#FIMDOBLOQUEIO
Com apoio da Organização
Pan-Americana da Saúde, iniciativas foram selecionados pelo Conselho das
Secretarias Municipais de Saúde do Maranhão, pela Secretaria de Saúde
do Maranhão e pela Universidade Federal do Maranhão.
Cinco médicos cubanos que trabalham no Brasil por meio de cooperação
com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde
(OPAS/OMS) apresentaram nesta segunda-feira (26) projetos que serão implementados nos municípios maranhenses em que atuam.
Os trabalhos foram mostrados durante o III Congresso das Prefeituras e
Secretarias Municipais de Saúde do Maranhão, encerrado na última
terça-feira (27), em São Luís (MA). Os projetos foram selecionados pelo
Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Maranhão (COSEM-MA),
pela Secretaria de Saúde do Maranhão e pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA) por estarem em sintonia com as prioridades do Estado
para a saúde.
A médica Maria Lenin Alvarez, que atua em uma Unidade Básica de Saúde
(UBS) de São João Batista (MA), elaborou uma intervenção para aumentar a
adesão ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade.
Segundo um levantamento feito por ela, essa prática é pouco adotada na
região.
Para mudar esse cenário, ela propôs uma capacitação sobre o tema; a
criação junto com a equipe de saúde de um grupo de orientação para mães,
gestantes e familiares; e a realização de palestras sobre amamentação,
buscando incluir os pais nas consultas de pré-natal.
O médico cooperado Wilfredo Alfonso Lorenzo, que trabalha na UBS
Santo Antonio – um povoado a 80 km do centro de Caxias, no Maranhão –,
exibiu uma série de vídeos mostrando o trabalho dos profissionais no
atendimento a casos de suspeita de dengue, febre, dor de cabeça,
hipertensão, entre outros.
Além disso, a equipe de filmagem acompanhou uma visita domiciliar
feita por uma profissional do programa “Mais Médicos”, na qual ela
orientava um paciente com diabetes. O trabalho de Lorenzo na comunidade
envolverá a conscientização sobre doenças crônicas não transmissíveis,
como diabetes, hipertensão e câncer, em áreas rurais e quilombolas do
município de Caxias.
Barbara Caridad San Juan Oberto, que atua no município de Santa
Helena (MA), apresentou um projeto para prevenção e cuidados às pessoas
com hipertensão. Segundo ela, na área de cobertura da UBS Antenor Abreu,
23% da população é hipertensa. Por isso, propôs organizar oficinas de
conscientização sobre a importância e a forma de uso dos medicamentos,
bem como de alimentação saudável; estimular a prática de atividades
físicas e fornecer informações sobre como prevenir complicações. “Eu
quis desenvolver uma ação para melhorar a saúde da minha comunidade”,
explica.
Já os médicos Elaine Leon Palarea, que trabalha em Cururupu (MA), e
Júlio Gonzales, que atua em Urbano Santos (MA), planejaram atividades
para reduzir a gravidez entre adolescentes que são acompanhadas em suas
UBS. O mapeamento feito por eles indicou a necessidade de divulgar
informações sobre anatomia; mudanças no corpo, menstruação, fecundação,
ovulação; doenças sexualmente transmissíveis, importância do uso de
métodos contraceptivos e planejamento familiar; além de parcerias com
instituições de ensino.
De acordo com o coordenador regional para o Nordeste da Unidade
Técnica Mais Médicos da OPAS/OMS, Glauco Oliveira, estes projetos
representam um avanço importante. “Eu gostaria de parabenizar todos os
médicos cooperados aqui presentes pelo esmero e por ofertar a
possibilidade de reestruturação nas comunidades onde atuam. É um exemplo
de identificação de pontos chaves que podem se traduzir em grandes
mudanças para suas regiões”, disse Glauco.
“É o entendimento de que enfrentar problemas como diabetes,
hipertensão, gravidez na adolescência, e criar mecanismos e estratégias
para melhorar a atenção primária em saúde significa avançar no
aprimoramento do sistema de saúde, o que reflete em avanços para o
município e para o Estado como um todo”, acrescentou o representante da
OPAS/OMS.
O coordenador destacou ainda o legado deixado por iniciativas como
essas. “Este Congresso significa colocar gestor e médico lado a lado. E
esses trabalhos são um capital que vocês trazem e deixam para o
município, uma intervenção que pode perdurar mesmo sem o médico e o
gestor que a iniciaram”.
Ele também ressaltou que o Congresso permite presenciar o progresso
do programa ‘Mais Médicos’. “Nossa intenção é dar conhecimento dessas
intervenções para outros municípios, outros Estados e outros países que
querem avançar na implementação da atenção primária.”
Via ONUBR
VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário