Apesar das declarações feitas pelo Presidente Obama há um ano, quase nada mudou.
Em 2016 multipliquemos nossos esforços e trabalhemos unidos para cobrar do governo dos Estados Unidos:
- Pôr fim ao bloqueio criminoso contra Cuba; - Fechar o centro de tortura de Guantánamo e devolver seu território a Cuba; - Pôr fim às proibições de viajar a Cuba; - Pôr fim aos programas de mudança de regime;
- Pôr fim à Lei de Ajuste Cubano, a "política dos pés secos, pés
molhados" e o "programa parole" para profissionais médicos cubanos.
DEIXEM CUBA VIVER EM PAZ !!!!
DIREITO AO DELÍRIO - EDUARDO GALEANO (COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS, ESPANHOL E INGLÊS) SETE MINUTOS MARAVILHOSOS !!!!
Mesmo que não possamos adivinhar o tempo que virá, temos ao menos o direito de imaginar o que queremos que seja.
As Nações Unidas tem proclamado extensas listas de Direitos Humanos,
mas a imensa maioria da humanidade não tem mais que os direitos de: ver,
ouvir, calar.
Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?
Que tal se delirarmos por um momentinho?
Ao fim do milênio vamos fixar os olhos mais para lá da infâmia para adivinhar outro mundo possível.
O ar vai estar limpo de todo veneno que não venha dos medos humanos e das paixões humanas.
As pessoas não serão dirigidas pelo automóvel, nem serão programadas
pelo computador, nem serão compradas pelo supermercado, nem serão
assistidas pela televisão.
A televisão deixará de ser o membro mais importante da família.
As pessoas trabalharão para viver em lugar de viver para trabalhar.
Se incorporará aos Códigos Penais o delito de estupidez que cometem
os que vivem por ter ou ganhar ao invés de viver por viver somente, como
canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber
que brinca.
Em nenhum país serão presos os rapazes que se neguem a cumprir serviço militar, mas sim os que queiram cumprir.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem chamarão qualidade de vida à quantidade de coisas.
Os cozinheiros não pensarão que as lagostas gostam de ser fervidas vivas.
Os historiadores não acreditarão que os países adoram ser invadidos.
O mundo já não estará em guerra contra os pobres, mas sim contra a pobreza.
E a indústria militar não terá outro remédio senão declarar-se quebrada.
A comida não será uma mercadoria nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direitos humanos.
Ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão.
As crianças de rua não serão tratadas como se fossem lixo, porque não haverá crianças de rua.
As crianças ricas não serão tratadas como se fossem dinheiro, porque não haverá crianças ricas.
A educação não será um privilégio de quem possa pagá-la e a polícia não será a maldição de quem não possa comprá-la.
A justiça e a liberdade, irmãs siamesas, condenadas a viver
separadas, voltarão a juntar-se, voltarão a juntar-se bem de perto,
costas com costas.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio serão um exemplo de saúde
mental, porque elas se negaram a esquecer nos tempos de amnésia
obrigatória.
A Santa Madre Igreja corrigirá algumas erratas das tábuas de Moisés, e
o sexto mandamento mandará festejar o corpo, a igreja também ditará
outro mandamento que Deus havia esquecido: “amaras a natureza da qual
fazes parte”.
Serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma.
Os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados,
porque eles se desesperaram de tanto esperar e se perderam de tanto
procurar.
Seremos compatriotas e contemporâneos de todos os tenham vontade de
beleza e vontade de justiça, tenham nascido onde tenham nascido e tenham
vivido quando tenham vivido, sem se importarem nem um pouquinho com as
fronteiras do mapa e ou do tempo.
Seremos imperfeitos porque a perfeição continuará sendo um chato privilégio dos Deuses.
Neste mundo trapalhão, seremos capazes de viver cada dia como se fosse o primeiro e cada noite como se fosse a última.
O ICAP festejou o 55º aniversário de sua criação com um ato
político-cultural presidido pelo membro do Bureau Político e ministro
das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla; José Ramón
Balaguer Cabrera, membro do secretariado do Comitê Central e chefe de
seu Departamento das Relações Internacionais e contou, ainda, com a
presença dos Cinco Heróis da República de Cuba.
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros,
general-de-exército Raúl Castro Ruz, enviou uma mensagem de felicitação
aos trabalhadores dessa instituição na qual os felicita por seu trabalho
durante este tempo.
Ramón Labañino Salazar, herói da República de Cuba, disse em nome
dele e de seus irmãos, referindo-se a Gerardo Hernández, Antonio
Guerrero, Fernando González e René González, estar profundamente
emocionado por esta importante data.
“Graças ao ICAP e ao povo cubano por manter-se ao nosso lado todo
este tempo, mas a luta continua, contra o bloqueio, exigindo o
fechamento da base naval de Guantánamo e a devolução do território
ocupado e contra a Lei de Ajuste Cubano”, acrescentou.
A direção do ICAP entregou em forma de reconhecimento a seus
criadores, o comandante-em-chefe Fidel Castro e ao general-de-exército
Raúl Castro Ruz obras do artista plástico Alberto Lescay e do designer
Luis Ramírez Jiménez.
Por sua parte, Kenia Serrano Puig, presidenta do ICAP, remarcou o
compromisso dessa instituição com a criação do ser humano novo. Lembrou,
ainda, que sua máxima tem sido e continuará sendo que “ser
internacionalistas não é dar o que sobre mas sim compartilhar o que se
tem”.
A também deputada à Assembleia Nacional do Poder Popular afirmou que
as raízes do ICAP estão em seus trabalhadores e que se pode estar certo
que o legado e exemplo de seus homens e mulheres está salvo.
No ato foram reconhecidos 14 trabalhadores que por suas funções se
têm destacado ao longo de mais de meio século de trabalho desse
organismo, entre eles mais da metade com aproximadamente 40 anos de
serviço no ICAP.
Aprovado Plano da Economia e a Lei do Orçamento do Estado para 2016. Economia cubana cresceu 4%
“A história de nossa Revolução está cheia de páginas gloriosas frente
às dificuldades, riscos e ameaças”, afirmou o presidente dos Conselhos
de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, ao
encerrar o 6º Período Ordinário de Sessões da 8ª Legislatura da
Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), em 29 de dezembro.
O chefe de Estado cubano afirmou que, apesar da crise econômica e o
bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba, o
Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4% e disse que continuará ascendendo
em 2016, embora a um ritmo menor.
Igualmente reconheceu que o número de turistas estrangeiros recebidos
no país foi de 3,5 milhões, o mais alto registrado até o momento, e
ratificou a decisão do governo da Ilha de honrar os compromissos
resultantes dos acordos atingidos na renegociação da dívida cubana.
Ao abordar o tema das relações com os EUA, Raúl Castro assinalou que
já foi reiterado ao governo dos Estados Unidos que para normalizar a
relação bilateral, o bloqueio deve ser levantado e o território que
usurpa a Base Naval de Guantánamo há de ser devolvido, “tal como
expliquei em minha declaração no Conselho de Ministros do dia 18, na
qual reafirmei, ainda, que não se deve pretender que Cuba abandone a
causa da independência ou renuncie aos princípios e ideais pelos que
várias gerações de cubanos lutaram durante um século e meio”, afirmou.
A poucos dias de comemorar mais um aniversário do triunfo da
Revolução, Esteban Lazo, presidente do Parlamento, reconheceu a
contribuição do povo na procura de um socialismo próspero e sustentável.
Pôs em destaque o desempenho de deputados e vereadores na resposta a
propostas, queixas e sugestões da população.
Da mesma forma reiterou que o direito à independência, a soberania e a
autodeterminação são essenciais para a defesa dos cubanos. Reafirmou
que “as relações econômicas, diplomáticas e políticas com qualquer outro
Estado jamais poderão ser negociadas sob agressão, ameaça o coerção de
uma potência estrangeira”.
O vice-presidente do Conselho de Ministros e ministro da Economia e
Planejamento (MEP) e membro do Bureau Político do Partido, Marino
Murillo, explicou que o PIB cubano cresceu 4% no presente ano,
principalmente devido à existência de dinheiro líquido antecipado,
contratações e execuções adiantadas dos créditos, e a tendência à
diminuição dos preços das importações.
Comentou que todos os setores registraram aumentos relativamente ao
ano 2014. E se referiu especialmente à indústria açucareira, que cresceu
16,9%, a construção 11,9 %, e a indústria manufaturera 9,9%. Precisou
que um objetivo bem claro é dar prioridade e proteger os produtores
nacionais, para continuar diminuindo as importações e disse que o
salário médio dos trabalhadores do setor empresarial teve um aumento,
embora ainda seja insuficiente, tendo como referência os preços do
mercado retalhista.
O vice-presidente do Conselho de Ministros definiu as linhas
principais nas quais o país trabalha para atingir o crescimento da
economia que se espera para 2016. Entre elas mencionou potencializar a
eficiência no uso de divisas, aproveitar a tendência à baixa dos preços,
o emprego racional dos inventários a partir das existências e os
índices de consumo que propiciam economizar determinados recursos.
Anunciou que para o próximo ano se estima um crescimento em torno de
2%, onde os maiores incrementos estarão focalizados nas construções,
hotéis e restaurantes, agricultura, pecuária, silvicultura, transporte,
armazenamento, comunicações, indústria açucareira e geração de
eletricidade, água e gás.
A titular do Ministério das Finanças e Preços, Lina Pedraza, destacou
que as estimativas de execução do Orçamento do Estado para 2015,
mostram correspondência com a execução do Plano da Economia, de maneira
que as receitas netas foram cumpridas em 97% e as despesas totais estão
na ordem de 96% do previsto.
