8 de nov. de 2014

PRINCIPAL JORNAL DOS ESTADOS UNIDOS DEFENDE A LIBERDADE DE GERARDO HERNÁNDEZ, ANTÔNIO GUERRERO E RAMÓN LABAÑINO.


The New York Times rompe o bloqueio da mídia

No meu artigo que aparece na Nova Réplica, atualmente em circulação, censuro o New York Times por ele não ter levantado o caso de Gerardo, Ramón e Antonio em seu editorial de outubro passado, em que ele pediu a eliminação do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.
Quando o escrevi, não tinha ideia de que esse documento fosse iniciar no jornal novaiorquino um importante debate que durou um mês e inclui vários editoriais defendendo uma mudança substancial nas relações entre os dois países. Na edição do último domingo, 02 de novembro,  ele sugere que os três sejam libertados em troca de que Cuba por razões humanitárias ponha em liberdade Allan Gross, detido na ilha socialista por participação em atividades ilícitas para derrubar o governo revolucionário.

Esta é uma posição justa e razoável. Ele está certo quando define a libertação dos três heróis cubanos como um passo vital para a convivência civilizada entre dois países que são e sempre serão vizinhos.
Deve ser acrescentado aos argumentos do Times, que nenhum dos cinco foi acusado de espionagem e, portanto, não eram "espiões". Como demonstrado no julgamento de Miami, nenhum deles investigou ou levantou qualquer informação secreta relacionada com a segurança nacional dos Estados Unidos Eles também não receberam orientações para encontrar tais informações. Isto foi reconhecido pelo depoimento do general James R. Clapper, que era uma testemunha do governo cujo testemunho aparece em páginas 13.089-13.235 dos registros oficiais da Corte. É o mesmo Clapper que hoje é o diretor de Inteligência Nacional na Administração Obama.
Também é preciso recordar que a missão dos Cinco tinha como objetivo frustrar os planos terroristas contra Cuba, que mais de uma vez causaram morte e ferimentos, inclusive para pessoas que viviam nos Estados Unidos.
Porém em todo caso, o editorial do New York Times deve ser saudado como um fato importante.O muro de silêncio em torno do caso dos cinco recebeu um golpe esmagador que espero seja o final.
Ricardo Alarcón de Quesada é um político cubano. Tem um doutoramento em Filosofia e Letras e é escritor. Foi presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, o órgão legislativo do país, de 1993 a 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário