Médica cubana Miriela León Sierra atende a adolescente brasileira na Paraíba. Autoría de Araquém Alcântara.
Cubainformación.- O Secretário de Estado dos Estados Unidos “Marco Rubio anuncia uma política de restrição de vistos para aqueles que exploram os trabalhadores cubanos”, lemos no El País, um jornal espanhol que se tornou um verdadeiro libelo de propaganda contra Cuba.
O artigo é assinado por
Carla Gloria Colomé, uma cubana que trabalhou durante anos em Havana na chamada
“imprensa independente”, tão independente que seu salário era pago pelo governo
dos EUA por meio de seus fundos para a “democracia em Cuba”.
A manchete diz tudo:
“vistos para aqueles que exploram os trabalhadores cubanos”. Não “de acordo com
os EUA”, “de acordo com Marco Rubio”, não, não. O jornal afirma e endossa a
narrativa falsa e mentirosa do Departamento de Estado contra a cooperação médica
cubana em centenas de países do Sul Global. E também endossa seus métodos:
chantagem mafiosa, intimidação de governos que assinaram acordos de saúde com
Cuba e cujas populações são atendidas por profissionais de saúde cubanos.
Porque o que agora foi aprovado por esse monstro moral chamado Marco Rubio (o
arquiteto das 243 sanções impostas contra Cuba no primeiro governo Trump e
agora Secretário de Estado) consiste em negar a entrada nos EUA não apenas aos
representantes do Ministério da Saúde cubano, uma medida que realmente tem
pouco impacto, mas também aos funcionários dos países que recebem a cooperação
médica cubana que assinaram esses acordos, bem como suas famílias. Não se pode
ser mais perverso do que isso.
E qual é o objetivo, além
de desacreditar o exemplo da cooperação cubana em todo o mundo? Acabar com os
recursos que a Ilha obtém para manter seu sistema interno de saúde, já que
alguns países proporcionam certas receitas que sustentam o orçamento da saúde
pública cubana. Em outras palavras: que a situação crítica da Ilha se torne
dramática e caótica. Marco Rubio e seus capangas, suas ONGs colaboradoras, nada
mais são do que carrascos do povo cubano. Eles são os verdadeiros inimigos de
uma guerra econômica implacável. E é assim que eles devem ser tratados.
Por outro lado, o governo
dos Estados Unidos acaba de desferir um novo golpe contra os emigrantes cubanos
ao congelar todos os procedimentos de solicitação de residência permanente para
aqueles que entraram por três canais: a liberdade condicional humanitária, a
liberdade condicional para ucranianos e a liberdade condicional de reunificação
familiar. O que afeta os emigrantes cubanos é fundamentalmente o primeiro, o
Humanitarian Parole. Ela foi criada por Joe Biden para que os migrantes de
Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, se obtivessem um “patrocinador financeiro”,
pudessem obter um período de dois anos de residência legal nos EUA. Um total de
530.000 pessoas foram beneficiadas, incluindo mais de 110.000 cubanos. E, nesse
caso (o cubano), com um privilégio adicional: com a Lei de Ajuste Cubano de
1966, após um ano de permanência, eles poderiam obter residência permanente
(Green Card). Mas o que aconteceu? Agora tudo está paralisado, eles se
encontram em um limbo jurídico e com a possibilidade real de deportação. O que
os trumpistas (anti)cubanos da Flórida dizem agora? Eles vão continuar dizendo
que defendem seu povo? Seu grande líder lhes deu um bom chute no traseiro.
Também analisamos a
manipulação da “imprensa independente cubana” (paga pelo governo dos EUA) sobre
a holding estatal cubana GAESA.
Também nos aprofundamos
no vasto programa de promoção da energia solar fotovoltaica, que será a solução
para a grave crise de eletricidade de Cuba. O primeiro dos 92 grandes parques a
serem instalados no país já está em operação, com apoio e financiamento da
China.
E vamos rir um pouco do
último absurdo ocorrido na cidade de Rivas-Vaciamadrid, na Comunidade de Madri.
Lá, o Partido Popular (PP), por meio de sua porta-voz municipal, a cidadã
nascida em Havana (por pura coincidência) Janette Novo, pediu a “supressão de
todos os acordos com a China”. Ela solicitou “a supressão de todos os acordos
de colaboração assinados com entidades (ONGs) que desenvolvem seus projetos em
um país que aplica a pena de morte, como é o caso de Cuba”. É assim que o
infame verme pensa e age. Em Miami ou em Madri. Procura impedir que a ajuda
humanitária ou de cooperação chegue ao povo cubano, apoiando assim o bloqueio
econômico e a asfixia do país onde nasceu. Mas o que é terrivelmente
contraditório é que o Novo menciona a pena de morte em todo esse caso, sem que
isso seja relevante ou tenha a menor conexão com uma questão como a cooperação
para o desenvolvimento. Isso levanta várias questões: primeiro, será que o PP
vai propor o rompimento de todas as relações ou acordos políticos com os EUA, onde
não só existe a pena de morte, mas onde ela é aplicada sem piedade; segundo,
será que o PP sabia que em Cuba existe uma moratória e que, há 23 anos, a pena
de morte não é aplicada nem uma vez sequer; e terceiro, será que a direita vai
propor o cancelamento de todos os projetos de cooperação em países africanos
onde a pena de morte também existe em seus códigos penais?
Por fim, analisamos a
posição do atual governo dos EUA sobre a questão da Ucrânia, algo que está
causando curtos-circuitos agudos nos cérebros dos odiadores anticubanos de
Trump em Miami. Eles não disseram que Cuba deveria ser (ainda mais) sancionada
por se abster e não condenar a “invasão” russa do Donbass nas Nações Unidas?
Bem, os EUA acabaram de votar “não”, juntamente com a Rússia, a Coreia do
Norte, a Bielorrússia e a Nicarágua, à última proposta da Ucrânia sobre o
assunto. Sofra, sofra, isso está apenas começando.
Tradução: @comitecarioca21
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