Insistiu em que o Orçamento corrente atribuiu fatias de 30 e 23%,
respectivamente, à Saúde Pública e à Educação. Para a atividade
empresarial, acrescentou Pedraza, foram destinados nove bilhões de
pesos, fundamentalmente para o Ministério da Agricultura e para os
grupos empresariais Azcuba e o da Indústria Alimentar.
O Orçamento aprovado de forma unânime pelos deputados cubanos para o
ano 2016 apresenta um resultado financeiro deficitário de 6,22 bilhões
(6.223.200) que representa 7,1% do PIB, aos preços correntes.
ELEITOS NOVO MEMBRO DO CONSELHO DE ESTADO E JUÍZES LEIGOS DO SUPREMO TRIBUNAL
Na jornada vespertina do 6º Período Ordinário de Sessões da
Assembleia Nacional do Poder Popular, em sua 8ª Legislatura, os
deputados elegeram Jennifer Bello Martínez, presidenta da Federação
Estudantil Universitária, como membro do Conselho de Estado, em
substituição de Abelardo Colomé Ibarra, quem foi liberado de suas
responsabilidades nessa instância, devido a problemas de saúde.
Esta é a primeira vez que um líder estudantil ocupa um cargo nesse
importante órgão de direção, o que ratifica a confiança da Revolução em
seus jovens.
Ainda, foram eleitos 285 juízes leigos do Supremo Tribunal Popular
(TSP); deles 28 para a vara militar e 257 para outras varas do TSP.
A VIDA DO PAÍS NO DEBATE DOS DEPUTADOS
O desempenho da economia durante o ano e as projeções para 2016
estiveram no centro das análises prévias das dez comissões permanentes
da Assembleia Nacional, no Palácio das Convenções de Havana, reunidas
durante os dias 26, 27 e 28 de dezembro.
O vice-presidente do Conselho de Ministros, Marino Murillo, informou
que 58% do Plano da Economia previsto para o ano que começa será
dedicado a empreendimentos em esferas fundamentais para o
desenvolvimento do país como o turismo, que receberá 1,3 bilhão de
pesos; para o desenvolvimento do petróleo, as fontes renováveis de
energia e o setor agropecuário, com 600 milhões.
Durante o último dia de trabalho das comissões do Parlamento o
titular da Economia e Planejamento exortou a continuar a política de
poupança, incrementar a produção de bens materiais e a diminuir as
importações.
O primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros,
Miguel Diaz-Canel Bermúdez, participou dos debates da Comissão de
Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, onde foi
examinada a aplicação dos resultados da ciência na produção de
alimentos.
Ao analisar a ligação entre universidade e sociedade, o ministro da
Educação Superior, doutor Rodolfo Alarcón Ortiz, fez um reconto das
principais transformações implementadas nesse setor.
Dentre as modificações mais significativas figura a redução para
quatro anos de estudo das disciplinas pedagógicas, a partir de setembro
do ano próximo, a integração das universidades, a criação do ensino
superior de ciclo curto, como novo nível de ensino e a incorporação do
idioma inglês como requisito obrigatório em todas as carreiras.
A Comissão de Saúde e Esportes fez uma abordagem da preparação do
país para os próximos jogos olímpicos, o cenário demográfico cubano, o
envelhecimento da população, a caracterização dos serviços necrológicos e
o desempenho assistencial no atendimento primário de saúde.
O ministro da Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, expôs
soluções a problemas colocados em encontros anteriores, com um trabalho
coeso nas instituições geriátricas, focalizadas na formação e preparação
do pessoal que atende aos idosos.
A Comissão de Defesa incluiu em sua agenda o impacto da seca que está
afetando 137 municípios, 37 deles de forma moderada; 50 de modo severo e outros 50 de maneira extrema.
O presidente do órgão legislativo cubano e membro do Bureau Político
do Partido Comunista de Cuba, Esteban Lazo Hernández, ratificou na
comissão de Atenção à Infância, a Juventude e a Igualdade de Direitos da
Mulher a necessidade de estimular o trabalho não estatal, exercido por
mais de 0,5 milhão de cubanos, dos quais três em cada dez são jovens e o
mesmo número do total são mulheres.
“É preciso vermos o trabalho autônomo ou independente como parte do
desenvolvimento do país, do socialismo e, se através desta modalidade se
consegue consolidar um melhor serviço, isto influirá diretamente no
avanço dos municípios”, sublinhou. E depois advogou também pela educação
do povo no sentido da disciplina, a responsabilidade e, principalmente,
nos valores humanos.
Nessa linha, o vice-presidente do Conselho de Estado e membro do
Bureau Político, Salvador Valdés Mesa, reiterou que o país deve adquirir
uma cultura acerca dos impostos e tributos.
Um olhar à 4ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e
Caribenhos que se celebrará em janeiro próximo, em Quito, Equador, foi o
centro da análise da Comissão das Relações Internacionais, onde se
emitirão propostas para serem levadas a esse organismo regional, que
examinará a desigualdade social.
