.

    Com seu cinismo e hipocrisia característicos, eles alegam que as medidas visam apoiar o povo cubano. As mesmas pessoas a quem foram negados vistos para visitar suas famílias e as remessas que enviam dos EUA; aquelas a quem foram negados ventiladores em meio à pandemia de COVID-19.

  O bloqueio, reforçado até a asfixia, somado à sua inclusão na lista de supostos patrocinadores do terrorismo, persegue e sanciona bancos, instituições financeiras, empresas de transferência internacional, companhias de navegação e seguradoras que fornecem combustível, alimentos, medicamentos, peças de reposição e quaisquer outras mercadorias.

  Estrangular Cuba, forçá-la a se render pela fadiga, exaustão, fome e necessidade, provocar uma revolta interna que ponha fim à Revolução e tomar o controle de Cuba é o objetivo histórico.

Figuras anti-cubanas desprezíveis, cujo ódio intensificado à Revolução levou a negócios lucrativos e posições de poder grandes demais para sua baixeza, como o Secretário de Estado Marco Rubio e Mauricio Claver Carone, que serviu sob seu comando, declararam publicamente em fevereiro que uma série de medidas cirurgicamente precisas havia sido estudada, as quais causariam danos e que sofrimento seria necessário.

   Este Memorando confirma isso.

  Esta agressão é rejeitada e condenada com todas as suas forças não apenas pelo Governo Revolucionário e pelo povo cubano, mas também por governos da região, partidos políticos e organizações. O povo estadunidense, líderes empresariais e representantes políticos que desejam manter um relacionamento civilizado com Cuba, muitos dos quais se envergonham de sua política de hostilidade sem provocação, também se oporão a ela.

 Da Solidariedade Internacional, apelamos à denúncia desta nova agressão contra Cuba e seu governo. Apelamos à defesa do direito soberano do povo cubano de viver e se desenvolver em paz.

  Mais de seis décadas de resistência ao mais longo bloqueio genocida da história, à invasão da Baía dos Porcos, aos ataques terroristas, à sabotagem e a uma feroz campanha na mídia não conseguiram convencer o povo a renunciar à dignidade, aos direitos e à liberdade que conquistou desde 1º de janeiro de 1959.

Ninguém intimida o povo cubano e sua Revolução.

A Cuba socialista, a de Fidel, Che, Raúl e Díaz-Canel, já venceu. E vencerá novamente!

Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos

3 de julho de 2025

                         

Fotos: Yaimi Ravelo / Resumen Latinoamericano-Cuba.

1 de jul. de 2025

MAIS MEDIDAS CRIMINOSAS DO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA CUBA . COMENTÁRIOS E REPERCUSSÕES.



Estados Unidos. Trump restabelece sanções contra Cuba que estavam em vigor durante seu primeiro mandato.

O presidente Donald Trump intensificou seu cerco a Cuba ao reimpor sanções que estavam em vigor durante seu primeiro mandato e implementar uma proibição ao turismo dos EUA no país caribenho, anunciou a Casa Branca.

«Hoje, o presidente Donald J. Trump assinou um Memorando Presidencial de Segurança Nacional (NSPM) para fortalecer a política dos EUA em relação a Cuba. Este NSPM restaura a forte política cubana de seu primeiro mandato, revertendo a decisão do governo Biden que aliviou a pressão sobre o regime cubano… Ele aplica a proibição legal ao turismo dos EUA a Cuba e garante o cumprimento por meio de auditorias regulares e registro obrigatório de todas as transações relacionadas a viagens por pelo menos cinco anos», diz o memorando publicado no site oficial da instituição.

resumenlatinoamericano 30/06/2025            

                      


Cuba chama o memorando presidencial dos EUA de "violação dos direitos humanos", argumentando que ele reforça a política de agressão contra a ilha.


O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou a assinatura de um novo memorando contra a ilha pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por meio de seu relato na plataforma X, o chanceler descreveu a medida como “conduta criminosa e uma violação dos direitos humanos de uma nação inteira”.

Ele destacou que esta diretriz reforça a política de agressão e endurece o bloqueio que castiga todo o povo cubano e é o principal obstáculo ao seu desenvolvimento.

Trump assinou um memorando presidencial na segunda-feira reforçando sua política de linha dura em relação a Cuba, revertendo as medidas de flexibilização adotadas por seu antecessor, Joe Biden.

A diretiva impõe uma proibição legal ao turismo americano na ilha e reforça o bloqueio econômico, comercial e financeiro em vigor há mais de seis décadas.

Embora cidadãos americanos não possam visitar a maior ilha do Caribe para turismo, há algumas categorias de viagens educacionais ou humanitárias.

O memorando presidencial estabelece "auditorias periódicas e manutenção de registros obrigatórios de todas as transações relacionadas a viagens por pelo menos cinco anos".

Especifica também que se opõe a petições nas Nações Unidas e outros fóruns internacionais exigindo o levantamento do bloqueio.

Ele observa que o governo também não tem intenção de restabelecer a política "Pés Molhados, Pés Secos", que permitia que migrantes cubanos permanecessem no país se chegassem ao território americano.

Com este memorando, o presidente republicano também renova a proibição de quaisquer transações financeiras diretas ou indiretas com entidades cubanas, como o Business Administration Group SA (GAESA) e suas subsidiárias.

 resumenlatinoamericano 1/7/2025


Os EUA anunciam uma nova Determinação Presidencial que reforça sua agressão contra Cuba.

O governo dos Estados Unidos divulgou nesta segunda-feira um novo Memorando de Segurança Nacional Presidencial visando Cuba. Segundo autoridades cubanas, a medida reforça as sanções econômicas que afetam o país.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, afirmou em seu perfil X que o memorando “reforça a agressão e o bloqueio econômico que castiga todo o povo cubano e é o principal obstáculo ao nosso desenvolvimento”. Ele também o descreveu como “conduta criminosa e uma violação dos direitos humanos de uma nação inteira”.

                


Por sua vez, o vice-ministro das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío, afirmou que o memorando não atende aos interesses de segurança nacional dos Estados Unidos nem beneficia o bem-estar de seus cidadãos. Em sua publicação na X, ele sustentou que a medida “atende apenas aos interesses mesquinhos, vis e vingativos daqueles que fizeram fortuna e carreiras políticas com a agressão a Cuba".

"Ainda há quem afirme que não se trata de um bloqueio econômico e quem tente argumentar que não representa um obstáculo fundamental e importante ao desemprego econômico de Cuba e constitui o principal impedimento ao desenvolvimento do país", enfatizou Fernández de Cossío.

         


O governo cubano afirma que o memorando faz parte do que descreve como uma "guerra econômica implacável" que visa limitar suas conexões comerciais, financeiras e econômicas com o resto do mundo.  Também reiterou que as sanções americanas representam um obstáculo fundamental ao desenvolvimento econômico da ilha.

As autoridades cubanas solicitaram uma revisão do conteúdo do memorando em conjunto com a Lei Helms-Burton, argumentando que essas medidas confirmam o impacto das restrições econômicas. Rejeitaram opiniões que minimizam o impacto das sanções ou as consideram um pretexto para justificar dificuldades internas.

                   



Fonte: resumenlatinoamericano  

Trad/edição: @comitecarioca21