13 de mar. de 2025

EUA SANCIONAM PAÍSES COM BRIGADAS MÉDICAS CUBANAS.

                 

Médica cubana Miriela León Sierra atende a adolescente brasileira na Paraíba. Autoría de Araquém Alcântara.

Cubainformación.- O Secretário de Estado dos Estados Unidos “Marco Rubio anuncia uma política de restrição de vistos para aqueles que exploram os trabalhadores cubanos”, lemos no El País, um jornal espanhol que se tornou um verdadeiro libelo de propaganda contra Cuba.

O artigo é assinado por Carla Gloria Colomé, uma cubana que trabalhou durante anos em Havana na chamada “imprensa independente”, tão independente que seu salário era pago pelo governo dos EUA por meio de seus fundos para a “democracia em Cuba”.

A manchete diz tudo: “vistos para aqueles que exploram os trabalhadores cubanos”. Não “de acordo com os EUA”, “de acordo com Marco Rubio”, não, não. O jornal afirma e endossa a narrativa falsa e mentirosa do Departamento de Estado contra a cooperação médica cubana em centenas de países do Sul Global. E também endossa seus métodos: chantagem mafiosa, intimidação de governos que assinaram acordos de saúde com Cuba e cujas populações são atendidas por profissionais de saúde cubanos. Porque o que agora foi aprovado por esse monstro moral chamado Marco Rubio (o arquiteto das 243 sanções impostas contra Cuba no primeiro governo Trump e agora Secretário de Estado) consiste em negar a entrada nos EUA não apenas aos representantes do Ministério da Saúde cubano, uma medida que realmente tem pouco impacto, mas também aos funcionários dos países que recebem a cooperação médica cubana que assinaram esses acordos, bem como suas famílias. Não se pode ser mais perverso do que isso.

E qual é o objetivo, além de desacreditar o exemplo da cooperação cubana em todo o mundo? Acabar com os recursos que a Ilha obtém para manter seu sistema interno de saúde, já que alguns países proporcionam certas receitas que sustentam o orçamento da saúde pública cubana. Em outras palavras: que a situação crítica da Ilha se torne dramática e caótica. Marco Rubio e seus capangas, suas ONGs colaboradoras, nada mais são do que carrascos do povo cubano. Eles são os verdadeiros inimigos de uma guerra econômica implacável. E é assim que eles devem ser tratados.

Por outro lado, o governo dos Estados Unidos acaba de desferir um novo golpe contra os emigrantes cubanos ao congelar todos os procedimentos de solicitação de residência permanente para aqueles que entraram por três canais: a liberdade condicional humanitária, a liberdade condicional para ucranianos e a liberdade condicional de reunificação familiar. O que afeta os emigrantes cubanos é fundamentalmente o primeiro, o Humanitarian Parole. Ela foi criada por Joe Biden para que os migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, se obtivessem um “patrocinador financeiro”, pudessem obter um período de dois anos de residência legal nos EUA. Um total de 530.000 pessoas foram beneficiadas, incluindo mais de 110.000 cubanos. E, nesse caso (o cubano), com um privilégio adicional: com a Lei de Ajuste Cubano de 1966, após um ano de permanência, eles poderiam obter residência permanente (Green Card). Mas o que aconteceu? Agora tudo está paralisado, eles se encontram em um limbo jurídico e com a possibilidade real de deportação. O que os trumpistas (anti)cubanos da Flórida dizem agora? Eles vão continuar dizendo que defendem seu povo? Seu grande líder lhes deu um bom chute no traseiro.

Também analisamos a manipulação da “imprensa independente cubana” (paga pelo governo dos EUA) sobre a holding estatal cubana GAESA.

Também nos aprofundamos no vasto programa de promoção da energia solar fotovoltaica, que será a solução para a grave crise de eletricidade de Cuba. O primeiro dos 92 grandes parques a serem instalados no país já está em operação, com apoio e financiamento da China.

E vamos rir um pouco do último absurdo ocorrido na cidade de Rivas-Vaciamadrid, na Comunidade de Madri. Lá, o Partido Popular (PP), por meio de sua porta-voz municipal, a cidadã nascida em Havana (por pura coincidência) Janette Novo, pediu a “supressão de todos os acordos com a China”. Ela solicitou “a supressão de todos os acordos de colaboração assinados com entidades (ONGs) que desenvolvem seus projetos em um país que aplica a pena de morte, como é o caso de Cuba”. É assim que o infame verme pensa e age. Em Miami ou em Madri. Procura impedir que a ajuda humanitária ou de cooperação chegue ao povo cubano, apoiando assim o bloqueio econômico e a asfixia do país onde nasceu. Mas o que é terrivelmente contraditório é que o Novo menciona a pena de morte em todo esse caso, sem que isso seja relevante ou tenha a menor conexão com uma questão como a cooperação para o desenvolvimento. Isso levanta várias questões: primeiro, será que o PP vai propor o rompimento de todas as relações ou acordos políticos com os EUA, onde não só existe a pena de morte, mas onde ela é aplicada sem piedade; segundo, será que o PP sabia que em Cuba existe uma moratória e que, há 23 anos, a pena de morte não é aplicada nem uma vez sequer; e terceiro, será que a direita vai propor o cancelamento de todos os projetos de cooperação em países africanos onde a pena de morte também existe em seus códigos penais?

Por fim, analisamos a posição do atual governo dos EUA sobre a questão da Ucrânia, algo que está causando curtos-circuitos agudos nos cérebros dos odiadores anticubanos de Trump em Miami. Eles não disseram que Cuba deveria ser (ainda mais) sancionada por se abster e não condenar a “invasão” russa do Donbass nas Nações Unidas? Bem, os EUA acabaram de votar “não”, juntamente com a Rússia, a Coreia do Norte, a Bielorrússia e a Nicarágua, à última proposta da Ucrânia sobre o assunto. Sofra, sofra, isso está apenas começando.


https://www.cubainformacion.tv/especiales/20250227/114291/114291-eeuu-sanciona-a-paises-con-brigadas-medicas-cubanas

Tradução: @comitecarioca21 

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