Igualmente, os deputados receberam informação atualizada sobre o
complexo cenário mundial da atualidade, marcado por crises políticas e
econômicas, guerras e catástrofes naturais sem precedentes.
Também examinaram as contribuições materiais a partir de e para Cuba.
O
jornal americano influente apelou às autoridades de seu país para mudar
as leis e as políticas seletivas que promovem a imigração ilegal de
cubanos
WASHINGTON.— O jornal americano influente The New York Times pediu às autoridades de seu país para mudar a lei e as políticas seletivas que promovem a imigração ilegal de cubanos.
“O Congresso deveria revogar a Lei de Ajuste Cubano, de 1966, que
criou um mecanismo expedito para apoiar os cubanos em uma época em que
os EUA estavam tentando minar um aliado soviético”, disse um editorial
publicado segunda-feira, 21 de dezembro.
O documento também defende a eliminação da política de ‘pés
molhados-pés secos’, que permite que os cubanos uma rota rápida para
conseguir a residência, independentemente das formas que eles usam para
atingir o território norte-americano.
O jornal também critica a persistência do programa Parole para
profissionais médicos cubanos, implementado pelo governo do republicano
George W. Bush, com o objetivo de promover as deserções do pessoal de
saúde da Ilha.
O jornal acredita que essa legislação e essas políticas são “uma
relíquia da Guerra Fria que estão impedindo a normalização das relações
entre Washington e Havana”.
Também explica que este sistema é uma bênção para os traficantes de
pessoas na América Latina e um fardo para os países desde o Equador até o
México, por onde os imigrantes e as redes de traficantes se movem.
Atualmente, na Costa Rica, há mais de cinco mil cubanos à espera de
continuar sua passagem para os Estados Unidos, o que provocou uma
situação complexa na região.
O jornal sublinha que um dos motivos que provocou a disparada do
fluxo migratório é o medo de que Washington acabe com o “tratamento
especial” que recebem os imigrantes da Ilha, especialmente após o
restabelecimento das relações diplomáticas.
A situação atual na América Central colocou em foco o "absurdo" da política norte-americana, diz o editor.
Acrescenta que a exceção no tratamento dos cubanos é difícil de
justificar e contrasta com o tratamento dado aos centro-americanos,
incluindo crianças, que deixam seus países de origem para salvar a vida.
Além disso, a prática atual tem impedido às autoridades
norte-americanas a realização de uma exaustiva investigação, tal como a
que recebem os imigrantes de outras nacionalidades.
OPÇÕES DE PRESIDENTE
Embora o New York Times admita que é da responsabilidade do Congresso
dos EUA mudar a Lei de Ajuste Cubano, afirma que o presidente pode
tomar medidas executivas para mudar o cenário atual.
O Times enfatiza que Obama tem várias opções, e até mesmo a própria
lei dá a faculdade ao Poder Executivo de admitir os cubanos que chegam,
mas que não obriga a que o governo realmente o faça.
A administração Obama deveria negociar “um novo acordo com o governo
cubano para fazer com que a emigração ordenada seja a norma", indica o
jornal. E propõe que “aqueles cubanos que chegam nos Estados Unidos sem
autorização sejam devolvidos, a menos que demonstrem um medo credível de
perseguição”.
A Lei de 1966, assinada durante a Guerra Fria, foi para
desestabilizar a jovem Revolução, mas ocultou suas intenções com o
suposto objetivo de proteger os cubanos que ‘fugiam’ da Ilha, dando a
todos eles a categoria de refugiados políticos.
No entanto, a maioria dos cidadãos que beneficia atualmente desta
legislação visita seu país de origem várias vezes por ano e reconhece
que sua principal motivação para a migração era econômica.
O jornal norte-americano sugere que, em troca de revogar leis
existentes e políticas atuais, Washington poderia tratar com Havana o
assunto dos cidadãos cubanos que permanecem nos EUA com ordens de
deportação.
O editorial esclarece que, com apenas um ano de mandato, o governo de
Obama “parece não estar disposto a descartar a política que dá a cada
cubano que atinge o território dos EUA o direito automático para se
estabelecer nesse país e solicitar a cidadania em alguns anos”.
Entre as preocupações da atual administração, também seriam as
possíveis consequências no fluxo migratório, caso forem alteradas a lei e
as políticas vigentes.
Na trilha dos acordos migratórios em vigor, os Estados Unidos devem conceder 20 mil vistos anuais em sua embaixada em Havana.
O editorial conclui que o governo dos EUA poderia continuar admitindo
grande número de migrantes cubanos que procuram a permissão de saída
mediante os canais legais, dando prioridade àqueles que têm “direitos
legítimos” ou parentes nos Estados Unidos.
Fonte Granma - ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
As
causas do Vitiligo podem ser ocasionadas por uma herança genética,
autoimunidade e até mesmo ser desenvolvida devido ao stress. A doença
conhecida pela despigmentação da pele que atinge 1% da população
mundial, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Atualmente uma
variedade de tratamentos foram desenvolvidas para a doença.
