O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, embora signifique dificuldades materiais, não diminuiu a espiritualidade do país, pelo contrário, é um fator de resistência, afirmou Frei Betto.
Em declarações à imprensa após sua participação no simpósio internacional “A Revolução Cubana: Origem e desenvolvimento histórico” que se encerra nesta capital, Frei Betto destacou que o Congresso dos Estados Unidos perdeu a oportunidade de oferecer o maior presente que poderia ter feito ao receber a visita do Papa Francisco pela primeira vez na história: a suspensão do bloqueio econômico, financeiro e comercial.
Betto recordou que o presidente Barack Obama declarou em 17 de dezembro de 2014 que esta política contra Cuba foi um fracasso.
Acrescentou que agora interessa à ilha caribenha que se criem vínculos com respeito à autodeterminação e que se eles (os estadunidenses) vierem com o objetivo de fazer com Cuba o que fizeram com Porto Rico - intervenção militar, colonização e transformar os cidadãos em meros consumidores de seus produtos - estão equivocados, não vai ser assim.
Tem que se respeitar a idiossincrasia dos cubanos, a história deste país e o sistema socialista, assegurou.
O que aqui se conquistou com muita luta dor e sofrimento, mas com muita esperança, tem a possibilidade de mostrar ao mundo o exemplo de que apesar das restrições, a Revolução conseguiu garantir a todos os cidadãos os três direitos fundamentais: alimentação, saúde e educação, os quais, infelizmente, não existem em nenhum outro país da América Latina, incluindo os Estados Unidos, analisou o frei dominicano.
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