8 de jun. de 2020

Mille grazie, Cuba !! Bem vindos de volta à pátria !

                                          Por: Carmen Diniz  

       Enquanto o mundo enfrenta uma pandemia descontrolada com a perda de tantos entes queridos, Cuba e seus irmãos na solidariedade estamos sofrendo junto, mas também festejando.
  Hoje, 8 de junho de 2020 retorna ao país a Brigada Henry Reeve com 36 médicos, 15 enfermeiros e um especialista em logística cubanos oriundos da Itália onde contribuíram  no combate ao coronavirus e cumpriram uma missão espetacular. Eles vêm da Lombardia, região italiana que ficou tristemente conhecida pela tragédia causada pela Covid-19. As imagens que a mídia internacional mostrou ao mundo eram de horror, com caminhões das Forças Armadas carregando milhares de corpos para incineração. Assustador.

  A Itália pediu ajuda à União Europeia – da qual faz parte - e a resposta foi uma omissão inacreditável. Nenhum dos países ricos daquela instituição moveu uma palha para socorrer o país. Dessa forma os países ricos europeus nada fizeram, deixando a Itália à sua própria sorte. Os meios de comunicação internacionais nada divulgaram sobre o fato, como se nada estivesse ocorrendo nesta frieza entre os países.

    É nesse contexto que aquela região deflagrada pede ajuda a Cuba, esse país pobre, sem recursos materiais e inclementemente  bloqueada pelo império estadunidense inclusive em meio `pandemia. Apesar de tudo isso, Imediatamente o governo cubano atende ao desesperado chamado e envia a já conhecida Brigada Henry Reeve para o combate ao coronavirus naquela área italiana. Não sabemos dizer com quanta incerteza e temor esses cubanos saem de sua pátria para enfrentar uma enfermidade da qual pouco se sabe, um vírus altamente contagioso em um país que sequer conhecem. Mas vão. E lá passam dois meses superando os temores, os diferentes idiomas, os riscos que correm como qualquer ser humano. São heróis. Mas de carne e osso e sem “poderes especiais” como os que o cinema estadunidense mostra. E o que os diferencia dos demais é o amor à humanidade, são os ensinamentos de José Martí, a vida do Comandante em Chefe Fidel Castro e do médico argentino revolucionário Che Guevara que sempre deram os exemplos necessários para forjar esse novo homem.

  Aí estão eles, os novos homens, levando alento, cuidados e tratamentos aos que necessitam. Não vão por caridade, não vão por dinheiro. Vão por uma palavra  recorrente em Cuba que é a solidariedade . E quando tudo isso passar, que a pandemia acabar vamos lembrar se algumas palavras, claro: interferon, cloroquina, máscaras, álcool em gel. Mas o que mais vai sobressair e ninguém vai esquecer é a palavra solidariedade. A que não se compra, a que não se vende e que o povo cubano e seus médicos, enfermeiros e demais  têm de sobra.

          Hoje voltam à pátria esses heróis de todos nós. Heróis de Cuba, que já legou ao mundo tantos. Daqui do Brasil lamentamos imensamente ter ‘perdido’ os médicos do programa “Mais Médicos”. Atualmente temos mais de 20 milhões (vinte milhões!) de brasileiros e brasileiras sem qualquer atendimento, pessoas que vivem nos rincões mais longínquos, comunidades indígenas, quilombolas que nunca mais tiveram atendimento médico desde a partida daqueles “doutores amigos” de quem sentem falta pelo atendimento e pelo afeto. Triste.

        Mas hoje é dia de comemorar e Cuba estará em festa para receber esse Contingente Henry Reeve que foi alvo de tantos agradecimentos por parte dos italianos, com lindas despedidas, homenagens  e mostras de gratidão. Isso é o que conta, afinal.

      A mídia internacional, infelizmente segue em um silêncio ensurdecedor. Nem uma linha sobre o fim dos caminhões militares transportando corpos. Não mostra os atos de bravura verdadeira no epicentro da pandemia. Não mostra a prova de humanidade que Cuba e os cubanos demonstram pelo amor à humanidade. Não mostra o trabalho incessante de dois meses que os cubanos fizeram não só na Itália. A Brigada Henry Reeve existe desde 2005 quando foi criada por Fidel para auxiliar os EUA quando do furacão Katrina  - ajuda que o então presidente Bush recusou. Após isso, a Brigada atuou em áreas de terremotos, furacões, tempestades, e outras tragédias no Paquistão, Haiti, Peru, Chile, Guatemala, etc  África no combate ao Ebola, Haiti também no combate a cólera. Hoje somente no combate ao coronavirus, atuam mais de 30 Brigadas com cerca  de 2.500 profissionais  de saúde.

          Seria muito bom se mais pessoas recebessem mais informações sobre a Brigada Internacional Médica Cubana, sobre Cuba. Por ser um direito de todos e todas ter informações. E para saber que existe outro mundo possível – e necessário. A mídia não permite, uma lástima. Não importa.

     Se há no mundo quem mereça o Prêmio Nobel da Paz, esse é o Contingente Internacional de Médicos Especializados no Enfrentamento de Desastres e Graves Epidemias Henry Reeve (este é o nome completo da Brigada Henry Reeve) e vamos trabalhar para que isso aconteça. De qualquer forma, o prêmio maior que receberão hoje ao chegar a Cuba será a homenagem de seus conterrâneos com aplausos, um amor e reconhecimento inesgotáveis ! Merecem ! Sejam bem vindos à sua pátria (que é um pouco nossa também!) até porque :

                                              PATRIA ES HUMANIDAD !!!
   
                        #CubaSalvaVidas                             #NoMasBloqueo
 
  




4 comentários:

  1. Gracias, las personas que reconocen las virtudes de otras, es porque las llevan en si mismos

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  2. Gracias infinitas a los médicos cubanos, su sentido de solidaridad es maravilloso, no solo curan con ciencia si no que también con amor

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  3. Que esses verdadeiros heróis possam continuar a compartilhar sua solidariedade a quantos povos precisarem. Obrigado, gracias hermanos.

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  4. Os médicos cubanos merecem o prêmio Nobel da Paz.

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