Um deles é o método cubano que apresenta resultados de cura. Cuba
desenvolve o tratamento desde a década de 70 e de acordo com o Centro de
Histoterapia Placentária, em Havana, a técnica tem base na retirada de
uma substância chamada Melagenina Plus, que é extraída da placenta
humana. Esse extrato alcoólico estimulante da melanina, é responsável
pela pigmentação da pele.
Em sua primeira aplicação, o medicamento mostrou
que 84% dos 732 pacientes que participaram do estudo conseguiram voltar
com a pigmentação total da pele atingida pelo vitiligo.“As manchas
foram regredindo. Eu tinha manchas no rosto e não tenho mais. Eu tenho
algumas manchas localizadas, como no pé e no joelho, mas são muito
pequenas. Faz mais de vinte anos que elas pararam de crescer”,
contou Glícia Pontes, professora da Universidade Federal de Goiás, uma
das primeiras brasileiras a ter êxito com o método cubano.
O estrangeiros que estejam interessados no tratamento podem procurar o CEHP. Para mais informações é só clicar no link:Centro de Histoterapia Placentária
O primeiro voo entre Pequim e Havana, e primeira ligação aérea
entre a China e a região do Caribe, aterrisou hoje (28) em Cuba,
anunciou a agência de notícias chinesa Xinhua.
A nova rota, feita por um modelo Boeing 777, vai operara três vezes por semana, com escala em Montreal, no Canadá. O
turismo é a segunda maior fonte de receitas da economia cubana e só no
primeiro semestre de 2015 faturou US$ 1,7 milhões, segundo dados
oficiais. Em 2014, 109 milhões de chineses viajaram para fora da
China continental, transformando o país no maior emissor mundial de
turistas, à frente dos Estados Unidos.
"Raridade: Apresentação de Elis Regina em 1978 no Teatro Vilaret, Lisboa.
Elis interpreta a música Maravilha, de Chico Buarque e Francis Hime.
Ela não chegou a gravar essa música. Apenas cantou durante a temporada
do show Transversal do Tempo. E isso basta."
Na última quinta-feira (17) completou-se um ano da reaproximação
entre EUA e Cuba. Abaixo postamos entrevista com Silvio Rodrígues sobre o
reatamento dos cubanos com EUA e de como isso tem afetado a cultura, a música e os acontecimentos em Cuba
“Cabe perguntar-se o que pode significar para Cuba sair do bloqueio e
cair nas mãos do FMI. Seja como for, há que ser muito valente para
declarar que não renunciamos ao socialismo”, é o que diz o cantor Silvio
Rodríguez que, com mais de 40 anos de carreira, é hoje um dos nomes
mais importantes da cena cultural cubana. Anunciada há um ano, em 17 de
dezembro de 2014, a reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos gera
ampla discussão dentro e fora da ilha comunista.
Em entrevista ao site espanhol Publico, Rodríguez comenta a aproximação
dos Estados Unidos a seu país. No âmbito cultural, ele ressalta que
“sempre houve intercâmbio com os Estados Unidos em nível cultural. Criar
condições para que esse intercâmbio se amplie será como levantar
barreiras para que tudo flua com mais naturalidade” e ressalta: “Não se
pode subestimar a centelha dos cubanos. Basta ver o crescimento
vertiginoso dos restaurantes e outros serviços. Se chegar a Cuba, não
duvido que o McDonald’s acabe vendendo pão com carne de porco”.
Quanto à Revolução Cubana, da qual participou ativamente, Silvio
Rodríguez considera que “foi uma realidade imensa, reconhecida com um
legado inquestionável. Fui uma partícula desse turbilhão o tempo todo.
Não duvido que haja outra revolução no futuro. Mas, até que chegue esse
momento extraordinário, o que nos cabe é evoluir”.
Confira a íntegra da entrevista:
A aproximação de Cuba e Estados Unidos abre muitas possibilidades, mas também representa desafios para a cultura cubana.
Sempre houve intercâmbio com os Estados Unidos em nível cultural. Criar
condições para que esse intercâmbio se amplie será como levantar
barreiras para que tudo flua com mais naturalidade. Se há algo
frustrante, não é porque o contato seja negativo, mas porque a ilusão
das pessoas propensas a deslumbrar-se acriticamente poderia aumentar.
Digamos que o mimetismo pode tornar-se ainda mais pedestre, se é que
isso é possível.
Cuba é também uma potência cultural, mas sem o poder econômico da
cultura estadunidense. Você não teme que a cultura cubana se veja
obrigada a “passar pelo aro” para acessar o mercado dos Estados Unidos?
Público
no concerto gratuito do cantor cubano Silvio Rodríguez na inauguração
da Cúpula dos Povos - Universidade do Panamá, 09 de abril de 2015
Sempre houve artistas que pensam em mercados e conveniências, e artistas
que colocam a arte à frente de todo o resto. Nunca esqueço daquela
frase de José Marti, segundo a qual nossos ramos podem ser do mundo,
desde que o tronco se mantenha nosso. Satyajit Ray iniciou sua célebre
“trilogia Apu” com um pensamento muito lúcido: “Conta sua aldeia e
contarás o mundo”. Só a banalidade é capaz de se maquiar de “mundo” e
dar as costas ao próprio, pensando no êxito fácil.
Quais são as principais forças da cultura cubana para enfrentar o desafio da nova aproximação com os Estados Unidos?
Acredito na identidade. Sem confundi-la com o excessivamente típico, que
pode tornar-se caricato, como essa pintura tosca do cubano que parece
seduzir a tantos. É que a identidade também evolui com a instrução de um
povo, como foi nosso caso. Inclusive quando não tínhamos a consciência
que nos deu meio século de confronto político, Cuba resistiu e seguiu
sendo Cuba. Porque não haveria de fazê-lo agora?
Quais seriam suas principais fraquezas?
Suponho que a superficialidade, tão abundante como a verdolaga [uma
planta rasteira comum em Cuba]. E ocasionalmente, alguns brotos de
oportunismo.
Num momento em que as reformas buscam o autofinanciamento de todos os
setores, como a cultura pode fazê-lo? Podem alcançá-lo o balé ou o
cinema?
Atividades artísticas que requerem infraestruturas mais ou menos
complexas, como o balé e o cinema, são impraticáveis em países em
desenvolvimento. Mas é muito pior se não existe a vontade de
construí-las e sustentá-las. Em Cuba, desenvolveram-se pela vocação
humanista de Fidel Castro e pelo impulso de personalidades como Haydeé
Santamaría, Alicia e Fernando Alonso, Alfredo Guevara, Julio García
Espinosa e outros. Inclusive países desenvolvidos, como a Espanha, estão
em constante luta por orçamentos para o cinema, a música clássica e
outras manifestações. Em muitos lugares, essas expressões apenas
sobrevivem graças ao mecenato. Mas supõe-se que um Estado socialista
deva ser mais responsável, mas generoso.
Inclusive tratando-se de um Estado pobre, bloqueado, cada vez com menos
ajudas e ainda por cima em meio a uma crise econômica mundial, como pano
de fundo. Cabe perguntar-se o que pode significar para Cuba sair do
bloqueio e cair nas mãos do FMI. Seja como for, há que ser muito valente
para declarar que não renunciamos ao socialismo. Os cineastas cubanos
mostram-se conscientes da realidade; vêm também daí suas demandas de
independência e de uma lei cinematográfica. Não acredito que o balé vai
desaparecer, mas as instituições dificilmente sobreviverão sem mudanças.
É admirável que figuras como Liz Alfonso e agora Carlos Acosta levem
adiante seus projetos. Por outro lado, também há outras experiências
novas e interessantes, como a Fábrica de Arte, de X Alfonso.
Estruturas como as fundações foram vistas em Cuba com reservas, talvez
por medo de que fiquem muito independentes. Há projetos que esperam há
anos pela anunciada revisão da Lei de Fundações. Acredito que uma forma
de salvar algumas boas atividades que tiveram início com a Revolução é
transformando-as precisamente em fundações, ou instituições semelhantes.
E que cada iniciativa prove na prática sua capacidade e sua vigência.
O turismo em Cuba cresceu muito, dizem que muitos turistas querem
conhecer o país “antes que cheguem os americanos”. Você acredita que
Cuba realmente corre o risco de americanizar-se, de que os McDonalds
superem o pão com carne de porco?
Não se pode subestimar a centelha dos cubanos. Basta ver o crescimento
vertiginoso dos restaurantes e outros serviços. Se chegar a Cuba, não
duvido que o McDonald’s acabe vendendo pão com carne de porco – ainda
será preciso ver como serão feitos… Gostaria que não mudássemos a comida
saudável que ainda temos: é um valor nosso a ser defendido. Alguns
apressados pressionam a natureza para que as frutas amadureçam mais
rápido, o que lhes muda o sabor, além do dano dos agentes químicos.
Espero que esses maus hábitos não se generalizem e que nunca venhamos a
substituir saúde por falso crescimento. Pode ser que as coisas assim
fiquem associadas ao “antes dos americanos chegarem”.
Seus concertos pelos bairros repercutiram muito em nível nacional e internacional.
Começamos a fazê-los muito discretamente; recusávamos que o trabalho que
fazíamos nesses lugares se transformassem em show. Mas com o tempo foi
inevitável que transcendesse. Alguns documentários ajudaram. O primeiro
foi feito pelo espanhol Nico García, e chama-se Oxalá. Também foi feita
uma exposição de pintura de Tony Guerrero e fotos minhas no Centro
Cultural Pablo da Torriente. Foram acontecendo coisas que trouxeram o
projeto à luz.
Assista ao documentário Oxalá (em espanhol):
-
Por que decidiu fazê-los?
Quem me pediu o primeiro concerto foi José Alberto Álvarez, um policial
que atendia no pequeno bairro de La Corbata. Ocorre que ir aos bairros
vicia. Você chega e vê as famílias, as crianças, os velhinhos nos
portais e varandas, jovens pendurados nos telhados. Você é transpassado
pela beleza, vê que faz falta e as pessoas lhe agradecem. Não há
melhores razões.
Quantos realizou?
Hoje faremos o concerto número 68. [Em] 9 de setembro completamos cinco anos de turnê.
Como os financia?
Recebo um pouco de ajuda estatal. Emprestam-me o palco, o equipamento de
eletricidade e as luzes, que são coisas que não temos. Também nos ajuda
algum pessoal do departamento de excursões do Ministério da Cultura.
Tudo o resto, o som, os microfones, os instrumentos e os salários de
alguns trabalhadores, é por conta do projeto Oxalá. Esses custos são um
item fixo em nosso orçamento. As turnês pelo exterior nos ajudam a ir
melhorando as condições, sobretudo a qualidade das caixas de som, das
mesas de som, dos cabos, que gradualmente foram se tornando muito
profissionais. Vale lembrar que todos os músicos e artistas que se
oferecem para fazer a turnê o fazem com absoluto desinteresse material.
Suas opiniões sobre a situação social que encontrou nos bairros
suscitou todo tipo de comentário. O que encontrou, realmente, nesses
lugares?
Não que eu ignorasse que havia bairros assim. O projeto Oxalá está há mais de 20 anos ao lado do bairro de El Romerillo.
Todos que vivem em Cuba e querem ver que isso existe, veem. É que o
trabalho constante nesses lugares permite enxergar não só as carências e
as condições de vida, mas também na luta constante contra a indolência e
a burocracia. Assim foi feito Canción de Barrio, o documentário de
Alejandro Ramírez que resume os dois primeiros anos dos giros:
descarnado, assim como a realidade. E por isso no dia da estreia
convidamos os dirigentes dos lugares que iam ser expostos. Alguns foram.
Assista ao documentário Canción de Barrio (em espanhol):
O que lhe acrescentam, como artista e como pessoa, esses concertos?
Comecei a experimentar desde criança, nos primórdios da Revolução. Vi
balé não por formação familiar ou por possibilidades econômicas, mas de
repente Alicia Alonso dançava numa praça. O que conta o primeiro
documentário de Octavio Cortazar, ‘Por primera vez?’: a visita de um
caminhão projetor às montanhas, onde o cinema nunca havia estado. Que
fazíamos em nossa juventude nós mesmos, constantemente, se não cantar em
todas as partes?… Nunca deixei de cantar assim, sobretudo em meu país.
Assista ao documentário Por Primera Vez, que é o primeiro contato de comunidades cubanas com a sétima arte:
Pode
ser que não se saiba, mas jamais cobrei um concerto em Cuba. Bem, uma
vez Luis Eduardo Aute e eu cobramos um, no Teatro Karl Marx, e doamos o
dinheiro a San Antonio de los Baños, para que a prefeitura tivesse um
fundo (que dizia não ter) e pudesse pagar trabalhadores para limpar o
rio Ariguanabo. Mas também lá fora cantei assim. Tenho feito muitíssimo
no México, aonde comecei a ir nas Jornadas de Solidariedade com o
Uruguai. Fiz na Colômbia, Venezuela, em Angola, na República Dominicana,
Equador, Bolívia, Paraguai. Fiz em alto mar, durante meses, na Frota
Cubana de Pesca. Fiz nas prisões, várias vezes. Há pouco fizemos um
concerto no bairro de Lugano, em Buenos Aires. No Chile falei com
Michelle Bachelet para que fizesse uma lei que obrigasse os estrangeiros
a fazer um concerto gratuito. Parece que não pode. Atingir a
sistematização do Giro pelos Bairros em Cuba (ou Giro Interminável) me
deu uma satisfação muito grande. Mais que qualquer outra coisa.
Como vê as possibilidades de que se mantenha o projeto social da revolução?
Os projetos sociais humanistas, revolucionários, se manterão sempre que existir quem os leve adiante.
Quando no seu blog Segunda Cita
[“Segundo Encontro”] lemos “em evolução”, a gente pensa se em algum
outro momento você não teria dito “blog em revolução”. Há alguma
contradição entre esses dois conceitos?
Não há contradição, o que há é consequência. A Revolução Cubana foi uma
realidade imensa, reconhecida com um legado inquestionável. Fui uma
partícula desse turbilhão o tempo todo. Não duvido que haja outra
revolução no futuro. Mas, até que chegue esse momento extraordinário, o
que nos cabe é evoluir.
Qual deve ser o papel dos artistas em meio à transformação que vive Cuba?
Este assunto de papeis me causa angústia. Chegamos ao que chamam arte, e
ao que isso signifique, de diferentes maneiras; por chaves às vezes
coletivas, mas também pessoais. Então, nem sempre há respostas genéricas
fáceis; tudo tem aspectos que são assunto de cada um, e isso é muito
respeitável.
A cada um cabe empurrar os processos para onde acreditamos ser certo.
Pensamos igual? Obviamente não. Mas há matizes. Posso ter sonhos
complicados, mas me identifico com coisas muito básicas. Estou contra o
bloqueio, e vejo todos os que estão contra o bloqueio como família. Os
que estão em favor de uma sociedade responsável em relação ao planeta e
aos menos favorecidos também são minha família.
Que é a poesia para você? Como a concebe hoje? É necessária no processo de mudança de Cuba?
A poesia é imprescindível onde quer que existam seres humanos. É
alcançável de muitas formas — sem dúvida, também com o jornalismo.
Quando era jovem li Arte Poética, de José Zacarías Tallet, e me pareceu
um disparate fabuloso; mas hoje eu poderia subscrever cada um dos
versos. Por isso, garanto que há poesia “até na roda de uma bicicleta” e
que, em qualquer circunstância, “o problema é encontrá-la”.
Quer enviar alguma mensagem a seus seguidores espanhóis?
Sempre senti que devo muito à Espanha. Cheguei lá em 1977, quando muitos
povos latino-americanos tinham governos militares. Alguns exilados
levaram minha música a seus países porque na Espanha era possível
conseguir meus discos. Eram camuflados com outras capas. Em 2016, fará
nove anos que não faço concertos lá. Tentei em várias ocasiões, mas a
crise econômica não permitiu. Queria voltar ao menos uma vez mais e
fazer algumas apresentações para, no final, me dar o prazer de fazer um
concerto bem lindo num bairro dos mais necessitados; talvez on de também
haja imigrantes. Sonho com fazer esse regalo. Oxalá possamos nos ver
lá.
Palavras do presidente dos Estados Unidos da América com motivo do primeiro aniversário das mudanças políticas desse país relativamente a Cuba
HÁ um ano, anunciei que depois de mais de 50 anos, os
Estados Unidos mudariam seu relacionamento com Cuba e colocariam os
interesses dos povos de ambos os países acima dos desatualizados
instrumentos do passado.
Desde então, temos adotado passos importantes encaminhados a
normalizar as relações entre ambos os países: restabelecer relações
diplomáticas e abrir embaixadas, facilitar o incremento das viagens e do
comércio, ligar mais os estadunidenses e os cubanos, bem como promover o
livre fluxo de informação para, a partir de e dentro de Cuba.
Temos avançado em nossos interesses comuns e temos trabalhado juntos
em temas complexos que durante muito tempo nos definiram e dividiram. Ao
mesmo tempo, os Estados Unidos estão em uma posição mais forte para
comprometer os povos e governos de nosso hemisfério. O Congresso pode
apoiar melhores condições de vida para o povo cubano caso levantar o
embargo, legado de uma política falhada.
Hoje, a bandeira das estrelas e as faixas tremula novamente sobre
nossa embaixada em Havana. Hoje, mais estadunidenses visitam Cuba e se
relacionam o com o povo cubano, como nunca antes nos últimos 50 anos.
Continuamos tendo diferenças com o governo de Cuba, mas colocamos esses
temas diretamente e sempre defenderemos os direitos humanos e os valores
universais que apoiamos no mundo todo. As mudanças não acontecem da
manhã para a noite e a normalização será uma longa viagem. Ainda assim,
os últimos 12 meses são exemplo do progresso que se pode atingir, quando
traçamos a rota rumo a um futuro melhor. No próximo ano, continuaremos
este caminho, dando poder a cubanos e estadunidenses para que liderem o
rumo.
Prosseguindo na campanha de solidariedade a Cuba, o Deputado Estadual
Eliomar Coelho (foto) iniciou o processo de formação de Frente
Parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(ALERJ). Em requerimento publicado no Diário Oficial Legislativo
convoca os parlamentares a se unirem nesta importante empreitada. Já
conta com pelo menos nove deputados em muito pouco tempo e outros com
certeza virão.
A concretização
desta Frente estadual será muito importante no combate pelo fim do
bloqueio estadunidense a Cuba que já dura mais de cinquenta anos sem
razão de ser e castigando de forma cruel todo o povo cubano que com isso
conta com muitas limitações me seu dia a dia.
O próprio
presidente Obama já reconheceu a inutilidade dessa desastrosa medida que
impede as relações de igualdade entre os dois países.
Da mesma
forma que obtivemos êxito espalhando pelo mundo a história real dos
Cinco cubanos lá detidos injustamente, vamos internacionalizar mais esta
batalha na certeza de mais esta vitória, por ser justa e humana.
A luta é por uma sociedade mais justa, humana e igualitária !